O ortopedista pediátrico David
Nordon, autor da obra “A Fórmula da Genialidade”, garante que sim
Superdotado
é aquele que possui uma inteligência acima da média – ou, em termos mais
práticos, um QI acima de 130. No entanto, segundo o médico ortopedista David
Nordon, um QI alto não significa genialidade, da mesma forma que um QI baixo
não significa não ser superdotado. “Outros fatores determinam a genialidade”,
diz. E se existe uma fórmula para ser genial? O médico garante que sim!
“Mas ela não vai tornar você um gênio; não é essa a ideia!”, ele comenta,
sorrindo.
O
ortopedista começou a estudar o assunto quando desconfiou que o seu filho,
Benjamin, de apenas dois anos e meio, destacava-se entre os outros. “Ele sempre
foi muito curioso, tinha soluções práticas e discussões que não eram
compatíveis com a sua idade. Ao iniciar a escola, no primeiro mês, os
professores quiseram avançá-lo para uma série acima”. E, com a busca do
diagnóstico para o filho, encontrou o próprio – além da necessidade de achar
informações confiáveis sobre superdotação. “Mas, aí está um grande problema:
não tem. Há pouca coisa em português para pais que queiram saber a respeito. A
gente tem a impressão de que a superdotação é uma raridade. Porém, na verdade,
até 13% da população apresenta superdotação em alguma coisa – seja intelectual
ou de desempenho, como em esportes ou artes”, explica Nordon.
Ainda
de acordo com ele, há pouca informação disponível a respeito sendo menos ainda
em nosso idioma. Por esse motivo, surgiu a ideia de um livro. “Comecei juntando
informações para mim mesmo. Mas, quando me dei conta, tinha tantos dados que
dava para fazer um compilado muito bom – que virou um guia para pais e, daí, um
livro”, comemora Nordon.
O
livro A Fórmula da Genialidade, lançado nos primeiros dias de
maio de 2020, está disponível na plataforma Agbook - https://www.agbook.com.br/book/323109--A_Formula_da_Genialidade
(com preço diferenciado para o impresso e e-book) - e, vai a fundo na
superdotação, explica desde a origem até como funciona o cérebro de um
superdotado, quais direitos eles têm, quando buscar por outros diagnósticos de
doenças associadas. Até, finalmente, a fórmula da genialidade que é, na verdade
a síntese de todas essas informações em uma fórmula que explica, em detalhes,
como a genialidade ocorre. “Porque, na realidade, a genialidade, assim como a
superdotação, não se restringe a um QI acima de 140. Existem muitas nuances”,
comenta o médico.
Nordon
afirma que a superdotação tem um conceito muito importante: a criança
superdotada é uma promessa. “É nossa obrigação, como sociedade, garantir que
essa promessa se torne uma realização – uma pessoa que fará um bem para a
sociedade trará contribuições inovadoras, ajudará outras pessoas. Porque, na
verdade, são elas que transformam o mundo. Veja Bill Gates, Elon Musk, Henry
Ford e tantos outros”, explica.
No
entanto, essa transformação encontra muitas dificuldades. Há muito preconceito
contra a criança que demostra ser “diferente”, não só de colegas de escola e do
famoso bullying, mas também de professores. “Eles acham que o superdotado
não precisa de ajuda, que vai se virar bem sozinho. Mas não é assim. Os
superdotados precisam ser estimulados e há diversas formas de fazê-lo, o
que também explico no livro. O mais importante de tudo é desmitificarmos
o assunto. E a iniciativa do quadro ‘Pequenos Gênios’, do Luciano Huck, é uma
excelente iniciativa para isso”, finaliza Nordon.
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