Doença popularmente
conhecida como cálculos de vesícula acomete até 40% dos pacientes
pós-bariátricos
Há
anos, a cirurgia bariátrica vem sendo usada como alternativa efetiva para quem
busca, através do emagrecimento, saúde e qualidade de vida. Os procedimentos,
que grampeiam ou retiram parte do estomago, são totalmente seguros e ganham
cada vez mais pacientes em todo o país.
Segundo
a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), o número de
intervenções realizadas no Brasil cresceu 29,3% em dez anos. Em 2006, os
números eram de 29,5 mil procedimentos enquanto em 2016 chegou a mais de 100
mil. A tendência é que essa percentagem aumente cada vez mais, uma vez que a
população está mais informada sobre a cirurgia. No entanto, uma parcela
importante dos pacientes desconhece as alterações pós-operatórias que podem
surgir.
Entre
essas alterações está a Colelitíase pós-cirurgia bariátrica, conhecida também
como ‘pedras na vesícula’. Essa patologia pode ocorrer em até 40% dos casos
após seis meses da cirurgia, segundo estudos da Sociedade Americana de Cirurgia
Bariátrica. “Colelitíase são cálculos biliares que se formam na vesícula biliar
ocasionado pela rápida perda de peso ou por dietas com baixa caloria”, explica
Dr. Luiz Vicente Berti, cirurgião bariátrico.
Para
que isso não ocorra, segundo o médico, os pacientes que vão se submeter à
cirurgia bariátrica devem se informar junto ao seu médico sobre as formas de
diagnosticar e reduzir cálculos após a gastroplastia.
“É
de extrema importância que todos pacientes que vão se submeter a cirurgias para
o controle da obesidade conversem com seu o cirurgião sobre o assunto, e quando
indicado, realizem o tratamento o mais precocemente possível para evita-los,
inclusive medicamentoso, com isto diminuiríamos muito, cerca de 80%, a
necessidade de uma outra cirurgia, que mesmo sendo segura sempre serão
acompanhadas de riscos ”, finaliza Dr. Berti.
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