A geração Alpha é composta por crianças nascidas a
partir de 2010, ou seja, alunos das escolas regulares até 4º ou 5º ano do
Ensino Fundamental (considerando a sua data de nascimento) que, já nascem
inseridas em um cotidiano rodeado pela tecnologia. Novas relações são
construídas e as crianças crescem em um ambiente onde a consciência ambientação
já faz parte da pauta do seu modo de vida, assim em pleno desenvolvimento, os
novos hábitos de relacionamento com o meio (pessoas e informações) indicam que
este grupo será muito mais independente que seus antecessores e, portanto,
parte daí a imprescindibilidade de um ambiente educacional mais voltado para as
necessidades e interesses dos alunos, e menos para o padrão sistematizado e
hierárquico de antes.
Se os estudantes não são mais os mesmos, logo, não
faz mais sentido termos um ensino tradicional. Alunos sentados enfileirados, em
frente a um quadro, passivos diante da apresentação de conteúdos deixou, há
tempos, de ser o símbolo da educação ideal. O espaço agora precisa ser
redesenhado, rediscutido, repensado e recriado para provocar a aprendizagem do
aluno por meio de experiências e vivências em todos os campos.
Paralelo à essa nova geração, vivemos a 4ª
revolução industrial, o que nos remete a repensarmos a educação antes 3.0 e,
agora, 4.0. A educação 4.0 vai além da robotização e aterriza na necessidade de
se compreender a inteligência artificial, valer-se da criatividade para
solucionar problemas e pensar globalmente para ações locais. O professor deixa
de ser o centralizador de todo o conteúdo para assumir o papel de influenciador
e fortalece o vínculo e compromisso do aluno com o aprendizado, sinalizando,
orientando e guiando, ou seja, influenciando o aluno no processo de construção
do conhecimento numa jornada participativa, cooperativa e colaborativa, sempre
respeitando seus saberes prévios somados às descobertas feitas por meio de
pesquisas autônomas e independentes, diante do tema curricular ou sugerido e
abordado por ele.
Sendo assim, o estudante deixa de ser o ouvinte e
torna-se protagonista do próprio método de aprendizagem, sendo capaz de
interagir, criticar, formar conceito, influenciar e relacionar-se com o mundo
de forma positiva, considerando todas as suas potencialidades. Vale também
estimular comportamentos menos competitivos, experimentando incorporar no dia a
dia novos meios de agir, de maneira mais solidária e cooperativa, onde todos
opinam e constroem, em conjunto.
O novo modelo de ensino valoriza, portanto, o
desenvolvimento das competências socioemocionais, utilizando conhecimentos
historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital, de
modo a fazer o estudante entender e explicar a realidade. Na educação do Século
XXI, não se deve apenas utilizar exames formais, mas também atividades
processuais, como a capacidade do aluno de assumir o protagonismo, a clareza na
solução de problemas, habilidades cognitivas e consciência de valores. A
avaliação deve deixar de ser um instrumento de punição e ser a verificação de
aprendizagem.
É por isto que crianças que tem como premissa a
aprendizagem com o foco no ser humano, conseguem agir de maneira mais autônoma,
maior responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando
decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis
e solidários, colaborando para a construção de uma sociedade justa, democrática
e inclusiva.
Leonardo Lopes dos Santos - Graduado em
pedagogia, Leonardo Lopes é Gerente Educacional da Luminova, escola inovadora
que tem como objetivo democratizar o acesso à educação de qualidade, promovendo
o crescimento humano e ascensão social no Brasil.
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