O vírus da gripe também se manifesta nos períodos
de calor; hidratação e alimentação equilibrada ajudam a combater a doença
Muito comum no inverno, devido a aglomeração de
pessoas em espaços fechados facilitando a propagação de vírus e bactérias, a
gripe também pode acontecer no verão, e seus sintomas costumam ser piores
durante essa estação do ano. Isso acontece porque o vírus da gripe age de
formas diferentes no organismo durante os períodos de frio e calor, e as altas
temperaturas podem aumentar o desconforto causado pelos sintomas da doença,
caracterizados por febre, cansaço, tosse, dor muscular, dor de garganta e dor
de cabeça.
Hábitos característicos do verão ajudam a tornar a
gripe uma doença comum também nessa época. O uso excessivo de ar condicionado,
por exemplo, diminui a umidade do ar, provocando o ressecamento da camada
protetora de muco do nariz, o que pode deixar o organismo mais vulnerável a
infecções pelas vias aéreas. Mudanças bruscas de temperatura também afetam o
sistema imunológico, assim como a exposição prolongada ao sol, que pode
desidratar o organismo.
Além de evitar esses hábitos, é possível prevenir a
gripe de verão tomando algumas medidas simples. É importante manter uma
alimentação equilibrada, dando preferência a alimentos ricos em vitamina C, que
fortalecem o sistema imunológico, como acerola, laranja, brócolis e pimentão.
Hidratar o organismo também é essencial, por meio do consumo de água, sucos
naturais, água de coco, chás e sopas leves.
Para diminuir o risco de infecção pelo vírus da
gripe, é fundamental não descuidar da higiene das mãos. Lave-as com água
e sabão ou limpe com álcool em gel ou lenços umedecidos antes das refeições,
após usar o banheiro e sempre que tocar locais ou objetos manuseados por outras
pessoas, como corrimões e apoios em transportes públicos. Também evite levar as
mãos à boca ou coçar o nariz e os olhos.
Apesar de ser uma doença comum e com sintomas que
costumam desaparecer em poucos dias, a gripe deve ser levada a sério, uma vez
que em 2018 o número de mortes ocasionadas pelos diferentes tipos do vírus
influenza aumentou 194%.
“É preciso estar atento se há aumento da febre,
mudança na cor do catarro ou se os sintomas duram muito mais de uma semana.
Pessoas maiores de 65 anos; crianças, principalmente menores de 2 anos; e
pessoas que sofrem de enfermidades crônicas são pertencentes aos chamados
grupos de risco e precisam de mais atenção no tratamento contra a gripe. Para
todos eles, é fundamental que consultem um médico.” diz Adriano Ribeiro,
farmacêutico da rede Extrafarma.
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