Projeto pioneiro "Um Novo Olhar"
atende gratuitamente mulheres que sofreram agressões, fortalecendo a autoestima
e ajudando na recolocação delas na sociedade, incluindo os âmbitos familiar e
profissional
Nesta segunda-feira (25) é comemorado
o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Por
isto, decidimos falar sobre um projeto pioneiro, chamado “Um Novo Olhar”.
Criado pela Dra. Carla Góes, cirurgiã especializada em Dermatologia Laser e
qualidade de vida, o projeto tem como objetivo restaurar as marcas da violência
doméstica.
“A última, que eu estou atendendo
agora, foi vítima de 17 facadas no rosto; do marido, pais dos filhos dela.
Então, o projeto Um Novo Olhar faz toda a reconstrução facial, desde lasers
cicatrizantes, lasers anti-inflamatórios e também os que vão apagar as
cicatrizes”, conta.
Além disso, de acordo com a cirurgiã,
o projeto visa fortalecer a autoestima das pessoas agredidas e ajudar na
recolocação dessas mulheres na sociedade, incluindo os âmbitos familiar e
profissional.
“Não é apenas reconstruir. É dar e
devolver esta autoestima, para que a mulher tenha forças suficiente para sair
do seu lar até uma delegacia para dar queixa e ficar livre dessa situação de
agressão e de violência contínua”, disse.
A médica dedica um dia da semana para
fazer o atendimento gratuito, no Itaim Bibi, em São Paulo. O projeto conta
também com a participação de parceiros e profissionais das áreas jurídica e
psicológica. Agora, aquelas mulheres que não moram em São Paulo, podem entrar
em contato com a profissional pelo Instagran umnovoolhar_oficial.
A ação é revelada no Dia Internacional da Não Violência
contra a Mulher com a participação de celebridades
Qualquer mulher,
independente de raça, etnia, idade ou classe social, pode estar sujeita a
diversos tipos de violência, sejam eles físicos ou psicológicos. Para
que mais mulheres denunciem abusos e maus tratos, o Governo Federal
lança uma nova campanha. A ação
#Vctemvoz, da SECOM (Secretaria Especial de Comunicação Social-
Secretaria de Governo/PR) , criada pela Artplan, quer incentivar as
mulheres a não se calarem em caso de agressões, acionando o canal de
denúncia 180 – Central de Atendimento à Mulher – e parte do conceito
“Denuncie. Você tem voz”.
Dia
Internacional da Não Violência contra a Mulher, 25 de novembro, diversas
ativações estão sendo realizadas ao longo de todo o dia para chamar a
atenção para a importância de se falar sobre o assunto. A dupla de cantoras
sertanejas Simone e Simaria lançaram em suas redes sociais e YouTube,
às 9h, um clipe inédito, sem os vocais, mas com cenas implícitas (easter
eggs). Nele, é possível escutar todos os instrumentos, menos a voz das
cantoras. Tudo leva a crer que se trata de um problema técnico, mas,
na verdade, não é. Simultaneamente, bumper ads com as
cantoras chamando a atenção para o clipe foram veiculados na Internet.
Em
seguida, as personalidades Flávia Pavanelli, Andressa Suita e Thais
Fersoza divulgaram stories com comentários sobre o clipe e sobre o
inusitado do vídeo de não apresentar voz na música de duas cantoras já
conhecidas e com algumas cenas estranhas. Além disso,
as influenciadoras Taciele Alcolea, Mari Maria, Shantal Verdelho, Juliana
Goes, Mariana Felício, Niina Secrets e Fabíola Melo, entre
outras, postaram alguns stories em silencio total, como uma forma de
protesto. O objetivo foi gerar buzz para despertar a
curiosidade das pessoas sobre o suposto motivo da divulgação da nova música não
ter sido em sua forma completa.
O programa Hoje
em Dia, exibido a partir das 11h30 pela TV Record, também participou
da ação. Em certo momento, o apresentador Cesar Filho chama as suas
colegas Ana Hickmann e Ticiane Pinheiro para
interagirem com ele durante a exibição de um conteúdo. As duas apresentadoras
permaneceram em silêncio e fez com que Cesar Filho seguisse no
comando sozinho.
Às 16h, o
mistério da ação foi revelado e o clipe da dupla
sertaneja divulgado, desta vez com voz, com uma letra que remete
à importância de não se calar e denunciar casos de violência, sejam os
envolvidos vítimas ou testemunhas de um ato de violência. Bumper ads atualizados,
peças display e 30” não puláveis também passam a fazer parte da estratégia de
divulgação da campanha.
As
influenciadoras, então, voltaram a se pronunciar em suas redes sociais,
agora sobre a versão com voz do clipe, e ajudaram a viralizar a hahstag #vctemvoz,
ao mesmo tempo que chamaram o público para assistir ao vídeo. E para
esclarecer a ação no programa Hoje em Dia, a apresentadora
Ana Hickmann foi a convidada do Cidade Alerta para falar sobre o
momento em que ela e as demais apresentadoras ficaram em silêncio em seu
programa. Ana também abordou a importância de se conversar a respeito deste
tema, que apesar de amplamente debatido, ainda é um tabu entre as mulheres, que
têm medo de denunciar seus agressores.
Por fim, o
apresentador do programa TV Fama, Nelson Rubens, exibido pela Rede TV, explica
toda a estratégia da campanha, a participação das celebridades, e
incentiva todas as pessoas a terem voz para denunciar qualquer tipo de abuso e
violência. Entram no ar também peças publicitárias em diversos canais
de comunicação, como TV, rádio e redes sociais reforçando a
campanha.
Link clipe mudo
Link clipe com som
As artistas
As cantoras
Simone e Simaria são duas das maiores expoentes do ritmo sertanejo
que toca nas rádios de todo o Brasil. Conhecidas como As Coleguinhas, a dupla
do Feminejo está presente em diversos programas da televisão e tem um
alcance de milhões de pessoas nas redes sociais. A última música lançada
pelas artistas, “O que é, o que é”, atingiu, em cerca de um mês, mais
de 11 milhões de visualizaçõesno YouTube.
Histórico
#Vctemvoz
Em 2018, em
campanha sobre mesmo tema, a Artplan também elaborou uma ação
dividida em duas fases, a de aquecimento e de revelação, que trouxe como
peça central a música “Coração pede socorro”, interpretada pela cantora Naiara
Azevedo, especialmente para a iniciativa. A princípio, parecia mais uma música
de amor sertaneja. A letra remeteu a situações românticas para quem ouvia a
canção pela primeira vez, mas todos os versos apresentaram um duplo sentido, em
que uma mesma palavra de amor, também pôde ser contextualizada para situações
de violência. A campanha foi amplamente premiada e garantiu para
a Artplan o Leão de Ouro no Festival de Cannes deste ano.
Dados alarmantes
As estatísticas de violência
contra a mulher preocupam. No país, conforme dados do Fórum Brasileiro de
Segurança Pública, a cada hora 536 mulheres são agredidas. Das mulheres que
possuem entre 16 e 24 anos, 66% sofreram algum tipo de assédio no último ano.
Segundo a Central Ligue 180, 70% das agressões ocorrem dentro de casa. Em 86%
dos registros do Ligue 180, as agressões foram cometidas por pessoas do sexo
masculino. Na maioria dos casos, a violência é diária.
Ligue 180
Por meio de
ligação gratuita e confidencial, esse canal de denúncia do MDH funciona 24
horas por dia, todos os dias da semana, no Brasil e em outros 16 países:
Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco e Boston), França, Guiana
Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal,
Suíça, Uruguai e Venezuela. O serviço também é oferecido por e-mail (ligue180@mdh.gov.br) e Ouvidoria Online.
O intuito é ajudar a resolver uma variedade de
problemas de urbanização, como concentração de população e danos causados pelas
inundações
A Coreia do Sul e mais dez países
asiáticos pretendem construir cidades inteligentes e explorar oportunidades de
negócios relacionadas a elas. A informação foi divulgada nesta segunda-feira
(25) pelo Ministério dos Transportes de Seul.
Cidade inteligente é uma área urbana
em que as pessoas convivem e recebem, todos os dias, os benefícios da
tecnologia. Tudo isso proporcionado pelos dados digitalizados, internet das
coisas, inteligência artificial e robôs.
O intuito é ajudar a resolver uma
variedade de problemas de urbanização, como concentração de população e danos
causados pelas inundações. De acordo com a Associação das Nações do Sudeste
Asiático, a taxa de urbanização dos países saltou de 18%, ou seja, 40 milhões
de pessoas na década de 1960, para 48%, ou 310 milhões, em 2017, levando a um
aumento na demanda por infraestrutura inteligente nas cidades.
Foi então que os países se reuniram
em Singapura, em novembro de 2018, para lançar uma rede de cidades inteligentes
com o objetivo de transformar 26 cidades, em cidades inteligentes.
O governo disse que vai criar um
fundo no valor de US$ 1,3 bilhão para investir em projetos no exterior de
plantas, infraestrutura e desenvolvimento de cidades inteligentes, com um plano
para alocar recursos em projetos de cidades inteligentes no exterior.
Enquanto isso, a Coreia do Sul vai
injetar US$ 4,57 bilhões na construção da primeira cidade inteligente do país
até 2024. O governo planeja que 56 famílias se mudem para o complexo
residencial no final de 2021, enquanto aceleram a construção da infraestrutura
necessária para aplicar as tecnologias de ponta.
Em 1999, a Organização das Nações
Unidas (ONU) instituiu, no dia 25 de novembro, o Dia Internacional de Luta
contra a Violência sobre a Mulher. Essa data foi escolhida para homenagear as
irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como "Las
Mariposas", que combatiam fortemente o regime ditatorial de Rafael
Leônidas Trujillo, na República Dominicana, sendo assassinadas pelo governo
extremista. Seus corpos foram encontrados em um precipício, com sinais de
estrangulamento e intensa tortura, acarretando uma grande comoção. Com a
finalidade de ampliar o combate à violência contra as mulheres, em 2010, foi
criada a ONU Mulheres, instituição humanitária com sede em Nova York e responsável
pela defesa dos direitos humanos das mulheres na ONU.
No Brasil, a biofarmacêutica Maria da
Penha é o símbolo da luta pela proteção das mulheres contra a violência
doméstica e familiar. Em 1983, Maria da Penha, então casada com o professor
universitário Marco Antonio Herredia Viveros, sofreu duas tentativas de
assassinato pelo seu cônjuge, ficando paraplégica por um tiro nas costas
enquanto dormia. Foram mais de 15 anos de luta e pressões internacionais para
que a Justiça brasileira concluísse o processo contra o ex-companheiro de Maria
da Penha, inclusive com a denúncia do país para a Comissão Interamericana de
Direitos Humanos (OEA). Somente em 2002, Viveros foi condenado e preso para
cumprir dois anos de prisão.
Se por um lado o Brasil foi repreendido
pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA, por negligência
estatal no caso Maria da Penha, por outro, internalizou no ordenamento jurídico
pátrio uma legislação específica, considerada pela ONU como uma das três
melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres,
com o objetivo de coibir e prevenir a violência doméstica e familiar,
estabelecendo medidas de assistências e proteção às mulheres em situação de
violência: a Lei nº11.340/2006, a Lei Maria da Penha.
É certo que, apenas a criação de
mecanismos legais não é suficiente para a redução dos índices de violência
contra a mulher, por se tratar de um problema complexo, exigindo medidas
conectadas em diversos níveis do Poder Público, por meio de políticas públicas,
e da sociedade civil.
Na atualidade, debates sobre violência
se popularizaram e temas foram revelados, tais como feminicídio, assédio sexual
e violência contra as mulheres em espaços públicos, como o caso da importunação
sexual nos transportes públicos, dentre outros. O silêncio sobre o tema foi
rompido por vozes plurais das mulheres que sofreram ou sofrem abusos e suas
superações.
A transparência de informações, a
visibilidade de casos e as mobilizações on-line abriram os olhos de milhões
de pessoas, despertando atenção aos primeiros sinais da violência. Contudo, os
números de violência contra as mulheres no Brasil são alarmantes.
Segundo os dados do Fórum Brasileiro de
Segurança Pública de 2019, revelam que 76,4% das mulheres agredidas indicaram
que o agressor era um conhecido, sendo 39% parceiros e ex-parceiros, 14,6%
parentes, 21,1% vizinhos e 3% colegas de trabalho da vítima.
A maioria das mulheres continua sendo
vítima de violência dentro de casa (42%) e apenas 10% relatam ter buscado uma
Delegacia da Mulher após o episódio mais grave de violência sofrida no último
ano. Infelizmente, 52% das mulheres alegam não ter feito nada.
A mulher no Brasil vive em constante
situação de risco, mas para a mulher negra ou parda existe um perigo ainda
maior. O racismo e suas consequências potencializam o risco de lesão e morte
para mulheres negras e pardas em relação às brancas (24,7% brancas, 28,4%
pretas, 27,5% pardas).
Para se prevenir a violência é
necessário haver conscientização e a conscientização está diretamente
relacionada à educação. Embora a violência aconteça em todas as classes
sociais, quanto mais educação formal, menos violência. Na pesquisa de 2019,
31,6% das mulheres com ensino superior identificaram com mais facilidade outras
formas de violência, como a psicológica, moral ou o assédio sexual, com
predominância de ofensas verbais (23,3%) e ofensa sexual (12,8%).
Os fatos relacionados a violência
contra mulher nos apontam que ainda há necessidade de se romper com uma cultura
que reduz a mulher a um objeto que é propriedade de um homem: primeiro do pai
e, após o casamento, do marido. Não há como tolerar que mulheres sejam vítimas
de feminicídio por romperem um relacionamento ou que sejam vítimas de violência
física, moral, patrimonial, psicológica e sexual - os cinco tipos de violência
previstos na Lei Maria da Penha - por conta desta cultura perversa e tão
adoecedora de parte da sociedade.
É importante destacar ainda que a
violência de gênero não se dá somente por conta da violência doméstica e
familiar. Ela está presente em todos os espaços da nossa sociedade, com o
agravante de que homens e mulheres reproduzem esses discursos e práticas,
inseridos pela cultura nos diversos espaços por onde transitam.
Como um memorial para a luta pelo fim
da violência contra a mulher, a ONU estabeleceu o dia 25 de cada mês como
"Dia Laranja". A finalidade dessa prática é aumentar a
conscientização e medidas para o fim da violência contra as mulheres e meninas.
A cor laranja, entendida como vibrante e otimista, representa um futuro livre
de violência.
A causa do dia 25 de novembro não se
trata apenas da mulher machucada, mutilada, que ganha menos para exercer a
mesma função profissional. Trata-se de uma causa humanitária, imperiosa para a
consolidação de uma "sociedade fraterna, pluralista e sem
preconceitos", prevista em nossa Constituição Federal de 1988. Então, fica
aqui o convite, no dia 25 deste mês, vista-se de laranja e contribua para essa
causa.
Sara Barbosa de Oliveira - coordenadora
do curso de Direito da Faculdade Pitágoras da Serra.
Livre,
Lula se tornou um problema para o PT. Visivelmente, seu peso na balança
política é muito menor do que quando esteve sitiado no Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC. Solto, tornou-se desinteressante.
Os partidos
de esquerda, quanto mais tentam se dissociar de Lula e do PT, mais parecidos
com ele ficam, inclusive no eterno mau humor.
Ao longo dos últimos meses, incorreram no equívoco de imaginar que a
bajulação internacional guardava alguma relação com o prestígio de seu mito.
Mas não é assim, Uma coisa é o aparelho esquerdista mundial, um aparelho
publicitário ativo; outra é a influência dessa máquina na política interna das
nações. Parcela significativa da sociedade brasileira teve tempo para ajustar o
foco e entender o quanto o país perdeu e se perdeu nos longos anos em que a
corrupção se institucionalizava, a ordem era desprezada, a liberdade abusada e
a responsabilidade extraviada nos meios de influência e na vida social. É
sabido: agora, a corrupção luta nos tribunais, mas se afastou da tesouraria.
Outro
equívoco do lulopetismo foi imaginar que reverteria em seu benefício o
antagonismo a Bolsonaro prestado por boa parte da mídia convencional. Não há
qualquer evidência de que isso possa acontecer depois de ficarem tão expostas
as vísceras dos sistemas criminosos instituídos pela corrupção no país.
Em tal cenário, nada mais
relevante e benéfico aconteceu entre nós, nos últimos 35 anos, do que a Lava
Jato, Sérgio Moro, Paulo Guedes e Bolsonaro. As lições disso decorrentes ainda
levarão alguns anos para impregnar as instituições nacionais e fazer do Brasil uma
democracia não apenas formal. São comuns, entre nós, referências ao Estado
Democrático de Direito como se vivêssemos num. Grave equívoco a que se chega
diante da mera existência de eleições periódicas e da operação das instituições
de Estado. Ora, eleições e instituições de Estado existem, igualmente, em Cuba,
Venezuela e em outros totalitarismos. Elas são necessárias para a democracia,
mas não são, por si só, causa eficiente, suficiente, da democracia.
Há, no
Brasil, um déficit democrático que se manifesta, por exemplo, quando o
Congresso arrosta a opinião pública, legisla em causa própria e encobre os maus
passos de seus membros; quando o Senado se acumplicia com o STF para
descumprirem seus deveres de fiscalização mútua; e quando as pautas de Sérgio Moro
batem, sempre, na acolhedora trave da impunidade. Do Brasil se pode dizer que
vivemos num Estado de Direito, onde as coisas são, mais ou menos, regradas por
uma Constituição. Bem nos serviria que essas instituições fossem racionais e,
por essa via, efetivamente democráticas.
Em "Nabuco e a
reorganização teórica do Império", João Camilo de Oliveira Torres escreve:
"Nas
épocas da decadência e decomposição, o tribuno do povo chama-se demagogo e
procura condicionar a vontade para fins baixos e pessoais, para fins criminosos
e antipatrióticos".
Essa é uma definição precisa
da carreira política do ex-presidiário de
Curitiba. Seu partido conferiu caráter orgânico à corrupção, enfermando
moralmente as principais legendas políticas do país; devastou as finanças
nacionais jogando-nos na mais danosa recessão da história. O Brasil vive a
situação de um país pós-guerra, sem outra guerra que não aquela proporcionada
por meios e fins criminosos e antipatrióticos.
Quem tiver alguma dúvida
sobre isso, ouça as falas de Lula e os discursos de seus representantes em
Brasília. São bem explícitos quanto à saudade que sentem de seus fracassos.
Percival Puggina - membro da Academia
Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de
jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a
tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo
Pensar+.
Pesquisa mostra que houve um aumento
sete pontos percentuais entre os que vão avaliar ofertas antes de fechar
negócio; metade tem intenção de participar do evento este ano. Gasto médio
estimado por pessoa é de R$ 1.132
Na próxima sexta-feira, dia 29 de novembro, será realizada
a 10ª edição da Black Friday no país. Ao se consolidar como uma das mais
importantes datas para o varejo, a ação deve refletir um amadurecimento do
consumidor, cada vez mais consciente em tomar cuidado para garantir as melhores
ofertas e não ser enganado. É o que aponta pesquisa realizada em todas as capitais
do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço
de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Os dados revelam que este ano quatro em
cada dez (39%) brasileiros só pretendem adquirir algum produto se as ofertas
realmente valerem a pena — um crescimento de sete pontos percentuais em relação
a 2018. Em contrapartida, metade (50%) disse ter intenção de fazer compras
na Black Friday. Apenas 11% não devem aproveitar as promoções.
Esse comportamento do consumidor também pode ser observado na decisão da
compra. A pesquisa indica que nove em cada dez (91%) entrevistados planejam
pesquisar preços antes de adquirir algum item, principalmente para
confirmar se os produtos realmente estão na promoção, ou seja, com preços mais
baixos do que o normal (54%). Considerando aqueles que pretendem buscar
informações sobre as ofertas, 40% afirmaram que olhariam os preços a menos de
30 dias da Black Friday, enquanto 28% fariam pesquisa com um mês de
antecedência e 11% até dois meses antes. Outros 13% só devem verificar
preços no dia do evento. Os meios mais utilizados apontados para fazer a
pesquisa são sites e aplicativos que fazem comparação de preços e produtos
(55%), sites das lojas (52%) e portais de busca (42%).
Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a Black
Friday deste ano promete ser diferente em relação aos outros anos. “O
consumidor brasileiro está mais exigente, em busca de experiências e bons
descontos. Tanto é que já começa a se preparar com antecedência para as
promoções e pesquisar as ofertas antes de sair comprando. Esse novo cenário
abre oportunidades para o varejo que terá a chance de oferecer produtos com
preços atrativos e alavancar as vendas, seja no ambiente físico ou on-line”,
destaca.
Gasto estimado com compras é de R$ 1.132 por pessoa; 40%
devem passar madrugada conectados à internet para conseguir boas ofertas
Entre os que pretendem comprar produtos com descontos, 76% consideram a data
uma oportunidade de adquirir itens que estejam precisando com preços mais
baixos. Além disso, 32% querem antecipar os presentes de Natal de olho nas
promoções e 17% planejam aproveitar as ofertas mesmo sem necessidade de comprar
algo no momento. Em relação aos que não pretendem fazer compras na Black
Friday, os principais motivos apontados são falta de dinheiro (35%), prioridade
em pagar dívidas (18%) e falta de necessidade de comprar algum produto (16%).
Também há aqueles que não acreditam na veracidade dos descontos oferecidos, que
somam 15% da amostra.
Considerando os que realizaram compras no ano passado, 35% esperam adquirir
mais produtos em 2019, 23% planejam comprar menos e 20% a mesma quantidade.
Quanto à intenção de gastos, os entrevistados estão divididos: 32% pretendem
desembolsar mais este anoe outros 32% menos. Por outro lado,
24% devem gastar o mesmo valor. Entre os que têm intenção de gastar mais, 31%
justificaram que vão às compras por precisarem adquirir mais produtos. Mesmo
percentual (31%) pode ser observado entre os que afirmaram que pretendem
comprar mais por terem economizado ao longo do ano para desembolsar na data.
Em média, os consumidores devem comprar cerca de três produtos e desembolsar
R$ 1.132. No entanto, 40% dos entrevistados ainda não definiram o quanto
pretendem gastar. De acordo com o levantamento, a expectativa dos consumidores
para este ano é de que haja um desconto médio de 45% nos produtos e
serviços ofertados.
A pesquisa também investigou os locais que os consumidores devem fazer as
compras. As lojas on-line (77%) mantêm a preferência dos consumidores.
Na sequência, aparecem as lojas físicas (54%), como os shopping centers (33%),
as lojas de rua e de bairros (28%) e os supermercados (16%). Outro dado aponta
que 68% estão evitando algum tipo de compra em outubro e novembro para
aproveitar as ofertas da Black Friday. Além disso, quatro em cada dez (44%)
consumidores pretendem comprar na semana do evento, enquanto 27% irão às
compras no dia e 13% pretendiam ir na primeira quinzena de novembro.
Somente 18% devem madrugar na porta das lojas físicas para garantir as compras,
enquanto 73% não têm essa intenção. Ao mesmo tempo, 61% dos que trabalham
esperam se manter conectados durante o expediente para ficar sabendo das
melhores ofertas e 40% devem passar a madrugada conectados à internet
para garantir a compra dos produtos.
Itens de vestuário, eletrodomésticos e smartphones lideram
ranking de produtos mais procurados; 72% planejam pagar compras à vista
Na lista de itens mais procurados, as roupas lideram a lista de compras dos
consumidores, com 36% das menções. Os eletrodomésticos aparecem em segundo
lugar no ranking (31%), representando um aumento de 6 pontos percentuais na
comparação com 2018. Calçados ocupam a terceira posição (29%), enquanto
celulares e smartphones vêm na sequência (28%) entre os produtos que devem ser
mais adquiridos nesta Black Friday.
De acordo com o levantamento, sete em cada dez (72%) entrevistados querem
pagar pelas compras à vista — crescimento de 7,3 pontos percentuais em
relação a 2018 —, principalmente em dinheiro (48%) e no cartão de débito (34%).
Ao mesmo tempo, 73% mencionaram optar pelo crédito, em especial a modalidade de
cartão de crédito parcelado (45%) e cartão de crédito em parcela única (26%).
No caso dos consumidores que irão pagar de forma parcelada, a média será de
seis prestações.
“É um sinal positivo parte significativa dos consumidores sinalizarem que devem
realizar as compras à vista, sem se endividar. O país atravessa um momento
delicado, de recuperação tímida e gradual na economia, ainda com poucos
reflexos práticos e favoráveis para a população. Muitas pessoas têm se
esforçando para manter as contas em dia. Vale lembrar ainda que há os gastos
com compras de Natal e compromissos de início de ano, que incluem despesas com
escola, IPTU, e IPVA, por exemplo. O ideal, portanto, é planejar bem o
orçamento”, orienta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Maioria dos entrevistados achou que Black Friday 2018
teve ofertas reais; 42% compraram por impulso e 11% ficaram com nome sujo
Questionados sobre a experiência com a Black Friday 2018, 81% dos que fizeram
compras consideram que valeu a pena. Para a maioria (91%), os descontos
anunciados pelas lojas foram reais e 86% não encontraram problemas com as
compras. Apenas 12% enfrentaram algum tipo de contratempo, especialmente com os
descontos não aplicados ao efetuar o pagamento (4%). Entre os que tiveram
problema na edição passada, 60% destacam que conseguiram resolvê-lo, embora 40%
não tenham conseguido.
A pesquisa revela que um em cada cinco entrevistados admite que costuma gastar
mais do que pode com as compras na Black Friday (22%). Ainda mais preocupante é
o fato de que 7% pretendem deixar de pagar alguma conta para aproveitar as
ofertas, e muitos desses potenciais compradores estão inadimplentes
(22%). Apesar de seis em cada dez entrevistados (57%) terem planejado a
maioria das suas compras no evento do último ano, 42% reconhecem ter
comprado por impulso e 11% ficaram com o nome sujo.
Dentre os consumidores
que ficaram negativados por causa de compras feitas no período, 8% já limparam
o nome e 3% ainda estão com restrição no CPF.
Metodologia
O SPC Brasil entrevistou 1.230 consumidores de ambos os sexos, acima de 18 anos
e de todas as classes sociais nas 27 capitais brasileiras para identificar o
percentual de pessoas que pretendem comprar na Black Friday. Em um segundo
momento, a partir de uma amostra de 624 casos, foi investigado de forma
detalhada o comportamento do consumo, gerando um intervalo de confiança de 95%.
Líderes usam
redes sociais para comunicação com o público, recrutamento e seleção.
Especialista destaca importância de manter postura profissional no mundo
virtual
Pesquisa desenvolvida pelo Centro Regional de
Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), divulgada
este ano, apontou que o número de brasileiros que usam a internet com
regularidade chega a 126,9 milhões. O número representa 70% da população
do país. Dados do Facebook apontam que o Brasil tem 130 milhões de
usuários na rede social. O número garante a terceira posição no ranking
internacional. No Instagram, o Brasil lidera o ranking com 16 milhões de
usuários. No Linkedin são 29 milhões de inscritos. Outro levantamento realizado
pela rede de agências de marketing e relações públicas Ecco, presente em 40
países, revelou que houve um crescimento de 55% na quantidade de CEOs
ativos no Linkedin no Brasil.
De acordo com Marcelo Camorim, especialista em
gestão e governança, a presença dos altos executivos nas redes sociais é
positiva por aproximar a empresa dos clientes e públicos de interesse e
por permitir um acompanhamento mais próximo do que que é compartilhado e
comentado sobre a empresa e seu mercado nesses canais. Ele destaca que eles
devem ser ser orientados para não cometerem gafes nessas plataformas. “É preciso
cautela para que os líderes não manifestem posições pessoais controversas e em
desacordo ao posicionamento institucional. O executivo não pode esquecer que
representa uma empresa o tempo todo. Isso acontece mesmo quando fala em
um perfil pessoal privado, somente para seguidores autorizados numa rede
social”, explicou.
Recrutadores usam redes sociais como ferramenta
para seleção
O especialista ressalta que a premissa vale
também para profissionais de outros setores da empresa. Segundo ele, o
processo seletivo, em muitas organizações passa por uma visita pelos perfis nas
redes sociais. Por este motivo, quem busca colocação ou uma promoção, a
comunicação nestas plataformas se torna fundamental para êxito ou fracasso.
“É aconselhável que os posicionamentos sejam
realizados com bom senso e equilíbrio, levando em consideração aquilo que
deve ser postado ou comentado e aquilo que deve ser ignorado para que os perfis
sociais permaneçam apropriados e alinhados com a sua trajetória profissional”,
disse Camorim. Ele enfatiza ainda que bons perfis, com publicações relacionadas
a área de atuação contam em favor do profissional, por mostrar dedicação e
interesse.
Camorim revela que a atenção deve ser redobrada
quando já se está empregado. “Mesmo que o profissional não exerça um papel de
liderança é importante que busque, nas suas plataformas digitais, manter uma
conduta condizente com o perfil da empresa para evitar desgastes com colegas e
com clientes”, explica.
*Dicas para não se prejudicar profissionalmente
nas redes sociais*
Para auxiliar os profissionais a manter uma
conduta correta e que o auxilie a crescer, Camorim deixou algumas dicas.
Confira:
Não
critique o local em que você trabalha ou trabalhou;
Lembre-se
que a sua imagem é ou será associada ao local em que trabalha, portanto
mesmo nas redes sociais é preciso lembrar que tudo que você fizer pode
prejudicar a sua imagem ou da empresa;
Não
faça comentários maldosos sobre clientes. Isso pode gerar rescisão de
contratos e afastar potenciais novos clientes;
Fique
atento às regras gramaticais. Escrever corretamente é fundamental;
Jamais
faça comentários racistas, homofóbicos e/ou misóginos. É muito rude
e pode ter grandes consequências, além da demissão;
Controle
a privacidade do que é publicado: é possível escolher se o post será visto
por todos ou apenas pelos seus amigos;
Escolha
uma boa foto para colocar no seu perfil;
Preocupe-se
com a sua aparência, afinal ela é também um cartão de visitas.
Segundo
dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), a quantidade de
empresas cadastradas na associação aumentou muito nos últimos anos, hoje, já
são 12 mil empresas seguindo esse modelo no Brasil.
Desde
que o conceito se firmou no país, a quantidade de pessoas que se dedicam a este
segmento só tem aumentado. O intuito dos empreendedores de startups é
encontrar uma solução para um determinado problema e tornar a vida do
consumidor mais fácil e rápida. Em diferentes setores as startups ganham espaço
em um modelo de negócio com baixo custo e alto potencial de crescimento. A
coach especialista em desenvolvimento de lideranças e certificada pela Marshall
Goldsmith Stakeholder Centered Coaching, Carolina Valle Schrubbe, explica que
ao mesmo tempo em que os índices demonstram foco e alta capacidade brasileira
de empreender e inovar, também traz uma preocupação – o que fazer com o
sucesso? “Muitas
empresas se planejam para enfrentar momentos de crise e se estabelecerem no
mercado, mas, planejar o sucesso é tão importante quanto” , comenta. A
especialista ainda ressalta que, a startup que antes existia na escrivaninha de
seu idealizador, passa a não caber mais em uma sala alugada. A idealização
cresceu, e é preciso fortalecer rapidamente a musculatura dessa empresa para
que não sofra lesões que comprometam sua sustentabilidade. “Preparar a casa é
essencial para garantir uma escalabilidade saudável”, explica Carolina. Ainda
de acordo com dados da ABStartups, 72% das startups são lideradas por jovens
entre 25 e 40 anos de idade, 87,13% são comandadas por homens e 12,3% por
mulheres. Os setores que mais se destacam são educação (edutechs), agronegócio
(agtechs), finanças (fintechs), internet, propaganda, comunicação, comércio
eletrônico e saúde e bem-estar. Também há um número expressivo de startups nos
setores de logística e mobilidade urbana, entretenimento, eventos e turismo. “Hoje,
fazer parte de uma startup se tornou uma boa opção para os profissionais
altamente qualificados, que antes buscavam empregos sólidos em grandes
empresas’, relata. Quanto
mais a startup cresce e se desenvolve, a disponibilidade de tempo fica mais
escassa, é preciso contratar novas pessoas, focar em manter e melhorar a
qualidade dos serviços, consolidar uma cultura organizacional que respeite a
essência da empresa, que antes era tão facilmente disseminada em reuniões
semanais ou até mesmo diárias. O mercado aceitou e hoje pede pelo seu produto
ou serviço. O cliente é a razão de sua existência, e seu time, quem faz tudo
acontecer. Afinal, a empresa não depende só do produto ou serviço, depende de
processos e de pessoas. “Quando
a empresa chega neste patamar, é hora de escolher as pessoas certas, dividir
cadeiras de comando, delegar poder, engajar e proporcionar um ambiente em que
todos respirem a missão da empresa. Preparar-se para o sucesso é estar cercado
das pessoas certas e investir no desenvolvimento constante daqueles que vestem
a camisa”, finaliza a coach especialista em desenvolvimento de lideranças e
certificada pela Marshall Goldsmith Stakeholder Centered Coaching, Carolina
Valle Schrubbe.
Carolina Valle Schrubbe = coach executiva da
Marshall Goldsmith Group e sócia da SINN Coaching. Seu trabalho é apoiar
líderes para que aumentem a eficácia do comportamento de liderança, com impacto
direto no resultado dos negócios. Soma mais de 15 anos de experiência
corporativa, sendo, dez em liderança com cargos de gestão na Caixa Econômica
Federal e nove anos de experiência como instrutora estratégica para líderes e
seus times. Carolina é certificada em Global Leadership Assessment pela
MGSCC, practitioner SOAR pela Florida Christian University e em Alpha
Assessment pela SBC. Trabalha com o desenvolvimento de profissionais em todo o
Brasil.