Especialista
explica os principais quadros do transtorno e como trata-lo corretamente
No Brasil 1 a cada 4
mulheres desenvolvem a depressão pós-parto, como aponta uma pesquisa realizada
pela Faculdade Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os quadros podem aparecer logo no
primeiro mês de vida da criança ou até um ano depois. Em metade dos casos, os
sintomas surgem durante a gestação, e passam despercebidos devido ao pouco
conhecimento sobre o assunto.
"É comum que as
novas mães tenham inconstância no humor, apresentando crises de choro que logo
passam, causadas pelas intensas alterações hormonais. Porém, quando se trata de
depressão pós-parto, esses momentos são mais intensos, levando a um quadro
profundo de tristeza e melancolia", explica o Dr. Renato de Oliveira,
da Criogênesis.
O transtorno afeta o
vínculo entre mãe e filho, sobretudo no que se refere ao aspecto afetivo e o especialista
afirma que precisa ser tratado o quanto antes. "Cada caso é único e deve
ser analisado por um especialista, que pode intervir com medicamentos
antidepressivos combinados a psicoterapia. É importante ressaltar que o apoio
da família, esposo e amigos é fundamental, auxiliando no tratamento e, também,
na prevenção", explica.
Reconhecendo a
importância de orientar e alertar sobre o assunto, o médico elenca os
principais sintomas da patologia. Confira a seguir.
• Perda de interesse: a falta de motivação
para realizar atividades do cotidiano, e principalmente aquelas que envolvem os
cuidados com o bebê, é o sintoma mais recorrente do transtorno.
• Aumento ou perda de
apetite:
é comum em patologias psíquicas a alteração de apetite. E como cada corpo reage
de uma forma, pode ocorrer o aumento ou diminuição da fome.
• Mudanças no sono: outra área que é
afetada é o sono. "Em muitos casos, as grávidas ou novas mães que estão
com depressão pós-parto, desenvolvem problemas na hora de dormir, mesmo quando o
bebê está dormindo ou quando ainda estão em gestação, podendo gerar
irritabilidade e cansaço constante", afirma o especialista.
• Alteração
comportamental: mulheres com depressão pós-parto, podem desenvolver alguns
comportamentos incomuns como, vontade extrema de prejudicar ou fazer mal ao o
bebê e a si mesma, mudanças drásticas de humor e, até mesmo, alucinações.
Criogênesis
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