O Outubro Rosa,
assim como o Novembro Azul, já se consolidou no calendário brasileiro. Agora é
a vez do Setembro Dourado, que tem por objetivo chamar atenção das pessoas para
o câncer infantil. A iniciativa visa estimular
ações preventivas e educativas associadas à doença, promover debates e outros
eventos sobre as políticas públicas de atenção integral às crianças com câncer.
“A experiência do
câncer é difícil para qualquer pessoa, seja acompanhando o sofrimento de um
parente próximo ou vivenciando o processo de cura e tratamento. A situação se
torna ainda mais delicada quando o paciente é uma criança. Muitos pais se
sentem responsáveis pela doença, pensando que poderiam ter feito algo para evitar
o quadro”, explica a médica oncopediatra da Oncomed BH, Dr. Fernanda Tibúrcio.
Fato é que câncer
em crianças e adolescentes, felizmente, é mais raro. Entretanto, de acordo com
o Instituto Nacional de Câncer (INCA), já representa a primeira causa de morte
(7% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, no
Brasil, e em países desenvolvidos. Em 2014, ocorreram 11.840 novos casos de
câncer infantil no país. As regiões Sudeste e Nordeste apresentaram os maiores
números de casos novos, 5.600 e 2.790, respectivamente, seguidas pelas regiões
Sul (1.350), Centro-Oeste (1.280) e Norte (820).
Os tipos mais
comuns, segunda Dra. Fernanda, incluem as leucemias (33%), tumores do sistema
nervoso central (20%), linfomas (12%), tumores germinativos (9%),
neuroblastomas (8%), tumor de wilms (6%), tumores de partes moles (6%), tumores
ósseos (5%) e retinoblastoma (3%).
As causas do
surgimento de tumores nas crianças estão mais ligadas a fatores genéticos
específicos. Além disso, algumas condições genéticas aumentam a incidência de
certos tipos de câncer, como a relação entre crianças diagnosticadas com
Síndrome de Down e a leucemia. “Na maioria dos casos, não se conhece a causa.
Alguns são devidos à predisposição genética. Não existe associação com tabagismo,
etilismo, hábitos de vida como ocorrem em adultos”, explica o médico.
Não existe um
método preventivo específico para o câncer em crianças e jovens, mas é de
extrema importância que os pais levem seus filhos a consultas periódicas com o
pediatra e relatar qualquer alteração no comportamento ou corpo da criança.
“Perda de peso, palidez, anemia, febre baixa constante, dor óssea ou nas juntas
sem histórico de trauma no local e massas abdominais são alguns indicadores de
tumores em crianças”, pontua Dra. Fernanda.
O tratamento
depende do tipo específico do câncer. Assim como nos adultos, existem várias
modalidades de tratamento como a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia que
podem ser usadas em conjunto ou não. “A resposta ao tratamento é boa na maioria
dos casos, sendo observadas taxas de sobrevida em cinco anos em torno de 80%”,
finaliza o médico.
Oncomed - Centro de Prevenção e Tratamento de Doenças Neoplásicas
Rua Bernardo Guimarães, 3106 – Barro Preto. Belo
Horizonte - MG
Telefone: 31 3299 1300
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