Tratamento domiciliar não é
automedicação, alerta Federação Brasileira de Hemofilia sobre uso racional
Nesta terça-feira (5) é celebrado o Dia Nacional pelo Uso Racional de Medicamentos, data que consta no calendário Oficial do Ministério da Saúde para alertar para os riscos da automedicação. Um público que tem liberação garantida para tratamento domiciliar é o das pessoas com hemofilia - sendo que desde o ano 2000 há a liberação de doses de urgência para sangramentos e, entre 2011 e 2012, avanços para tratamento profilático para todas as pessoas com hemofilia com perfil de sangramentos, garantidos pela Federação Brasileira de Hemofilia (FBH).
"Desde então, essas pessoas passam a ser capacitadas
pelos Hemocentros, tanto para a infusão domiciliar como para o adequado
armazenamento dos fatores de coagulação, a fim de manter suas propriedades de
eficácia e segurança", explica Tania Pietrobelli, presidente da FBH,
ao alerta contudo que este tipo de tratamento não significa automedicação, uma
vez que para tal é necessário um treinamento.
Segundo dados da Federação Mundial de Hemofilia, órgão
ligado à OMS e representado no Brasil pela FBH, apontam que há, em média, ganho
de 80%, tanto para governo quanto para o cidadão com a prática do tratamento
domiciliar.
"O Brasil vem se destacando como exemplo mundial no
tratamento de pessoas com Hemofilia e outras coagulopatias e, seguindo
orientações da Federação Mundial, tem estimulado o tratamento domiciliar",
explica a presidente da FBH, Tania Pietrobelli. "Os ganhos com a
possibilidade de tratamento domiciliar são notórios, mas pedimos sempre que
sejam seguidas as orientações médicas com responsabilidade para a
efetividade do tratamento".
Pandemia do novo coronavírus
Atenta ao avanço do novo coronavírus, no início da pandemia,
a Federação Brasileira de Hemofilia contatou o Ministério da Saúde solicitando
orientação para este público, que não está enquadrado no grupo de risco, e
solicitou aumento da disponibilidade de medicamento de um para dois meses.
"Anteriormente a isso, os hemocentros dispensavam fatores de
coagulação para trinta dias", explica Tania. "Fizemos este
movimento junto ao governo para reduzir o deslocamento até o Hemocentro e para
que as pessoas não deixassem de se tratar por medo de falta de medicação",
completa.
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