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sexta-feira, 15 de abril de 2016

49% das novas mamães não voltam ao obstetra no pós-parto





Anemia, pressão alta e diabetes são algumas complicações que podem surgir nesse período

Ao decorrer da gestação as futuras mamães, muito preocupadas com seus bebês, tomam todos os cuidados possíveis e não faltam a nenhuma consulta com o obstetra. Porém, no pós-parto, envolvidas com a nova rotina, esquecem, na maioria das vezes, de que cuidar de sua saúde ainda é muito importante e acabam esquecendo de ligar para o obstetra e marcar uma consulta.

Uma pesquisa feita pela Universidade Jonhs Hopkins, nos Estados Unidos, apontou que cerca de 49% das novas mamães não retornam ao médico após o parto. Na maior parte dos casos, as mulheres que tiveram algum problema durante o período gestacional, como pressão alta ou diabetes gestacional, são as que continuaram a procurar assistência médica com mais frequência. Ou seja, a preocupação faz com que a regularidade em consultas com o obstetra seja maior àquelas que tiveram uma gravidez sem riscos, mostra o estudo.

“O acompanhamento com o obstetra é essencial no pós-parto. Muitos problemas podem surgir nessa fase se não forem tomados os devidos cuidados que, certamente o médico que acompanhou toda gestação, saberá”, afirma o ginecologista do Hospital Vila Nova Cachoeirinha, Maurício Sobral.

Dentre as complicações que podem aparecer neste período estão: anemia, infecção urinária, pressão alta, diabetes, alteração na tireoide e trombose. Além disso, o obstetra também consegue avaliar a saúde emocional da mãe e posteriormente encaminhá-la para sessões de terapia, se for o caso.

A primeira consulta após o nascimento do bebê deve acontecer até o 10º dia. É o momento em que o médico fará novos pedidos de exames e a mãe poderá tirar suas dúvidas. A segunda visita ocorre 30 dias depois, com os resultados dos exames em mãos, assim o profissional poderá aconselhar melhor a recém mamãe. Ao decorrer do tempo, se a mãe não desenvolver nenhum problema, o acompanhamento se realizará em intervalos mais longos, de 3 a 6 meses.

“Ao dispensar a avaliação médica, é colocada em risco a saúde do recém-nascido, cujo o sistema imunológico ainda está em formação. Logo, se a mãe não souber que está com algum problema de saúde o bebê ficará mais exposto a doenças. Especialmente em casos de infecções, que podem ser facilmente transmitidas. Por isso, é fundamental que as consultas sejam realizadas nas datas certas”, finaliza o especialista.



Doutor Maurício Luiz Peixoto Sobral, CREMESP 90722 - especialista em Mastologia, Ginecologia e Obstetrícia. Possui título de Especialista em Ginecologia eObstetrícia (TEGO) e Título de Especialista em Mastologia (TEMA). É preceptor de ginecologia e obstetrícia do Hospital Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo. Realizou mais de 10.000 partos e cirurgias ginecológicas ao longo dos 17 anos de formado. Tem larga experiência em Obstetrícia no atendimento público e privado em grandes Hospitais. Além de Sócio-diretor da Aclimed - Clínica Médica Aclimação Ltda.  www.facebook.com/dr.mauriciosobral

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