Lave bem as mãos (e alimente-se melhor!)
Com a rápida
disseminação do novo coronavírus, a busca por ferramentas de prevenção à doença
cresce a cada dia. Álcool em gel está em falta nas farmácias pelo Brasil, bem
como máscaras de proteção. Lavar as mãos virou regra e até ao isolamento foi
preciso recorrer.
Porém, muitos se
esquecem de cuidar de uma das maiores forças contra o COVID-19: a imunização.
Atentar-se à defesa do organismo, especialmente daqueles que se encaixam no
grupo de risco, é essencial para evitar o contágio.
O dr. Daniel Magnoni, consultor
da iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV) e presidente do Instituto de
Metabolismo e Nutrição (IMeN), explica como a alimentação saudável é vital
nesse processo. “Pessoas que se alimentam adequadamente têm mais chance de se
proteger. A imunidade nunca pode ser deixada de lado, pois ela é crucial para o
nosso bem-estar”, afirma.
De acordo com o
especialista, os alimentos que ajudam a melhorar a defesa do organismo são
aqueles que contêm proteínas, zinco e selênio, como carne de frango, carne de vaca,
peixe, queijo, ovo, leite, soja, feijão, ervilha, entre outros. Deve-se evitar,
porém, alimentos mal lavados ou de origem incerta.
Falando em zinco e
selênio, ele destaca a importância de uma terra bem adubada, com o manejo
responsável e sustentável dos fertilizantes, pois eles repõem nutrientes
essenciais ao ser humano. É isso é fundamental, ainda mais agora, que reforçar
a imunidade é salvar vidas.
Enquanto
proteínas relacionam-se ao processo de crescimento, reparo e
manutenção dos músculos, o zinco garante o bom funcionamento do sistema nervoso
e imunitário. O selênio, por sua vez, atua retardando o envelhecimento e
prevenindo alguns tipos de doenças.
O dr. Magnoni destaca
que, no caso dos idosos, uma dieta regulada torna-se ainda mais necessária. O
consumo de proteínas, nesses casos, deve ser estimulado a fim de possibilitar
maior resistência às infecções. Os idosos, assim como indivíduos no
pós-operatório ou em tratamento de câncer, podem necessitar, inclusive, de
suplementação nesse sentido.
Para estimular a
imunidade, outras ações como praticar atividades físicas com frequência, manter
o sono em dia, hidratar-se constantemente, evitar o consumo de álcool, reduzir
o estresse e controlar os níveis de glicemia e colesterol também podem ajudar.
Quanto melhor o funcionamento do sistema imunológico, mais rapidamente será a
recuperação das defesas do organismo a partir da atuação dos macrófagos e
leucócitos.
Não existem exames que
avaliem os avanços da função de proteção do corpo, mas a medição da dosagem de
albumina, pré-albumina, zinco e selênio mostram se o paciente está dentro dos
padrões considerados normais.
Além desses cuidados, toda precaução é pouca em tempos de coronavírus:
manter-se em ambientes ventilados, evitar contato com pessoas potencialmente
transmissoras e higienizar as mãos de forma correta e com frequência são
imperativos nos dias atuais.
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