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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Dermatologista cria projeto para tratar rosto de mulheres vítimas de violência



Projeto pioneiro "Um Novo Olhar" atende gratuitamente mulheres que sofreram agressões, fortalecendo a autoestima e ajudando na recolocação delas na sociedade, incluindo os âmbitos familiar e profissional


Nesta segunda-feira (25) é comemorado o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Por isto, decidimos falar sobre um projeto pioneiro, chamado “Um Novo Olhar”.

Criado pela Dra. Carla Góes, cirurgiã especializada em Dermatologia Laser e qualidade de vida, o projeto tem como objetivo restaurar as marcas da violência doméstica.

“A última, que eu estou atendendo agora, foi vítima de 17 facadas no rosto; do marido, pais dos filhos dela. Então, o projeto Um Novo Olhar faz toda a reconstrução facial, desde lasers cicatrizantes, lasers anti-inflamatórios e também os que vão apagar as cicatrizes”, conta.
Além disso, de acordo com a cirurgiã, o projeto visa fortalecer a autoestima das pessoas agredidas e ajudar na recolocação dessas mulheres na sociedade, incluindo os âmbitos familiar e profissional.

“Não é apenas reconstruir. É dar e devolver esta autoestima, para que a mulher tenha forças suficiente para sair do seu lar até uma delegacia para dar queixa e ficar livre dessa situação de agressão e de violência contínua”, disse.

A médica dedica um dia da semana para fazer o atendimento gratuito, no Itaim Bibi, em São Paulo. O projeto conta também com a participação de parceiros e profissionais das áreas jurídica e psicológica. Agora, aquelas mulheres que não moram em São Paulo, podem entrar em contato com a profissional pelo Instagran umnovoolhar_oficial.






Campanha sobre violência contra as mulheres usa clipe de Simone e Simaria sem voz para alertar sobre a importância de não se calar diante de agressões



A ação é revelada no Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher com a participação de celebridades
  
Qualquer mulher, independente de raça, etnia, idade ou classe social, pode estar sujeita a diversos tipos de violência, sejam eles físicos ou psicológicos. Para que mais mulheres denunciem abusos e maus tratos, o Governo Federal  lança uma nova campanha. A ação #Vctemvoz, da SECOM (Secretaria Especial de Comunicação Social- Secretaria de Governo/PR) , criada pela Artplan, quer incentivar as mulheres a não se calarem em caso de agressões, acionando o canal de denúncia 180 – Central de Atendimento à Mulher – e parte do conceito “Denuncie. Você tem voz”.

Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, 25 de novembro, diversas ativações estão sendo realizadas ao longo de todo o dia para chamar a atenção para a importância de se falar sobre o assunto. A dupla de cantoras sertanejas Simone e Simaria lançaram em suas redes sociais e YouTube, às 9h, um clipe inédito, sem os vocais, mas com cenas implícitas (easter eggs). Nele, é possível escutar todos os instrumentos, menos a voz das cantoras. Tudo leva a crer que se trata de um problema técnico, mas, na verdade, não é. Simultaneamente, bumper ads com as cantoras chamando a atenção para o clipe foram veiculados na Internet. 

Em seguida, as personalidades Flávia Pavanelli, Andressa Suita e Thais Fersoza divulgaram stories com comentários sobre o clipe e sobre o inusitado do vídeo de não apresentar voz na música de duas cantoras já conhecidas e com algumas cenas estranhas. Além disso, as influenciadoras Taciele Alcolea, Mari Maria, Shantal Verdelho, Juliana Goes, Mariana Felício, Niina Secrets e Fabíola Melo, entre outras, postaram alguns stories em silencio total, como uma forma de protesto. O objetivo foi gerar buzz para despertar a curiosidade das pessoas sobre o suposto motivo da divulgação da nova música não ter sido em sua forma completa. 

O programa Hoje em Dia, exibido a partir das 11h30 pela TV Record, também participou da ação. Em certo momento, o apresentador Cesar Filho chama as suas colegas Ana Hickmann e Ticiane Pinheiro para interagirem com ele durante a exibição de um conteúdo. As duas apresentadoras permaneceram em silêncio e fez com que Cesar Filho seguisse no comando sozinho.

Às 16h, o mistério da ação foi revelado e o clipe da dupla sertaneja divulgado, desta vez com voz, com uma letra que remete à importância de não se calar e denunciar casos de violência, sejam os envolvidos vítimas ou testemunhas de um ato de violência. Bumper ads atualizados, peças display e 30” não puláveis também passam a fazer parte da estratégia de divulgação da campanha.  

As influenciadoras, então, voltaram a se pronunciar em suas redes sociais, agora sobre a versão com voz do clipe, e ajudaram a viralizar a hahstag #vctemvoz, ao mesmo tempo que chamaram o público para assistir ao vídeo. E para esclarecer a ação no programa Hoje em Dia, a apresentadora Ana Hickmann foi a convidada do Cidade Alerta para falar sobre o momento em que ela e as demais apresentadoras ficaram em silêncio em seu programa. Ana também abordou a importância de se conversar a respeito deste tema, que apesar de amplamente debatido, ainda é um tabu entre as mulheres, que têm medo de denunciar seus agressores. 

Por fim, o apresentador do programa TV Fama, Nelson Rubens, exibido pela Rede TV, explica toda a estratégia da campanha, a participação das celebridades, e incentiva todas as pessoas a terem voz para denunciar qualquer tipo de abuso e violência. Entram no ar também peças publicitárias em diversos canais de comunicação, como TV, rádio e redes sociais reforçando a campanha. 





Link clipe mudo




Link clipe com som





As artistas 

As cantoras Simone e Simaria são duas das maiores expoentes do ritmo sertanejo que toca nas rádios de todo o Brasil. Conhecidas como As Coleguinhas, a dupla do Feminejo está presente em diversos programas da televisão e tem um alcance de milhões de pessoas nas redes sociais. A última música lançada pelas artistas, “O que é, o que é”, atingiu, em cerca de um mês, mais de 11 milhões de visualizações no YouTube. 


Histórico #Vctemvoz 

Em 2018, em campanha sobre mesmo tema, a Artplan também elaborou uma ação dividida em duas fases, a de aquecimento e de revelação, que trouxe como peça central a música “Coração pede socorro”, interpretada pela cantora Naiara Azevedo, especialmente para a iniciativa. A princípio, parecia mais uma música de amor sertaneja. A letra remeteu a situações românticas para quem ouvia a canção pela primeira vez, mas todos os versos apresentaram um duplo sentido, em que uma mesma palavra de amor, também pôde ser contextualizada para situações de violência. A campanha foi amplamente premiada e garantiu para a Artplan o Leão de Ouro no Festival de Cannes deste ano. 


Dados alarmantes 

As estatísticas de violência contra a mulher preocupam. No país, conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada hora 536 mulheres são agredidas. Das mulheres que possuem entre 16 e 24 anos, 66% sofreram algum tipo de assédio no último ano. Segundo a Central Ligue 180, 70% das agressões ocorrem dentro de casa. Em 86% dos registros do Ligue 180, as agressões foram cometidas por pessoas do sexo masculino. Na maioria dos casos, a violência é diária.


Ligue 180 

Por meio de ligação gratuita e confidencial, esse canal de denúncia do MDH funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, no Brasil e em outros 16 países: Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco e Boston), França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela. O serviço também é oferecido por e-mail (ligue180@mdh.gov.br) e Ouvidoria Online. 



Letra da música:

Versão Gravada - Amor que dói


Por muito tempo eu fiquei calada
Mesmo vivendo tanta coisa errada
Um pesadelo que não tinha fim
Sempre era assim
E essa rosa agora não adianta nada
Mais uma vez, sua desculpa não apaga
As marcas dessa dor, que você deixou
E a gente não se olha mais do jeito que se olhava
Você não toca em mim do jeito que você tocava
Amor que dói
Não é amor (não não não não não..)
E a gente não se ama mais do jeito que se amava
Você não toca em mim do jeito que você tocava
Amor que dói
Que cala a voz não é amor
Eu não calo minha voz
Vou gritar por todas nós
Eu não calo minha voz
Não não não não
Eu não calo minha voz
Se for preciso vou gritar por todas nós
Eu vou deixar meu coração falar
Saber que eu me amo e não vou me calar
Se atinge uma
Atinge todo mundo
Machuca uma
Machuca todo mundo
Você não tá sozinha não
Então porque não tira sua voz do mudo
E a gente não se olha mais do jeito que se olhava
Você não toca em mim do jeito que você tocava
Amor que dói
Não é amor (não não não não..)
E a gente não se ama mais do jeito que se amava
Você não toca em mim do jeito que você tocava
Amor que dói
Que cala a voz não é amor
Eu não calo minha voz
Vou gritar por todas nós
Eu não calo minha voz
Não não não não




Artplan 

Coreia do Sul e dez países asiáticos pretendem construir cidades inteligentes



O intuito é ajudar a resolver uma variedade de problemas de urbanização, como concentração de população e danos causados pelas inundações

A Coreia do Sul e mais dez países asiáticos pretendem construir cidades inteligentes e explorar oportunidades de negócios relacionadas a elas. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (25) pelo Ministério dos Transportes de Seul.

Cidade inteligente é uma área urbana em que as pessoas convivem e recebem, todos os dias, os benefícios da tecnologia. Tudo isso proporcionado pelos dados digitalizados, internet das coisas, inteligência artificial e robôs.

O intuito é ajudar a resolver uma variedade de problemas de urbanização, como concentração de população e danos causados pelas inundações. De acordo com a Associação das Nações do Sudeste Asiático, a taxa de urbanização dos países saltou de 18%, ou seja, 40 milhões de pessoas na década de 1960, para 48%, ou 310 milhões, em 2017, levando a um aumento na demanda por infraestrutura inteligente nas cidades.

Foi então que os países se reuniram em Singapura, em novembro de 2018, para lançar uma rede de cidades inteligentes com o objetivo de transformar 26 cidades, em cidades inteligentes.

O governo disse que vai criar um fundo no valor de US$ 1,3 bilhão para investir em projetos no exterior de plantas, infraestrutura e desenvolvimento de cidades inteligentes, com um plano para alocar recursos em projetos de cidades inteligentes no exterior.

Enquanto isso, a Coreia do Sul vai injetar US$ 4,57 bilhões na construção da primeira cidade inteligente do país até 2024. O governo planeja que 56 famílias se mudem para o complexo residencial no final de 2021, enquanto aceleram a construção da infraestrutura necessária para aplicar as tecnologias de ponta.






25 de novembro: Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres



Em 1999, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, no dia 25 de novembro, o Dia Internacional de Luta contra a Violência sobre a Mulher. Essa data foi escolhida para homenagear as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como "Las Mariposas", que combatiam fortemente o regime ditatorial de Rafael Leônidas Trujillo, na República Dominicana, sendo assassinadas pelo governo extremista. Seus corpos foram encontrados em um precipício, com sinais de estrangulamento e intensa tortura, acarretando uma grande comoção. Com a finalidade de ampliar o combate à violência contra as mulheres, em 2010, foi criada a ONU Mulheres, instituição humanitária com sede em Nova York e responsável pela defesa dos direitos humanos das mulheres na ONU.
No Brasil, a biofarmacêutica Maria da Penha é o símbolo da luta pela proteção das mulheres contra a violência doméstica e familiar. Em 1983, Maria da Penha, então casada com o professor universitário Marco Antonio Herredia Viveros, sofreu duas tentativas de assassinato pelo seu cônjuge, ficando paraplégica por um tiro nas costas enquanto dormia. Foram mais de 15 anos de luta e pressões internacionais para que a Justiça brasileira concluísse o processo contra o ex-companheiro de Maria da Penha, inclusive com a denúncia do país para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA). Somente em 2002, Viveros foi condenado e preso para cumprir dois anos de prisão.
Se por um lado o Brasil foi repreendido pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA, por negligência estatal no caso Maria da Penha, por outro, internalizou no ordenamento jurídico pátrio uma legislação específica, considerada pela ONU como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres, com o objetivo de coibir e prevenir a violência doméstica e familiar, estabelecendo medidas de assistências e proteção às mulheres em situação de violência: a Lei nº11.340/2006, a Lei Maria da Penha.
É certo que, apenas a criação de mecanismos legais não é suficiente para a redução dos índices de violência contra a mulher, por se tratar de um problema complexo, exigindo medidas conectadas em diversos níveis do Poder Público, por meio de políticas públicas, e da sociedade civil.
Na atualidade, debates sobre violência se popularizaram e temas foram revelados, tais como feminicídio, assédio sexual e violência contra as mulheres em espaços públicos, como o caso da importunação sexual nos transportes públicos, dentre outros. O silêncio sobre o tema foi rompido por vozes plurais das mulheres que sofreram ou sofrem abusos e suas superações.
A transparência de informações, a visibilidade de casos e as mobilizações on-line abriram os olhos de milhões de pessoas, despertando atenção aos primeiros sinais da violência. Contudo, os números de violência contra as mulheres no Brasil são alarmantes.
Segundo os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2019, revelam que 76,4% das mulheres agredidas indicaram que o agressor era um conhecido, sendo 39% parceiros e ex-parceiros, 14,6% parentes, 21,1% vizinhos e 3% colegas de trabalho da vítima.
A maioria das mulheres continua sendo vítima de violência dentro de casa (42%) e apenas 10% relatam ter buscado uma Delegacia da Mulher após o episódio mais grave de violência sofrida no último ano. Infelizmente, 52% das mulheres alegam não ter feito nada.
A mulher no Brasil vive em constante situação de risco, mas para a mulher negra ou parda existe um perigo ainda maior. O racismo e suas consequências potencializam o risco de lesão e morte para mulheres negras e pardas em relação às brancas (24,7% brancas, 28,4% pretas, 27,5% pardas).
Para se prevenir a violência é necessário haver conscientização e a conscientização está diretamente relacionada à educação. Embora a violência aconteça em todas as classes sociais, quanto mais educação formal, menos violência. Na pesquisa de 2019, 31,6% das mulheres com ensino superior identificaram com mais facilidade outras formas de violência, como a psicológica, moral ou o assédio sexual, com predominância de ofensas verbais (23,3%) e ofensa sexual (12,8%).
Os fatos relacionados a violência contra mulher nos apontam que ainda há necessidade de se romper com uma cultura que reduz a mulher a um objeto que é propriedade de um homem: primeiro do pai e, após o casamento, do marido. Não há como tolerar que mulheres sejam vítimas de feminicídio por romperem um relacionamento ou que sejam vítimas de violência física, moral, patrimonial, psicológica e sexual - os cinco tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha - por conta desta cultura perversa e tão adoecedora de parte da sociedade.
É importante destacar ainda que a violência de gênero não se dá somente por conta da violência doméstica e familiar. Ela está presente em todos os espaços da nossa sociedade, com o agravante de que homens e mulheres reproduzem esses discursos e práticas, inseridos pela cultura nos diversos espaços por onde transitam.
Como um memorial para a luta pelo fim da violência contra a mulher, a ONU estabeleceu o dia 25 de cada mês como "Dia Laranja". A finalidade dessa prática é aumentar a conscientização e medidas para o fim da violência contra as mulheres e meninas. A cor laranja, entendida como vibrante e otimista, representa um futuro livre de violência.
A causa do dia 25 de novembro não se trata apenas da mulher machucada, mutilada, que ganha menos para exercer a mesma função profissional. Trata-se de uma causa humanitária, imperiosa para a consolidação de uma "sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos", prevista em nossa Constituição Federal de 1988. Então, fica aqui o convite, no dia 25 deste mês, vista-se de laranja e contribua para essa causa.


Sara Barbosa de Oliveira - coordenadora do curso de Direito da Faculdade Pitágoras da Serra.

LULA LIVRE E SAUDADES DO FRACASSO

        Livre, Lula se tornou um problema para o PT. Visivelmente, seu peso na balança política é muito menor do que quando esteve sitiado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Solto, tornou-se desinteressante.


        Os partidos de esquerda, quanto mais tentam se dissociar de Lula e do PT, mais parecidos com ele ficam, inclusive no eterno mau humor.  Ao longo dos últimos meses, incorreram no equívoco de imaginar que a bajulação internacional guardava alguma relação com o prestígio de seu mito. Mas não é assim, Uma coisa é o aparelho esquerdista mundial, um aparelho publicitário ativo; outra é a influência dessa máquina na política interna das nações. Parcela significativa da sociedade brasileira teve tempo para ajustar o foco e entender o quanto o país perdeu e se perdeu nos longos anos em que a corrupção se institucionalizava, a ordem era desprezada, a liberdade abusada e a responsabilidade extraviada nos meios de influência e na vida social. É sabido: agora, a corrupção luta nos tribunais, mas se afastou da tesouraria.

        Outro equívoco do lulopetismo foi imaginar que reverteria em seu benefício o antagonismo a Bolsonaro prestado por boa parte da mídia convencional. Não há qualquer evidência de que isso possa acontecer depois de ficarem tão expostas as vísceras dos sistemas criminosos instituídos pela corrupção no país.

Em tal cenário, nada mais relevante e benéfico aconteceu entre nós, nos últimos 35 anos, do que a Lava Jato, Sérgio Moro, Paulo Guedes e Bolsonaro. As lições disso decorrentes ainda levarão alguns anos para impregnar as instituições nacionais e fazer do Brasil uma democracia não apenas formal. São comuns, entre nós, referências ao Estado Democrático de Direito como se vivêssemos num. Grave equívoco a que se chega diante da mera existência de eleições periódicas e da operação das instituições de Estado. Ora, eleições e instituições de Estado existem, igualmente, em Cuba, Venezuela e em outros totalitarismos. Elas são necessárias para a democracia, mas não são, por si só, causa eficiente, suficiente, da democracia.

        Há, no Brasil, um déficit democrático que se manifesta, por exemplo, quando o Congresso arrosta a opinião pública, legisla em causa própria e encobre os maus passos de seus membros; quando o Senado se acumplicia com o STF para descumprirem seus deveres de fiscalização mútua; e quando as pautas de Sérgio Moro batem, sempre, na acolhedora trave da impunidade. Do Brasil se pode dizer que vivemos num Estado de Direito, onde as coisas são, mais ou menos, regradas por uma Constituição. Bem nos serviria que essas instituições fossem racionais e, por essa via, efetivamente democráticas.

Em "Nabuco e a reorganização teórica do Império", João Camilo de Oliveira Torres escreve:

"Nas épocas da decadência e decomposição, o tribuno do povo chama-se demagogo e procura condicionar a vontade para fins baixos e pessoais, para fins criminosos e antipatrióticos".

Essa é uma definição precisa da carreira política do ex-presidiário de  Curitiba. Seu partido conferiu caráter orgânico à corrupção, enfermando moralmente as principais legendas políticas do país; devastou as finanças nacionais jogando-nos na mais danosa recessão da história. O Brasil vive a situação de um país pós-guerra, sem outra guerra que não aquela proporcionada por meios e fins criminosos e antipatrióticos.

Quem tiver alguma dúvida sobre isso, ouça as falas de Lula e os discursos de seus representantes em Brasília. São bem explícitos quanto à saudade que sentem de seus fracassos.






 Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

Cresce para 39% o número de consumidores que só devem comprar na Black Friday se descontos valerem a pena, apontam CNDL/SPC Brasil


Pesquisa mostra que houve um aumento sete pontos percentuais entre os que vão avaliar ofertas antes de fechar negócio; metade tem intenção de participar do evento este ano. Gasto médio estimado por pessoa é de R$ 1.132



Na próxima sexta-feira, dia 29 de novembro, será realizada a 10ª edição da Black Friday no país. Ao se consolidar como uma das mais importantes datas para o varejo, a ação deve refletir um amadurecimento do consumidor, cada vez mais consciente em tomar cuidado para garantir as melhores ofertas e não ser enganado. É o que aponta pesquisa realizada em todas as capitais do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Os dados revelam que este ano quatro em cada dez (39%) brasileiros só pretendem adquirir algum produto se as ofertas realmente valerem a pena — um crescimento de sete pontos percentuais em relação a 2018. Em contrapartida, metade (50%) disse ter intenção de fazer compras na Black Friday. Apenas 11% não devem aproveitar as promoções.

Esse comportamento do consumidor também pode ser observado na decisão da compra. A pesquisa indica que nove em cada dez (91%) entrevistados planejam pesquisar preços antes de adquirir algum item, principalmente para confirmar se os produtos realmente estão na promoção, ou seja, com preços mais baixos do que o normal (54%). Considerando aqueles que pretendem buscar informações sobre as ofertas, 40% afirmaram que olhariam os preços a menos de 30 dias da Black Friday, enquanto 28% fariam pesquisa com um mês de antecedência e 11% até dois meses  antes. Outros 13% só devem verificar preços no dia do evento. Os meios mais utilizados apontados para fazer a pesquisa são sites e aplicativos que fazem comparação de preços e produtos (55%), sites das lojas (52%) e portais de busca (42%).

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a Black Friday deste ano promete ser diferente em relação aos outros anos. “O consumidor brasileiro está mais exigente, em busca de experiências e bons descontos. Tanto é que já começa a se preparar com antecedência para as promoções e pesquisar as ofertas antes de sair comprando. Esse novo cenário abre oportunidades para o varejo que terá a chance de oferecer produtos com preços atrativos e alavancar as vendas, seja no ambiente físico ou on-line”, destaca.


Gasto estimado com compras é de R$ 1.132 por pessoa; 40% devem passar madrugada conectados à internet para conseguir boas ofertas

Entre os que pretendem comprar produtos com descontos, 76% consideram a data uma oportunidade de adquirir itens que estejam precisando com preços mais baixos. Além disso, 32% querem antecipar os presentes de Natal de olho nas promoções e 17% planejam aproveitar as ofertas mesmo sem necessidade de comprar algo no momento. Em relação aos que não pretendem fazer compras na Black Friday, os principais motivos apontados são falta de dinheiro (35%), prioridade em pagar dívidas (18%) e falta de necessidade de comprar algum produto (16%). Também há aqueles que não acreditam na veracidade dos descontos oferecidos, que somam 15% da amostra.

Considerando os que realizaram compras no ano passado, 35% esperam adquirir mais produtos em 2019, 23% planejam comprar menos e 20% a mesma quantidade. Quanto à intenção de gastos, os entrevistados estão divididos: 32% pretendem desembolsar mais este ano e outros 32% menos.  Por outro lado, 24% devem gastar o mesmo valor. Entre os que têm intenção de gastar mais, 31% justificaram que vão às compras por precisarem adquirir mais produtos. Mesmo percentual (31%) pode ser observado entre os que afirmaram que pretendem comprar mais por terem economizado ao longo do ano para desembolsar na data.

Em média, os consumidores devem comprar cerca de três produtos e desembolsar R$ 1.132. No entanto, 40% dos entrevistados ainda não definiram o quanto pretendem gastar. De acordo com o levantamento, a expectativa dos consumidores para este ano é de que haja um desconto médio de 45% nos produtos e serviços ofertados.

A pesquisa também investigou os locais que os consumidores devem fazer as compras. As lojas on-line (77%) mantêm a preferência dos consumidores. Na sequência, aparecem as lojas físicas (54%), como os shopping centers (33%), as lojas de rua e de bairros (28%) e os supermercados (16%). Outro dado aponta que 68% estão evitando algum tipo de compra em outubro e novembro para aproveitar as ofertas da Black Friday. Além disso, quatro em cada dez (44%) consumidores pretendem comprar na semana do evento, enquanto 27% irão às compras no dia e 13% pretendiam ir na primeira quinzena de novembro.

Somente 18% devem madrugar na porta das lojas físicas para garantir as compras, enquanto 73% não têm essa intenção. Ao mesmo tempo, 61% dos que trabalham esperam se manter conectados durante o expediente para ficar sabendo das melhores ofertas e 40% devem passar a madrugada conectados à internet para garantir a compra dos produtos.


Itens de vestuário, eletrodomésticos e smartphones lideram ranking de produtos mais procurados; 72% planejam pagar compras à vista

Na lista de itens mais procurados, as roupas lideram a lista de compras dos consumidores, com 36% das menções. Os eletrodomésticos aparecem em segundo lugar no ranking (31%), representando um aumento de 6 pontos percentuais na comparação com 2018. Calçados ocupam a terceira posição (29%), enquanto celulares e smartphones vêm na sequência (28%) entre os produtos que devem ser mais adquiridos nesta Black Friday.

De acordo com o levantamento, sete em cada dez (72%) entrevistados querem pagar pelas compras à vista — crescimento de 7,3 pontos percentuais em relação a 2018 —, principalmente em dinheiro (48%) e no cartão de débito (34%). Ao mesmo tempo, 73% mencionaram optar pelo crédito, em especial a modalidade de cartão de crédito parcelado (45%) e cartão de crédito em parcela única (26%). No caso dos consumidores que irão pagar de forma parcelada, a média será de seis prestações.

“É um sinal positivo parte significativa dos consumidores sinalizarem que devem realizar as compras à vista, sem se endividar. O país atravessa um momento delicado, de recuperação tímida e gradual na economia, ainda com poucos reflexos práticos e favoráveis para a população. Muitas pessoas têm se esforçando para manter as contas em dia. Vale lembrar ainda que há os gastos com compras de Natal e compromissos de início de ano, que incluem despesas com escola, IPTU, e IPVA, por exemplo. O ideal, portanto, é planejar bem o orçamento”, orienta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.


Maioria dos entrevistados achou que Black Friday 2018 teve ofertas reais; 42% compraram por impulso e 11% ficaram com nome sujo

Questionados sobre a experiência com a Black Friday 2018, 81% dos que fizeram compras consideram que valeu a pena. Para a maioria (91%), os descontos anunciados pelas lojas foram reais e 86% não encontraram problemas com as compras. Apenas 12% enfrentaram algum tipo de contratempo, especialmente com os descontos não aplicados ao efetuar o pagamento (4%). Entre os que tiveram problema na edição passada, 60% destacam que conseguiram resolvê-lo, embora 40% não tenham conseguido.

A pesquisa revela que um em cada cinco entrevistados admite que costuma gastar mais do que pode com as compras na Black Friday (22%). Ainda mais preocupante é o fato de que 7% pretendem deixar de pagar alguma conta para aproveitar as ofertas, e muitos desses potenciais compradores estão inadimplentes (22%).  Apesar de seis em cada dez entrevistados (57%) terem planejado a maioria das suas compras no evento do último ano, 42% reconhecem ter comprado por impulso e 11% ficaram com o nome sujo

Dentre os consumidores que ficaram negativados por causa de compras feitas no período, 8% já limparam o nome e 3% ainda estão com restrição no CPF.



Metodologia

O SPC Brasil entrevistou 1.230 consumidores de ambos os sexos, acima de 18 anos e de todas as classes sociais nas 27 capitais brasileiras para identificar o percentual de pessoas que pretendem comprar na Black Friday. Em um segundo momento, a partir de uma amostra de 624 casos, foi investigado de forma detalhada o comportamento do consumo, gerando um intervalo de confiança de 95%.





Posicionamento nas mídias digitais impacta diretamente vida profissional


Líderes usam redes sociais para comunicação com o público, recrutamento e seleção. Especialista destaca importância de manter postura profissional no mundo virtual


Pesquisa desenvolvida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), divulgada este ano, apontou que o número de brasileiros que usam a internet com regularidade chega a 126,9 milhões. O número representa 70% da população do  país. Dados do Facebook apontam que o Brasil tem 130 milhões de usuários na rede social. O número garante a terceira posição no ranking internacional. No Instagram, o Brasil lidera o ranking com 16 milhões de usuários. No Linkedin são 29 milhões de inscritos. Outro levantamento realizado pela rede de agências de marketing e relações públicas Ecco, presente em 40 países,  revelou que houve um crescimento de 55% na quantidade de CEOs ativos no Linkedin no Brasil. 

De acordo com Marcelo Camorim, especialista em gestão e governança, a presença dos altos executivos nas redes sociais é positiva por aproximar a empresa dos clientes e públicos de interesse e  por permitir um acompanhamento mais próximo do que que é compartilhado e comentado sobre a empresa e seu mercado nesses canais. Ele destaca que eles devem ser ser orientados para não cometerem gafes nessas plataformas. “É preciso cautela para que os líderes não manifestem posições pessoais controversas e em desacordo ao posicionamento institucional. O executivo não pode esquecer que representa uma empresa o tempo todo. Isso acontece  mesmo quando fala em um perfil pessoal privado, somente para seguidores autorizados numa rede social”, explicou. 


Recrutadores usam redes sociais como ferramenta para seleção

O especialista ressalta que a  premissa vale também para profissionais de outros setores da empresa. Segundo ele, o  processo seletivo, em muitas organizações passa por uma visita pelos perfis nas redes sociais. Por este motivo, quem busca  colocação ou uma promoção, a comunicação nestas plataformas se torna fundamental para êxito ou fracasso.

“É aconselhável que os posicionamentos sejam realizados com bom senso e equilíbrio,  levando em consideração aquilo que deve ser postado ou comentado e aquilo que deve ser ignorado para que os perfis sociais permaneçam apropriados e alinhados com a sua trajetória profissional”, disse Camorim. Ele enfatiza ainda que bons perfis, com publicações relacionadas a área de atuação contam em favor do profissional, por mostrar dedicação e interesse.

Camorim revela que a atenção deve ser redobrada quando já se está empregado. “Mesmo que o profissional não exerça um papel de liderança é importante que busque, nas suas plataformas digitais, manter uma conduta condizente com o perfil da empresa para evitar desgastes com colegas e com clientes”, explica.


*Dicas para não se prejudicar profissionalmente nas redes sociais*

Para auxiliar os profissionais a manter uma conduta correta e que o auxilie a crescer, Camorim deixou algumas dicas. Confira: 

  •  Não critique o local em que você trabalha ou trabalhou;
  • Lembre-se que a sua imagem é ou será associada ao local em que trabalha, portanto mesmo nas redes sociais é preciso lembrar que tudo que você fizer pode prejudicar a sua imagem ou da empresa;
  • Não faça comentários maldosos sobre clientes. Isso pode gerar rescisão de contratos e afastar  potenciais novos clientes;
  • Fique atento às regras gramaticais. Escrever corretamente é fundamental; 
  • Jamais faça comentários racistas, homofóbicos e/ou misóginos.  É muito rude e pode ter grandes consequências, além da demissão;
  • Controle a privacidade do que é publicado: é possível escolher se o post será visto por todos ou apenas pelos seus amigos;
  • Escolha uma boa foto para colocar no seu perfil;
  • Preocupe-se com a sua aparência, afinal ela é também um cartão de visitas.

Desenvolvimento de startups: o que fazer com o sucesso?


Segundo dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), a quantidade de empresas cadastradas na associação aumentou muito nos últimos anos, hoje, já são 12 mil empresas seguindo esse modelo no Brasil.

Desde que o conceito se firmou no país, a quantidade de pessoas que se dedicam a este segmento só tem aumentado. O intuito dos  empreendedores de startups é encontrar uma solução para um determinado problema e tornar a vida do consumidor mais fácil e rápida. Em diferentes setores as startups ganham espaço em um modelo de negócio com baixo custo e alto potencial de crescimento.

A coach especialista em desenvolvimento de lideranças e certificada pela Marshall Goldsmith Stakeholder Centered Coaching, Carolina Valle Schrubbe, explica que ao mesmo tempo em que os índices demonstram foco e alta capacidade brasileira de empreender e inovar, também traz uma preocupação – o que fazer com o sucesso? 

“Muitas empresas se planejam para enfrentar momentos de crise e se estabelecerem no mercado, mas, planejar o sucesso é tão importante quanto” , comenta.

A especialista ainda ressalta que, a startup que antes existia na escrivaninha de seu idealizador, passa a não caber mais em uma sala alugada. A idealização cresceu, e é preciso fortalecer rapidamente a musculatura dessa empresa para que não sofra lesões que comprometam sua sustentabilidade. “Preparar a casa é essencial para garantir uma escalabilidade saudável”, explica Carolina.

Ainda de acordo com dados da ABStartups, 72% das startups são lideradas por jovens entre 25 e 40 anos de idade, 87,13% são comandadas por homens e 12,3% por mulheres. Os setores que mais se destacam são educação (edutechs), agronegócio (agtechs), finanças (fintechs), internet, propaganda, comunicação, comércio eletrônico e saúde e bem-estar. Também há um número expressivo de startups nos setores de logística e mobilidade urbana, entretenimento, eventos e turismo.

“Hoje, fazer parte de uma startup se tornou uma boa opção para os profissionais altamente qualificados, que antes buscavam empregos sólidos em grandes empresas’, relata.

Quanto mais a startup cresce e se desenvolve, a disponibilidade de tempo fica mais escassa, é preciso contratar novas pessoas, focar em manter e melhorar a qualidade dos serviços, consolidar uma cultura organizacional que respeite a essência da empresa, que antes era tão facilmente disseminada em reuniões semanais ou até mesmo diárias. O mercado aceitou e hoje pede pelo seu produto ou serviço. O cliente é a razão de sua existência, e seu time, quem faz tudo acontecer. Afinal, a empresa não depende só do produto ou serviço, depende de processos e de pessoas.

“Quando a empresa chega neste patamar, é hora de escolher as pessoas certas, dividir cadeiras de comando, delegar poder, engajar e proporcionar um ambiente em que todos respirem a missão da empresa. Preparar-se para o sucesso é estar cercado das pessoas certas e investir no desenvolvimento constante daqueles que vestem a camisa”, finaliza a coach especialista em desenvolvimento de lideranças e certificada pela Marshall Goldsmith Stakeholder Centered Coaching, Carolina Valle Schrubbe.





Carolina Valle Schrubbe = coach executiva da Marshall Goldsmith Group e sócia da SINN Coaching. Seu trabalho é apoiar líderes para que aumentem a eficácia do comportamento de liderança, com impacto direto no resultado dos negócios. Soma mais de 15 anos de experiência corporativa, sendo, dez em liderança com cargos de gestão na Caixa Econômica Federal e nove anos de experiência como instrutora estratégica para líderes e seus times. Carolina é certificada em Global Leadership Assessment pela MGSCC, practitioner SOAR pela Florida Christian University e em Alpha Assessment pela SBC. Trabalha com o desenvolvimento de profissionais em todo o Brasil.

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