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terça-feira, 10 de setembro de 2024

Alimentação inadequada e pouca ingestão de líquidos aumenta incidência de cálculo renal nas crianças e preocupa especialistas

No 56º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, que ocorre essa semana, em Salvador, pesquisadores discutem o tema, além de orientar tratamentos e tratar sobre o papel central dos exames laboratoriais no diagnóstico de nefrolitíase, na Mesa redonda ´Laboratório em pediatria'.


 

A segurança alimentar de crianças ainda é um grande desafio mundial a se transpor. A alimentação de baixa qualidade, a pouca ingestão de água, e a falta de acesso a tratamentos médicos - característica de países subdesenvolvidos - faz com que a conhecida enfermidade ‘pedra nos rins’, ou seja, a nefrolitíase, venha sendo cada vez mais observada em crianças nascidas em países com baixos indicadores sociais e econômicos. E o grande problema é que surgindo na infância, o risco de formação de cálculos ao longo da vida é elevado. 

A correlação entre a saúde renal infantil e o cenário socioeconômico no qual a família está inserida, é uma das discussões que serão tratadas na Mesa Redonda com o tema ‘Laboratório em Pediatria’, no 56º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, no dia 11/09, pelo professor Adagmar Andriolo, uma das maiores referências no Brasil quando o assunto é medicina laboratorial. Médico formado pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e professor titular na mesma instituição, o doutor em Patologia Clínica atesta que a dificuldade no diagnóstico de pacientes pediátricos pode ser atenuada por indicadores laboratoriais. 

Segundo o Dr Andriolo, o tipo de nefrolitíase nas crianças também difere de acordo com o contexto socioeconômico no qual ela se insere. “Uma das frentes que vamos tratar nessa mesa redonda é a diferença do tipo de acometimento da cálculos em crianças em países menos desenvolvidos. Nos países menos desenvolvidos, as crianças têm, mais frequentemente, a formação de cálculo associado à infecção urinária, cálculos em porções mais baixas do trato urinário, ou seja, no ureter e na bexiga. Já nos países mais desenvolvidos, a formação de cálculo está mais relacionada a causas metabólicas, como erros inatos do metabolismo e distúrbios dietéticos, com formação de cálculos em posições mais altas das vias urinárias e nos rins”, explica ele. 

Entre as anormalidades metabólicas citadas pelo médico, a hipercalciúria – alta excreção de cálcio na urina – é observada em cerca de 40% dos casos de formação de cálculos em crianças. De acordo com o professor, anomalias anatômicas, fatores ambientais, distúrbios genéticos e processos infecciosos também estão associados com os casos.
 
Conforme avalia o dr. Andriolo, esse perfil de adoecimento está relacionado com o desenvolvimento socioeconômico do país e não necessariamente com a faixa etária, já que a doença se comporta da mesma maneira em jovens e adultos. Segundo o professor, isso está diretamente conectado com a falta de acesso a serviços de saúde pública. 

“Em países como o Brasil, muitas vezes, as infecções urinárias não são tratadas como deveriam. Os pacientes não chegam a ter acesso aos antibióticos ou não fazem o tratamento pelo tempo necessário para acabar com a infecção”, relata.
 

Exames laboratoriais: Aliado poderoso em diagnóstico pediátrico 

A dificuldade no diagnóstico se dá justamente pelo fato de que pacientes pediátricos não conseguem se expressar muito bem verbalmente. Por esta razão, o professor reforça a necessidade de o médico traçar o histórico de saúde familiar, atentando para o fato de haver familiares com cálculos ou doenças renais. 

“Além do exame físico detalhado, o médico também deve se informar sobre hábitos alimentares e de ingestão de água da criança, bem como a ocorrência de infecção urinária de repetição”. 

Quando há suspeita clínica, a tomografia de abdômen e o exame de urina de rotina são os mais eficazes na detecção, independentemente da posição em que se encontram os cálculos. O médico ressalta a importância de se obter o cálculo para avaliar sua composição química, o que pode orientar o tratamento. Exames mais específicos devem ser realizados após ter passado a crise aguda e têm a finalidade de avaliar o metabolismo, principalmente, ou seja, as substâncias que formam a pedra, que podem ser, em sua maioria, cálcio, oxalato e ácido úrico. Em função disso, as dietas são propostas de forma mais assertiva.
 

Tratamento:

O tratamento depende da natureza e da causa do cálculo, mas o aumento da ingestão hídrica é uma orientação geral que auxilia muito no controle das recorrências. Além disso, a dieta com controle da ingestão de gorduras, sal e açúcar também são fundamentais.

 

Sobre o Congresso:

Entre os dias 10 e 13 de setembro, Salvador vai sediar o 56º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial - no Centro de Convenções da cidade. Reconhecido como o maior congresso do setor na América Latina, o evento de 2024 tem como tema central 'O Papel da Patologia Clínica na Sustentabilidade dos Sistemas de Saúde'. Este tema destaca os desafios contemporâneos enfrentados pela saúde pública e privada no pós-pandemia, promovendo discussões científicas alinhadas à urgência de tornar os sistemas de saúde mais eficientes e sustentáveis. As inscrições estão abertas. 

O congresso será palco para discussões sobre inteligência artificial (IA) e sua aplicação na medicina laboratorial. De acordo com Fábio Sodré, médico patologista clínico, diretor regional da SBPC/ML e presidente do congresso, a IA tem se mostrado uma ferramenta poderosa na identificação de padrões, agilização de exames e otimização de recursos. "Teremos uma grande variedade de palestras sobre IA, abrangendo diversos aspectos para melhorar o atendimento nos laboratórios clínicos", destaca Sodré.

Outras áreas de destaque incluem diagnósticos moleculares e genéticos, Bioquímica, Microbiologia, Hematologia, Testes Laboratoriais Remotos, qualidade assistencial e segurança do paciente. O evento contará com mesas redondas, workshops e palestras sobre temas como gestão de laboratórios, relacionamento com operadoras de saúde e regulação do setor. 

O 56º Congresso da SBPC/ML busca atender tanto os profissionais da bancada quanto os estrategistas de inovação. Serão dez salas de aula com palestras simultâneas, além de workshops e arenas promovidas pela indústria diagnóstica. A área de expositores será a maior da história do congresso, com 4.200 metros quadrados. 

Fábio Sodré, conta que, entre os palestrantes de destaque, para as conferências magnas, está Luiz Cláudio Lemos Correia, mestre em saúde pública pela Johns Hopkins University e pesquisador da Emory University. "Ele vai abordar a utilização racional dos recursos em saúde. Sua experiência com a metodologia Choosing Wisely, que promove o uso adequado dos recursos médicos, promete trazer insights valiosos para os participantes", ressaltou Fábio Sodré. 

Outro nome de peso e que também fará conferência magna é o Alysson Muotri, professor da Universidade de San Diego e especialista em organoides cerebrais, revelou Fábio. "Muotri apresentará suas pesquisas inovadoras que mimetizam o comportamento do cérebro humano em modelos reduzidos, oferecendo novas perspectivas para o estudo de doenças neurológicas." 

Confira no site a grade completa de Mesas Redondas, Encontro com Especialistas, Cursos Pré-Congresso, Atividades de Empresas, entre outros eventos, como cerimônia de abertura, festa de encerramento e palestras.


 

SBPC/ML - Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial



Hipnoterapia como Aliada na Prevenção ao Suicídi

Libertando sua mente de hábitos e pensamentos ruins 

 

A prevenção ao suicídio é um dos maiores focos da nossa época e das diversas formas para evitar que mais vidas sejam perdidas a hipnoterapia é uma das mais promissoras, de acordo com o hipnoterapeuta Renê Skaraboto. Com um cenário alarmante onde, a cada 40 segundos, uma pessoa tira a própria vida, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o tratamento de transtornos mentais e emocionais se torna essencial. Skaraboto ressalta que a hipnoterapia é mais que apenas uma ferramenta, pois trata a raiz de problemas emocionais profundos, oferecendo uma alternativa livre de estigmas para aqueles que enfrentam pensamentos suicidas.

Segundo o hipnoterapeuta, a hipnoterapia trabalha no nível subconsciente para identificar e tratar as causas subjacentes de comportamentos autodestrutivos. "A técnica permite ressignificar traumas e reeducar padrões de pensamento que levam ao desespero", explica. Ele destaca que a terapia não envolve misticismo; é uma abordagem científica que se baseia em princípios da psicologia transpessoal e programação neurolinguística (PNL).

A hipnoterapia também é eficaz no tratamento de outras condições de saúde mental, como depressão, ansiedade e distúrbios de autoestima, problemas que frequentemente acompanham o comportamento suicida. Ao abordar diretamente as emoções e pensamentos negativos que contribuem para a ideação suicida, a hipnoterapia proporciona uma forma de intervenção precoce e eficaz. "Ao tratar a dor emocional no cerne do problema, a hipnoterapia pode reduzir drasticamente as chances de suicídio", afirma Skaraboto.

A importância dessa terapia se torna ainda mais evidente ao se considerar que o suicídio é um problema multifatorial, envolvendo aspectos físicos, sociais e psicológicos. "O indivíduo muitas vezes não deseja morrer, mas sim escapar de uma dor emocional insuportável", destaca o hipnoterapeuta. Nesses casos, a hipnoterapia pode oferecer uma nova perspectiva de vida, ajudando o paciente a substituir comportamentos autodestrutivos por ações que promovam a vida e o bem-estar.

Renê Skaraboto alerta ainda para a necessidade de observação dos chamados "gatilhos emocionais". Exposições a conteúdos de violência ou suicídio podem desencadear processos emocionais negativos em pessoas vulneráveis. "Devemos estar atentos aos sinais de alerta em pessoas próximas e oferecer suporte sempre que possível", conclui.

Em um mundo onde o silêncio sobre temas como o suicídio pode ser tão prejudicial quanto falar de maneira inadequada, a hipnoterapia surge como uma opção de tratamento relevante. Ao combinar técnicas avançadas de psicologia e hipnose, ela oferece esperança e uma chance real de recuperação para aqueles que enfrentam a escuridão da depressão e da ideação suicida.


Hipnose para todos
Renê Skaraboto - Hipnoterapeuta
(41) 99692-9774
@hipnose_para_todos
https://www.clinicahipnoseparatodos.com.br/
Ed. Batel Executive Center - Travessa João Turin, nº37 Sala 601 - 6ª andar - Água Verde, Curitiba - PR



Qualidade do ar alcança níveis críticos em São Paulo e Minas Gerais, apontam dados diários

 Outras localidades podem estar em piores condições, porém faltam informações públicas oficiais, ressalta IEMA

 

O boletim diário da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) revelou que todas as estações de monitoramento da qualidade do ar na cidade de São Paulo foram classificadas como "ruim" ou "muito ruim", nesta segunda-feira (9). Entre as mais de 60 estações automáticas do estado, apenas quatro apresentaram uma qualidade do ar considerada "boa".

Em Minas Gerais a situação é semelhante. A maioria das estações classificou a qualidade do ar como “moderada” a “muito ruim”. No dia 3 de setembro, nenhuma das mais de 45 estações automáticas do estado apresentou uma qualidade do ar considerada boa, e algumas foram classificadas como "péssima". A capital mineira enfrenta quase 150 dias sem chuvas, o que agrava ainda mais a situação. 

Outras cidades brasileiras também estão enfrentando crises de qualidade do ar neste mês de setembro, com condições igualmente alarmantes. Um histórico com dados de todas as estações brasileiras pode ser acompanhado na Plataforma da Qualidade do Ar, criada pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). O site reúne e padroniza os dados do monitoramento da qualidade do ar gerados pelo poder público, fornecendo informações que integram a base de dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre 2010 e 2019, foram disponibilizados registros de 82 localidades. 

Nas regiões metropolitanas brasileiras, o trânsito e as atividades industriais costumam ser as principais fontes de emissões de poluentes do ar. No entanto, cada vez mais frequentemente as queimadas próximas ou até distantes aos centros urbanos estão impactando a vida de grande parte da população do país tanto no interior quanto nas cidades.  "O transporte da poluição do ar que estamos vendo pelo país mostra a necessidade de uma gestão nacional integrada da qualidade do ar. Consolidar a Rede Básica de Monitoramento é o primeiro passo", David Tsai, gerente de projetos do IEMA.

 

Material particulado no ar

A piora da qualidade do ar se deve, principalmente, à alta concentração de materiais particulados (MP 10 e MP 2,5, os números referem-se aos tamanhos das partículas) que têm atingido várias regiões do país, com destaque para Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Esses materiais são provenientes das queimadas que ocorrem em diversos estados brasileiros somadas ao tempo seco, típico do inverno. 

Os materiais particulados são poluentes particularmente perigosos, pois suas partículas finas podem penetrar profundamente nos pulmões, causando doenças respiratórias e cardiovasculares, além de aumentar o risco de problemas como infarto e derrame. 

No total, nove poluentes são regulados no Brasil por seus reconhecidos danos à saúde: fumaça, partículas totais em suspensão (PTS), partículas inaláveis (MP10), partículas inaláveis finas (MP2,5), dióxido de enxofre (SO2), dióxido de nitrogênio (NO2), monóxido de carbono (CO), ozônio (O3) e Chumbo (Pb). Os responsáveis por esse monitoramento são os estados, que podem contar com recursos federais.

 

É preciso monitorar

“Embora nos últimos dias tenhamos observado os efeitos da qualidade do ar no céu, é essencial disponibilizar informações precisas à população sobre a real situação da qualidade do ar. Essas informações são primordiais para implementar medidas de proteção adequadas, desenvolver políticas eficazes e comunicar os impactos à saúde de forma precisa”, afirma Helen Sousa, pesquisadora do IEMA. 

Para reduzir o lançamento de poluentes do ar, é fundamental que haja um esforço coordenado para combater as queimadas, diminuir as emissões do setor de transporte e intensificar a fiscalização sobre a poluição industrial. A falta de planejamento estratégico e a padronização inadequada dos dados de monitoramento também agravam esse cenário, dificultando a publicação de informações e a elaboração de relatórios consistentes. 

Vale ressaltar que, apesar da poluição do ar agora ser visível, o Brasil ainda carece de uma rede nacional de monitoramento abrangente e um sistema completo de informações sobre a qualidade do ar. Apenas 13 dos 26 estados contam com estações automáticas de qualidade do ar, equipamentos fundamentais para a avaliação da poluição, mostra a Plataforma da Qualidade do Ar do IEMA. Sem elas, é difícil avaliar a gravidade da poluição. 


BOLETIM DAS RODOVIAS


Início de tarde com lentidão nas principais rodovias concedidas 

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na tarde desta terça-feira (10). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x5 - Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330), sentido capital, apresenta congestionamento do km 14 ao km 11+360, e do km 233 ao km 229. No sentido interior, o tráfego é normal. Já na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), sentido capital, o motorista encontra congestionamento do km 16 ao km 13+360, no sentido interior não há congestionamento.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270) apresenta tráfego normal nos dois sentidos. Na Rodovia Castello Branco (SP-280), há congestionamento do km 15+460 ao km 13+700 no sentido capital. No sentido interior o tráfego é lento do km 21 ao km 24.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

Na rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto, sentido capital, há lentidão do km 21 ao km 15. No sentido interior o tráfego é normal. 

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Avião Solidário da LATAM transporta gratuitamente de Manaus para o Jardim Zoológico de Brasília três sauins-de-coleira para a conservação da espécie

 


Transporte de primatas que estavam sob cuidados do IBAMA segue diretrizes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (CPB/ICMBio), que recomendou o envio e manejo dos animais para a formação de novos grupos da espécie fora do ambiente natural 

Em quase 13 anos, programa da LATAM já ajudou a proteger mais de 4,6 mil animais no Brasil

 

Graças ao transporte gratuito realizado na última segunda-feira (2/9) pelo programa Avião Solidário da LATAM, em parceria com a AZAB (Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil), três sauins-de-coleira (Saguinus bicolor), espécie criticamente ameaçada de extinção, receberam um novo lar para a conservação da espécie. 

Graças ao Avião Solidário da LATAM, três sauins-de-coleira
receberam novo lar para conservação da espécie.
 Crédito: Samuel Maquine
O transporte foi realizado após consulta ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (CPB/ICMBio), responsável pela produção, gestão e manejo de primatas no Brasil, que recomendou o envio e manejo dos animais para a formação de novos grupos da espécie fora do ambiente natural e incremento a viabilidade genética das populações, de acordo com as diretrizes do Plano de Ação Nacional para Conservação do Sauim-de-coleira (PAN). Os três primatas passaram por um processo de reabilitação no Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS/IBAMA) do Amazonas após serem resgatados de condições impróprias para sua sobrevivência, como de áreas desmatadas, com chances de atropelamento e com focos de incêndio. Devido a impossibilidade de retorno à natureza, agora viverão na Fundação Jardim Zoológico de Brasília. 

A espécie, endêmica da região de Manaus (AM), está classificada como Criticamente Ameaçada (CR) pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), devido à perda e fragmentação de habitats naturais. Durante o processo de reabilitação, vale destacar, foi implementado um programa de enriquecimento ambiental para estimular comportamentos naturais e reduzir o estresse dos animais no período em que estavam no Centro de Triagem. Além disso, vários fatores foram diariamente observados, como o comportamento social, as interações entre os indivíduos e as respostas ao manejo, com registro de dados para ajustes no protocolo de reabilitação. Foi realizada ainda uma avaliação contínua dos parâmetros de saúde alimentar, física e comportamental, como a estabilidade fisiológica, ausência de doenças transmissíveis, comportamentos adequados e interação social. 

O transporte gratuito foi realizado por meio da LATAM Cargo em voo direto que partiu de Manaus com destino a Brasília e evitou um deslocamento terrestre de quase 4 mil quilômetros entre as instituições, reduzindo para três horas um percurso que levaria mais de 50 horas via terrestre.

 

AVIÃO SOLIDÁRIO JÁ PROTEGEU MAIS DE 4,6 MIL ANIMAIS NO BRASIL 

Com 13 anos, o programa Avião Solidário da LATAM em conjunto com instituições parceiras já beneficiou mais de 140 milhões de pessoas no Brasil e realizou o transporte de mais de 4,6 mil animais. Além dos 282 milhões de vacinas contra a COVID-19 transportadas gratuitamente para todos os estados brasileiros, o programa completou a marca de mais de 200 toneladas de doações (cestas básicas, água, fraldas descartáveis, cobertores, entre outros itens) e 130 voluntários (médicos, enfermeiros, veterinários e bombeiros) transportados gratuitamente na recente crise do Rio Grande do Sul desde 4 de maio de 2024. 

O Avião Solidário está conectado com a frente de Valor Compartilhado do grupo LATAM, para colocar à disposição da América do Sul toda a experiência logística e a conectividade da companhia. Atualmente, o Avião Solidário também tem parcerias com diferentes instituições no Brasil, como Amigos do Bem, Movimento União BR, Gastromotiva, Por1Sorriso, Instituto Rodrigo Mendes, Amazone-se e SOS Mata Atlântica. 

 



LATAM Airlines S.A.
Mais informações aqui


Lençóis Maranhenses são reconhecidos pela UNESCO, colocando o Brasil entre os países com mais Patrimônios Mundiais

Os deslumbrantes Lençóis Maranhenses foram recentemente reconhecidos como Patrimônio Mundial pela UNESCO, consolidando o Brasil entre os países com o maior número de sítios protegidos no mundo. Para entender melhor esse cenário, a Preply realizou uma pesquisa, que identifica os países do mundo e as regiões do Brasil com mais Patrimônios da UNESCO.

 

Patrimônios da UNESCO no mundo e no Brasil: descubra a classificação

 


Ao falar de cultura e legado, não é surpresa que a liderança mundial do ranking esteja ocupada pela Itália, com 60 Patrimônios, seguida de perto pela China, com 59 Patrimônios. Na última atualização da UNESCO, em 2024, a China adicionou mais dois lugares à lista, enquanto a Itália incluiu mais um, mantendo sua posição de liderança isolada. 

A Alemanha também se destaca, superando, ainda que ligeiramente, a França e a Espanha. Com sua majestosa Catedral de Colônia e muitos outros locais de interesse, a Alemanha demonstra uma presença notável no ranking da UNESCO.

 

Brasil: 13º no ranking mundial e líder na América do Sul

 


O Brasil se destaca no cenário global, ocupando a 13ª posição no ranking mundial de Patrimônios da UNESCO entre 168 países. Com 24 sítios reconhecidos, o Brasil inclui locais como o Parque Nacional do Iguaçu, com suas impressionantes cataratas, o Centro Histórico de Ouro Preto, um exemplo magnífico da arquitetura colonial, e Brasília, a capital modernista projetada por Oscar Niemeyer. Recentemente, em julho deste ano, os deslumbrantes Lençóis Maranhenses foram adicionados à lista, aumentando o número de Patrimônios naturais. 

Além da destacada posição no ranking mundial, ao comparar com o resto dos países da América do Sul, o Brasil lidera com ampla vantagem. O Peru, com 13 Patrimônios, e a Argentina, com 12, ficam bem atrás. A Argentina, inclusive, compartilha com o Brasil as Missões Jesuítas dos Guaranis e o Parque Nacional do Iguaçu. Outros países sul-americanos, como Colômbia, Bolívia, Chile, Equador, Suriname, Uruguai e Venezuela, possuem números ainda menores de sítios reconhecidos pela UNESCO.  

E a nível regional? Onde encontramos os Patrimônios Mundiais no Brasil?]

 

Sudeste e Norte: topo e último lugar do ranking brasileiro

 

O Sudeste, com 10 Patrimônios, dos quais 2 são partilhados com outras regiões, ocupa o primeiro lugar no ranking das regiões com mais Patrimônios da UNESCO. Esta região inclui o primeiro sítio brasileiro a obter este reconhecimento em 1980: o Centro Histórico de Ouro Preto, em Minas Gerais, com suas impressionantes igrejas barrocas e ruas de pedra que preservam a rica história colonial do Brasil. 

Em segundo lugar, encontramos a região Nordeste, com um total de 8 Patrimônios, incluindo os Centros Históricos de cidades memoráveis como Olinda, São Luís e Salvador, além da belíssima Fernando de Noronha, com seus deslumbrantes cenários naturais e biodiversidade única. 

A seguir, temos a região Centro-Oeste, com 4 Patrimônios, incluindo a mítica Brasília, um ícone da arquitetura moderna projetado por Oscar Niemeyer, e a região Sul, com 3 Patrimônios, destacando-se o Parque Nacional do Iguaçu, famoso por suas impressionantes cataratas. 

Finalmente, fechando o ranking, temos a região Norte. Apesar de ostentar unicamente um Patrimônio, este representa um dos maiores do mundo, não só em extensão, mas também em importância para o futuro de todo o planeta: a Amazônia e os diferentes Parques Nacionais que a compõem.

 

Quer ver os resultados completos do levantamento? Acesse este link.

 

Metodologia da pesquisa:

Para realizar este estudo, examinamos os dados fornecidos pelo site da UNESCO, levando em consideração os Patrimônios Mundiais nos diferentes países e os presentes no Brasil.

 



Preply

https://preply.com/pt/blog/patrimonios-mundiais-unesco/


Bets já comprometem compras em supermercados e aluguel

Freepik
Pesquisa da Varejo 360 revela que 27% dos apostadores online deixaram de adquirir bens essenciais, como pagar contas de água e condomínio, e 35%, bens não essenciais, como roupas

 

A bola da vez nas conversas entre varejistas é a popularização das chamadas bets, as plataformas de apostas online, principalmente em eventos esportivos. E faz sentido.

Se a economia exibe alguns indicadores sob controle, como emprego, inflação e inadimplência, por que, diferentemente do que já se viu no país, algumas redes não sentem efeito em vendas?

Uma pesquisa online com pouco mais de 2,3 mil pessoas realizada de 23 a 29 de agosto pela Varejo 360, por meio de seu aplicativo, dá pistas nada favoráveis aos varejistas.

48% dos entrevistados declararam que já fizeram apostas em plataformas online, como Betano ou a Betnacional.

35% dos apostadores declararam que as apostas afetaram os gastos não essenciais, como a aquisição de roupas, calçados, eletrodomésticos e idas a restaurantes e espaços de lazer.

27% informaram que as apostas atingiram os gastos essenciais, como compras em supermercados e pagamento de aluguel, condomínio, contas de água, energia e telefone.

A pesquisa, que abrangeu 719 cidades do país, também identificou que há divergências em relação aos impactos nos gastos na percepção de apostadores e de seus familiares.

A pergunta feita na pesquisa foi a seguinte: Você acha que as bets e/ou os jogos de azar online já causaram impactos nos gastos essenciais?

Enquanto que para 27% dos apostadores a resposta foi sim, no caso de seus familiares (que residem no mesmo domicílio), a resposta foi afirmativa para 52% deles.

Quanto aos gastos não essenciais, as respostas seguiram a mesma lógica. A declaração foi sim para 35% dos apostadores e para 58% dos familiares.

“Essas respostas revelam que o apostador tem dificuldade de admitir que está perdendo dinheiro com apostas, que já podem ter virado vício”, diz Fernando Faro, COO da Varejo 360.

A consulta identificou ainda que 38% dos apostadores online declararam que mais perderam do que ganharam, 27% informaram que não ganharam nem perderam, 26% que mais ganharam do que perderam e 10% preferiram não responder.


GASTOS

Os gastos com apostas, de acordo com a pesquisa, em sua maioria (69% dos entrevistados), vão até R$ 50 mensais. Outros 18% declararam que gastam entre R$ 50 e R$ 100 por mês.

Valores acima de R$ 400 foram mencionados por 5% do universo de apostadores da pesquisa.  

“A partir das repostas, avaliamos que os gastos mensais no país superam R$ 1,4 bilhão, podendo chegar facilmente em mais de R$ 3 bilhões”, diz Faro.

Nos cálculos da Varejo 360, uma empresa de inteligência e pesquisa de mercado, dá para estimar que os gastos com bets podem variar de R$ 16,8 bilhões a R$ 38,4 bilhões por ano.

Esses números consideram principalmente que, da população economicamente ativa, 9% são apostadores regulares e 21%, eventuais.

Essa estimativa, diz ele, parece ser razoável, considerando os gastos com apostas nas loterias da Caixa, que somaram R$ 23,4 bilhões no ano passado.

Recente relatório divulgado pelo banco Itaú estima gasto líquido com apostas em R$ 24 bilhões por ano no Brasil e receita anual variando entre R$ 8 bilhões e R$ 20 bilhões.

O gasto com marketing também está avaliado na casa de bilhões de reais, entre R$ 5,8 bilhões e R$ 8,8 bilhões, de acordo com o banco Itaú.

“Há de se considerar que uma parte relevante dos ganhos com apostas esportivas e jogos de azar online vai novamente para apostas, o que dificulta a apuração do impacto líquido preciso.”

É provável, de acordo com ele, que o volume de apostas nas loterias e também no Jogo do Bicho tenha sido afetado por conta das bets.

Isso porque 24% dos apostadores que também apostavam em loterias e ou Jogo do Bicho informaram que reduziram as apostas nessas duas modalidades.

No caso das loterias da Caixa, esta redução não é positiva, de acordo com Faro, já que 47% dos valores arrecadados são repassados para programas sociais.

“Embora seja uma contravenção, milhares de pessoas sustentam os seus lares no Brasil também com a informalidade do Jogo do Bicho.”

A pesquisa também identificou que 20% dos apostadores de bets e 24% dos de jogos de azar online não realizam apostas nas loterias da Caixa.

“Isso é uma forte evidência de que essas novas modalidades avançam sobre uma parcela da população que não estava habituada a apostar”, afirma.

Como não existem dados históricos e públicos, diz ele, ainda não é possível dizer se está ocorrendo um aumento de apostadores eventuais e regulares.

“Mas, observado os investimentos de publicidade das casas de apostas, é muito provável que isso já esteja ocorrendo”, afirma.

20% dos entrevistados que nunca apostaram ou apostaram uma só vez por curiosidade declararam que têm um familiar no mesmo domicílio que aposta com frequência e 42% deste universo avaliaram que este hábito do familiar já pode ser considerado um vício.


PRESSÃO

Diante deste cenário, entidades do varejo estão se mobilizando para pressionar o governo a adotar normas severas para apostas esportivas online, na tentativa de evitar um impacto maior no consumo e na economia.

Algumas das sugestões já feitas são limitações no uso de cartão de crédito e na liberação de empréstimos consignados atrelados ao pagamento de dívidas com jogos.

José Eduardo Carvalho, diretor da rede de supermercados Violeta, com 10 lojas, diz que os números bilionários estimados de gastos com apostas online assustam qualquer varejista.

“Todo o dinheiro que sai de um lugar e vai para outro, alguém perde receita. Existe uma preocupação grande do varejo com o crescimento do mercado de apostas”, afirma.

Carvalho diz que já vivenciou com próprios funcionários o reflexo do vício nas apostas.

“Um funcionário foi demitido porque já estava devendo até para agiota, que vinha cobrá-lo na porta da loja”, diz.

Outro empregado da rede pediu demissão para pegar o dinheiro e apostar. “No começo todo mundo ganha, depois que a pessoa vicia, começam as perdas”, diz.

A pesquisa da Varejo 360 identificou que 86% dos que apostam em jogos online declararam que já ganharam alguma vez.

Para Faro, seguramente, essa é uma das principais causas das apostas se transformarem em um vício.

O próprio apostador, porém, praticamente não associa as apostas como um vício e, sim, como diversão.

Neste tópico, a pergunta da pesquisa foi a seguinte: quais dessas palavras refletem mais adequadamente a sua necessidade de realizar apostas online?

Diversão foi a mais citada, com 47%. Outras palavras foram: esperança (44%), ambição (21%), emoção (19%), vício (13%), alegria (11%), euforia (10%) e desespero (9%).

“Essas palavras escolhidas por parte dos apostadores refletem que já existem alguns sinais de reconhecimento de que as apostas podem estar saindo do seu próprio controle”, diz Faro.

Outro ponto que demonstra um sentimento do impacto do vício: 37% dos apostadores de bets e 39% dos de jogos de azar online disseram ser favoráveis à proibição.

“Com base na pesquisa, podemos afirmar que o Brasil vive uma epidemia deste tipo de aposta e que as consequências para o país, para a sociedade e para a economia, infelizmente, além de incertas, não são otimistas sobre qualquer ângulo que este problema seja analisado”, diz Faro.

A pesquisa também revelou que a sociedade está dividia entre proibir (47%) e permitir (53%) as apostas no país.

REGRAS

No final de 2023, a Lei 14.790, que regulamenta o mercado de apostas esportivas e jogos online no país, estabeleceu uma taxa de 12% sobre o faturamento das bets.

As empresas podem ficar com 88% do faturamento bruto para o custeio da atividade.

Dos 12%, 2% serão destinados à Contribuição para a Seguridade Social e 10%, divididos entre as áreas de educação, saúde, turismo, segurança pública e esporte.

Cerca de 100 empresas, que terão de pagar R$ 30 milhões à União para funcionar por três anos, já estão cadastradas para explorar este mercado.

Em maio, a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, criada no início deste ano, publicou uma portaria para que as plataformas de apostas online possam atuar no país. As regras valem a partir de janeiro de 2025.



Fátima Fernandes
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/bets-ja-comprometem-compras-em-supermercados-e-aluguel


A sua empresa se preocupa com a sua saúde mental na prática?

O mês de setembro é marcado pelo debate em torno da saúde mental, tanto que ganhou a alcunha de ‘Setembro Amarelo’, justamente para fazer um alerta sobre a importância do tema, ajudando na prevenção ao suicídio. Embora tenha se tornado um assunto mais presente na mídia, a discussão parece só ter relevância durante este mês, sendo que deveria ser levado mais em consideração pelo restante do ano e sair das palavras e ações soltas que não endereçam de fato o tema, afinal, estamos falando da saúde de todos.

É comum que as pessoas queiram saber se você cuida da sua saúde mental, mas ninguém costuma perguntar se a organização se preocupa com a questão. E como fazer isso? O primeiro passo é a liderança  da empresa começar a entender o quão importante é para ela que os seus colaboradores estejam mentalmente bem e estáveis, e aqui não estou só falando do lado profissional, mas também do pessoal.

Hoje em dia, um dos principais problemas dos ambientes corporativos é não conseguirem enxergar seus colaboradores como pessoas, vendo apenas como força de trabalho, como um número, sendo que ninguém é uma máquina sem sentimentos. Existem dias bons, dias ruins, pontos fortes e pontos fracos, como qualquer ser humano. E a empresa mais preparada é aquela que sabe disso e cria uma rede de apoio para o seu time.

Segundo dados de uma pesquisa realizada pela Vittude, plataforma de terapia online, em parceria com a Opinion Box, cerca de 70% dos brasileiros afirmam que as empresas não sabem lidar com saúde mental e 72% escolheriam trabalhar em empresas que têm políticas de cuidado com a saúde mental dos empregados. Para essa amostra, foram entrevistados cerca de 2 mil pessoas em todas as regiões do Brasil.

Diante desses dados, fica claro que não dá mais para as organizações falarem uma coisa sendo que fazem outra completamente diferente, como postar nas redes sociais frases motivacionais de Setembro Amarelo, enquanto a gestão não se preocupa com o bem-estar dos seus colaboradores. Além de contraditório, fará com que essas pessoas se desmotivem cada vez  mais com o trabalho, e o ambiente - ao invés de melhorar -, fica pior ainda.

Não estou dizendo que a liderança deve ser babá dos integrantes da equipe, mas é preciso entender quando existem problemas e promover o acolhimento, oferecendo ajuda, quando possível e viável. A partir do momento que o time sabe que pode contar com seus gestores, o cenário muda e cria-se uma relação de confiança, extremamente necessária para que as trocas entre líder e liderados sejam verdadeiras e transparentes.

É claro que existe a linha tênue para a gestão entre ser compreensiva demais e ingênua, e existem casos em que um ou outro colaborador pode querer se aproveitar dessa bondade, porém, não devemos generalizar. Uma empresa que tem como premissa de gestão criar um ambiente de trabalho acolhedor, que está disposta a ouvir e que se disponibiliza a ter atitudes para melhorar cada vez mais, está se preocupando com a saúde mental de seus funcionários.

Por fim, algo precisa ficar claro. Embora eu tenha falado da responsabilidade da empresa ao longo do texto, o primeiro responsável pela saúde mental é o próprio colaborador. E este colaborador precisa ser responsável o suficiente para não ficar criando desculpas e arrumando situações para afirmar que não tem segurança psicológica no trabalho ou que a empresa não cuida. Se estivéssemos falando de uma escola com crianças, tudo bem, mas estamos falando de empresas onde trabalham pessoas adultas, supostamente.




Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/

Apesar de representarem 52% da população eleitoral no Brasil, mulheres ocupam apenas cerca de 15% dos cargos políticos

A participação das mulheres na política brasileira é um tema de crescente relevância, especialmente em um cenário onde elas representam mais da metade do eleitorado. Contudo, a representação feminina nos cargos políticos ainda está aquém do que se esperaria, considerando seu potencial e contribuição para a sociedade.

A empresária e ativista Cristina Boner, conhecida por seu trabalho em prol da igualdade de gênero e empoderamento feminino, oferece uma visão crítica sobre essa questão. Segundo Boner, a sub-representação feminina na política não é apenas um reflexo de desigualdade histórica, mas também um desafio que afeta a qualidade da democracia. “A presença de mulheres nos espaços de decisão política é fundamental para garantir que as políticas públicas atendam às necessidades de toda a população, e não apenas de um segmento dela”, afirma Cristina Boner.

Os dados são claros: apesar de as mulheres representarem 52% da população brasileira e constituírem a maioria do eleitorado, elas ocupam apenas 15% dos cargos no Congresso Nacional. Esta disparidade não é apenas um número, mas reflete uma série de obstáculos que mulheres enfrentam ao entrar e permanecer na política.

Entre as principais dificuldades estão a falta de apoio financeiro e estrutura para campanhas eleitorais, preconceitos de gênero e uma cultura política dominada por homens. “Ainda vivemos em uma sociedade onde as mulheres são frequentemente subestimadas e enfrentam um duplo desafio: lutar pelo reconhecimento no ambiente político e também lidar com a resistência à sua presença nesses espaços”, explica Boner.

Nos últimos anos, diversas iniciativas têm sido implementadas para aumentar a participação feminina na política. Projetos de lei que promovem cotas para mulheres e programas de incentivo a candidaturas femininas são exemplos de esforços para reduzir a disparidade. No entanto, a eficácia dessas medidas ainda é debatida e a resistência cultural continua sendo um obstáculo significativo.

Cristina Boner destaca que, apesar dos avanços, ainda há um longo caminho a percorrer. “Precisamos de uma mudança cultural que vá além das políticas e das leis. É crucial que a sociedade reconheça e valorize o papel das mulheres na política, e que as mulheres se sintam empoderadas e apoiadas a buscar esses cargos”, afirma a empresária.

A presença de mulheres em cargos políticos não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma necessidade prática para a elaboração de políticas mais inclusivas e representativas. Estudos mostram que a inclusão de mulheres nas decisões políticas tende a resultar em políticas mais equilibradas e atentas às questões de gênero e diversidade.

Cristina Boner conclui: “A política deve refletir a diversidade da sociedade. Quando as mulheres são sub-representadas, perdemos a oportunidade de criar um ambiente mais justo e equitativo para todos. É fundamental que continuemos a lutar por uma maior participação feminina na política, não apenas para garantir direitos, mas para fortalecer a nossa democracia”.

Enquanto a luta pela igualdade de gênero avança em várias frentes, a política brasileira ainda enfrenta desafios significativos para garantir uma representação justa e equilibrada. Com a contribuição de líderes como Cristina Boner e o esforço contínuo da sociedade, há esperança de que as barreiras para a participação feminina na política sejam superadas, promovendo uma democracia mais inclusiva e representativa.

 

Leia mais em: https://www.linkedin.com/in/cristina-boner-19646694/


Termina em 15 de setembro o prazo para empresas inserirem no eSocial os dados de exames toxicológicos realizados em agosto

 Conforme estabelecido pela Lei Federal nº 14.599/2023 e a Portaria nº 612/2024 do MTE, as companhias que empregam motoristas C, D e E sob o regime CLT devem, ainda, registrar exames randômicos


As empresas que contrataram ou demitiram motoristas profissionais das categorias C, D e E, sob o regime CLT, precisam ficar atentas: o prazo para se adequarem à Portaria nº 612/2024 do Ministério do Trabalho e Emprego, e inserir as informações dos exames toxicológicos do mês passado no eSocial, termina no dia 15 de setembro. Em vigor desde 1º de agosto, a portaria ainda exige a realização e cadastro de exames toxicológicos randômicos, que também devem ser custeados pelos empregadores. O prazo para o registro encerra sempre no dia 15 do mês seguinte e é essencial que as medidas necessárias sejam tomadas para evitar as penalidades previstas em lei.
 

Diferenças: periódico x randômico

O exame toxicológico randômico, segundo a Lei Federal nº 14.599/2023 e a Portaria nº 612/2024 do MTE, é uma exigência para empresas que têm motoristas contratados sob o regime CLT. Este exame é realizado após sorteio para seleção aleatória dos profissionais que serão testados e só pode ser feito por laboratórios acreditados pela Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025, sem possibilidade de aviso prévio - uma medida para coibir fraudes. Ainda, as empresas têm de testar todos os motoristas contratados randomicamente a cada 30 meses. A medida contribui para a redução de acidentes nas estradas brasileiras, garantindo que os motoristas estejam livres de substâncias psicoativas que comprometam a segurança no trânsito.

Já o exame toxicológico periódico, previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), deve ser realizado também a cada 30 meses por todos os motoristas que tenham CNH nas categorias C, D e E. Não realizar o exame no prazo estipulado acarreta infração gravíssima, multa de R$1.467,35, além de sete pontos na CNH.



Exame randômico e o eSocial

Além disso, a portaria torna obrigatório que o empregador insira no eSocial um conjunto de informações sobre os exames dos motoristas das categorias C, D e E, que devem ser realizados na admissão, demissão e na seleção randômica, sendo: CPF do motorista, data do exame, CNPJ do laboratório e código do relatório médico. A ausência desse registro pode resultar em multas que variam de R$600 a R$4.000, além de outras penalidades, como a perda de cobertura de seguro em caso de sinistro e restrições na participação de licitações públicas.

De acordo com Pedro Serafim, presidente da Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox), a combinação dessas duas obrigações é fundamental para manter uma frequência mínima de testagem destes motoristas assecuratória da eficiência da política pública e, consequentemente, reduzir o número de acidentes nas estradas brasileiras. “Ao garantir que motoristas estejam sempre em conformidade com as exigências legais, estamos promovendo um ambiente de trânsito mais seguro e que leve em conta as principais normas trabalhistas,” afirma Pedro.


Assédio sexual e outras violências no ambiente de trabalho

O assédio sexual nas relações de trabalho ganhou visibilidade na Imprensa e nas redes sociais, nos últimos dias, por força de denúncias, feitas à Organização Não-Governamental (ONG) Me Too Brasil, que sinalizam, supostamente, que o então ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, teria praticado condutas assediadoras em ambiente profissional. O caso traz a necessidade de se jogar luzes sobre os assédios sexual e moral e em outras formas de violência laboral ocorridas no País.


Com a inserção cada vez maior de mulheres no mercado de trabalho, percebe-se, na prática policial, o consequente aumento de ocorrência envolvendo crimes cometidos no ambiente profissional. Em especial, destaca-se o assédio sexual, que, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, teve aumento de 28,5% em registros em relação ao período anterior.


Na prática jurídica, o termo “assédio sexual” encontra previsão legal no artigo 216-A do Código Penal e somente ocorre quando o assediador constrange alguém “com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se da sua condição de superior hierárquico, ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”.


Portanto, para a configuração deste delito, é indispensável a existência de uma superioridade em regra de competência, ou ascendência do assediador em relação à vítima. Logo, se ambos estiverem, por exemplo, na mesma posição laboral, não se pode falar, tecnicamente, em assédio sexual. Entretanto, nada obsta a prática de outros crimes, a depender dos fatos, como, por exemplo, a importunação sexual.


Apesar de denúncias desta natureza aumentarem todos os anos, ainda há uma grande subnotificação, haja vista que, muitas das vítimas temem denunciar seus assediadores, que, na grande parte das vezes, ostentam cargos de alto comando e gozam de prestígio e de boa reputação social. As vítimas, temerosas por perderem seus empregos, por terem sua palavra e honra questionadas e, muitas vezes, por desacreditarem na Justiça, optam pelo silêncio.


Os assédios sexual e moral, além de terem o condão de trazer reflexos para a saúde física e mental das vítimas, são aptos a macular a imagem de instituições - geralmente, de forma irreversível, ao passo em que podem oferecer prejuízos - inclusive, financeiros - seja em razão do absenteísmo de funcionários, seja por força do rompimento de contratos com quem não deseja se vincular a um escândalo midiático de assédio.


É preciso que órgãos públicos e a rede privada fomentem ambientes de trabalho mais seguros para as mulheres. A criação de canais de denúncia, a implementação de regras de conduta, e o investimento contínuo em treinamentos, capacitação, orientação e em sensibilização de funcionários de todos os níveis visam o rompimento dessa engrenagem violenta.


É preciso que esse pacto de tolerância e de silêncio que protege assediadores e culpabiliza e recrimina vítimas seja rompido. Para tanto, padrões culturais que normalizam comportamentos discriminatórios e violentos disfarçados de elogios, de brincadeiras, de piadas ou de gentilezas devem ser igualmente rechaçados e rigorosamente punidos.

 


Dra. Jacqueline Valadares - presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp); especialista em Direito Penal, em Processo Penal, e em Inteligência Policial; palestrante de temas e docente de disciplinas relacionadas à Defesa da Mulher; co-fundadora do movimento Mulheres na Segurança Pública; e autora de artigos, de estudos e de livros sobre Defesa da Mulher.


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