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domingo, 7 de julho de 2024

Uso de telas por crianças e jovens: o segredo está no equilíbrio

Anglo Alante incentiva a discussão e aborda o impacto do uso de smartphones e outras tecnologias digitais na saúde mental dos alunos dentro da sala de aula 

 

Reconhecer a importância do equilíbrio saudável entre o mundo digital e o físico e conscientizar pais, estudantes e educadores sobre os riscos da hiperconexão é um desafio no tempo moderno. Em uma era em que os smartphones são quase extensões das nossas mãos, é importante refletir se estamos usando o nosso tempo de maneira saudável.  

  

Segundo pesquisa relizada pela Electronics Hub, o Brasil é um dos países em que a população passa o maior tempo utilizando telas, smartphones e celulares com acesso à internet com cerca de 9 horas diárias. Na mesma pesquisa, foi levantado que o Brasil também ocupa o 2º lugar quando o assunto é tempo gasto usando as redes sociais.  

  

E especificamente tratando do uso de telas para crianças e para jovens, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que crianças menores de 2 anos de idade não devam ser expostas a telas e crianças entre 2 e 5 anos devem ter o tempo de tela limitado a, no máximo, uma hora por dia; crianças entre seis e dez anos por até uma a duas horas diárias, e crianças maiores e adolescentes, entre onze dezoito anos, não devem ultrapassar o tempo limite de três horas de tela por dia, incluindo o uso de videogames.  

  

Para Maria Carolina Araujo, diretora de ensino da Rede Anglo Alante, esse tema merece uma atenção urgente. “De fato, hoje o uso do celular é uma questão que vai além do social, das interações, já virou uma questão de saúde mental. Na internet e nas redes sociais, os alunos acabam se sentindo muito próximos de pessoas que estão distantes da sua realidade, afastando-se de quem está realmente ao seu lado. É comum ver uma roda de amigos em que todos estão no celular, falando com pessoas que não estão presentes e nem fazem parte do seu ambiente. Isso gera uma grande frustração, pois os alunos acabam se comparando com influenciadores que vivem realidades muito diferentes. Precisamos mostrar que a vida vai além do mundo virtual”, explica.  

  

Superestimulação  

  

No ambiente escolar e familiar, o excesso de telas pode levar a problemas como sedentarismo, déficit de atenção e dependência digital. Por isso, é fundamental aprender a valorizar momentos de tranquilidade, diminuir o ritmo e encontrar espaços de paz, ajudando na saúde mental. A solução não está em eliminar a tecnologia, mas em encontrar maneiras de utilizá-la de forma saudável e, para isso, educadores e familiares precisam trabalhar em conjunto para estabelecer limites adequados e incentivar atividades fora do mundo virtual, como brincadeiras ao ar livre, prática de esportes, leitura de livros, interações pessoais e até momentos para estimular a criatividade: “Precisamos ajudá-los a criar um equilíbrio entre o mundo digital e o mundo real e mostrar para eles como é legal também viver off-line”, reflete Maria Carolina.  

  

“Devemos mostrar que a vida off-line é realmente mais interessante, mas podemos utilizar o recurso das telas para ajudar a desenvolver nossos filhos’, explica Maria Carolina. Algumas dicas da educadora para pais e responsáveis que desejam utilizar esse recurso de forma positiva: “Desenhos de animação, com cores e formas, podem estimular e ensinar crianças; jogo da memória trabalha o raciocínio lógico e a concentração; músicas em outros idiomas podem estimulá-los a aprenderem um novo idioma; contos e histórias desenvolvem o imaginário e as pesquisas on-line estimulam a curiosidade. Mas, claro, o uso de telas deve acontecer sempre sob a supervisão de um adulto responsável”, sinaliza.   

  

Muito além da sala de aula  

 

Para enfrentar esses desafios, o Anglo Alante reforçou sua parceria com o Laboratório de Inteligência de Vida (LIV), que promove debates sobre educação socioemocional, saúde mental e acolhimento da equipe escolar para juntos, propor uma série de reflexões sobre o tema para a sua comunidade escolar. O LIV cria grupos de discussão adaptados a cada faixa etária, ajudando os alunos a expressar as emoções, a aprimorar a comunicação e a desenvolver a tolerância e a diversidade. “Nós estamos comprometidos em promover um uso equilibrado das tecnologias, garantindo o bem-estar mental e emocional dos nossos alunos”, finaliza Maria Carolina.   




Anglo Alante


“Jogo do tigrinho”: Como é feito o tratamento do vício em jogos?

O vício em jogos é um transtorno que precisa de acompanhamento médico para ser controlado, explica o médico psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento

 

O vício em jogos é um transtorno que tem se tornado cada vez mais comum, especialmente após o surgimento de jogos online que prometem de forma fraudulenta grandes ganhos e possuem alto potencial de vício, como o famoso “jogo do tigrinho”, que tem sido alvo de diversas operações policiais.

 

O esquema do jogo do tigre

Além de investigações por suspeita de fazer parte de um complexo esquema de pirâmide, o jogo online também é acusado de usar influencers e versões teste para dar a impressão de que há muito mais possibilidades de ganhos do que as que realmente são oferecidas. 

Em novembro do ano passado os influenciadores digitais Du Campelo, Gabriel e Ricardo foram presos em Curitiba e tiveram carros de luxo, armas e dólares em espécie apreendidos com estimativa de movimentação de cerca de R$13 milhões em apenas seis meses. Eles foram investigados por crime contra a economia popular, associação criminosa, exploração de loteria sem a autorização legal e lavagem de dinheiro.

 

Como o vício em jogos age no cérebro?

O surgimento do vício em jogos é multifatorial podendo ser influenciado pelo tipo e frequência do jogo, pelo estado emocional do indivíduo e também por alterações nos neurotransmissores do cérebro, especialmente a dopamina, explica o médico psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento. 

Decisões arriscadas, que estão muito presentes em jogos do tipo, ativam áreas do cérebro como o córtex pré-frontal ventromedial, o córtex frontal orbital e a ínsula, relacionadas com o ‘sistema de recompensa do cérebro’, responsável por regular a sensação de prazer ligada a uma determinada ação”. 

Quem tem vício em jogos de azar mostra mais atividade nessas regiões. Apostas são incentivadas pela liberação de dopamina, que traz uma sensação de prazer, quando os resultados são positivos. Essa busca pela sensação agradável contribui para o vício, com jogadores compulsivos sentindo euforia quando a dopamina é liberada no cérebro”, explica Dr. Flávio H. Nascimento.

 

Sintomas do vício em jogos

- Necessidade constante de apostar quantias cada vez maiores; 

- Tentativas repetidas de parar ou controlar as apostas; 

- Preocupação excessiva com jogos de azar; 

- Apostar para aliviar sentimentos de ansiedade, culpa ou depressão; 

- Mentir para familiares e amigos para esconder a extensão do envolvimento com jogos de azar; 

- Perder relacionamentos importantes, oportunidades de trabalho ou educacionais devido ao hábito de apostar.

 

Como é feito o tratamento contra vício em jogos?

O tratamento médico é fundamental para a reabilitação do indivíduo com vício em apostas, reforça Dr. Flávio. 

O tratamento médico para vício em jogos é feito com psicoterapia para mudar hábitos e pensamentos relacionados ao problema, mas também podem ser usados medicamentos para tratar ansiedade ou outros problemas emocionais ligados ao vício”. 

Grupos de apoio e aconselhamento também são recursos importantes no tratamento e ajudam a identificar os gatilhos do vício”, ressalta o Dr. Flávio H. Nascimento. 

 

Dr. Flávio H. Nascimento - formado em medicina pela UFCG, com residência médica em psiquiatria pela UFPI e mais de 10 anos de experiência na área de psiquiatria. Diagnosticado com superdotação, tem 131 pontos de QI o que equivale a 98 de percentil e é membro do CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito como pesquisador auxiliar.


Auxiliar a criança é bom para o cérebro?


Neurocientista reforça que é importante destacar o esforço e a persistência, independente do resultado, sempre encorajando a enfrentar o desafio

 

Muitas crianças têm dificuldades em concluir certas atividades em casa e os pais, na ansiedade de ajudar, acabam respondendo ou completando a tarefa pelos filhos. Auxiliar a criança é bom para o cérebro? Segundo Lívia Ciacci, mestre em Neurociências, parceira do SUPERA – Ginástica para o Cérebro, é importante permitir que a criança desenvolva suas habilidades e independência. 

“Isso pode ser trabalhado dando instruções claras, oferecendo dicas e encorajando a persistência diante a desafios. Ajudar a criança com os deveres e tarefas, envolve fornecer suporte e orientação para que ela possa realizar a atividade por conta própria. A maior diferença entre fazer por ela e orientá-la é que, ao incentivá-la, ela terá maior senso de responsabilidade, autoconfiança e aprenderá por si”, explica Lívia. 

A neurocientista esclarece ainda que a comparação excessiva gera ansiedade, baixa autoestima e causa traumas que se prolongarão até a vida adulta, se não tratados previamente. “É crucial para o desenvolvimento saudável da criança que ela aceite a sua vulnerabilidade, tenha um ambiente seguro no qual ela pode errar e acertar sem julgamentos e com acolhimento, sabendo que no ritmo próprio, da maneira que ela conseguir, também será uma vitória, isso promove uma autoestima forte, permitindo que ela explore suas habilidades e interesses de maneira autêntica. Na prática, fazemos isso encarando com naturalidade e tranquilidade cada erro da criança, mostrando até onde ela acertou e que ela pode tentar de novo”, afirma. 

Segundo Lívia, a inteligência abrange muito mais do que aptidões, mas sim um comportamento que pode ser treinado de flexibilidade e criatividade. “Crianças são instintivas e têm a tendência natural de se espelhar nas pessoas que elas confiam e admiram. Por isso, para trabalhar com elas sobre as diferenças pessoais, é necessário ressaltar como cada ser humano é único e que nessa diversidade também deve haver respeito.” 

Ela ressalta que na infância é quando podemos explorar as formas que cada um aprende e para isso deve-se: 

. observar interesses e aptidões da criança e usar isso para motivá-la mais;

. oferecer estímulos variados para a aprendizagem;

. fazer brincadeiras que estimulem a integração e prática colaborativa;

. ter sempre um diálogo com empatia e acolhimento. 

“Em um primeiro momento quando a criança pode estar irritada ou brava, ensinar técnicas de regulação emocional como contar até 10 e respirar fundo. Após esse primeiro momento de enfrentamento e acolhimento, ter uma conversa saudável mostrando que ela pode falar de suas frustrações de maneira construtiva sem recorrer à raiva. Mas não se engane, validar seu sentimento não é o mesmo que tentar evitar que ela sinta a frustração”, explica. 

A neurocientista deixa situações como exemplo: “Imagine uma cena na qual a criança chora, frustrada porque outra no parquinho não emprestou o brinquedo. O papel do cuidador não é distrai-la ou procurar outro brinquedo ou fazer a criança emprestar o brinquedo. O mais correto é deixá-la se expressar e validar explicando ´eu sei que é chato ficar frustrado, ele não quis emprestar e o brinquedo é dele. Se as crianças têm cérebros em pleno desenvolvimento e todas as habilidades do cérebro precisam de tentativas e repetição. Outra situação é quando a criança tenta abrir uma embalagem, e alguém abre pra ela sem necessidade, atrapalhando um processo de aprendizagem. É importante permitir que a criança desenvolva suas habilidades e independência, oferecendo ajuda só quando necessário, mas mesmo assim incentivando que ela tente de novo, tendo em mente que ela precisa conquistar a autonomia. Quando desde pequenininha ela entende que consegue fazer coisas sozinha, ela cresce mais resiliente, mais autoconfiante e tolerando as frustrações mais facilmente. Então resista à tentação de fazer por ela, em vez disso, dê dicas, aponte caminhos, e quando ela conseguir, comemore junto!”, conclui Lívia



SUPERA
www.metodosupera.com.br


sábado, 6 de julho de 2024

Dia mundial do chocolate: Apesar da fama de vilão da dieta, médico afirma que a iguaria pode ser uma aliada da saúde

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Rico em antioxidantes, o doce mais amado do mundo pode ajudar na pressão arterial e até melhorar a função cognitiva, segundo Dr. Rodrigo Schröder, um dos maiores nomes da Medicina e Performance esportiva.
 

Doce, amargo, branco, preto, ele conquista os paladares mais diversos e ganhou um dia para chamar de seu: 07 de julho é celebrado o Dia Mundial do Chocolate. Mais do que uma sobremesa que poucos resistem ou até mesmo aquele socorro em tempos de TPM, a iguaria pode ser uma aliada à saúde, de acordo com Dr. Rodrigo Schröder, um dos maiores nomes da Medicina e Performance esportiva e referência em comunicação sobre saúde, com mais de 1 milhão de seguidores nas redes.

 

Rico em flavonoides, o chocolate pode ser um antioxidante poderoso. “Esses compostos ajudam na melhora da saúde cardiovascular, reduzindo a pressão arterial e melhorando a elasticidade dos vasos sanguíneos”, afirma o médico. “Além disso, há evidências de que o consumo moderado de chocolate pode ajudar a melhorar a função cognitiva e fornecer benefícios anti-inflamatórios.”

 

O salvador da pátria durante a TPM - Quando a tão temida tensão pré-menstrual chega, nada resolve mais do que alguns mimos e um bom chocolate. E a ciência explica. De acordo com o Dr. Rodrigo, o chocolate contém compostos como a feniletilamina, que pode melhorar o humor ao aumentar os níveis de endorfinas e serotonina no cérebro.

 

Infelizmente, essa ainda não é a justificativa perfeita para mergulhar na iguaria. “É importante notar que esses efeitos são geralmente sutis e o chocolate não deve ser visto como uma solução definitiva para problemas de humor”.

 

Quanto mais amargo, melhor, mas o branco tem seu valor - Quando o tema é boa forma, geralmente o chocolate branco sai de cena. Isso porque a concentração de cacau é que proporciona os benefícios, enquanto a versão branca é apenas manteiga de cacau, açúcar e leite. Mas ele também não deve ser vilanizado. 

 

“Embora não seja tão saudável quanto o chocolate amargo, quando consumido com moderação e dentro de uma dieta balanceada, não é necessariamente prejudicial.”

 

A diferença entre o remédio e o veneno, é a dose - Assim como qualquer outro alimento, o problema do chocolate mora no exagero. Para obter todos os benefícios da iguaria, Dr. Rodrigo recomenda cerca de 20 a 30 gramas de chocolate 70% cacau por dia. “É o suficiente para aproveitar sem adicionar calorias excessivas à dieta”.

 

O médico também indica que seja consumido junto a uma refeição, para reduzir o impacto glicêmico, ou seja, a velocidade que o açúcar chega à corrente sanguínea. E é melhor comer de dia. “Especialmente para quem é sensível à cafeína, já que pode perturbar o sono.”

 

Apesar de tudo, pode ser tóxico - Rico em calorias, açúcares e gorduras saturadas, o médico alerta que além de poder contribuir para o ganho de peso e problemas associados como diabetes tipo 2 e doenças cardíacas, alguns chocolates contêm altos níveis de metais pesados, como chumbo e cádmio, que podem ser tóxicos.  

“O consumo excessivo também pode contribuir para problemas dentários, como cáries, devido ao seu conteúdo de açúcar. Por fim, pessoas com refluxo gastroesofágico podem encontrar piora dos sintomas ao consumir chocolate, pois ele pode relaxar o esfíncter esofágico inferior, permitindo que o ácido suba para o esôfago”, alerta o médico. No fim, moderação é a chave para aproveitar sem culpa. 



Dr. Rodrigo Schröder- formado em Medicina, com residência em Ortopedia e Traumatologia. Entretanto, foi em sua pós graduação de Nutrologia Esportiva e Medicina do Esporte e no mestrado em Nutrição e Dietética que ele se encontrou e hoje é um dos maiores profissionais do país em Medicina e Performance Esportiva. Na agenda de consultas, celebridades do entretenimento como Vera Fischer, Anderson Leonardo, Bárbara Coelho, Rodriguinho e outros; e do esporte, como Bárbara Seixas, Lara Nobre, Diego Alves e mais.
https://www.instagram.com/rodrigoschroder/


Chocolate e cacau na saúde e prevenção de doenças

No dia do chocolate, especialistas abordam os benefícios do alimento para a saúde

 

Em 7 de julho, é comemorado o dia do chocolate, uma data dedicada a um dos alimentos mais amados e consumidos no mundo. O tão amado chocolate é comumente conhecido por adornar datas como a Páscoa e estar presente no cotidiano das pessoas como sobremesas ou simples doces responsáveis por aumentar a serotonina e melhorar seu humor, sendo uma aposta constante nessas circunstâncias. 

 

O que não é de mútuo conhecimento popular, contudo, é o fato de que o chocolate também pode ser extremamente benéfico para a saúde na prevenção de doenças e auxílio em outras partes do corpo. Por isso, é bom saber os benefícios que ele e o cacau podem trazer para sua saúde. Consultamos especialistas que mostram evidências acerca dos benefícios do consumo do chocolate que vão da melhora do fluxo sanguíneo para o cérebro até a melhora da saúde intestinal. Confira:

 

Guilherme Renke (@endocrinorenke), sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), endocrinologista e médico do esporte, mestre em cardiologia, explica que o cacau contém mais antioxidantes fenólicos do que a maioria dos alimentos. "Flavonoides, incluindo catequina, epicatequina e procianidinas predominam na atividade antioxidante. A estrutura tricíclica dos flavonoides determina os efeitos antioxidantes que eliminam as espécies reativas de oxigênio. O conteúdo de epicatequina do cacau é o principal responsável por seu impacto favorável no endotélio vascular devido ao seu efeito na supra regulação aguda e crônica da produção de óxido nítrico", ressalta. Além disso, seus efeitos antioxidantes podem influenciar diretamente a resistência à insulina e, com isso, reduzir o risco de diabetes.  

 

De acordo com Francisco Tostes (@doutortostes), especialista em medicina do esporte, atuante em endocrinologia, sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), o consumo de chocolate também pode estimular mudanças nas vias de sinalização sensíveis ao redox envolvidas na expressão gênica e na resposta imune. "O cacau pode proteger os nervos de lesões e inflamação, proteger a pele dos danos oxidativos da radiação UV em preparações tópicas e ter efeitos benéficos na saciedade, função cognitiva do humor", comenta o profissional.

 

Chocolate na dieta

 

Segundo Leticia Canelada, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/SP, com especialização em Nutrição Clínica Funcional e Genômica Nutricional, quando consumido de forma moderada e dentro de uma dieta equilibrada, o chocolate pode ser benéfico para a saúde. 

 

“Ele é rico em antioxidantes, que ajudam a proteger as células do corpo contra danos. Além disso, o consumo de chocolate com alto teor de cacau pode melhorar a saúde do coração ao relaxar as artérias e melhorar o fluxo sanguíneo, o que também pode auxiliar na redução da pressão arterial. O chocolate também pode melhorar a função cerebral, promover a saúde intestinal ao aumentar as bactérias boas no intestino e melhorar o humor, devido às substâncias que influenciam positivamente o cérebro”, diz.

 

Tipos de chocolate

 

Os benefícios do chocolate variam conforme o tipo. O chocolate amargo, que tem uma alta porcentagem de cacau (igual ou acima de 70%) e menos açúcar, é o mais benéfico devido ao seu alto teor de antioxidantes. O chocolate ao leite, que tem menos cacau e mais açúcar e leite, oferece menos benefícios. O chocolate branco, que não tem sólidos de cacau, apenas manteiga de cacau, açúcar e leite, não tem os mesmos benefícios antioxidantes, além de ter potencial pró-inflamatório devido à caseína A1. Portanto, o chocolate amargo é o mais indicado para obter os melhores benefícios para a saúde, defende a nutricionista.

 

O chocolate amargo, por ser o mais indicado, com alto teor de cacau (70% ou mais), oferece diversos benefícios à saúde. Os antioxidantes que protegem o corpo contra danos, melhoram a saúde cardiovascular ao otimizar a função das artérias e reduzir a pressão arterial. Além disso, tem o aumento da sensibilidade à insulina, promove o crescimento de bactérias benéficas para a saúde intestinal e influencia positivamente o humor, o bem-estar e a função cerebral, incluindo a memória.

 

Melhora do humor

 

Higor Caldato (@drhigorcaldato), médico psiquiatra e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), especialista em psicoterapias e transtornos alimentares, aponta que além de todos os benefícios físicos, o chocolate pode ser devidamente positivo para a mente, visto que os aminoácidos bioativos triptofano, fenilalanina e tirosina podem ajudar a mudar a neuroquímica, culminando no efeito de "sensação boa" que um pedaço de chocolate geralmente proporciona. 

 

Apesar de todos os benefícios, o consumo excessivo de chocolate também oferece potenciais efeitos prejudiciais, incluindo o aumento do risco de ganho de peso, obesidade e outros malefícios. "O grande desafio relacionado ao chocolate está ligado ao comportamento alimentar”. Tamanho prazer gerado pelo alimento, ele pode estar na lista dos mais procurados diante das compulsões alimentares.

 

"A ingestão deve ser consciente, e não exagerada. Em uma dosagem responsável e consumo moderado, no entanto, os benefícios provavelmente superam os riscos", finaliza o psiquiatra.

 



FONTES:

Guilherme Renke (@endocrinorenke), sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), endocrinologista e médico do esporte, mestre em cardiologia. Sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais, médico formado pela Universidade Estácio de Sá, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Médico do Esporte com Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Pós Graduado em Cardiologia pelo Instituto Nacional de Cardiologia do Rio de Janeiro, Mestre em Cardiologia (INC). Também possui aprimoramento em Endocrinologia pela Harvard Medical School, Post Graduate Course Obesity Medicine (Boston, EUA) e pelo American Board of Obesity Medicine (EUA). Dr. Renke também é pesquisador aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ (Inovações no esporte 2012).

Francisco Tostes (@doutortostes), especialista em medicina do esporte, atuante em endocrinologia, sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais). O médico e sócio do Instituto Nutrindo Ideais, maior clínica multidisciplinar do Brasil, Dr. Francisco Tostes (@doutortostes) é formado há mais de 20 anos. Pós-graduado em Clínica Médica, Endocrinologia e especialista em Medicina do Esporte, mestre em Bioquímica pela UFRJ. Pesquisador em terapias hormonais, possui publicações científicas na área. Tem como foco de atuação a melhora na qualidade de vida de seus pacientes, seja através da prevenção como no tratamento de doenças.

Leticia Canelada, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/SP, com especialização em Nutrição Clínica Funcional e Genômica Nutricional. Formada pela Universidade São Camilo com especialização em Nutrição Clínica Funcional e Genômica Nutricional na Prática Clínica – CRN:64672. Atua em casos de emagrecimento, hipertrofia, síndrome metabólica, doenças autoimunes, transtornos alimentares, reeducação alimentar e qualidade de vida.

Higor Caldato (@drhigorcaldato), médico psiquiatra e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), especialista em psicoterapias e transtornos alimentares. Graduado em medicina pelo Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (ITPAC/FAHESA) e fez sua residência médica em psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), bem como suas especializações de psicoterapias e transtornos alimentares também pela universidade carioca.



Dia Mundial do Chocolate


 

Apreciado ao longo dos tempos, o chocolate ganha uma data especial para celebração e conscientização sobre seus benefícios nutricionais.

O chocolate, um dos doces mais adorados no mundo, tem um dia especial para ser celebrado: 7 de julho, o Dia Internacional do Chocolate. Mais do que um simples prazer, o chocolate possui diversos benefícios nutricionais, especialmente quando consumido de forma consciente e moderada. Para entender melhor esses benefícios e a diferença entre os tipos de chocolate, conversamos com Cris Ribas Esperança, nutricionista do Instituto Do Bem Estar.


Os Benefícios do Chocolate: Uma Questão de Qualidade e Quantidade

O chocolate é rico em flavonoides, compostos antioxidantes encontrados em altas concentrações no cacau. Estes antioxidantes ajudam a proteger as células contra os danos dos radicais livres, contribuindo para a saúde cardiovascular e melhorando a circulação sanguínea. No entanto, a quantidade de flavonoides e outros nutrientes varia significativamente entre os diferentes tipos de chocolate.


Tipos de Chocolate e Seus Benefícios


1. Chocolate Amargo (70% ou mais de cacau):

- Benefícios: Rico em antioxidantes e flavonoides, o chocolate amargo melhora a circulação sanguínea, reduz a pressão arterial e pode contribuir para a saúde cardiovascular. Também é uma boa fonte de magnésio, ferro e fibras.

- Recomendação: Consuma com moderação, até 30 gramas por dia, para aproveitar os benefícios sem exagerar nas calorias e açúcares.


2. Chocolate 50% Cacau:

- Benefícios: Contém uma quantidade moderada de cacau e flavonoides, oferecendo alguns benefícios antioxidantes e minerais. No entanto, possui mais açúcar que o chocolate amargo.

- Recomendação: Pode ser uma opção intermediária para quem está se acostumando ao sabor mais intenso do chocolate amargo.


3. Nibs de Cacau:

- Benefícios: Os nibs são pedaços de cacau puro, ricos em antioxidantes, fibras, magnésio e ferro. Oferecem todos os benefícios do cacau sem adição de açúcares ou gorduras.

- Recomendação: Podem ser adicionados a iogurtes, smoothies ou consumidos sozinhos como um lanche saudável.


4. Chocolate 100% Cacau:

- *Benefícios:* Sem adição de açúcares ou gorduras, este tipo de chocolate é a forma mais pura de cacau, oferecendo o máximo de benefícios antioxidantes e nutricionais.

- *Recomendação:* Ideal para quem busca uma alimentação extremamente saudável e pode ser utilizado em receitas para intensificar o sabor do cacau.


5. Chocolate ao Leite:

- Benefícios: Contém uma menor quantidade de cacau e, consequentemente, menos flavonoides e antioxidantes. É rico em açúcares e gorduras, oferecendo menos benefícios à saúde.

- Recomendação: Consumir com muita moderação, pois seu alto teor de açúcar e gordura pode anular os benefícios do cacau.



Cuidados com Achocolatados

Cris Ribas Esperança alerta também para os achocolatados, que geralmente passam por um processo de dissolução que reduz a quantidade de cacau puro, diminuindo seus benefícios nutricionais. "Os achocolatados possuem mais açúcar e menos cacau, portanto, não oferecem os mesmos benefícios que os chocolates ricos em cacau," explica Esperança.


Dicas para um Consumo Consciente do Chocolate

1. Prefira Chocolate Amargo: Opte por chocolates com pelo menos 70% de cacau para maximizar os benefícios à saúde.

2. Consumo Moderado: A moderação é fundamental. Recomenda-se não ultrapassar 30 gramas de chocolate por dia.

3. Leia os rótulos: Escolha chocolates com menos aditivos e conservantes. Verifique a porcentagem de cacau e evite aqueles com muitos ingredientes artificiais.

4. Evite o Consumo Noturno: Devido à presença de cafeína e teobromina, o consumo excessivo de chocolate à noite pode interferir no sono.

5. Combine com uma Dieta Equilibrada: Integre o chocolate em uma dieta balanceada, acompanhado de frutas e oleaginosas para potencializar seus benefícios nutricionais.


Conclusão

Neste Dia Mundial do Chocolate, celebre com consciência e moderação. Escolha chocolates de qualidade, ricos em cacau, para aproveitar os benefícios nutricionais deste delicioso alimento. Lembre-se de que a chave está na escolha do tipo de chocolate e na quantidade consumida. Saboreie com prazer, sabendo que está contribuindo para sua saúde e bem-estar.

   

Cris Ribas Esperança Nutricionista Funcional. Apaixonada pela vida e formada em nutrição por amor a comida de verdade. Seus Hábitos só terão resultados quando forem sustentáveis e reais. Acredita que se alimentar bem, não é mais ou menos é o segredo para uma vida de saúde e prosperidade. Além da formação é pós graduada em Gastronomia Funcional e especializada em Nutrição Comportamental e Low Carb. Sócia proprietária do Instituto do Bem-Estar Giulliano Esperança, onde divide seus compromissos junto a carreira de nutricionista.



Dia Mundial do Chocolate: Qual a melhor opção para sua saúde?

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Especialista da Anhanguera explica a importância da ingestão da versão amarga
  


No próximo dia 7 de julho é comemorado o Dia Mundial do Chocolate. E, nesta data tão especial, os amantes do doce feito de cacau, têm motivos de sobra para comemorar: uma pesquisa realizada e publicada no ano passado pela Universidade of L’Aquila, da Itália, aponta que o consumo de pequenas porções de chocolate amargo diariamente, pode fazer bem ao cérebro. 

O estudo, realizado ao longo de três meses, comprova que a ingestão diária da versão amarga pode beneficiar a capacidade cognitiva do ser humano, melhorando elementos básicos como a nossa atenção, reflexos, agilidade na forma de pensar, memória e até mesmo na fluência verbal. 

Juliane Casas, coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, explica que os benefícios do chocolate amargo derivam dos flavonoides do cacau, que são bioativos capazes de reduzir a pressão arterial e aumentar o fluxo sanguíneo para o cérebro. “Isso não só melhora o sistema cognitivo, mas também pode ser especialmente benéfico para adultos mais velhos e idosos". 

Apesar dos benefícios, a nutricionista alerta para o consumo moderado: "Embora o chocolate amargo ofereça vantagens para a saúde, é importante consumi-lo com moderação devido ao seu teor calórico. A recomendação é de cerca de 30 gramas por dia para obter os benefícios sem exageros".
 

Escolhendo o melhor chocolate para sua saúde 

A escolha do chocolate certo pode fazer toda a diferença para aproveitar seus benefícios. Juliane recomenda optar por chocolates amargos com pelo menos 70% de cacau, pois contêm maior quantidade de flavonoides e menos açúcar. “Para aqueles que estão acostumados com chocolates ao leite, começar com versões que contenham cerca de 50% de cacau pode ser uma transição mais suave para o paladar”.

Em receitas caseiras que incluem chocolate, substituir o chocolate em pó pelo cacau em pó pode ser uma maneira saudável de obter os benefícios do cacau sem adição de açúcar e gorduras adicionais.

"Importante destacar que alguns tipos de chocolate, como os ao leite e os brancos, podem trazer malefícios para a saúde se consumidos em excesso", alerta a coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera. "Essas variedades geralmente contêm altos teores de açúcar, gorduras saturadas e menos cacau em comparação com os chocolates amargos. O consumo regular desses chocolates pode contribuir para o aumento de peso, problemas dentários e até mesmo desequilíbrios metabólicos, como resistência à insulina. Portanto, é fundamental moderar o consumo desses tipos de chocolate em prol da saúde geral".




Anhanguera
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Dia do Chocolate: qualidade do cacau e variedade de sabores destacam o chocolate da Amazônia

Conheça os chocolates da floresta ao alcance de todos os brasileiros

 

Quando o assunto é chocolate, o Brasil é campeão, mas nem todos os brasileiros conhecem seus craques. Em quantidade, somos o sexto maior produtor mundial de cacau, de acordo com a International Cocoa Organization. Em qualidade, temos algumas das variedades produzidas no Pará – atualmente o maior produtor nacional do fruto - reconhecidas internacionalmente pelo Cocoa of Excellence entre as melhores amêndoas do planeta. Além disso, os pequenos negócios da Amazônia têm explorado possibilidades de misturar o fruto a outros ingredientes locais, como cupuaçu, açaí e castanha, produzindo chocolates únicos e com enorme potencial de mercado. 

A boa notícia, no dia do Chocolate, é que essas iguarias estão cada vez mais perto de todos os brasileiros. O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará (Sebrae/PA) tem atuado para qualificar esses negócios, ajudando os chocolates da floresta a serem cada vez mais conhecidos pelos consumidores do Brasil e do mundo. 

“A Amazônia tem o clima ideal para o cacaueiro e pode conquistar cada vez mais destaque no mercado nacional e internacional se apostarmos em formas sustentáveis e inclusivas de produção”, explica o diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno. “Ao capacitar os produtores a alcançarem outros mercados dentro e fora do Brasil, bem como atender clientes estrangeiros que virão ao Pará, especialmente no ano que vem, durante a conferência do clima, contribuímos tanto para o fortalecimento do empreendedorismo como do próprio mercado de chocolate, que se torna mais diverso e inclusivo”, explica o diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno. 

Uma das empresas apoiadas pelo Sebrae no Pará e que oferece seus produtos para consumidores de todo o Brasil é a Amazoniere: além de suas duas lojas físicas em Belém, a marca tem uma loja virtual, que atende todo o Brasil. A proprietária, Aládia Araújo Nascimento, conta que as mentorias do Sebrae e a participação em feiras têm sido essenciais para fomentar o negócio.

A Cacauaré alia inovação e saberes ancestrais para vender uma variedade de delícias, como cacau 100%, granola, nibs e geleias. Para Noanny Maia, CEO da empresa, a capacitação é uma forma de democratizar oportunidades. “Conhecimento sobre boas práticas de manejo e de garantia de qualidade das amêndoas e subprodutos é algo fundamental para nossos negócios, além de ações de comercialização que valorizem o cacau da Amazônia também no mercado internacional”, afirma.

A Kakao Blumenn Chocolate Artesanal, criada por Verônica Preuss, já conquistou prêmios nacionais e internacionais fazendo uso de poucos ingredientes e valorizando os frutos da floresta. 

Nativo da floresta, o cacau é um dos carros-chefe da bioeconomia amazônica. O Pará é o maior produtor nacional do fruto: o IBGE estima que, em 2024, o estado deve produzir mais de 152 mil toneladas de cacau, empregando cerca de 30 mil produtores. Boa parte dessa produção vai para grandes multinacionais, já que o cacau é considerado uma commodity agrícola e o mercado de chocolate é dominado por grandes multinacionais, como Kraft, Nestlé, Mars, Hershey, Ferrero etc. A capacitação de pequenos produtores autorais fortalece um nicho de mercado cada vez mais valorizado pelo consumidor, dos chocolates de alta qualidade, e favorece a inserção dos empreendedores nesse setor, que atualmente estão se beneficiando de um ciclo de alta na cotação do cacau. Segundo a Organização Internacional do Cacau (ICCO), o cacau é a commodity agrícola que mais se valorizou em 2024, com pico de 191% registrado em abril.

 


Sebrae
Amazoniere
Kakao Blumenn
Cacauaré

 

Comemore sem culpa: nutricionista do CEUB dá dicas para curtir o Dia do Chocolate


Especialista explica as diferenças entre os ingredientes processados dos produtos e lista escolhas mais saudáveis para o consumo
 

 

O dia 7 de julho é uma data especial para os apreciadores do chocolate, iguaria que agrada quase 100% da população mundial. Derivado do cacau, com aroma e sabor marcante, o alimento se transforma numa diversidade de produtos que podem conter em seus rótulos: zero açúcar, zero glúten, zero lactose, diet ou light. Paloma Popov, professora de Nutrição do Centro Universitário de Brasília (CEUB), revela os mitos e verdades envolvendo a indústria de chocolates. 

A primeira dica da nutricionista é não abominar o chocolate, mas consumir com equilíbrio e moderação. Segundo ela, considerando a variedade de produtos, do branco ao amargo, este último geralmente é associado a mais propriedades funcionais devido ao alto teor de cacau. Para guiar o consumidor, Popov explica que a nova rotulagem nutricional, obrigatória desde 2022, facilita a identificação de ingredientes como açúcar, gordura e sódio nos chocolates. 

“Ao escolher um chocolate saudável, é essencial ler a lista de ingredientes e evitar aditivos desnecessários, como corantes, emulsificantes e aromatizantes. Os chocolates diet e light são classificados de acordo com a redução de certos ingredientes, mas essa redução nem sempre significa uma opção mais saudável.” Segundo a docente do CEUB, os polióis, como sorbitol e xilitol, que servem para adoçar o chocolate, podem estar presentes em rótulos descritos como sem açúcar. Mesmo assim, seu consumo deve ser avaliado com cautela, especialmente se não houver necessidade dietética. 

Quanto aos alimentos light, Paloma explica que costumam reduzir pelo menos 25% de algum ingrediente, podendo representar um valor menor em gordura ou açúcar, devendo ser informado para o consumidor. “Quando um chocolate é light em gordura, comparado ao produto original da mesma marca, é possível identificar a redução de 25% daquele ingrediente”, considera. A nutricionista sugere priorizar chocolates com listas de ingredientes curtas e reconhecíveis, pois isso indica menor processamento.

 

O poder do cacau

O cacau (Theobroma cacao) é um fruto originário da América do Sul e da América Central, popular pela concentração de compostos fenólicos, seu sabor e por ser matéria-prima do chocolate. O cacau e seus derivados, consumidos em dieta balanceada, têm efeito antioxidante, antiaterosclerótico, previnem dislipidemias e podem ter influência contra o envelhecimento dérmico. Portanto, o consumo de chocolate pode trazer benefícios para o sistema cardiovascular, ter influência em dislipidemias e retardar o envelhecimento da pele. 

Segundo a professora do curso de Nutrição do CEUB, são considerados chocolates saudáveis aqueles que oferecem mais propriedades funcionais, geralmente encontradas em produtos com um teor de cacau mais elevado. “Quanto maior esse teor, maior tende a ser o número de propriedades funcionais presentes”. Para consumir o chocolate de forma saudável, Paloma destaca as opções orgânicas que utilizam açúcares alternativos, como açúcar de coco ou mascavo.


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