Equipamento, que analisa o suor por meio da
impressão digital, ainda está em fase de registro na Anvisa, mas já é adotado
nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e, em vários países
europeus
O equipamento que realiza o teste é fabricado pela inglesa Intelligent Fingerprinting e representado no Brasil pela Orbitae, empresa de Diagnósticos. Atualmente o aparelho e testes estão em fase de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Esse drogômetro pode detectar, em poucos minutos, a presença de até quatro drogas diferentes, com precisão. Além disso, o material positivo coletado depois do teste de Screening, não precisa de refrigeração nas primeiras 72 horas, ao contrário do que acontece com os aparelhos que utilizam a saliva como amostra”, destaca o diretor comercial da Orbitae, Rodrigo Silveira. Assim que o material positivado chega no laboratório, podemos saber qual droga - 15 ao todo - e a quantidade no organismo da pessoa.
O teste do suor tem outras vantagens, como, por exemplo, não ser considerado invasivo, como os de sangue, saliva e urina; a facilidade do uso do equipamento; e ainda o fato do teste e da amostra testada ser higiênica e categorizada como lixo comum.
O executivo acrescenta que outro diferencial do drogômetro em comparação a outros equipamentos é que o motorista é identificado no momento do teste, em função da digital. “É um meio rápido e confiável de levar mais segurança para as vias rodoviárias, náuticas e aéreas brasileiras”, enfatiza.
Resultados
No segundo semestre de 2019, a Orbitae, em parceria com os Departamentos de Trânsito (Detran) dos estados do Pará, Pernambuco e Distrito Federal, realizou blitzes educativas para que as autoridades testassem o aparelho. Os resultados reforçaram a eficácia e a rapidez do Drogômetro, principalmente em comparação aos testes de urina, saliva e sangue, adotados com frequência no Brasil para detectar o uso de substâncias ilícitas.
Além disso, um estudo desenvolvido por Toxicologistas da Universidade de Surrey, na Inglaterra, reafirmou as vantagens dos exames feitos por meio do suor. Em várias comparações, o suor foi mais assertivo em testes feitos com Tetra-hidrocanabinol (THC): maconha e haxixe, cocaína, crack, opiáceos e anfetaminas. No caso de indicação de “falsos positivos”, ou seja, quando o exame é analisado pela segunda vez conforme determina a legislação, a utilização do suor demonstrou ser até 20% mais confiável.
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