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terça-feira, 20 de abril de 2021

No mês do doador de sangue e medula óssea, projeto de lei no Rio estimula a adesão dos doadores

 A proposta é do vereador Marcio Ribeiro, autor da lei que concede prioridade para as pessoas com deficiência no calendário de vacinação 


O mês de abril é dedicado à campanha de incentivo e conscientização à prática de doação de sangue e medula óssea, mas infelizmente, o número de transplantes de órgãos no Brasil despencou, sobretudo, desde os primeiros casos de covid anunciados no país. O mesmo acontece com os doadores de sangue. Por causa da pandemia, muitas pessoas deixaram de doar, com medo de se expor ao contágio do coronavírus. Como forma de estimular a doação de sangue, órgãos e medula óssea, o vereador Marcio Ribeiro, do Avante, deu entrada no projeto de lei 188/2021, que dá prioridade a doadores de sangue, órgãos e medula óssea, em locais como instituições financeiras, órgãos e repartições públicas, além de estacionamentos públicos e privados. Para Marcio Ribeiro, se sancionada, a lei vai melhorar a informação sobre a a importância da doação, estimulando mais e mais pessoas a serem doadoras:

“Essa lei não tem nenhum benefício especial, é apenas o reconhecimento dessas pessoas que, de forma voluntária, são doadores. Principalmente no atual momento que o mundo vive. Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, ao mesmo tempo em que o número de doações caiu, a taxa de mortalidade de quem está na fila de espera aumentou de 10% a 30%. É necessário estimular e criar essa consciência nas pessoas. É maravilhoso poder  fazer algo a favor da vida de alguém",  avalia o parlamentar, que é autor da lei que concede prioridade para as pessoas com deficiência no calendário de vacinação.

 

Quem tem direito e como comprovar?

Serão considerados doadores de sangue aquele que realize, no mínimo, três doações, no período de 12 meses, atestadas por órgãos oficiais ou entidades credenciadas pelo poder público. Já os doadores de medula óssea e órgãos, deverão apresentar carteira de doador impressa ou por meio digital com a comprovação dos dados, nos últimos 90 dias.

Número de doadores de sangue e órgãos diminui desde o começo da pandemia

Os dados do Registro Brasileiro de Transplantes mostram que o número de doações de órgãos e tecidos despencou em 2020. A doação de córneas caiu em mais de 50% na comparação com 2019. No grupo dos órgãos, a maior queda foi a doação de pulmão, depois rim, coração e fígado. O transplante mais realizado com doador vivo, o de rim, foi suspenso em 2020 para proteger os doadores do risco de serem contaminados pelo coronavírus em hospitais. Isso fez o número de transplantes renais, entre vivos, cair ao menor patamar dos últimos 36 anos.

No Rio de Janeiro, mesmo com todos os esforços e campanhas para atrair novos voluntários, o HemoRio (Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti) contabilizou uma queda de 4,4% no número de bolsas de sangue coletadas: foram cerca de 78.400 unidades, em 2020, contra aproximadamente 82 mil bolsas, em 2019.

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