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sábado, 22 de setembro de 2018

Torcida pela Vida


 Partida nesse domingo (23) entre Atlético e Paraná Clube no Estádio da Arena terá campanha de doação de órgãos. 


A partida entre Atlético Paranaense e Paraná Clube que acontece no domingo (23) na Arena da Baixada terá um sentido a mais. Jogadores do Atlético e pacientes transplantados do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG) estarão engajados em uma causa: a importância da doação de órgãos. 

Antes da bola rolar na Arena da Baixada, o objetivo é convidar também os torcedores para se juntarem a causa. Os jogadores do Atlético e 11 pacientes transplantados de fígado vão entrar em campo juntos vestindo a camisa com as mensagens “Doe órgãos” e “Uma doação salvou minha vida”. Na abertura dos portões do estádio os torcedores também vão receber materiais educativos e serão convidados para participarem de uma atividade durante o intervalo envolvendo a tela de transmissão do estádio.
 
A ação de conscientização é uma parceria entre o Clube Atlético Paranaense e o Hospital Nossa Senhora das Graças com apoio da Central de Transplantes do Paraná. O objetivo é mudar o cenário da fila de espera por um órgão – somente no Paraná mais de 2 mil pacientes aguardam por um doador. 

De acordo com o cirurgião geral e chefe do serviço de transplante hepático do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dr. Eduardo Ramos, o número baixo de doadores é fruto da falta de informação da população. “Quando há um paciente com morte cerebral na UTI, muitas vezes os familiares não fazem a doação dos órgãos por acreditarem que possa ter chance de recuperação, por questões religiosas, preconceito ou incerteza sobre a aprovação do paciente”, conta. O especialista explica que quando acontece a morte cerebral, o paciente não tem chance de recuperação. “Informação como esta é importante, por isso a comunidade deve ter conhecimento sobre a doação de órgãos.

Se a família sabe da vontade do paciente aceitará a doação", esclarece.


Critérios para doação

Os critérios para ser doador são não apresentar doença maligna ou infecção generalizada e não ter doença transmissível. Para que o procedimento seja realizado, doador e receptor devem ter o mesmo tipo sanguíneo e o tamanho do órgão deve ser compatível. O transplante pode ser realizado com doador falecido - paciente com morte encefálica, geralmente depois de traumatismo craniano ou derrame cerebral (AVC), ou doador vivo – p essoa em boas condições de saúde e que concorde com a doação. Podem ser doadores em vida os: pais, irmãos, filhos, avós, tios e primos, o cônjuge e ainda, os não parentes com autorização judicial.



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