Uso indiscriminado de remédios como o Viagra pode ser perigoso para a saúde Divulgação |
Assim como acontece com qualquer distúrbio, disfunção erétil deve ser tratada após um diagnóstico assertivo e por meio de um acompanhamento médico
A saúde sexual é algo fundamental na vida de qualquer pessoa. No caso dos homens, a relevância se reflete em números. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em apenas 18 anos, os brasileiros tomaram 128 milhões de pílulas do fármaco citrato de sildenafila, princípio de remédios como o Viagra, usado em casos de disfunção erétil e para estímulo sexual.
Mais conhecido - há
remédios parecidos de outros laboratórios -, a "pílula azul" foi
lançada mundialmente em 1998 pela Pfizer e causou uma busca descontrolada nas
farmácias. No entanto, o uso do remédio sem orientação e prescrição médica pode
provocar danos à saúde do homem.
"O Viagra,
isoladamente, não apresenta perigos. Porém, o seu uso sem um diagnóstico
correto e de uma forma desordenada pode gerar efeitos colaterais, como
taquicardia ou até infarto", alertou Ageu Pedro Júnior, sócio
administrador da clínica Hominem de Guarulhos, especializada em saúde sexual
masculina.
Segundo o
especialista, o correto é que, em caso de disfunção erétil, o homem procure um
médico especialista, para realizar exames detalhados, ter um diagnóstico
assertivo e se submeter a um tratamento de verdade. "Podemos até
recomendar a utilização do fármaco que origiana o Viagra, mas na dosagem correta,
dependendo do caso de cada paciente", explicou Ageu.
Quando o remédio deve
ser evitado?
Segundo o Sistema de
Saúde do Reino Unido e a própria Pfizer, os pacientes devem evitar o uso do
Viagra nas determinadas situações:
- Doentes graves do
coração ou do fígado;
- Pacientes que tenham
sofrido derrame há pouco tempo;
- Homens com pressão
baixa;
- Pessoas com a doença
retinite pigmentosa;
- Pacientes em
tratamento com medicamentos que contenham qualquer forma de óxido nítrico,
nitratos orgânicos ou nitritos orgânicos.
Além disso, homens que
fazem uso do medicamento e apresentam determinados sintomas também devem ficar
atentos. O recomendável é interromper o consumo da pílula e procurar um médico
imediatamente nos seguintes casos:
- Se sentir dor no
peito;
- Se tiver ereções
prolongadas (mais de quatro horas) e às vezes dolorosas;
- Caso exista uma
perda repentina de visão;
- Se houver uma reação
cutânea grave, que pode ser acompanhada por febre, descamação da pele, inchaço
e bolhas;
- Caso sofra
convulsões ou alergias.
"É por isso que
ressaltamos a importância de se ter um acompanhamento médico adequado. A
disfunção erétil é um problema de saúde que, assim como outros, precisa ser
tratado com seriedade e tratamento correto. Caso contrário, o paciente pode
apresentar distúrbios mais graves, inclusive com chances de ir a óbito",
finalizou Ageu.
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