Pandemia antecipou
tendências que levariam anos para se consolidarem, aponta professor e
especialista em Administração
Uma
pesquisa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) com a empresa
Konduto analisou e-commerces de produtos durante a pandemia de Covid-19 e
relatou que a categoria de brinquedos e jogos teve um aumento de 434,70% nas
vendas. O valor do ticket médio, que era R$ 417,82 na quinzena de 1 a 14 de
março, chegou a R$ 492,43 — ou seja, um crescimento de 10,44%.
Passado
o susto inicial das primeiras semanas do distanciamento social, que teve uma
retração de 20% nas vendas, os consumidores passaram a comprar mais on-line.
Não foi só a venda de brinquedos que aumentou: o e-commerce dos supermercados
teve um aumento de 270,16%; os materiais esportivos também, com crescimento de
211,95%.
Para
Elizeu Barroso Alves, coordenador dos cursos de Gestão Comercial e Varejo
Digital do Centro Universitário Internacional Uninter, não há dúvidas que,
desde o início do surto do vírus, o comércio eletrônico no Brasil ganhou um
protagonismo nunca visto anteriormente. “A Covid-19 nos fez antecipar decisões
empresariais e também o movimento do comércio para a integração do mundo físico
ao virtual. Transportadoras que tinham como foco grandes cargas, por exemplo,
passam a se envolver com entrega de pequenos volumes, devido a esse novo fluxo
digital”, explica.
O
momento também faz refletir sobre como ficará o e-commerce quando os serviços
retornarem à normalidade. Alves se antecipa e orienta: “É hora de conhecer
melhor os clientes atuais, traçar seu perfil, acompanhá-los, demonstrar a
comodidade da compra pela internet e fazer com que se sintam parte do negócio.
Fóruns e blogs podem ser boas alternativas”, finaliza.
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