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terça-feira, 20 de abril de 2021

Início da temporada de Touro: mudanças de energias podem trazer desejo por estabilidade

 Imagem de DarkmoonArt_de por Pixabay

Mercúrio e Sol em Touro e Marte em Câncer influenciam nas emoções e ações da próxima semana


Mudando as energias da fase de Áries, Mercúrio e Sol entram em Touro nesta segunda-feira, 19, trazendo para o período calma e estabilidade. O signo, fixo e de Terra, revela o lado mais pé no chão, que busca segurança, o que pode deixar as pessoas mais voltadas à produtividade e aos resultados das ações começadas em Áries.

Já na sexta-feira, 23, Marte transita por Câncer e também traz energias que mexem com a forma de lutar pelos objetivos, deixando as pessoas mais sensíveis e na defensiva. A astróloga Sara Koimbra conta com detalhes o poder de cada um destes eventos nas energias da próxima semana.


19 de abril – Mercúrio em Touro

Mercúrio é o planeta do intelecto, da mente racional, se liga à maneira como absorvemos e transmitimos informações. Touro é o signo do cultivo, da perseverança, da afetividade, da teimosia e dos valores (tanto material quanto autovalor). 

Com Mercúrio em Touro a energia fica bem diferente da do começo do mês. Em Touro, Mercúrio procura criar coisas que sejam duradouras, tangíveis e estáveis. Os trânsitos de Mercúrio em Touro tendem a tornar nosso estilo de comunicação, pensamento e aprendizagem mais lentos, porém mais persistentes e duradouros, tendemos a ser mais práticos, ter os pés no chão e nos concentrar em questões tangíveis. 


19 de abril – Sol em Touro

O Sol oficialmente deixou Áries e estaremos aproveitando a energia deste signo fixo de terra até 20 de maio. A temporada de Touro é o refresco que vem após a alta energia da temporada de Áries. 

Touro é regido pelo planeta Vênus, que evoca coisas como romance, beleza, luxo, dinheiro e muito mais. Logo, uma temporada tocada indiretamente por Vênus, evoca uma atenção a mais em como lidamos com as questões materiais, os relacionamentos e a autocrítica em relação a esses aspectos. 

Nossos esforços começam a dar frutos durante a temporada de Touro, todas as sementes que foram plantadas lá na temporada de Áries, podem agora começar a crescer.

Sempre é bom lembrar que a energia de Touro é lenta e constante, por isso é um bom momento para se lembrar de que fazer as coisas rapidamente não é necessariamente a melhor saída. Ser produtivo é bom sim, mas ao fazer movimentos lentos, cautelosos e bem pensados, podemos garantir que chegaremos a um lugar estável com nossos objetivos.


23 de abril - Marte em Câncer

Marte é o planeta da ação, da libido, dos impulsos, como lutamos pelas coisas e como nos defendemos. Câncer é um signo de água, regido pela lua e natural da casa 4 (família, lar, ancestralidade etc.), portanto muito sensível, nutridor, voltado à família e muito ligado a questões do passado.

Quando Marte transita por Câncer, passamos a buscar nossos interesses com ardor, mas evitamos uma abordagem direta para ir atrás do que queremos. Da mesma forma, nossos objetivos e planos estão sujeitos a mudanças de humor e vacilações. Somos defensivos, em vez de abertamente agressivos. Muito do que fazemos depende do nosso humor do momento.

 

 

Sara Koimbra - atua há mais de 10 anos como astróloga, numeróloga e taróloga. Alia seus conhecimentos a terapias e orientação vocacional para adolescentes em busca da primeira profissão e adultos que querem se reinventar profissionalmente. Atua também com avaliação da política usando suas técnicas.

sarakoimbra.com.br

instagram.com/sarakoimbra


No mês do doador de sangue e medula óssea, projeto de lei no Rio estimula a adesão dos doadores

 A proposta é do vereador Marcio Ribeiro, autor da lei que concede prioridade para as pessoas com deficiência no calendário de vacinação 


O mês de abril é dedicado à campanha de incentivo e conscientização à prática de doação de sangue e medula óssea, mas infelizmente, o número de transplantes de órgãos no Brasil despencou, sobretudo, desde os primeiros casos de covid anunciados no país. O mesmo acontece com os doadores de sangue. Por causa da pandemia, muitas pessoas deixaram de doar, com medo de se expor ao contágio do coronavírus. Como forma de estimular a doação de sangue, órgãos e medula óssea, o vereador Marcio Ribeiro, do Avante, deu entrada no projeto de lei 188/2021, que dá prioridade a doadores de sangue, órgãos e medula óssea, em locais como instituições financeiras, órgãos e repartições públicas, além de estacionamentos públicos e privados. Para Marcio Ribeiro, se sancionada, a lei vai melhorar a informação sobre a a importância da doação, estimulando mais e mais pessoas a serem doadoras:

“Essa lei não tem nenhum benefício especial, é apenas o reconhecimento dessas pessoas que, de forma voluntária, são doadores. Principalmente no atual momento que o mundo vive. Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, ao mesmo tempo em que o número de doações caiu, a taxa de mortalidade de quem está na fila de espera aumentou de 10% a 30%. É necessário estimular e criar essa consciência nas pessoas. É maravilhoso poder  fazer algo a favor da vida de alguém",  avalia o parlamentar, que é autor da lei que concede prioridade para as pessoas com deficiência no calendário de vacinação.

 

Quem tem direito e como comprovar?

Serão considerados doadores de sangue aquele que realize, no mínimo, três doações, no período de 12 meses, atestadas por órgãos oficiais ou entidades credenciadas pelo poder público. Já os doadores de medula óssea e órgãos, deverão apresentar carteira de doador impressa ou por meio digital com a comprovação dos dados, nos últimos 90 dias.

Número de doadores de sangue e órgãos diminui desde o começo da pandemia

Os dados do Registro Brasileiro de Transplantes mostram que o número de doações de órgãos e tecidos despencou em 2020. A doação de córneas caiu em mais de 50% na comparação com 2019. No grupo dos órgãos, a maior queda foi a doação de pulmão, depois rim, coração e fígado. O transplante mais realizado com doador vivo, o de rim, foi suspenso em 2020 para proteger os doadores do risco de serem contaminados pelo coronavírus em hospitais. Isso fez o número de transplantes renais, entre vivos, cair ao menor patamar dos últimos 36 anos.

No Rio de Janeiro, mesmo com todos os esforços e campanhas para atrair novos voluntários, o HemoRio (Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti) contabilizou uma queda de 4,4% no número de bolsas de sangue coletadas: foram cerca de 78.400 unidades, em 2020, contra aproximadamente 82 mil bolsas, em 2019.

Dia 21 de abril é o 'Dia Mundial da Sensibilização para a Leucemia Mieloide Aguda' e especialista fala sobre importância da conscientização da doença

O diagnóstico precoce da doença e do seu subtipo são responsáveis por uma jornada de tratamento mais assertiva e com maior qualidade de vida para o paciente


Muito se fala sobre a leucemia como um todo, um câncer que se desenvolve na medula óssea, interferindo na formação de células sanguíneas saudáveis. Mas, pouco se sabe da Leucemia Mieloide Aguda (LMA), o tipo mais grave da doença, com rápida progressão e o mais comum em adultos¹. Ela acomete pessoas de todas as idades, mas tem maior incidência em idosos acima dos 60 anos, muitas vezes já com outras comorbidades. Por isso, para auxiliar na sua conscientização, o dia 21 de abril foi escolhido para marcar o ‘Dia Mundial da Sensibilização para a Leucemia Mieloide Aguda’.

Mas quais são os principais sintomas que as pessoas devem ficar atentas? De acordo com a gerente médica da Astellas Farma Brasil e líder da área de onco-hematologia, Dra. Elisângela Ribeiro, os sinais mais frequentemente relatados pelos pacientes com LMA são a perda de peso, perda de apetite, fadiga, febre e transpiração noturna2. “Como a LMA está relacionada à diminuição da produção de células sanguíneas normais, ou seja, quando as células leucêmicas tomam conta da medula óssea, algumas mudanças podem ser diagnosticadas nos exames de sangue. Além dos sinais facilmente perceptíveis, essas alterações provocam, também, sintomas como cansaço e falta de ar, devido à anemia, que ocorre por escassez de glóbulos vermelhos; infecções e febre, por conta da diminuição dos glóbulos brancos; e sangramentos e hemorragias, em razão da diminuição das plaquetas3”, esclarece.

O tratamento da leucemia mieloide aguda deve ser iniciado logo após o diagnóstico, já que a doença pode progredir de forma muito rápida no organismo. “O ciclo de tratamento é, normalmente, administrado com o paciente em ambiente hospitalar, devido ao risco de efeitos colaterais graves4. Entre as opções de tratamento disponíveis, estão a quimioterapia, terapias-alvo, transplante de medula óssea e os agentes hipometilantes3”, complementa Dra. Elisângela.

Para um tratamento mais assertivo contra a LMA, é preciso entender seus subtipos, já que alguns dos pacientes apresentam certas mutações genéticas que podem certificar um melhor ou pior prognóstico, e assim auxiliar na definição do melhor caminho na luta contra a doença. “Aqueles com mutação no gene FLT3, por exemplo, apesar de ser o mais comum entre os pacientes, tendem a ter uma evolução com mais desafios. Devido a isso, estes pacientes necessitam de terapias mais agressivas para buscar o controle da doença. Caso haja a identificação adiantada dessa mutação, maior será a possibilidade de sobrevida e com mais qualidade de vida para o paciente5”, explica a gerente médica da Astellas.

Infelizmente, no Brasil ainda existe certa dificuldade no diagnóstico da LMA. Nem todos os hospitais contam com médicos especializados em hematologia, laboratórios próprios para a realização de um mielograma (um dos exames necessários para o diagnóstico da doença), ou uma estrutura dedicada à LMA. Há dificuldade também na identificação da mutação do gene FLT3, o exame não estava contemplado no rol de procedimentos da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar, que disponibiliza medicamentos e procedimentos aos planos de saúde, mas foi incluído agora em 2021. “Felizmente, tivemos a boa notícia da inclusão do exame para a identificação da doença na lista da ANS, mas ainda assim o investimento na área de diagnóstico é primordial para a melhora do tratamento da LMA, no país.”, alerta Dra. Elisângela.

Devido a todas as dificuldades e desafios que os pacientes vivem durante a jornada de tratamento, uma das coisas que não pode faltar é o apoio de seus cuidadores, sejam familiares ou amigos. Esses entes queridos são quem os ajudam a manter um senso de normalidade, a cuidar das pendências e são as pessoas que irão confortá-los nos momentos mais difíceis. “Poucas coisas podem nos desestabilizar de uma forma tão avassaladora como a descoberta de uma doença como a LMA, por isso esse suporte é tão importante para os pacientes. A rotina dentro de um hospital é cansativa, tanto para o paciente quanto para quem cuida, é preciso muita força para enfrentar essa jornada conjunta”, completa Dra. Elisângela.

 

Sobre a Leucemia Mieloide Aguda – LMA

A LMA é uma doença agressiva e os sinais tendem a aparecer precocemente³. Esses sintomas não são exclusivos da doença e podem estar relacionados a outras condições clínicas. Ainda assim, caso se perceba algum dos sintomas, é importante consultar um médico4. Os sintomas mais frequentemente relatados por um paciente com LMA são: fadiga, fraqueza, falta de ar, tontura, dores de cabeça, hematomas e sangramentos, perda de peso, perda de apetite, febre e infecções frequentes¹. Estes sintomas estão relacionados à diminuição da produção de células sanguíneas normais, que ocorre quando as células leucêmicas invadem a medula óssea. Estas alterações podem ser diagnosticadas nos exames de sangue, que detectam a escassez de glóbulos vermelhos, a diminuição dos glóbulos brancos e menor número de plaquetas³. Desde março de 2020, o gilteritinibe, terapia alvo produzida pela Astellas, foi aprovado pela Anvisa para o tratamento de pacientes adultos com leucemia mieloide aguda com mutação no gene FLT3.


Sobre a campanha “O Cuidado nos Inspira”

A Astellas Farma Brasil criou a campanha “O Cuidado nos Inspira” com o intuito de celebrar todos os cuidadores não profissionais de paciente de doenças graves, como a LMA. Esses cuidadores são normalmente familiares que assumem as responsabilidades e cuidados de seu ente querido sem receber nada em troca. Nós queremos celebrar essas pessoas, reconhecer sua força e dedicação e essa jornada conjunta que vivem com os pacientes. Todo esse carinho é o que nos motiva a buscar o melhor tratamento para a doença, nos instiga todos os dias a perseguir esse ideal e é o que nos inspira.


 

Astellas Farma Brasil

www.astellas.com/br

 

Referências

¹De Kouchkovsky I, Abdul-Hay M. Blood Cancer J. 2016 Jul 1;6(7):e441.

2Mercado privado em foco: LMA na saúde suplementar. Astellas 2020

3LMA - Tudo sobre a Leucemia Mieloide Aguda. ABRALE. Disponível em: https://www.abrale.org.br/wp-content/uploads/2020/07/Manual-de-LMA.pdf

4Estatística para a Leucemia Mieloide Aguda. Oncoguia. Disponível em: < http://www.oncoguia.org.br/conteudo/estatistica-para-leucemia-mieloide-aguda-lma/7944/331/) Acesso em. 29 de set. de 2020

5Acute Myeloid Leukemia (AML) In Adults. Disponível em  https://www.cancer.org/cancer/acute-myeloid-leukemia/detection-diagnosis-staging/signs-symptoms.html. Acesso em 26/09/2020.


Lesões no tornozelo representam o motivo mais frequente para atendimentos emergenciais

ABTPé explica níveis de gravidade e importância do tratamento adequado


É estimado, através de estudos, que ocorra uma torção de tornozelo para cada dez mil habitantes por dia. A articulação do tornozelo sustenta todo o peso do corpo, faz a interface entre a perna e o solo e, na prática de esportes, frequentemente é acometida por torções. A entorse é considerada o motivo mais frequente para atendimentos emergenciais e, muitas vezes, está associada a lesões mais graves que podem requerer cirurgia.

O presidente da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé), Dr. José Antônio Veiga Sanhudo, explica que a entorse do tornozelo pode ser uma lesão grave e deixar sintomas para o resto da vida, principalmente se não tratada adequadamente. “Estima-se que pelo menos 10% dessas lesões evoluam com sequelas, especialmente quando o tratamento é negligenciado”, ressalta.

Quando uma entorse de tornozelo acontece, um ou mais ligamentos no lado interno ou externo (mais comumente) sofreram estiramento, ruptura parcial ou ruptura total.

A gravidade da lesão varia de acordo com o grau de ruptura das estruturas ligamentares e é classificado de I a III.

Grau I – leve (distensão): ligeiro estiramento dos ligamentos, com formação de edema e presença de dor.

Grau II – moderado: ruptura parcial dos ligamentos e instabilidade da articulação, com presença de edema e rigidez na movimentação. Dor de intensidade moderada.

Grau III – grave: ruptura total dos ligamentos e muita instabilidade no pé, com grande dificuldade para manter-se em pé e dor intensa.

O presidente da ABTPé salienta que a entorse do tornozelo compreende graus variados de lesão ligamentar, que via de regra cicatrizam bem, mas que se não imobilizadas e supervisionadas por um especialista, muitas vezes cicatrizam alongadas, sem a tensão adequada, o que, na maioria das vezes, provoca instabilidade articular, com perda da segurança, falseios e entorses de repetição.

“Ao sofrer uma entorse no tornozelo, o ideal é passar por consulta com um especialista para uma avaliação correta da gravidade da lesão. Muitas entorses são tratadas sem orientação médica adequada e o indivíduo acha que ficou curado até notar que o seu tornozelo não é mais o mesmo”, fala o especialista.

O médico esclarece que o tratamento da lesão, que antes envolvia longos períodos com bota gessada, hoje é, na maioria das vezes, realizado de forma funcional com imobilizações elásticas que bloqueiam alguns movimentos, mas permitem caminhar com uso de calçados regulares. “A duração do tratamento é de 6 a 12 semanas habitualmente e, quase sempre, envolve uma fase inicial de imobilização funcional, seguida de reabilitação”, conclui Dr. Sanhudo.

 


Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé  - ABTPé


5 aprendizados sobre higiene bucal trazidos pela pandemia que deveriam ser mantidos

Cuidados básicos antes e depois de escovar os dentes e troca frequente de escovas foram reforçados


Escondida por trás das máscaras, a saúde bucal não pode ficar de lado e ganhou, inclusive, novos reforços nesse momento. São ações que já deveriam fazer parte da rotina, mas que muitas vezes eram esquecidas e não valorizadas como deveriam. Quando se fala em contaminação, um dos principais canais de acesso de todo tipo de vírus ao corpo é a boca. E, para prevenir inclusive muitas outras doenças que já circulavam entre a população, alguns hábitos implantados agora deveriam ficar no dia a dia de cada um.


Lavar as mãos antes de escovar os dentes

Lavar as mãos já está entre as formas de prevenção da Covid-19. Mas realizar essa higiene antes da escovação também faz parte da rotina de cuidados. “Se a higiene das mãos já é essencial no dia a dia, no momento de manipular objetos que terão contato direto com a boca, isso se torna ainda mais primordial. A recomendação é lavar bem as mãos, com água e sabão, até a altura do punho e por aproximadamente 20 segundos”, explica o dentista e gerente de novos produtos e práticas clínicas da Neodent, Sergio Bernardes.


Usar enxaguante bucal 

O uso de enxaguantes bucais é um reforço na higiene que pode entrar na rotina diária. “É importante ressaltar que o enxaguante atua somente na cavidade bucal, mas por sua capacidade antimicrobiana e função de limpeza, é um excelente coadjuvante para aumentar ainda mais a higiene da boca”, explica. 


Trocar de escova dental com frequência 

A substituição das escovas também é uma recomendação que já deve fazer parte da rotina de todos, mas, com a chegada da Covid-19, essa ação recebe ainda mais importância. “É essencial que as pessoas que passarem por qualquer problema de saúde, inclusive Covid-19, troquem de escovas. Assim como quem ficou internado, já que a escova tem contato direto com a boca e pode ter vírus e bactérias acumulados”, ressalta o dentista. 


Higienização das escovas 

Após cada escovação também é importante fazer a higienização correta da escova. “Deve ser feita a higienização em água corrente, fazer remoção dos resíduos que sobram da escovação e, por final, não enxugar as cerdas na toalha de mãos e rosto, já que pode ocorrer uma transferência de bactérias entre as duas superfícies”, conta  Bernardes. Além disso, em casos de pessoas contaminadas, recomenda-se borrifar álcool 70% ou água oxigenada a 0,5% sobre toda superfície da escova para eliminar o vírus. Outro fator importante é que a escova seja guardada sempre seca, para que a umidade não influencie no acúmulo de fungos e bactérias.


Armazenamento 

Guardar corretamente as escovas de dente também faz parte do processo de prevenção. Apesar de ir contra o que grande parte da população segue, o armazenamento correto não deve ser em gavetas, armários ou com protetores para as cerdas. “Deixar as escovas fechadas ou abafadas não é o mais indicado, pois proporciona um ambiente propício para a proliferação de bactérias. O ideal é manter a escova aberta, com as cerdas voltadas para cima e na maior distância possível do vaso sanitário, que pode, no momento da descarga, transmitir germes para o ar e contaminar a escova”, ressalta. Outro ponto importante é deixar as escovas de familiares e amigos separadas, sem contato umas com as outras. 

É importante ressaltar que, para o combate à pandemia da Covid-19, deve ser respeitado o isolamento social, o uso de máscaras e as medidas de segurança estabelecidas pelos órgão de saúde e gestão de cada município. De acordo com especialistas, essas são as formas fundamentais de prevenção aos casos da doença. 

 


Neodent®


Os pacientes de hipertensão pulmonar precisam respirar

A hipertensão arterial pulmonar (HAP) é uma doença rara, grave, progressiva e sem cura. As pessoas que têm HAP são grupo de risco para a Covid-19, sendo que a patologia está listada no Plano Nacional de Imunização como uma das comorbidades previstas nas prioridades para vacinação. Neste momento difícil da pandemia de coronavírus no Brasil, com elevada circulação do vírus e alto número de mortes causadas pela doença, os pacientes com hipertensão pulmonar ainda são submetidos a mais um agravante: a falta de medicamento, que causa interrupção no tratamento e coloca em risco as suas vidas. Ou seja, em um cenário de falta de leitos hospitalares, os pacientes de hipertensão pulmonar correm risco de precisarem de internação por terem o seu direito à saúde negligenciado.

A Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas (ABRAF) recebeu relatos de desabastecimento do medicamento sildenafila em diversas cidades do Brasil. Diante do risco à saúde e à vida dessas pessoas que vivem com hipertensão pulmonar, nós, da ABRAF, decidimos fazer um manifesto pela vida, em formato de vídeo, para chamar a atenção dos governantes e da sociedade para o problema enfrentado por essas pessoas.

Em um dos depoimentos que recebemos, Roseane Sousa Furtado, moradora de Brasília que tem lúpus e hipertensão pulmonar, faz um apelo para que as autoridades olhem por ela e pelas pessoas que necessitam de medicação para continuarem vivas. "Necessito muito dessa medicação, pois assim que eu fico sem usá-la eu me sinto muito cansada, minha respiração fica ofegante e eu tenho que ir para o oxigênio. Eu peço que, por favor, olhem para nós, para que possamos ter uma vida digna com um pouco mais de saúde, diante de tantos problemas que a gente tem que enfrentar".

O medicamento sildenafila é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e sua compra centralizada pelo Ministério da Saúde. Ocorre que, em um momento em que todos os esforços parecem estar centralizados na pandemia, os pacientes correm risco de morte pela incapacidade do órgão em manter suas responsabilidades de cuidado com os demais pacientes em dia.

A pesquisa Vivendo com Hipertensão Pulmonar: a perspectiva dos pacientes, realizada em 2019 pela ABRAF, nos mostra que o problema de desabastecimento de remédios não é recente. Dentre os diversos problemas que uma doença crônica traz, a falta de medicamentos foi apontada como o tema que mais preocupava os pacientes. Tal preocupação se deve, principalmente, ao impacto negativo que a doença traz nas finanças da casa (80% dos pacientes afirmam isso). Se levarmos em conta que a pandemia afetou grande parte da população e, no caso de pacientes de grupo de risco, limitou também a locomoção do cuidador (o qual se protege, ou seja, evita sair para trabalhar no intuito de proteger a vida do paciente), podemos inferir que certamente as finanças das famílias de pacientes de HAP estão muito piores atualmente.

A manifestação e a exigência dos pacientes em receber a medicação são, pois, legítimas. Comprar medicamentos caros, que fazem parte do componente especializado no SUS, está fora do alcance da grande maioria. Faz-se mister que eles possam manter o tratamento ao qual têm direito e que garanta suas vidas, ainda que diante de um cenário extraordinário como o que estamos vivendo. Trata-se de um direito constitucional e também, previsto nas diretrizes do SUS. Submeter os pacientes de hipertensão arterial pulmonar a um risco de morte ainda maior em plena pandemia de uma doença respiratória é desumano.

 


Paula Menezes - Presidente da ABRAF - Advogada e consultora independente em defesa da saúde, comunicação e planejamento estratégico para organizações sem fins lucrativos e para a indústria farmacêutica. É presidente da ABRAF desde 2014 e atuou como vice-presidente da Sociedade Latina de Hipertensão Pulmonar durante sete anos.

 

Flávia Lima - Líder da ABRAF em Brasília - jornalista, especialista em Saúde Coletiva pela Fiocruz Brasília e líder da ABRAF em Brasília.

 

ABRAF - Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas

http://abraf.ong/

Dor de cabeça? Cuidado, pode ser um sinal de DTM

Especialista explica a relação da Disfunção Temporomandibular (DTM) como uma das causas para esse incômodo


Segunda a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a principal queixa dos pacientes que procuram clínicas e hospitais é a cefaléia, conhecida popularmente como dor de cabeça. Sabe-se hoje que 90% da população terá pelo menos um episódio desse incômodo durante a vida, e que 50% apresenta pelo menos um quadro dessa dor todos os anos.

A grande dificuldade que os profissionais encontram no tratamento desses pacientes é descobrir corretamente o diagnóstico da causa do problema, já que podem existir inúmeras etiologias.

Entre as possibilidades, está a chamada disfunção temporomandibular (DTM). "Estima-se que pelo menos 80% dos pacientes que procuram tratamento para DTM relatam que apresentam frequentemente episódios de cefaléia", relata o cirurgião bucomaxilofacial Dr. Fábio Ricardo Loureiro Sato.

A DTM é um problema relacionado à articulação temporomandibular (ATM) e musculatura mastigatória, normalmente causada por uma associação de fatores como hábitos parafuncionais de apertar ou ranger os dentes, forçar a mastigação com chiclete ou alimentos duros, bem como problemas sistêmicos e genéticos. Entre as principais queixas dos pacientes com essa disfunção estão as dores em face, limitação e travamento em abertura de boca e ruídos na articulação temporomandibular.

De acordo com o Dr. Fábio Sato, devido ao fato de a DTM ser uma das causas de dores de cabeça frequente, principalmente com os quadros de enxaqueca tensional, é importante que o paciente que apresenta esse sintoma, sem causa específica, procure além de um neurologista, um especialista em DTM e Dor Orofacial para investigar se tal incômodo não está sendo causada ou agravada por um quadro de disfunção temporomandibular.

"Tenho vários casos de pacientes que sofriam há anos com problemas de cefaléia, principalmente no período da manhã e em situações de ansiedade e estresse, e que após o início do tratamento para DTM, apresentaram melhora significativa nessa dor" explica o Dr. Fábio Sato.

Dessa forma, é muito importante a avaliação de um profissional especializado, pois um tratamentos simples como o uso de uma placa, fisioterapia e medicações podem trazer a resposta e cura em relação à qualidade de vida de pacientes que sofrem por muitos anos com dor de cabeça diária.

 


Dr. Fábio Sato - Formado pela Odontologia na USP, é mestre e doutor em Cirurgia Bucomaxilofacial. Sua atuação é principalmente no tratamento da Disfunção Temporomandibular através de procedimentos minimamente invasivos, Cirurgia Ortognática para Correção das Deformidades Dentofaciais, além de outros procedimentos como Enxertos Ósseos, Implantes Dentários e demais relacionados à área.


Hipertensão arterial sistêmica e doenças renais: uma via de mão dupla

A hipertensão arterial sistêmica, conhecida popularmente como pressão alta, atinge mais de um bilhão de pessoas no mundo, sendo reconhecidamente o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio. No Brasil, estima-se que aproximadamente 35% dos brasileiros sejam hipertensos, porém como essa doença é silenciosa e apresenta poucos sintomas, apenas metade desses brasileiros hipertensos sabe ser portador dessa enfermidade, e desses, menos da metade está com os níveis pressóricos controlados, realizando tratamento adequado. Isso já seria um sinal de alerta incontestável, aumentando o risco das doenças cardiovasculares para nossa população, todavia existe ainda uma estreita e mórbida relação da pressão arterial e os rins muito menos difundida que faz a maior parte da população ignorá-la.

Os rins são órgãos fundamentais no controle da pressão arterial por produzir hormônios que aumentam a pressão todas as vezes que eles reconhecem que estão recebendo pouco sangue, por exemplo, ou quando eles estão "inflamados" em um contexto de glomerulonefrite. Por outro lado, os níveis pressóricos elevados são muito lesivos aos rins, já que esses órgãos possuem uma estrutura de vasos muito delicada por onde é filtrado o sangue, não podendo, por exemplo, deixar que proteínas sejam perdidas.

A hipertensão arterial e a perda de proteína na urina são reconhecidamente os dois fatores de risco principais que aceleram a progressão da doença renal. Quando essa estrutura delicada é submetida a um regime de alta pressão ela se distende e se danifica permitindo a perda de proteínas e a formação de lesões de esclerose, que são como cicatrizes.

Logo, essa distensão acaba gerando a lesão da estrutura que em última análise fará pacientes que possuem problemas renais perderem seus rins mais rapidamente e pacientes que não possuem começarem a ter problemas. Em todas essas situações, a perda da função renal será tão mais rápida quanto maior for o descontrole pressórico e muitas vezes o principal tratamento para desacelerar o processo é o controle pressórico rigoroso.

Dito isto, é importante ressaltarmos alguns pontos:

1. Pacientes com hipertensão arterial devem realizar investigação de doenças renais visando descartar que a causa da hipertensão seja problemas renais.

2. As doenças renais que causam hipertensão são diversas, mas vale ressaltar algumas principais como: estenose de arterial renal, hiperaldosterinismo primário, glomerulopatias primárias (como nefropatia IgA), glomerulopatias secundárias (como lúpus eritematoso sistêmico e nefropatia diabética).

3. É recomendado que todo paciente hipertenso faça exames da sua função renal ao diagnóstico e posteriormente uma vez no ano, além de exames urinários. Se alterações urinárias forem encontradas, uma consulta com nefrologista está indicada. Os exames de imagem do rim, dos vasos do renais e das glândulas adrenais são muitas vezes indicados, porém eles dependem de uma avaliação médica que leva em consideração idade, história, exame físico.

4. Pacientes com problemas renais devem controlar a pressão arterial rigorosamente visando retardar a progressão da doença renal e reduzir o risco de lesões cardiovasculares. Aqui vale ressaltar que pacientes renais possuem um risco cardiovascular altíssimo, extremamente maior que a população geral, sendo essas doenças a primeira causa de óbito nesse grupo de pacientes.


Logo, não é possível se falar e pensar em hipertensão arterial sem falar em doenças renais, assim como é impossível se falar e pensar em doenças renais sem falar de hipertensão arterial e controle da pressão arterial. Cuide da pressão arterial e cuide dos seus rins.

 


Lectícia Jorge - médica nefrologista e intensivista, com doutorado em lesão renal aguda pela USP e gerente Nacional de Serviços Hospitalares da Fresenius Medical Care.


Obesidade, sedentarismo e tabagismo estão associados ao desenvolvimento de hipertensão arterial e diabetes, indica estudo da CAPESESP

Essas doenças podem ser evitadas com estilo de vida mais saudável


Uma pesquisa realizada pela CAPESESP (Caixa de Previdência e Assistência dos Servidores da Fundação Nacional de Saúde) analisou ao longo de dez anos o potencial impacto do estilo de vida de 46 mil beneficiários do plano de saúde e verificou que os fatores de risco modificáveis, tais como sobrepeso/obesidade, atividade física leve/sedentarismo e tabagismo, podem estar associados ao surgimento de hipertensão arterial e diabetes.

O estudo constatou que aqueles que não apresentavam fatores de risco em 2007 permaneceram livres das doenças 10 anos depois (2017). Desse grupo, 37% não desenvolveram hipertensão arterial e 31% continuaram sem manifestar diabetes. Os dados analisados foram obtidos a partir de pesquisas de saúde populacional realizadas pela entidade e registros de eventos no sistema informatizado.

De acordo com os autores da pesquisa, os médicos João Paulo dos Reis Neto, Diretor-Presidente da CAPESESP e Juliana Martinho Busch, Diretora de Previdência e Assistência da Entidade, essas duas doenças são particularmente importantes, pois também podem agravar ainda outras comorbidades, elevando o risco de mortalidade, além de gerar um impacto significativo, na utilização dos recursos assistenciais e na economia familiar como um todo, uma vez que resulta em incapacidade para atividades laborativas e perda de produtividade,

Ainda segundo os especialistas, o incentivo a uma rotina saudável é fundamental para reduzir os fatores de risco e assim, viver melhor e por mais tempo, ressaltam.

 


CAPESESP - Caixa de Previdência e Assistência aos Servidores da Fundação Nacional de Saúde


Especialistas alertam: a perda de audição está começando cada vez mais cedo

Ruídos do cotidiano e maus hábitos causam prejuízos à saúde auditiva


O Dia Internacional da Conscientização sobre o Ruído, comemorado em 24 de abril, é uma data importante para refletirmos sobre a agitação e o barulho que, cada vez mais, fazem parte de nosso cotidiano. Os especialistas advertem: o ruído em excesso faz mal à saúde e pode ser a causa de problemas auditivos precoces nas novas gerações.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) regulamenta que o ruído em áreas residenciais não ultrapasse os limites de 55 decibéis para o período diurno, das 7h às 20 h; e 50 decibéis para o período noturno, das 20h às 7h da manhã. De acordo com critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), ruídos constantes acima de 55 decibéis são nocivos. Muitas vezes eles causam, de imediato, incômodo e irritação, mas as consequências podem vir mais tarde, em forma de estresse, problemas cardíacos e perda auditiva.

"A data serve como alerta sobre a responsabilidade que cada indivíduo tem de reduzir a emissão de ruídos em suas atividades diárias. É um problema sério. Já se constata que a perda auditiva está começando a surgir cada vez mais cedo entre moradores de grandes cidades. E o barulho intenso e prolongado pode causar danos cada vez maiores à audição, ao longo da vida", explica a fonoaudióloga Marcella Vidal, Gerente de Audiologia Corporativo na Telex Soluções Auditivas.

O barulho está por todo lado. Por isso, é importante fazermos a nossa parte. A qualquer hora do dia são obras, trânsito, carros de som, buzinas, sirenes de ambulância, ronco de caminhões, gritos e algazarra em prédios e condomínios, música alta em casa ou no vizinho, TV em alto volume, e outras incontáveis formas de ruído. Na maioria das vezes, não percebemos o risco. É o que acontece quando aumentamos o volume da música que ouvimos nos fones de ouvido durante a caminhada ou no trajeto para o trabalho.

E a ideia de que nos acostumamos com o barulho é um mito. Mesmo quando acreditamos que ele não incomoda, biologicamente continua a nos fazer mal. "Infelizmente a poluição sonora ainda não é percebida como um mal à saúde. O ruído é um poluente invisível que, contínua e lentamente, agride as pessoas", lembra a fonoaudióloga.

A Sociedade Brasileira de Otologia estima que entre 30% a 35% das perdas de audição são consequências da exposição a ruídos comuns do dia a dia. São os próprios médicos e fonoaudiólogos que advertem: a juventude deve ter mais consciência quanto aos riscos do som alto e proteger a audição, sob pena de ter dificuldades para ouvir antes de envelhecer.

"Essa geração da tecnologia, que não larga os smartphones e videogames, dependerá mais de aparelhos auditivos no futuro. Isso porque, ao se expor a uma intensidade sonora elevada todos os dias, se arrisca a sofrer danos irreversíveis à audição com o passar do tempo", conclui Marcella Vidal, ressaltando, contudo, que as consequências não são as mesmas para todos. Variam de acordo com o período de exposição sonora e a predisposição genética de cada um.


Analgésicos são os medicamentos mais vendidos durante a pandemia, aponta Farmácias APP

Levantamento mostra os medicamentos mais vendidos desde fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021 em todo o varejo farmacêutico


Com a chegada da pandemia no Brasil, os brasileiros, além de prevenir o contágio da Covid-19, também redobraram os cuidados com outras doenças. Segundo o Farmácias APP, aplicativo de venda online de saúde e beleza, os analgésicos e antitérmicos foram os mais comprados durante a pandemia, com 6,5% das vendas total de medicamentos.

Na mesma linha, os anti-inflamatórios estão na segunda colocação com 4,7% das vendas. Em seguida, medicamentos para doenças cardiovasculares (como pressão alta) e contraceptivos hormonais aparecem com 4,3% e 3,6% da totalidade. Por fim, completa o top 5 os remédios para congestão nasal somando 2,8%.

Analisando por faturamento, os antidepressivos foram os que mais geraram receita, sendo responsáveis por 5% do total de medicamentos, apesar de ser apenas o 11º em quantidade. Com maior volume de vendas, os analgésicos e antitérmicos foram a segunda classe que mais faturou com 4,2% da totalidade. Completando, medicamentos para colesterol e triglicérides registraram 3,8% do faturamento total.

“Os números mostram que os brasileiros buscaram mais os medicamentos que tratam doenças do cotidiano, como a dores e inflamações. Na contramão dos remédios mais comuns na rotina, medicamentos que combatem vermes e parasitas cresceram 147% nos dois primeiros meses de 2021, comparado ao mesmo bimestre do ano anterior”, afirma Renata Morais, coordenadora de marketing do Farmácias APP.

O estudo leva em conta o período entre fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021 e contempla todo o varejo farmacêutico, tanto físico quanto digital.

 


Farmácias APP

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Maior causa de cegueira evitável cresce no País

Redução nas cirurgias de catarata apontada pelo DATASUS pode causar outros problemas de saúde. Entenda.

 

A pandemia de coronavírus está agravando doenças que podem levar à perda da visão. Levantamento do DATASUS mostra que de 2019 para 2020 o número anual de cirurgias de catarata no Brasil caiu cerca de 38%, passando respectivamente de 576 mil para 357,8 mil operações. 

Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier (IPB), esta redução é bastante preocupante. Primeiro, porque surgem no País cerca de 120 mil novos casos de catarata ao ano.  O último levantamento do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) do qual o médico faz parte também mostra que hoje a catarata rouba a visão de 769 mil brasileiros. São 49% dos 1,57 milhão que não enxergam. Por aqui, a perda da visão decorrente da catarata está acima dos 45% que ocorre no restante do mundo, conforme pesquisa publicada na revista científica, The Lancet.

 

Sintomas

Queiroz Neto afirma que muitos pacientes são diagnosticados durante uma consulta de rotina quando ainda não percebem a doença. “Por isso nem sempre é necessário passar pela cirurgia, único tratamento, logo após o diagnóstico”, salienta. O ideal é operar quando os óculos já não oferecem correção satisfatória e por isso a visão começa atrapalhar atividades rotineiras como ler, dirigir, acompanhar aulas, palestras ou reuniões online. 

A catarata senil, explica, é caracterizada pela perda progressiva da flexibilidade e transparência do cristalino, lente transparente que fica atrás da íris, parte colorida do olho.  O embaço dificulta a penetração da luz e a visão nítida conforme envelhecemos. 

Os sinais que indicam a catarata são: mudança frequente do grau dos óculos, perda da visão de contraste, dificuldade para dirigir à noite ou enxergar em ambientes escuros, visão dupla em um dos olhos, enxergar halos ao redor da luz, ofuscamento (fotofobia) em ambientes ensolarados ou bem iluminados.

 

Causas

Ao contrário do que muitos imaginam, Queiroz Neto afirma que a catarata não é uma exclusividade do envelhecimento, embora esta seja a maior causa. Para se ter ideia, a relação entre a doença e a faixa etária é de:

·         17% dos 55 aos 65 anos.

·         47% dos 65 aos 75 anos.

·         73% aos 75 anos ou mais.

 

Juvenil

“Embora menos frequente, a catarata também pode surgir entre jovens que têm alta miopia, casos na família ou que sofrem algum trauma na região da cabeça”, avisa Queiroz Neto.

 

Em bebês

A catarata congênita responde por 40% dos casos de cegueira na infância e surge logo que o bebê nasce. O especialista afirma que as causas mais comuns são as doenças infecciosas contraídas pela mãe durante a gestação. As principais são: sarampo, rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose. Por controverso que possa parecer, a doença também pode ser do tipo idiopática, ou seja, de causa desconhecida, simplesmente aparece. Por isso, o especialista recomenda aos pais que chequem se o recém-nascido passou pelo teste do olhinho na maternidade após o nascimento. “Na dúvida, recomenda tirar fotos com flash da criança. Isso porque, se não aparecer um reflexo vermelho nos olhinhos indica a presença de alguma doença congênita”, ensina.

 

Efeitos na saúde

O oftalmologista afirma que de acordo com diversos estudos a evolução da catarata aumenta a chance de quedas, fraturas ósseas, isolamento, depressão e insônia. “Olhos com catarata dificultam a penetração no globo ocular da luz azul durante o dia. Este comprimento de luz orienta a secreção de hormônios que regulam nosso estado de vigília e à produção de melanopsina responsável pelo controle de nosso relógio biológico. Por isso, mais da metade das pessoas com catarata perdem o sono, ganho de peso, aumento da glicemia e colesterol”, pontua. Juntos estes efeitos funcionam como uma verdadeira bomba em nosso organismo.

O oftalmologista ressalta que, nos recém-nascidos, o sistema nervoso central e o sistema visual são pouco desenvolvidos – o que explica por que um

bebê precisa dormir até 17 horas por dia. “Por isso, a catarata congênita não influi no sonotanto quanto os tipos juvenil ou senil”, diz.

 

A cirurgia

O único tratamento para catarata é a cirurgia que hoje pode recuperar a visão para todas as distâncias mesmo em pessoas que já estavam cegas pela catarata. Consiste em substituir o cristalino opaco pelo implante de uma lente intraocular. O procedimento é realizado com anestesia local e o paciente é liberado no mesmo dia. Queiroz Neto explica que por uma incisão de 2 milímetros na borda da íris, parte colorida do olho, é retirado o cristalino opaco e inserida uma lente intraocular. As atividades podem ser retomadas no dia seguinte. Colírio lubrificante, antibiótico e anti-inflamatório são recomendados pelo cirurgião para evitar complicações.


Pediatra fala sobre principais doenças respiratórias do outono e como prevenir

O outono chegou e, com ele, as temperaturas vão ficando mais amenas e o tempo, mais seco. Combinação perfeita para o aparecimento das doenças respiratórias como resfriados, gripe, pneumonia, sinusite, asma e bronquite. Mas, afinal de contas: por que as doenças respiratórias são mais frequentes nessa época do ano? A pediatra e alergista infantil, Dra. Felícia Szeles, explica.

“Muita gente acha que são as baixas temperaturas que causam essas doenças respiratórias, mas isso não é inteiramente verdade! O tempo seco e frio pioram a qualidade do ar, pois dificultam a dispersão dos poluentes da atmosfera o que leva a uma irritação maior das mucosas respiratórias, podendo piorar os quadros alérgicos (rinite e asma) e até facilitar o surgimento de mais quadros infecciosos.

Mas o principal motivo do aumento das doenças respiratórias é que o frio favorece aglomerações em ambientes fechados e, muitas pessoas juntas falando, tossindo e espirrando em locais pouco ventilados, cria condições ideais  para a disseminação de vírus e  das bactérias.

Para os pais de primeira viagem, é muito comum a aflição de ver os pequenos congestionados, irritados e com dificuldade até para respirar. Mas é importante entender que não se deve desesperar e logo sair correndo para o pronto socorro, que acaba sendo um ambiente altamente contagioso nesses meses. Importante sempre entrar em contato com o pediatra do seu filho, que poderá orientar melhor sobre o tratamento ideal, sinais de gravidade e quando seria o melhor momento para ir à emergência.

Não podemos esquecer que crianças até os sete anos estão formando seu sistema imunológico e, por isso, tendem a ter mais episódios de doenças nesse período. Por isso também é tão importante estar com o calendário vacinal em dia, se alimentar e dormir bem.

No caso dos bebês que ainda não conseguem falar, sinais como irritabilidade, inapetência, coriza, tosse e febre são os indicativos mais comuns de que há algo em desequilíbrio. Nesses casos, o pediatra deve ser consultado imediatamente para minimizar as chances de uma gripe mal tratada evoluir para uma pneumonia, otite ou outra doença mais grave. Para as crianças que já sabem falar e apontam dores e incômodos mais detalhados, a conduta médica mais correta é unir as observações dos pais com as queixas das crianças para entregar a melhor solução.

Para minimizar as chances de ver os pequenos doentes, a Dra. Felícia reuniu algumas sugestões que são simples, porém muito eficientes:

  • Limpe com frequência o nariz dos bebês e crianças que ainda não sabem assoar as narinas. É importante manter as vias respiratórias sem acúmulo de muco, ambiente propício para proliferação de vírus e bactérias;
  • Mantenha os ambientes abertos para receber luz solar e deixar ventilar o ar nesse período que não é tão frio;
  • Evite juntar muitos brinquedos, pois facilita o acúmulo de poeira. Use caixas com tampas para guardar os que não estão sendo usados, assim vai fazendo um rodízio e até bom que a criança não enjoa;
  • Fique atento se a casa apresenta mofo em algumas regiões e mantenha sempre limpa e com ventilação;
  • Use capas protetoras de travesseiros e colchões, elas ajudam a manter os ácaros longe. Mas não se esqueça de lavar com frequência;
  • Se tem pet em casa, é importante manter os pelos bem longe dos pequenos. Aspirador de pó é a melhor forma de limpar;
  • Cortinas e tapetes devem ser lavados pelo menos uma vez por mês. Se a cortina for tipo persiana, o ideal é tirar o pó com um pano úmido a cada dois dias;
  • Evitar varrer a casa para tirar o pó: passe um pano úmido para retirar as partículas de poeira que se espalhem pelo ambiente;
  • Sofás e estofados também precisam de uma limpeza frequente, de preferência, com aspirador de pó e um pano úmido, quase seco.

“Infelizmente, não existe uma atitude certa para evitar que as crianças fiquem doentes nessa mudança de estação, mas a soma desses cuidados minimiza bem as chances. E, independentemente do coronavírus, os hábitos de lavar sempre as mãos ao chegar ou receber algo da rua, devem ser mantidos. E, caso algum adulto muito próximo esteja com sintomas de gripe, use a máscara para evitar transmitir para os bebês”, reforça a especialista.

 


Dra. Felícia Szeles - Formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC - Campinas), é especialista em Pediatria e Alergia e Imunologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Pediatra nas áreas de Puericultura, Infância e Adolescência, também realiza acompanhamento pediátrico pré-natal em gestante. Como Alergista, atua com foco no atendimento infantil.


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