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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Primeiro desfibrilador subcutâneo é implantado em Joinville



Aparelho age em casos de parada cardíaca sem precisar tocar o coração

O cardiologista e eletrofisiologista Rafael Ronsoni realizou, nesta semana, no Hospital Dona Helena, o implante de um cardiodesfibrilador subcutâneo. Segundo o médico, foi o primeiro aparelho deste modelo implantado na cidade. O paciente, um homem de 36 anos, já havia sofrido com dois episódios de morte súbita por parada cardíaca. “Agora, caso o incidente se repita, o evento arrítmico poderá ser revertido prontamente”, explica. O procedimento contou com a participação de uma equipe com 10 pessoas.

Segundo ele, o grande diferencial do procedimento realizado no HDH é a capacidade de proteger contra a morte súbita sem tocar o coração. "O desfibrilador é subcutâneo, localizado entre a pele e a costela. Ele não utiliza eletrodos transvenosos, o sistema vascular se mantém preservado e reduz as chances de infecções e trombose. Ou seja, a efetividade é igual à do aparelho usado rotineiramente, mas ele apresenta mais segurança aos pacientes”, ressalta. 

De acordo com Rafael, a chamada morte súbita por parada cardíaca pode ser causada por uma falha na atividade elétrica cardíaca ou associada à presença de doença estrutural do coração, como infarto ou insuficiência cardíaca: “Quanto mais rápido o atendimento, em caso de parada cardíaca, maior a chance de sobrevivência. A cada minuto perdido, a chance de sobreviver diminui de 7% a 10%”.

Nesses casos, é indicada a colocação de um dispositivo, semelhante a um marca-passo, que reconhece a arritmia e emite um choque interno, chamado de desfibrilador. “O modelo que costuma ser utilizado consiste em um eletrodo (fio) implantado na superfície interna do coração que é conduzido através de uma veia. O problema é que esse fio pode ocluir a veia e, em caso de infecção, estará em contato direto com o órgão”, observa o médico.






Prática de exercícios físicos é aliada no tratamento de jovens com linfoma de Hodgkin



Além de auxiliar no ganho de massa magra e na melhora de sintomas, a atividade física pode ter impactos psicológicos positivos para os pacientes 


A prática de exercícios físicos é uma recomendação médica na maioria dos casos. Seja para evitar o desenvolvimento de doenças, para manter o organismo saudável ou até mesmo pelo bem-estar mental. Porém, durante o tratamento de um câncer, principalmente quando se trata de um tipo que atinge predominantemente jovens adultos ativos, como o linfoma de Hodgkin, muitas incertezas e inseguranças podem surgir.

O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que atinge os gânglios do sistema linfático. Caracterizado pela multiplicação descontrolada dos linfócitos do tipo B, responsáveis pela defesa do organismo, é considerado um câncer raro¹. Todavia, é um dos tipos mais comuns entre jovens adultos², com uma incidência maior em indivíduos entre os 15 e 40 anos, especialmente na faixa dos 20 anos³.

Entre os principais sintomas estão o aumento dos linfonodos, febre, perda de peso, sudorese noturna, coceira e fadiga4. E é exatamente na redução dessas manifestações que o exercício físico pode se tornar um grande aliado ao tratamento medicamentoso. “Existem benefícios das atividades físicas descritos para vários tipos de câncer, incluindo o linfoma de Hodgkin. Há estudos mostrando melhoras na composição corporal, qualidade de vida, fadiga e diminuição da ansiedade”, afirma o Dr. Guilherme Fleury Perini, hematologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Um desses estudos é o HELP (Healthy Exercise for Lymphoma Patients), conduzido pela Fundação Lance Armstrong e pela Universidade de Alberta, no Canadá. Feito com 122 pacientes em tratamento ou não para diferentes linfomas, demonstrou que o grupo submetido a uma série de treinos aeróbicos, durante 12 semanas, teve resultados positivos com relação à qualidade de vida, como melhora da fadiga, preparo cardiovascular, aumento de massa magra e em aspectos psicológicos como depressão, em comparação ao grupo que não foi submetido a essas condições5.

E o mais importante, de acordo com o Dr. Perini, é que as atividades não impactaram no tratamento da doença. “Talvez os principais benefícios estejam relacionados aos aspectos psicológicos, como sensação de bem-estar e menor incidência de depressão. A fadiga, além do componente físico, também apresenta o fator psicológico e é uma das manifestações que mais demonstraram melhora em pacientes praticantes de atividades físicas”, comenta. 

Entre os exercícios indicados, os aeróbicos ou os que visam o ganho de massa magra, como a musculação. Além disso, há ainda estudos que demonstram benefícios em outras atividades, como caminhadas, corridas e ciclismo. Algumas limitações podem ocorrer devido aos efeitos colaterais da quimioterapia, como náusea, queda da imunidade e presença de cateteres.

Portanto, para pacientes com câncer, exercícios supervisionados em academia podem ser mais adequados. Já para os que estão em remissão, ou seja, sem os sinais da doença, a orientação é outra. “Os que tratam do linfoma podem ter um risco maior de doença cardiovascular. Portanto, antes de iniciar é importante conversar com o médico e fazer os exames solicitados”, explica Dr. Perini. Ainda segundo o especialista, atividades que envolvam impacto devem ser evitadas, devido ao risco de plaquetopenia, nível extremamente baixo de plaquetas no sangue, principalmente em pacientes com cateteres totalmente implantáveis.

Atualmente, o tratamento medicamentoso do linfoma de Hodgkin apresenta grandes taxas de cura, chegando a até 90% dos casos6. Em recidivas ou pacientes refratários, ou seja, que nunca responderam a outros tipos de terapia ou a doença tenha retornado depois do último tratamento, a terapia-alvo é uma das alternativas existentes. De toda forma, o especialista aponta que o papel do educador físico pode ser importante também ao pensar no tratamento como um todo. “Se pensarmos que se trata de uma população jovem, com uma grande expectativa de vida, faz sentido prestarmos mais atenção nos exercícios e incluirmos um educador físico no manejo destes pacientes”, finaliza. 





Takeda




Referências

1.    Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva  [Internet]. linfoma de Hodgkin. [cited 2017 aug 14]. Available from: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/linfoma_hodgkin
2.    Instituto Nacional de Câncer Americano [Internet] 2016. Cancers That Develop in Adolescents. cited 2016 sep 29] Avaiable from: https://www.cancer.org/cancer/cancer-in-adolescents/what-are-cancers-in-adolescents.html
3.    Instituto Oncoguia  [Internet]. Dados Estatísticos sobre o Linfoma de Hodgkin. [cited 2015 jun 6] Avaiable from: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/dados-estatisticos-sobre-o-linfoma-de-hodgkin/7705/321/
4.    Instituto Oncoguia  [Internet]. Sinais e sintomas do linfoma de Hodgkin. [cited 2015 jun 6]. Available from:  http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-do-linfoma-de-hodgkin/1473/322/
5.    US National Library of Medicine [internet] Healthy Exercise for Lymphoma Patients - [cited Aug 2018] Avaiable from https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT00111865
6.    Fundação do Câncer [internet] Um linfoma menos traumático [cited 2013 aug 29] Avaiable from https://www.cancer.org.br/um-linfoma-menos-traumatico/
7.    IMS Health do Brasil Classe N02b – MAT Mai/16  
8.    IMS Health do Brasil - MAT Mai/16  
9.    IMS Health do Brasil Classes D06A0; D08A0 e D04A0 - MAT Mai/16  
10. IMS Health do Brasil Classe R05A0- MAT Mai/16



Infertilidade: fatores que ajudam a dar um fim a este problema



Especialista dá dicas de onde pode estar o problema


A dificuldade para ter filhos atinge milhões de casais no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade é caracterizada pela ausência de concepção após doze meses de relações sexuais sem a utilização de contraceptivos. Existem diversos fatores físicos e hábitos que podem ocasionar este obstáculo. Confira os principais motivos que levam a esse problema:


Endometriose

A doença afeta cerca de seis milhões de brasileiras. Estima-se que 10% da população feminina apresentam essa doença e, quando são estudadas população específicas de mulheres com dor pélvica ou infertilidade, a prevalência pode atingir até 47% dos casos. “É uma doença com impacto negativo em diversos aspectos da vida da mulher, inclusive na função sexual. Os principais sintomas da endometriose são representados por dor e infertilidade”, explica Dra. Flávia Fairbanks ginecologista e obstetra da Clínica FemCare e do Hospital das Clínicas de São Paulo.


Sobrepeso ou peso abaixo do considerado normal

As duas situações podem ser prejudiciais para a gravidez. Os dois cenários levam a alterações na regulação do ciclo menstrual e diminuem a probabilidade da ovulação. “A mulher precisa procurar manter uma alimentação balanceada, rica em nutrientes e proteínas, além da prática de atividades físicas, para evitar o sedentarismo.”, aconselha a especialista.


Obstrução tubária

Fatores uterinos como pólipos ou aderências: fatores menstruais, como menstruação ou ovulação irregulares; endometriose; e fatores infecciosos, como bactérias no trato reprodutivo ou obstrução tubária, são as principais causas para infertilidade. “É possível corrigir essas condições por meio de reguladores hormonais, antibióticos ou até intervenções cirúrgicas que fortalecem a fertilidade da mulher, viabilizando a gravidez.”, explica Dra. Flávia Fairbanks.


Nervosismo/ Stress

O nervosismo leva alterações perceptíveis no clico menstrual da mulher. É comum ouvir uma mulher se queixando que por ter ficado ansiosa a menstruação chegou antes ou depois da hora. Segundo a especialista isso acontece, pois, o hipotálamo reage às respostas do stress, o que pode levar até à supressão do ciclo menstrual.

Já os fatores masculinos que dificultam a gravidez vêm da deficiência na produção do espermatozoide ou então problemas no transporte dos espermatozoides que encontram algum tipo de obstrução durante o trajeto. O diagnóstico é feito através do exame de espermograma, solicitado por médicos especializados em reprodução humana. Normalmente, a baixa produção de espermatozoides é causada pela presença de varizes nos testículos, também conhecida como varicocele. Neste caso a intervenção cirúrgica feita por um urologista é indicada. Problemas genéticos também não estão descartados, sendo que o consumo de vitaminas e, em alguns casos, hormônios específicos, pode auxiliar no aumento da produção de espermatozoides, porém, essa melhora demora pelo menos de três a seis meses para ocorrer.”, detalha Dra. Flávia.





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