Crianças educadas para o trânsito levam
aprendizado para toda vida e influenciam, de forma construtiva, as pessoas com
quem se relacionam C
Imagem: Divulgação Escola Atuação
Escolas e poder público
somam-se a pais para tornar futuros motoristas mais responsáveis
Crianças não são motoristas, mas isso
de forma alguma as exclui como personagens do trânsito. Elas são pedestres,
passageiras, ciclistas, o que reforça a importância de incluí-las na pauta
sobre a educação no trânsito.
Para Luiz Gustavo Campos, diretor da Perkons, empresa que
desenvolve e aplica tecnologia para a gestão do trânsito, temas como mobilidade
urbana e segurança nas vias devem ser discutidos já na educação infantil.
“Ensinar crianças o quanto antes sobre seus direitos, deveres e leis do trânsito
contribui para a formação de cidadãos mais conscientes e responsáveis, na vida
e nas ruas”, opina.
O especialista multidisciplinar em trânsito do Portal do Trânsito,
Celso Alves Mariano, aponta que os riscos no tráfego estão presentes desde cedo
na vida das pessoas e que a questão deve ser abordada em conversas dentro de
casa. “A cada volta com a criança pelas ruas é possível mostrar as regras e
reportar os perigos. O ideal é de que nunca se deixe de mostrá-los quando
surgir uma oportunidade.” Segundo ele, quando uma criança atravessa a rua sem
olhar para os lados, por subestimar ou nem saber que existem riscos, a
insegurança é para todos. “Para evitar atropelar aquela criança, um condutor
pode acabar colidindo em outros veículos, sair da via, ou mesmo atropelar algum
pedestre que, a princípio, estava fora de perigo não fosse a travessia da
criança desatenta”, aponta Mariano.
Ou seja, a criança educada para o trânsito colabora para
a proteção de si mesma e dos outros, além de se tornar um adolescente e,
depois, um adulto mais cuidadoso. Para conseguir este resultado positivo, o
mais indicado é que se aplique uma forma lúdica e metodologia adequada nesta
formação.
A participação do poder público
Alguns departamentos de trânsito municipais e estaduais
têm programas de educação voltados para meninos e meninas. Em Blumenau, o
Serviço Autônomo Municipal de Trânsito e Transportes (Seterb), tem, desde 1997,
a Escola Pública de Trânsito, que procura formar não só
condutores, mas pedestres, profissionais, agentes de trânsito e multiplicadores
de ensino. Para as crianças, o programa possui Pista Educativa e Teatro de
Fantoches. “O Teatro é desenvolvido nos centros de educação infantil e nas
escolas de ensino fundamental e, por meio da interatividade e de maneira
lúdica, ensina conceitos de segurança e de disciplina no trânsito. São
abordadas temáticas vivenciadas pela realidade infantil, como o uso do cinto de
segurança e a travessia na faixa de pedestre, por exemplo. Já na Pista
Educativa as crianças percorrem, de bicicleta, um trajeto composto de
sinalização horizontal e vertical, semáforos, faixas indicativas, cones, entre
outros, imitando situações reais do trânsito”, descreve Marcelo Althoff,
presidente do Seterb.
O projeto, em conjunto com a escola, reforça as
instruções e multiplica o conhecimento. “Recebendo os ensinamentos nas escolas,
as crianças compartilham com seus familiares e, inclusive, alertam seus pais,
irmãos, tios quando observam alguma situação que não está de acordo com aquilo
que aprenderam”, acredita Althoff.
O papel da escola
A escola é um local de socialização onde as crianças
começam a entender o seu papel na sociedade. Este processo também pode estar
relacionado ao trânsito.
Ciente disso, a escola Atuação, de Curitiba, tem um
projeto voltado para o tema, o A
tua ação positiva no trânsito, cujoobjetivo é conscientizar os
alunos que estão na educação infantil. A professora Cristina Gurgacz acredita
que o papel da escola é despertar valores, que não servem apenas para o
trânsito: “A escola precisa estimular valores que trabalhem empatia,
tolerância, responsabilidade, paciência, respeito e solidariedade. Um adulto
que sabe se colocar no lugar do outro, com certeza será um motorista melhor.
Desta maneira, espera-se que, aos poucos, alguns problemas de trânsito
diminuam, como o consumo de bebidas alcoólicas ao volante e o excesso de
velocidade”.
O projeto acontece durante todo o ano
letivo e não aborda o tema apenas em momentos comemorativos. “Além das
dinâmicas dentro da escola, as crianças fazem atividades com as famílias, como
fiscalizar o trânsito na frente da escola, fazendo blitz e aplicando multas
simbólicas aos infratores, por exemplo”, finaliza a professora. São os pequenos
dando aula de cidadania.
Muito bom,
ResponderExcluirSerá Como Resgatar Meu Consorcio da Primeira Prestação, São Paulo - SP
Parabéns pela materia.
ResponderExcluirProfissional em Conserto De Adegas Climatizadas Salvador, Brasil
Excelente materia.
ResponderExcluirProfissional em Clinicas Odontopediatria, São Paulo - SP