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quarta-feira, 22 de maio de 2024

Inteligência Artificial quer resolver os seus problemas e “prever” o que você deseja


Imagine-se buscando em uma loja virtual uma roupa nova para um jantar. Você acessa a barra de busca e recebe uma série de sugestões. Nada de novo até aí, certo? Mas e se você colasse um link com o traje que você acha inspirador e recebesse uma resposta personalizada, com o seu tamanho, e que você pode adquirir em um estabelecimento físico, a poucos quilômetros da sua casa? Ali mesmo a reserva seria feita, e você ainda receberia outras ofertas que poderiam ser do seu interesse, como um sapato que cairia muito bem. 

O que parece um “jogo de adivinhação” por meio da tecnologia é o que a Inteligência Artificial (IA) espera fazer no mundo dos negócios em pouco tempo. Esse foi um dos pontos mais interessantes que pude testemunhar no Google Next 2024, evento da big tech que aconteceu recentemente em Las Vegas (EUA) e que abordou as últimas novidades de inspiração, inovação e educação. 

Essa capacidade de embedar a IA em um canal de relacionamento com o cliente é um dos ganhos centrais há muito tempo já vislumbrados por empresas e negócios. Em canais de bancos ou de instituições de saúde, as oportunidades são muitas. É de se tirar o chapéu ao Google neste sentido, pois esse cuidado com o usuário final é parte de seu core business e, perante as novidades apresentadas, se vê um link grande com os mundos B2B e B2C. Ou seja, há uma preocupação com o cliente dos clientes da companhia em suas plataformas. 

Essa busca pelo protagonismo do Google também é vista em estudos recentes. De acordo com a 7ª edição do AI Index, compilado pelo Centro de IA Centrada no Ser Humano (HAI) da Universidade de Stanford (EUA), os investimentos em IA em 2023 foram de US$ 95,99 bilhões, dos quais US$ 25,2 bilhões voltados para a IA Generativa. No total, 149 modelos básicos (foundation models) foram lançados, com a Google liderando as publicações (com 18). Apenas o Gemini Ultra, da companhia, custou US$ 191 milhões para ser treinado, bem acima dos US$ 78 milhões gastos pela principal concorrente, a OpenAI, no GPT-4. 

O que não mudou, e ficou reforçado no evento em Las Vegas, foi o protagonismo do cliente no centro das operações e dos negócios. Com uma maior profissionalização e com a consolidação de uma estrutura já presente e robusta, o Google mostrou um portfólio de soluções integrado, que participa de ponta a ponta dos resultados: do processador que inicia o processo, passando pela nuvem que armazena os dados e até o usuário final, o maior beneficiário em toda a cadeia. E a big tech quer fazer a diferença em todas as etapas disso. 

Outra tendência muito clara é o desenvolvimento dos SLMs (Pequenos Modelos de Linguagem, na sigla em inglês), mais especializados, em detrimento ao amplos a abrangentes LLMs (Grandes Modelos de Linguagem), estes mais generalistas e presentes no Gemini, ChatGPT e várias outras ferramentas de IA Generativa. Com modelos pré-treinados, menores e mais especialistas, é possível gerar soluções com custos menores e eficiência otimizada, de acordo com a demanda necessária. 

A oportunidade de complementar essa ampla gama de possibilidades no ambiente Google é algo que atrai os olhares de consultores e especialistas de todo o mundo. Deveremos ver muitas ofertas nos próximos meses justamente neste sentido. O que também me parece ainda mais claro, passado o Google Next 2024, é que ainda não temos casos relevantes e concretos do uso da IA no mercado. Há especulação, com poucos resultados práticos. 

No papel, a IA vai mudar a vida das pessoas de maneira substancial e irreversível, abrindo espaço para novos negócios e novas formas de interpretar pequenas ações do nosso cotidiano, seja na vida pessoal ou profissional. Porém, é certo que todo e qualquer investimento nessa tecnologia só será possível com um caso de negócio bem desenhado, que mensure os potenciais retornos. Logicamente, nem tudo é calculável e muita coisa ficará pelo caminho ao longo das implementações. 

Em 2023, tivemos um ano de muitas provas de conceito, de educação sobre a IA. Todos estão tentando aprender a usar, a verificar como e em quanto podem ser os ganhos em suas respectivas áreas de atividade. Mas penso que teremos mais projetos neste ano e chegaremos no futuro a uma estabilização dos modelos em algum momento, a uma equação factível de custos. Quando? Neste momento, nem o Gemini poderia nos dar uma resposta 100% apurada. 



Jonatas Leandro - VP de Inovação da GFT Technologies no Brasil.


O futuro da autenticação sem senha na cibersegurança: explorando tecnologias e desafios

Mecanismos interessantes estão sendo implementados e em desenvolvimento para melhorar a segurança cibernética e a experiência dos usuários, mas é importante analisar caso a caso para avaliar benefícios e desafios de implementação e desafios de atualização

 

A Redbelt Security, consultoria de cibersegurança, vem analisando há algum tempo os benefícios e os riscos da autenticação sem senha, uma abordagem que se propõe a eliminar a necessidade de senhas tradicionais em favor de métodos mais seguros e convenientes de segurança cibernética. É um método que inclui biometria, tokens de hardware e autenticação multifator, entre outros, e vem ganhando destaque devido à resistência a ataques de phishing, malware e força bruta.  

Entre os benefícios destas autenticações estão a eliminação de riscos relacionados às senhas, que são frequentemente o elo mais fraco na cibersegurança cibernética, por serem facilmente roubadas, adivinhadas ou reutilizadas. “Estes mecanismos reduzem também ataques de phishing e stuffing de credenciais, porque esses ataques dependem da obtenção de senhas de usuários por meio de engenharia social ou sites falsos, além de protegerem contra os ataques man-in-the-middle, por envolver criptografia forte e outros recursos de segurança, tornando maior a resistência a interceptação de comunicações entre um usuário e um aplicativo por invasores para roubar credenciais ou dados”, diz Marcos Almeida, gerente do Red Team e de inteligência de ameaças na Redbelt Security. 

Segundo Almeida, outras vantagens destas autenticações são uma melhor experiência do usuário, que ganha maior conveniência por não precisar criar, lembrar e gerenciar várias senhas complexas, tem acesso mais rápido e maior acessibilidade. Além disso, são reduzidos custos de TI relacionados à redefinição de senhas, suporte ao usuário e investigações de violações de dados e há melhoria de conformidade com controles de acesso mais fortes.
 

Os principais mecanismos de autenticação sem senha são: 

  • Fatores de posse: são métodos de autenticação que dependem de algo que o usuário possui fisicamente. Isso inclui dispositivos móveis que geram ou recebem tokens de autenticação; aplicativos autenticadores que geram senhas de uso único baseadas em tempo (TOTPs) ou notificações push; tokens de hardware (tokens USB ou chaves compatíveis com FIDO2) ou cartes inteligentes que contêm credenciais de usuário. 
     
  • Biometria: usam características físicas ou comportamentais exclusivas do usuário para autenticação. Isso pode incluir leituras de impressões digitais, reconhecimento facial, varreduras de retina e íris, impressões de voz e até mesmo a atividade elétrica do coração do usuário (ECG). 
     
  • Fatores de conhecimento: embora não seja um método direto de autenticação sem senha, fatores de conhecimento como PINs ou respostas a perguntas secretas podem ser usados em combinação com outros métodos em uma configuração de autenticação multifator (MFA). 
     
  • Links mágicos: links mágicos são URLs exclusivas e de uso único, enviadas para o e-mail ou telefone de um usuário. Quando o usuário clica no link, ele é autenticado sem a necessidade de inserir senha.

“Os benefícios têm motivado o uso crescente desses métodos em setores como finanças, saúde e governo e destacado seu papel vital na proteção de dados sensíveis e na conformidade regulatória. Mas existem discussões sobre as limitações atuais da autenticação sem senha, especialmente em relação aos deepfakes e à verificação da verdadeira identidade do usuário”, alerta Almeida. 

O executivo da Redbelt Security explica que “estratégias como autenticação baseada em contexto e identificação adaptativa de riscos, podem mitigar danos, sendo essenciais para enfrentar as ameaças avançadas na era digital. Porém, é fundamental considerar que a adoção de uma estratégia de cibersegurança com autenticação sem senha exige mudanças na infraestrutura e nos processos de TI e que é necessário escolher métodos que sejam fáceis de usar e acessíveis a todos os usuários.  

“Os métodos de autenticação sem senha devem ser robustos e oferecer proteção adequada contra quaisquer ataques. Entretanto, apesar de oferecerem um caminho promissor para melhorar a segurança cibernética e a experiência do usuário, eles ainda estão em desenvolvimento e podem não ser ideias para todos os tipos de empresas e indivíduos, que devem considerar cuidadosamente seus benefícios e desafios antes de implementar qualquer solução”, recomenda Almeida.
 



Redbelt Security
Para mais informações sobre a consultoria, acesse: Link


Especialista revela cinco estratégias para perpetuar a venda de um infoproduto

Segundo Thiago Finch, CEO da Ticto, é preciso cultivar uma base de consumidores fiéis e engajados

 

No mercado de infoprodutos, diferenciar-se e inovar continuamente é um movimento fundamental para perpetuar uma solução. Produtores de conteúdo e empresários estão sempre em busca de formas eficazes para não apenas atrair a atenção, mas também reter o interesse dos consumidores com o passar do tempo. 

A criação de ofertas que engajam e convertam exige uma abordagem que balanceie criatividade com estratégia, explorando novas tecnologias e adaptando-se às mudanças de comportamento do mercado.

De acordo com Thiago Finch, CEO da Ticto, uma das plataformas de vendas online mais populares para negócios digitais no Brasil, a chave para o sucesso começa com uma compreensão aprofundada das necessidades e desejos do público-alvo. “Isso envolve coletar e analisar dados sobre comportamento de consumo, preferências e tendências emergentes. Ferramentas analíticas podem revelar informações valiosas, orientando o desenvolvimento de produtos ajustados às expectativas do consumidor”, revela o empresário que faturou 128 milhões em 50 dias com produtos digitais.

O lançamento de um infoproduto não termina na data de lançamento, exigindo uma estratégia de marketing contínua que mantenha o item na mente dos consumidores. “Táticas como o marketing de conteúdo, SEO, campanhas de e-mail marketing e uso estratégico de redes sociais são fundamentais. Além disso, a criação de eventos ou webinars pode revitalizar o interesse por produtos mais antigos, mantendo-os relevantes no mercado”, pontua.

Finch acredita que criar uma comunidade em torno de um infoproduto pode transformar consumidores casuais em embaixadores da marca. “Espaços como fóruns, grupos e programas de membros criam um sentido de pertencimento, oferecendo aos usuários uma plataforma para compartilhar experiências e feedbacks. Estas interações não só aumentam a fidelidade, como também fornecem dados cruciais para melhorias contínuas nos infoprodutos”, declara.

O mercado de infoprodutos é extremamente dinâmico, exigindo uma rápida adaptação a novas condições e feedbacks dos usuários. “Possibilitar que ajustes sejam feitos rapidamente garante competitividade. Isso inclui atualizações de conteúdo e reformulações baseadas em novas necessidades dos consumidores”, relata o empresário.

Finch ressalta as principais estratégias utilizadas para perpetuar um infoproduto:

  1. Marketing contínuo: A estratégia de marketing deve avançar mesmo após o lançamento, incluindo táticas como SEO, campanhas de e-mail marketing e eventos online.
  2. Engajamento da comunidade: Criar espaços para a interação dos usuários, como fóruns e grupos, pode transformar consumidores em embaixadores da marca.
  3. Adaptação rápida: A capacidade de adaptar rapidamente os infoprodutos com base em feedback e mudanças do mercado é crucial para manter a competitividade.
  4. Análise de dados: Utilizar ferramentas analíticas para entender as necessidades e desejos do público-alvo, permitindo o desenvolvimento de produtos que realmente atendam às suas expectativas.
  5. Eventos e webinars: Utilizar eventos online para revitalizar o interesse por produtos mais antigos e manter sua relevância no mercado.

Segundo o empresário, para que um infoproduto venda todos os dias, é essencial que ele se mantenha relevante, desejável e acima de tudo, útil para o público-alvo. “Empregando essas estratégias, os infoprodutores podem não apenas atingir, mas também superar suas metas de vendas, cultivando uma base de clientes leais e engajados”, destaca. 



Thiago Finch - tem 28 anos e é natural de João Monlevade, cidade do interior de Minas Gerais. Aos 13 ele já trabalhava nos fundos da lojinha de sua mãe. Vendia jogos e consertava video-games. Aos 16 ele abandonou o ensino médio e montou em um cômodo em cima da bicicletaria de seu pai, sua primeira loja física de jogos. O jovem teve o seu primeiro contato com a área em meados de 2014, ao receber um e-mail estrangeiro que abordava o empreendedorismo online. Depois disso, a internet se mostrou um mar de oportunidades para o jovem empreendedor. Quando tinha 19, faturou o primeiro milhão através da internet. Para mais informações, acesse @thiagofinch ou pelo YouTube.


Ticto
Para mais informações acesse o site, Instagram, canal do Youtube ou Facebook.


O preço da instantaneidade: efeitos da tecnologia na concentração e no comportamento

Especialistas comentam os efeitos de uma vida mais exposta às redes sociais e aos smartphones

 

A expectativa de respostas imediatas geradas diante de um mundo cada vez mais conectado tem resultado em uma notável dificuldade de concentração na nova geração, fenômeno que vem causando impactos significativos em diversas áreas da vida. Com o avanço da tecnologia e a facilidade de acessos aos dispositivos digitais, como smartphones e computadores, a população é constantemente bombardeada por estímulos que fragmentam a atenção. 

Os resultados podem ser observados em diversas áreas da vida: educação, trabalho e até as relações interpessoais. Nas salas de aula, os estudantes enfrentam dificuldades em se concentrar e em completar tarefas que exigem foco prolongado. Isso pode levar a um declínio no desempenho acadêmico e aumentar o estresse dos alunos e dos professores. Além disso, a habilidade de concentração é essencial para o aprendizado profundo e a retenção de informações, o que pode comprometer o desenvolvimento cognitivo. 

Questionada sobre os efeitos do imediatismo nas crianças, a professora Rossane Rosental, docente na Educação Infantil do Colégio Presbiteriano Mackenzie - Higienópolis, declara que “as atuais gerações se apresentam menos tolerantes às frustrações e aos erros dos demais, demonstrando, em alguns casos, maior comportamento de irritabilidade”. A especialista explica também que, durante a primeira infância, o cérebro está em processo de maturação, não tendo desenvolvido as funções executivas por completo, portanto, o tempo de espera para retornos em determinadas situações é diferente em cada fase da vida. 

Dentro das relações pessoais, o mundo digital pode acarretar problemas principalmente pelo hábito adquirido com o imediatismo das respostas. O professor e Psicólogo Marcelo Santos da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas (UPM), explica que a desconexão do mundo real para a vivência na esfera virtual pode resultar em um complexo de inferioridade, uma vez que as redes sociais mostram apenas as “coisas boas”. 

Ao comentar o impacto da urgência tecnológica na saúde mental das gerações expostas às redes sociais e aos smartphones, o docente aponta: “Quando analisada a dispersão das pessoas com a diminuição da concentração ou mesmo com a memória afetada, pode ser que, com o imediatismo, tenham sofrido por conta da elevação do grau de prioridade de tudo e, consequentemente, a cobrança”. 

Para lidar com os impactos apresentados, algumas alternativas podem ser: promover práticas que incentivem o foco e a atenção plena; estabelecer limites saudáveis para o uso de dispositivos digitais; criar ambientes de trabalho e estudo livres de distrações; buscar suporte emocional e psicológico para lidar com o estresse e a ansiedade; ou até mesmo praticar jogos de revezamento, nos quais cada jogador deve esperar sua vez e respeitar o tempo dos outros.


Saiba como a IA conversacional pode aproximar sua marca a seus clientes de forma inovadora

Diz o ditado que “falar é de graça”, mas não quando se trata da comunicação com seus clientes e, especialmente, quando esse diálogo é baseado em IA conversacional. Então, pagar por isso vale cada centavo! Assim como o comércio conversacional viu o investimento global saltar 89%, passando de US$ 13,3 bilhões em 2022 para US$ 25,1 bilhões até o final de 2023, a IA conversacional está pronta para revolucionar a maneira como você se comunica com seus clientes, com a personalização orientada por dados impulsionando ainda mais o engajamento do cliente, as conversões e o valor do tempo de vida, aproximando você e seus clientes mais do que nunca.   ‌  

Mas você deve estar se perguntando: o que há de tão especial na IA conversacional? Bom, ela utiliza comércio conversacional e acrescenta uma dimensão totalmente nova de eficiência e escalabilidade com a ajuda da inteligência artificial, tornando-a perfeita para o mercado brasileiro. Há uma razão para que o comércio conversacional funcione no Brasil e 60% das empresas mais valiosas do país usarem a API de negócios do WhatsApp como uma parte essencial de sua estratégia de comunicação com o cliente. Marcas como Banco do Brasil, Caixa Econômica, Globo, iFood, Itaú, Latam Airlines, Magazine Luiza e Quinto Andar têm um ponto em comum: sabem que os brasileiros estão entre os usuários mais ativos do WhatsApp no mundo e que querem conversar com as empresas da mesma forma que fazem com seus familiares e amigos. 

80% dos brasileiros preferem se comunicar com as marcas por meio de mensagens instantâneas, e outros 81% concordam que essa forma é mais fácil do que ter que lidar com um site. Além disso, 79% dos brasileiros se sentem frustrados quando uma empresa não oferece essa opção, enquanto 81% confiam mais em uma marca quando podem se comunicar com ela por meio de conversas.
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O comércio conversacional também é uma oportunidade revolucionária para as marcas e seus clientes criarem relacionamentos de longo prazo, fidelidade e crescimento sustentável. Porque, embora os consumidores estejam se acostumando com os cookies de terceiros e com a publicidade direcionada na Web, eles anseiam ativamente por um envolvimento instantâneo, informal e natural, que é tão fácil de oferecer via WhatsApp.

Mas isso é apenas o começo. As empresas não podem se comunicar com seus clientes da mesma forma que os clientes estão enviando mensagens para elas, uma de cada vez, a menos que seus dedos fiquem muito doloridos! Elas precisam ser capazes de escalar e incorporar novas ferramentas projetadas especificamente para a interatividade bidirecional, e não apenas tentar adaptar aquelas já otimizadas para sites e aplicativos. É aqui que entra a IA conversacional. Kits completos e prontos para uso, como o Conversation Cloud da Gupshup, atualmente o único conjunto de produtos full-stack desenvolvido especificamente para o engajamento conversacional, oferecem um pacote abrangente de novas ferramentas com IA, como chatbots personalizáveis e geradores de campanhas interativas, publicidade click-to-chat e integração com agentes ao vivo.

É o comércio conversacional, mas muito mais. E os resultados, tanto para o cliente quanto para a marca, são imbatíveis. Você não apenas alcança os clientes onde eles já se sentem confortáveis para conversar, mas com a IA conversacional você pode oferecer a cada cliente uma experiência altamente personalizada. Todas as suas interações - sejam elas campanhas de reengajamento, jornadas de comércio ou vendas assistidas - são informadas pelo histórico de cada cliente, seu contexto e suas intenções. É de se admirar que as taxas de engajamento cheguem a 90%, juntamente com taxas de conversão igualmente altas?
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O melhor de tudo é que você pode conversar com seus clientes individualmente, em grande escala. O Conversation Cloud da Gupshup, por exemplo, aumenta a eficiência da conversação para automatizar tarefas de rotina, resolver problemas mais rapidamente e lidar com mais conversas ao mesmo tempo. O que isso significa? Mensagens em alta escala de até 10 mil TPS, com a maioria das interações tratadas de forma satisfatória por chatbots treinados, permitindo que suas equipes se tornem mais eficientes ao lidar apenas com conversas de alto valor.
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E como ele é alimentado por IA, sua marca também tem acesso a análises de dados avançadas, insights sobre o desempenho da campanha e análises contínuas de áreas importantes, como custos de aquisição de clientes, taxas de engajamento de clientes, taxas de conversão e desistências. Isso permite que você gaste seu tempo ajustando de forma mais eficiente o desempenho do seu engajamento conversacional, da publicidade click-to-chat e da entrega de campanhas no WhatsApp. Seus clientes estarão literalmente lhe dizendo como melhorar a cada troca de mensagens.
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No Brasil, o uso do WhatsApp só vai continuar crescendo e, com novos recursos adicionados o tempo todo, as empresas estão começando a ficar à frente do jogo, explorando os recursos de conversação dessa plataforma, que também apresenta altas taxas de engajamento e conversão. No entanto, para as marcas que realmente querem oferecer aos seus clientes e se aproximar deles mais, oferecendo um serviço imbatível exatamente onde ele é desejado, a IA conversacional é a chave que vai desbloquear um crescimento sem precedentes a cada conversa. Quem disse que conversar é barato?



Elizabeth Zavaleta - Diretora de Marketing e Comunicação da Gupshup na América Latina

Gupshup
www.gupshup.io


Empresas apostam na nostalgia para atrair consumidores

A estratégia tem se disseminado cada vez mais e contribui para o sucesso nas vendas

 

Atualmente, a publicidade tem acertado em algumas campanhas que foram sucesso de público ao usar a nostalgia como mote. Mamonas Assassinas, Volkswagen e Elis Regina, Oreo com Castelo Rá-Tim-Bum, Boticário com Bubbaloo e o filme da Barbie são exemplos de casos usando a conexão emocional para conversar com uma audiência específica. 

De acordo com Samuel Pereira, CEO e fundador da SDA Holding, responsável e apresentador do Segredos da Audiência, maior espetáculo de tráfego digital e audiência do País, a nostalgia é uma ferramenta poderosa no arsenal de qualquer estrategista de marketing. “A ideia não apenas evoca lembranças positivas, mas também cria uma ponte emocional entre a marca e seu público-alvo, levando a uma fidelidade mais profunda e duradoura”, explica. 

Essa sensação de “lembrar dos bons tempos” é o ponto-chave do marketing de nostalgia e, segundo o especialista, a estratégia está ganhando cada vez mais espaço, especialmente com a volta da era 2000. “Empresas estão trazendo de volta produtos que marcaram época, conectando gerações como os millennials. É incrível como ela cria uma conexão forte entre marcas e consumidores”, revela. Ele ressalta que não funciona apenas com quem cresceu nos anos 80 ou 90, mas é uma estratégia que transcende gerações. 

Levando esses pontos em consideração, é fundamental que as empresas compreendam seu público-alvo antes de atuar. Descobrir o que traz aquela saudade positiva para os consumidores e trazer isso de volta de maneira genuína é o que determina o sucesso. Seja resgatando um produto icônico ou fazendo referências culturais, a autenticidade é crucial para criar uma conexão emocional verdadeira.

“As marcas mais astutas usam essa abordagem para despertar emoções positivas, fortalecendo assim a fidelidade dos clientes. Ao trazer de volta elementos clássicos que cativaram gerações passadas, elas mostram um entendimento profundo de seu público e uma habilidade de se adaptar às demandas emocionais em constante mudança”, acrescenta.

A nostalgia é mais do que uma simples ferramenta de marketing - é uma maneira de estabelecer uma conexão real e duradoura com o público. Ao utilizar essa estratégia de forma criativa e inteligente, as empresas podem abrir as portas para um relacionamento mais profundo e significativo com seus consumidores. 



Samuel Pereira - empresário, investidor e fundador da SDA Holding. Entre alguns dos seus marcos está a criação do evento “Segredos da Audiência Ao Vivo” (SDA Ao Vivo), maior espetáculo de tráfego e audiência do Brasil. Samuel também empreende no universo digital há 13 anos, onde já desenvolveu dezenas de sites e blogs, sendo que, algumas dessas páginas, já receberam mais de 16 milhões de visitantes únicos. Nas redes sociais que gerencia são quase 5 milhões de seguidores, e em suas redes pessoais são mais de 1 milhão de seguidores. Também é coautor do livro “Negócios Digitais” e autor de Best-Seller na Revista Veja com o livro “Atenção! O Maior Ativo do Mundo”, com prefácio de Luiza Helena Trajano.
Para mais informações, acesse o site, Instagram, Youtube ou Facebook.


Em tempos de áudio acelerado, como engajar a Geração Z no mercado de trabalho?

Público mais jovem chega às empresas com criatividade e habilidade digitais, mas, como todos os perfis, precisa de capacitação continuada. Grupo Take 5 traz a solução para este desafio

 

Criatividade e habilidades digitais sobram na geração que neste ano deverá ultrapassar os Baby Boomers na força de trabalho global, de acordo com dados do Glassdoor, mas, como em todas as idades, a Gen Z também precisa de capacitação continuada para impulsionar resultados nas suas áreas de atuação. A diferença é que, entre os mais jovens, o desafio de engajamento se torna maior, uma vez que outras características também se sobrepõem neste público, que normalizou ouvir áudios em velocidade acelerada e maratonar séries: entre elas a autossuficiência e a falta de interesse.

Para ilustrar as diferenças geracionais, vale mencionar que praticamente metade (50,8%) dos adultos da Geração Z na América Latina afirmam que concordariam em sacrificar parte do seu tempo livre para avançar em suas carreiras. Embora seja um percentual importante, esse número é estatisticamente menor do que os 54,9% dos Baby boomers latinos que fariam o mesmo, segundo dados da YouGov, multinacional de pesquisa de mercado on-line. 

Para Alceu Costa Junior, CEO e founder do Grupo Take 5, há quase 30 anos atuando com educação corporativa à distância, as organizações precisam superar o pessimismo relacionado ao choque de gerações e partir para a ação, enxergando as possibilidades dentro desse cenário para engajar o público jovem de uma maneira mais construtiva. 

E como fazer isso? A receita, segundo ele, é tornar o conteúdo corporativo mais atrativo e visual, uma maneira eficaz de captar a atenção desse público e transmitir mensagens de forma mais cativante e envolvente, com conteúdos audiovisuais mais curtos, interativos, dentro de uma plataforma de gestão de conteúdo e mensuração de dados que permita uma melhor experiência. 

Ao invés de lutar contra, as áreas de treinamento das empresas precisam unir forças com esta geração, e reconhecer a diversidade de ideias e novos rumos que ela traz ao mercado corporativo é um passo importante. "Criatividade, habilidades digitais, multiculturalismo, autossuficiência, autodidatismo e tantas outras características nunca estiveram tão presentes nos ambientes de trabalho como hoje em dia. Ao adotar uma postura de colaboração e respeito, você pode aproveitar ao máximo o potencial desses novos talentos", recomenda.

Entendendo estes princípios, é inevitável pensar em programas de treinamento personalizados às necessidades específicas deste público que já é uma grande força de trabalho nas empresas brasileiras. E esta personalização, segundo Alceu, inclui campanhas de incentivo, gamificação e gestão estratégica e operacional, para transformar a experiência de aprendizagem das equipes e fazer as empresas chegarem ainda mais longe. Na verdade, mais do que personalizar, deixar que cada um construa sua jornada de aprendizado e treinamento pode ser a chave do sucesso.

Iniciativas como as citadas acima têm contribuído com importantes resultados de empresas como Electrolux, Samsung e AkzoNobel (Tintas Coral), que utilizam as soluções de treinamentos on-line desenvolvidas pelo Grupo Take 5, liderado por Alceu. "Utilizamos uma solução de treinamento à distância que integra diferentes conteúdos e formatos de aprendizado e que está sendo amplamente utilizada em educação corporativa on-line para canais de distribuição e vendas em toda a América Latina por estas e outras grandes empresas, tendo o engajamento e o aprendizado de fato como foco na estratégia", conclui.


FAPESP lança Centro de Memória com mais de 43 mil documentos

Todos os documentos receberam tratamento arquivístico
 e são apresentados ao público por data de produção
 (
imagem: Agência FAPESP)


Site reúne entrevistas, fotos, vídeos, publicações e uma exposição temática sobre o Projeto Genoma

 

Centro de Memória FAPESP, lançado ontem (20/05), tem como missão contribuir para a preservação da história da Fundação e a memória da pesquisa no Estado de São Paulo. O site é inaugurado com um acervo de documentos relacionados a 39 mil projetos apoiados entre o ano de criação da FAPESP (1962) e 1992 – os demais seguem disponíveis na Biblioteca Virtual – e mais 5 mil arquivos digitais com entrevistas, fotos, vídeos, publicações sobre a instituição, programas de pesquisa, relatórios e reportagens da Agência FAPESP e da revista Pesquisa FAPESP, entre outros, além da primeira exposição temática que tem como tema o Projeto Genoma.

“A ideia de criar um Centro de Memória surgiu durante as comemorações dos 60 anos da FAPESP, em 2022. A intenção é deixar um legado para as futuras gerações, registrando os esforços de uma agência de fomento e da comunidade de pesquisa paulista para promover o desenvolvimento do Estado com base na ciência, na tecnologia e na inovação", diz Marco Antonio Zago, presidente da Fundação.

homepage oferece uma visão geral do centro e dá destaques aos documentos e grupos documentais já disponíveis e armazenados no banco de dados que compõe o acervo e o site. Na área “Entrevistas”, por exemplo, é possível encontrar depoimentos em vídeo de mais de 50 pesquisadores. Dezoito desses depoimentos foram gravados para o acervo do Centro de Memória; os demais foram produzidos pela revista Pesquisa FAPESP e pela Agência FAPESP.

O site também reúne mais de 300 documentos institucionais – relatórios, livros, artigos, entre outros –, agrupados por ano de produção; mais de 300 obituários; a íntegra de 16 conferências realizadas por ocasião da comemoração dos 60 anos da FAPESP, entre outros.

A primeira exposição do Centro de Memória tem como título “O Projeto Genoma e a Pesquisa em Rede”. Organizada em cinco partes, a mostra utiliza recursos multimídia e interativos para contar a história do projeto desde a sua concepção, em 1997, até seu legado para o avanço da pesquisa em genética no país: a qualificação de recursos humanos para pesquisas em genômica e a criação de empresas de biotecnologia como a Alellyx, CanaVialis, Scyla Bioinformática e, mais recentemente, a ReceptaBio.

A exposição reúne fotos, documentos – entre eles, a íntegra do artigo com os resultados do sequenciamento do genoma da Xylella fastidiosa, publicado na capa da revista Nature, em 2000 –, além de reportagens publicadas em jornais do país e do exterior. E inclui depoimentos em vídeo de José Fernando Perez e de Fernando Reinach, diretor científico e coordenador da área de biologia da FAPESP na época, respectivamente; Andrew Simpson, coordenador-geral do projeto; João Setubal, responsável pela área de bioinformática; Paulo Arruda, um dos fundadores da Alellyx; e Marco Antonio Zago, que então liderava um dos 35 laboratórios que integraram a Rede Onsa (Organização para Sequenciamento e Análise de Nucleotídeos, na sigla em inglês).

Há ainda uma série de vídeos em que pesquisadores descrevem o impacto do Projeto Genoma em suas carreiras de pesquisa. Os depoimentos são de João Paulo Kitajima, fundador e diretor da Mendelics Análise Genômica; Anamaria Camargo, gerente de pesquisa no Hospital Sírio-Libanês; Elizabeth Martins, do Instituto Butantan; Mariana Cabral de Oliveira, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP); Emmanuel Dias-Neto Dirce Maria Carraro, ambos do A.C.Camargo Cancer Center. Em breve a página apresentará um podcast sobre o Projeto Genoma. Uma nova exposição, sobre a pesquisa na Amazônia, já está em produção e deve ser lançada no quarto trimestre de 2024.

A área “Ciência e Você” reúne um acervo de 479 vídeos produzidos pela revista Pesquisa FAPESPAgência FAPESP e por outros parceiros da Fundação. Ali estão disponíveis, por exemplo, todos os episódios das duas temporadas da série “Ciência para Todos”, produzidos no âmbito da parceria com o Canal Futura da Fundação Roberto Marinho; os mais de 200 vídeos da série “Ciência SP”, com cerca de um minuto de duração; as séries “Diário de Campo” e “Diário de Bordo”; entre outros. Nessa página é possível navegar pelas séries ou buscar os vídeos por um tema de interesse no menu lateral.

Em breve estará concluída uma nova “Linha do Tempo”. A que está disponível atualmente no site do Centro de Memória foi produzida para o livro FAPESP 60 anos.

Todos os 43 mil documentos do acervo do Centro de Memória são apresentados ao público por data de produção, do mais antigo ao mais recente, sendo possível inverter essa ordem. Cada um deles recebeu tratamento arquivístico – isto é, são detalhadamente descritos numa ficha-padrão, customizada de acordo com suas caraterísticas e segundo critério de exposição. O diferencial é que o tratamento arquivístico atribui o contexto de produção, especificando-o sempre que possível.

O site disponibiliza um guia para os usuários com orientações sobre a navegação no site e consulta ao acervo. 

A implementação do Centro de Memória contou com o apoio da Grifo, empresa de desenvolvimento de projetos históricos e culturais responsável pela implantação de iniciativas semelhantes em outras instituições.

Está prevista a implantação, na sede da FAPESP, de uma área para a guarda física de documentos do Centro de Memória, que ficará aberta a interessados para consulta e pesquisa.

Centro de Memória FAPESP pode ser acessado em: centrodememoria.fapesp.br/.

 

Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/fapesp-lanca-centro-de-memoria-com-mais-de-43-mil-documentos/51711


Penas brandas estimulam comércio ilegal de animais silvestres no Brasil

Mercado clandestino e criminoso movimenta mais de R$ 10 bilhões por ano e retira aproximadamente 38 milhões de espécimes dos seus habitats naturais no país 


Territorialmente continental, portanto, bem extenso e com a fauna e flora bastante diversa, o Brasil está entre os lugares com a maior incidência de tráfico ilegal de animais silvestres do mundo, ao lado de outros países como China, Indonésia, Malásia e Tailândia. Estados Unidos e Europa, por exemplo, figuram como fortes compradores desse mercado clandestino, que inclui a comercialização de aves tropicais, ovos, répteis, primatas e outras espécies exóticas.

De acordo com a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), estima-se que o contrabando de espécies nativas ou em rotas migratórias, em terras brasileiras, gere um lucro de US$ 2 bilhões – aproximadamente R$ 10,3 bilhões por ano. Globalmente falando, esse tipo de crime só fica atrás do tráfico de drogas e de armas.

Por ser uma atividade clandestina que, muitas vezes, escapa da fiscalização de órgãos competentes, especialmente nas estradas e fronteiras do país, não há um número real sobre esse mercado criminoso. A Renctas acredita que 38 milhões de animais silvestres sejam retirados do seu habitat natural, todos os anos, no Brasil.

“Temos um significativo déficit de fiscalização em nosso país, especialmente nas rodovias e fronteiras. No entanto, eu acredito que o maior problema seja a falta de penas mais rigorosas para quem caça ou retira animais silvestres da natureza para fins comerciais, de forma ilegal”, diz Raquel Machado, fundadora e presidente do Instituto Libio.

No caso do tráfico de animais silvestres, as penalidades são preconizadas pela Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), que tipifica as condutas que lesam o meio ambiente. O artigo 29 trata da venda e sua exposição ilegal, exportação, aquisição, guarda e manutenção em cativeiro ou em depósito, além da utilização ou transporte de espécies da fauna brasileira, nativa ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização do órgão competente ou em desacordo com a autorização obtida. As penas envolvem detenção de seis meses a um ano, além de multa.

O mesmo artigo expõe uma pena de reclusão de um a três anos e multa para quem guarda, mantém em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta espécies da fauna silvestre, sendo ela nativa ou em rota migratória, apreendida durante ação fiscalizadora, quando tem origem, no todo ou em parte, do exterior.

Na Câmara dos Deputados tramita o Projeto de Lei – PL nº 135/21, que visa à ampliação das penas para o crime de tráfico de animais, aumentando a pena de reclusão entre dois e cinco anos, além de multa.

Conforme a Agência Câmara de Notícias, a nova pena será aplicada contra quem matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécies locais ou em rota migratória, sem a devida permissão legal. A punição também será adotada em casos de introdução ou venda de espécies exóticas sem amparo legal.



Ameaças

Para a presidente do Instituto Libio, a combinação dessas medidas – mais fiscalização e penas mais severas – pode contribuir para o combate ao comércio ilegal de animais silvestres no Brasil, mais significativamente.

“Aves, répteis, primatas e peixes ornamentais são os mais visados e vendidos como animais de estimação exóticos, ingredientes para a medicina tradicional ou para outros fins lucrativos. Essa atividade ilegal é uma ameaça para a nossa biodiversidade, mas também tem seu lado criminoso, por estar associada a certas práticas como lavagem de dinheiro, corrupção e violência”, ressalta Raquel Machado.

Um caso mais recente, envolvendo uma famosa modelo e influenciadora digital, que teve dois micos-leões apreendidos em sua casa no mês de janeiro, depois de expô-los em uma rede social, culminou na investigação e prisão de uma quadrilha de traficantes de animais, que seria comandada por um bombeiro militar no Rio de Janeiro.

A presidente do Instituto Libio reforça que a retirada de animais silvestres da natureza também causam sérios danos à biodiversidade: “O tráfico da nossa fauna provoca um impacto sobre as populações de espécies; desestabiliza nossos ecossistemas; traz riscos de disseminação de doenças zoonóticas, que são transmitidas entre animais e humanos, a exemplo da gripe aviária; entre outros problemas ambientais e de saúde pública”.



Meios de transporte

Quem pensa que, no Brasil, o tráfico de animais silvestres ocorre apenas por via terrestre, como carros, caminhões ou ônibus, atravessando as rodovias e fronteiras de forma ilegal, está enganado. “Temos casos de contrabando por via aérea. Geralmente, o traficante esconde os ovos das aves e até mesmo animais vivos em bagagens, malas ou no próprio corpo. Eles também podem ser levados como cargas em voos comerciais ou em aeronaves particulares”, cita Raquel Machado.

O contrabando da fauna silvestre brasileira também é realizado por via marítima, em navios de carga, pequenas embarcações ou escondida em contêineres. “Já registramos situações de transporte via Correios, de animais ocultos em pacotes e caixas. Esse tipo de tráfico tem sido bastante disseminado na internet, por meio de sites e redes sociais, pelos quais os animais são anunciados e vendidos online. Na maioria das vezes, eles são disfarçados como outros produtos ou mercadorias”, alerta a presidente do Instituto Libio.



Medidas necessárias

Em sua visão, o Brasil precisa urgentemente de uma legislação mais rigorosa; investimentos em fiscalização das fronteiras e nos principais pontos de entrada e saída do país, destinando mais recursos financeiros e tecnológicos para os órgãos responsáveis pela fiscalização, como o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). “O ideal seria aumentar o número de agentes fiscais, equipamentos e tecnologias que possam ser usadas no combate ao tráfico de animais”, pontua Raquel Machado.

“Outra medida, que o Instituto Libio já promove com alunos em idade escolar, envolve a educação e a conscientização das pessoas, além de campanhas mais assertivas sobre os impactos negativos para nossa biodiversidade e meio ambiente”, sugere a presidente da instituição.

A instituição, que possui reservas em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Pará, acolhe animais vítimas do tráfico e maus-tratos no Mantenedor de Fauna Silvestre no interior do Estado de São Paulo. “Os animais que podem ser soltos na natureza são submetidos a um processo cuidadoso de reabilitação, conjuntamente com nossos parceiros, para depois serem soltos de forma branda, de volta ao seu meio ambiente. Porém, muitos desses animais que não têm condições de soltura na natureza, são mantidos no Mantenedor com o objetivo de terem uma qualidade de vida mais digna”, destaca Raquel Machado.

Para a presidente do Instituto Libio, também é urgente implantar políticas públicas de cooperação com outros países, de forma integrada, compartilhando informações e boas práticas: “Nós também incentivamos a denúncia de casos suspeitos, garantindo a proteção de quem denuncia, além de investimentos na influência e cobrança para formulação e implementação de políticas públicas voltadas à conservação e manejo sustentável dos recursos naturais, com o objetivo de reduzir a pressão sobre as populações de animais silvestres e desestimular o comércio ilegal de espécies brasileiras”.



Como denunciar

Para denunciar casos reais ou suspeitos de tráfico de animais, o Instituto Libio informa os seguintes contatos:


* Ibama

Telefone: 0800 061 8080 (“Linha Verde” gratuita, de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas)

Site: www.ibama.gov.br/fale-conosco


* Polícia Ambiental:
Em alguns Estados brasileiros, existem delegacias especializadas em questões ambientais. Também há contatos locais via sites das secretarias estaduais de meio ambiente ou das polícias militares.


* Disque-Denúncia: Pelo número 181, a pessoa pode fazer uma denúncia de forma anônima, mantendo sua identidade em sigilo.


* No link institutolibio.org.br/denuncia
do Instituto Libio, estão publicados vários telefones correspondentes aos órgãos competentes por Estado.


Das quase 5 mil crianças e adolescentes na fila para adoção 69% possuem idades entre 8 e 16 anos

Dia Nacional da Adoção 25 DE MAIO 

A ONG PAC (Projeto Amigos da Comunidade) atua de forma multidisciplinar para desmistificar e incentivar a adoção tardia 


No Brasil há mais pretendentes a adoção do que crianças a serem adotadas. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), existem, atualmente, quase 5 mil crianças e adolescentes na fila da adoção no Brasil, para mais de 36 mil pretendentes. Mesmo com um número muito maior de pessoas que buscam a adoção, a fila ainda existe e os entraves no processo estão nas exigências, principalmente quanto a idade, raça e estado de saúde. 

Para se ter ideia, de acordo com o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de 2019 a 2023, 80% das adoções foram de crianças de 0 a 8 anos, sendo o percentual de crianças com idade até 2 anos, o mais alto. Contudo, a faixa etária da busca não condiz com a realidade vista nas unidades do Serviço de Acolhimento Institucional para Criança e Adolescente (SAICA) do país. Segundo dados do CNJ, cerca de 69% das crianças e adolescentes na fila para adoção tem idades entre 8 e 16 anos e 71% são negros. 

De acordo com Fernanda Figueiredo, gerente de Desenvolvimento Institucional e responsável pela implementação de três SAICAs na ONG PAC (Projeto Amigos da Comunidade), é preciso desmistificar e incentivar a adoção tardia. “Nossa sociedade ainda carrega a ideia de que adotar uma criança com idade acima de 8 anos, é algo complexo e que só é possível ao ter casa própria, patrimônio avaliado, entre outros quesitos. O que não é verdade. Para realizar adoção tardia, assim como de outras faixas etárias o processo é o mesmo. A idade mínima para o pretendente é de 18 anos, desde que seja respeitada a diferença de 16 anos entre quem deseja adotar e a criança a ser acolhida”, salienta Fernanda. 

A criança que está na fila para adoção, está sob tutela do Estado, que conta com uma grande rede de articulação composta Conselho Tutelar, Vara da Infância e Abrigos, que visa a proteção e garantia de seus direitos. 

Ao contrário do que se propaga, o processo de adoção não deve começar pela busca da criança, visitando abrigos, por exemplo. O pretendente deve dirigir-se a Vara da Infância de sua região com a documentação necessária para iniciar o processo. No site do CNJ é possível encontrar o passo a passo para adoção (clique aqui). 

“A criança que está no serviço de acolhimento, foi destituída da família por algumas razões e estão vulneráveis emocionalmente e socialmente. Essa é um dos motivos para o processo iniciar junto aos pretendentes primeiro, para prepará-los para acolher e entender o compromisso da adoção”, comenta Marisa Stefanelli, Chefe de Psicologia da Vara da Infância e Juventude, da Lapa. 

A ONG PAC (Projeto Amigos da Comunidade) - que há 21 anos atende a população em situação de vulnerabilidade e/ou risco social nos distritos de Pirituba, São Domingos e Jaraguá, em São Paulo – que abriga cerca de 45 crianças adolescentes com idades entre 0 e 18 anos, em três SAICAs, conta com uma equipe de profissionais dentre assistentes sociais, psicólogos e pedagogos para atuar de forma multidisciplinar de acordo com a necessidade de cada criança. 

“O processo de adoção é delicado para a criança. No caso da adoção tardia, há uma expectativa ainda maior, porque infelizmente eles percebem que quanto mais elas crescem, mais difícil de serem adotadas. Isso, gera frustração e ansiedade. Por isso, a equipe atua em conjunto, acompanha de perto para a criança vivenciar esse processo da melhor forma possível”, aponta Norma Gonçalves, assistente social de uma das unidades da ONG PAC há mais de 3 anos. 

Após as visitas, a criança ou adolescente, passa a visitar a família pretendente aos finais de semana, que é avaliada, para na sequência ter a guarda provisória, que permite que a criança permaneça com a família até a guarda definitiva ser concedida. 

“É preciso incentivar desmistificar a adoção tardia, no Brasil apenas 20% das crianças e adolescentes acima de 8 anos que estão em abrigos para adoção, são considerados pelos pretendentes. Elas possuem bagagens emocionais e vivências assim como outras crianças. Por isso, a preparação e as etapas são fundamentais para resguardar tanto a criança como a família pretendente. Quanto mais preparados esses pretendentes estiverem, mais seguros e abertos as possibilidades de adoção eles estarão” reforça a gestora de Desenvolvimento do PAC, Fernanda Figueiredo.

 

[Case Adoção Tardia – Michele e João]

O psicólogo João Caffia, 42, e sua companheira, a advogada Michele Caffia, 42, sempre pensaram em terem ao menos dois filhos, considerando na possibilidade de a família adotar um deles. Em 2015, Michele engravidou e tiveram seu primeiro filho, Eduardo. 

Com o passar dos anos e o desenvolvimento do primeiro filho, o desejo de ter mais um filho se mantinha, que também era motivado pelos inúmeros pedidos do primogênito. 

“Nós sempre quisemos uma família com ao menos dois filhos, porque vemos a importância da convivência entre irmãos. Mas romantizam muito a maternidade e eu não estava mais disposta a passar por todo processo da gravidez e de ter uma criança recém-nascida novamente”, comenta Michele. 

O casal começou a buscar mais informações e cursos voltados a quem tem o interesse em adotar, antes mesmo de se direcionarem a Vara da Infância da sua região. Um ano depois, em 2019, o casal entrou com a documentação necessária no fórum da região em que moram e durante todo o processo, João e Michele participaram de inúmeras palestras, cursos obrigatórios e preparatórios para que entrassem na fila da adoção, que devido a pandemia só ocorreu em 2021. Inicialmente o casal optou por crianças de 5 a 8 anos, mas depois estenderam até 9 anos, sem distinção de raça, mas com preferência para uma menina. “As pessoas falam ‘nossa que bonito o que você fez’. Nós não somos salvadores. Definimos o perfil da criança, de acordo com a nossa realidade, não há romantização. Nós nos preparamos muito para a chegada da nossa filha, não é um ato de bondade”, salienta Michele. 

Em 29 de maio de 2023, o fórum informou ao casal que havia uma criança com o perfil que eles esperavam e que eles aguardassem o contato do abrigo para conhecê-la. A criança, Esther, uma menina de 9 anos, estava acolhida em uma das unidades do abrigo da ONG PAC (Projeto Amigos da Comunidade), que acompanhou e realizou o processo de aproximação e visitas. 

“A responsável pelo abrigo, entrou em contato e agendamos a visita para a semana seguinte. Levamos o Eduardo com a gente, quando eu vi meus filhos juntos, brincando e se conhecendo, eu tive a certeza que a Esther era minha filha”, conta emocionada Michele. 

João e Michele, passaram a realizar as visitas de aproximação, onde a família visitava Esther regularmente, ao menos três vezes na semana, apesar da distância do SAICA em relação a residência. A intenção era estabelecer um vínculo com a Esther e entender as dinâmicas do dia a dia dela. “Queríamos nos mantermos próximos. Nós passávamos o dia com ela, os almoços, acompanhávamos a rotina, sempre com a supervisão das assistentes sociais. Um espaço estruturado, com profissionais preparados para cuidar das crianças e que fazem verdadeiros milagres com os recursos que tem. Além de toda a dinâmica de visitação ser planejada para não atrapalhar as atividades a rotina das demais crianças”, afirma. 

Após um mês e meio de visitas ao abrigo, o casal recebeu a guarda provisória da criança e atualmente já possuem a guarda definitiva. “É preciso desromantizar a adoção, assim como a maternidade, não é simples. Mas para nós a adoção tardia foi ótima e acredito que nos preparar tornou o processo mais fácil. As pessoas têm muito preconceito com adoção tardia, mas precisam entender que criança dá trabalho, não importa a idade, nós é que somos os adultos capazes de nos adaptar e não o inverso”, comenta Michele. 

Para o casal a adaptação da filha à casa, rotina e nova escola foi tranquila, o que facilitou o processo foi a paciência e principalmente a comunicação e estarem abertos a ouvi-la. “Quando ela chegou ficava mais calada, perguntávamos e ela acuava, mas sempre deixávamos claro que ela podia falar sempre e aos poucos ela foi falando, e hoje é natural”, aponta João. 

Sobre o processo de adoção tardia e o tempo na fila, o casal enfatiza “O pretendente quando entra na fila já quer que a criança chegue logo, mas é preciso paciência, assim como na gravidez. Para nós o processo foi rápido e com certeza a idade foi um fator determinante”, finaliza Michele e João.  ‍



PAC - Projeto Amigos da Comunidade uma Organização Social sem fins lucrativos certificada pelo CEBAS - Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social - que atende a população em situação de vulnerabilidade e/ou risco social nos distritos de Pirituba, São Domingos e Jaraguá (SP).  Atualmente, o PAC conta com mais de 100 funcionários, cerca de 5.000 voluntários, 173 mantenedores via doação e mais de 10 empresas parceiras que subsidiam as oficinas promovidas pela organização, como Elo, Sow, Co.Aktion, Netas, Totvs Meridional, R3 e Zendesk.     
Para mais informações sobre o PAC, (clique aqui).   


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