Caracterizado como um dos sistemas mais versáteis e complexos do
corpo humano, o sistema imunológico é o responsável pela proteção do indivíduo
contra patógenos, células tumorais e demais moléculas estranhas que ameacem a
integridade e funcionamento normal do organismo. Trata-se de uma rede dinâmica,
capaz de gerar respostas de ação especificas e inespecíficas para neutralização
de determinado antígeno. Quando esse sistema falha, o resultado pode
desencadear desde simples reações alérgicas e infecções, até casos de câncer e
doenças autoimunes.
Dentro deste contexto, a nutrição exerce papel fundamental na
manutenção de um sistema imunológico resistente e capaz de responder
adequadamente às ameaças que é exposto. Diversos nutrientes relacionam-se
diretamente com a modulação do sistema imune, atuando em diferentes vias de
sinalização e no intermédio de inúmeras respostas de defesa celular. Dentre
estes, o zinco pode ser considerado como um dos principais determinantes na
eficiência de uma boa função imune. Sabe-se que desde as primeiras observações
a respeito dos efeitos de sua deficiência em seres humanos, a maior
vulnerabilidade a infecções era um dos achados entre os sintomas mais comuns em
indivíduos com déficit de zinco.
Envolvido em atividades celulares básicas como crescimento,
proliferação, diferenciação e sobrevivência celular, o zinco vem sendo descrito
como um mineral essencial na regulação de mecanismos fisiológicos do sistema
imunológico, sendo que sua deficiência pode vir a prejudicar diversos
mediadores e aspectos específicos da imunidade.
O déficit do mineral pode afetar a integridade da pele, importante
barreira física protetora, ocasionando lesões que facilitariam a contaminação
com algum microrganismo. Além disso, menores quantidades deste micronutriente
podem gerar defeitos metabólicos e estruturais nas principais células de defesa
do organismo, como os leucócitos, macrófagos, linfócitos e células natural
killer. A superprodução de citocinas pró-inflamatórias e mediadores
reativos também são consequências de baixos valores do mineral no organismo.
Outra interferência significativa do estado do nutricional de
zinco na homeostase imunológica é a transferência de anticorpos da mãe para o
feto no último trimestre da gestação. Sem essa transferência de anticorpos
específicos, o recém-nascido acaba por sofrer grande impacto em sua imunidade,
inclusive podendo gerar desdobramentos na futura formação de um sistema imune
de boa qualidade.
Por isso, a ingestão de zinco nas quantidades adequadas é
essencial para a manutenção de um sistema imunológico resistente e com
funcionalidade adequada, além de também ser fundamental na regulação de outras
funções, como desenvolvimento reprodutivo, divisão celular, crescimento e
capacidade antioxidante. É importante ressaltar que assim como a deficiência de
zinco pode ser considerada prejudicial, seu excesso é igualmente danoso, já que
também influencia na homeostase normal do mineral no organismo e
consequentemente, no seu papel funcional.
A ingestão dietética recomendada diária do mineral para adultos a
partir de 19 anos corresponde a 8 mg/dia para mulheres e 11 mg/dia para homens,
podendo ser alcançada através da ingestão de alimentos fonte, como a carne
bovina, vísceras, frutos do mar, cereais integrais, leguminosas e leite.
Portanto, o zinco destaca-se como um poderoso guardião do sistema
imunológico, tendo em vista que desempenha função em praticamente todas as
vertentes de ação da resposta imune. Sua ingestão adequada é essencial e sua
presença nos alimentos depende também da presença do zinco no solo de cultivo.
Por isso, a iniciativa Nutrientes Para Vida (NPV), tem como missão
destacar e informar a população a respeito da relevância de fertilizantes para
o aumento da qualidade e segurança da produção alimentar, colaborando com
melhores quantidades de nutrientes nos alimentos e consequentemente, com uma melhor
nutrição e saúde humana.
Nutrientes Para
Vida (NPV)
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