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terça-feira, 14 de maio de 2024

Alternativas judiciais diminuem tempo de espera para obtenção de cidadania italiana

Pedidos julgados nos tribunais italianos são mais céleres para quem não quer esperar nas filas dos consulados
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O caminho rumo à cidadania italiana pode ser longo e cheio de obstáculos, principalmente quando o solicitante opta pelo processo administrativo via consulado. Infelizmente, as repartições diplomáticas não costumam cumprir os prazos estabelecidos por lei devido à sobrecarga de pedidos e à falta de estrutura para atender a alta demanda, que vem aumentando consideravelmente ano após ano.

 

Diante da demora e dos atrasos, muitos descendentes têm buscado alternativas para reduzir o tempo de espera e garantir a cidadania italiana de forma mais célere. Neste cenário, as solicitações via judicial se tornam a melhor opção para quem não deseja permanecer nas longas filas dos consulados.    ‌  

"O processo judicial é a alternativa ideal para obter o reconhecimento da cidadania italiana dentro do prazo previsto na lei. Entretanto, é preciso tomar muito cuidado na hora de escolher quem irá representá-lo neste processo", explica Camila Malucelli, CEO da Ferrara Cidadania Italiana, empresa especializada no reconhecimento de cidadania e serviços consulares.    ‌  

Segundo a especialista, muitos juristas se apresentam como autoridades no assunto, mas acabam enganando ou prejudicando aqueles que buscam a cidadania italiana. "O mercado está cheio de profissionais que se dizem especialistas, mas nem todos têm a experiência e competência necessárias", afirma Camila Malucelli. 

Uma das grandes vantagens desta via é que não há necessidade do requerente ir até à Itália, já que todo o processo é intermediado por um advogado italiano especializado no tema através de uma procuração.    ‌  

Processos dessa natureza sempre são julgados no Tribunal correspondente à jurisdição de nascimento do Dante Causa, ou seja, do italiano que transmite o direito à cidadania.
 
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Prazos reais    ‌  

Recentemente, algumas celebridades divulgaram ter obtido a cidadania em apenas alguns meses, mas a CEO da Ferrara alerta para o prejuízo sobre esse tipo de confusão. 

"O prazo dos pedidos de cidadania são determinados pelos trâmites do sistema judiciário italiano e não pela influência de advogados. Por isso, em geral, esses processos duram de dois a cinco anos", comenta Camila Malucelli
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É por essa razão que anúncios ou publis de famosos garantindo a concessão da cidadania italiana em apenas alguns meses não corresponde à realidade. A CEO da Ferrara ressalta que nenhum requerimento é igual ao outro e, justamente por isso, o tempo da ação pode variar bastante de acordo com cada caso.
 

“Geralmente, quando vemos essas divulgações de conquista da cidadania em seis meses, por exemplo, estamos vendo a divulgação de uma meia-verdade”, afirma a especialista. Segundo Camila, as pessoas acabam divulgando o tempo de julgamento da sentença. Porém, o ponto é que é necessário contar toda a fase do processo, que inicia na busca e juntada de documentos. "A ação judicial de requerimento da cidadania começa antes de avançar no tribunal. Por isso, se alguma empresa ou advogado prometer prazos muito curtos, desconfie. Sabemos que as pessoas anseiam por um retorno imediato, mas não há como pular etapas", conclui.


Ferrara Cidadania Italiana

 

Professor de geografia explica por que RS é o indicativo da crise climática no Brasil

 

Canva

Alexandre Groth, da Plataforma Professor Ferretto, explica as mudanças climáticas e o que podemos esperar para os próximos anos

 

O aquecimento global de 1,1°C em relação à era pré-industrial, desencadeou mudanças no clima do planeta sem precedentes nas últimas décadas. Dados do último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima, IPCC, projeta que a evolução da dinâmica climática torne o aumento de 2°C extremamente provável neste século e que poderemos até alcançar a barreira dos 3°C até o ano de 2100. ‎   ‏‍

O IPCC é o grupo de cientistas estabelecido pelas Nações Unidas para monitorar e assessorar toda a ciência global relacionada às mudanças climáticas. Mas o que significa esse aumento de temperatura e o que ele causa? O professor de geografia Alexandre Groth, da Plataforma Professor Ferretto, explica as mudanças climáticas e o que podemos esperar nos próximos anos. ‎   ‏‍

Eventos climáticos extremos, como o que ocasionou a situação caótica no Rio Grande do Sul, devem acontecer com cada vez com mais frequência e intensidade, inclusive no Brasil. Entre 26 de abril e 5 de maio, em Santa Maria (RS), precipitou 533 milímetros de chuva, onde a média mensal seria de 151mm. Em Porto Alegre, as chuvas atingiram 418 milímetros, onde a média mensal seria de 114mm. Tivemos recorde também na elevação dos rios como o rio Taquari, que ultrapassou mais de 30 metros. ‎   ‏‍

“Estamos no final do fenômeno El Niño, mas dessa vez a conjunção de três fatores foram determinantes: a passagem de uma frente fria é normal nesta época do ano na região. No entanto, desta vez ficou estacionária, devido a um bloqueio atmosférico no Brasil Central promovido por um sistema de alta pressão. No estado do Rio Grande tivemos um “cavado” - sistema de baixa pressão para onde convergem os ventos - vindo umidade da Amazônia, pelo oeste, e do Oceano Atlântico, pelo leste”, explica Groth.
 
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Impacto da seca no norte do país

Enquanto o sul do Brasil enfrenta chuvas intensas e elevação dos níveis dos rios, o cenário no norte e nordeste do país é diferente. A seca prolongada tem afetado severamente a região, causando impactos significativos na agricultura, pecuária e no abastecimento de água. A escassez de chuvas reduz a disponibilidade de água para irrigação e consumo humano, levando à perda de safras e à diminuição da produtividade agrícola.

"Essa elevação das temperaturas contribui para a evaporação mais rápida da água dos corpos d'água, do solo, e da evapotranspiração da vegetação, alterando assim a umidade no ar e a dinâmica das chuvas. Além disso, o desmatamento e as práticas agrícolas inadequadas também desempenham um papel importante na degradação dos recursos hídricos, erosão dos solos e assoreamento dos rios, potencializando a ocorrência das inundações pelo maior escoamento superficial da água em velocidade e volume. Com menor evapotranspiração devido ao desmatamento há também preocupação com o agravamento das secas", explica Groth.


Onda de calor no Sudeste e Centro-Oeste

Enquanto isso, no sudeste e centro-oeste do Brasil, a onda de calor intensa - que bateu recordes de temperatura em diversos estados em períodos mais prolongados - está possivelmente ligada às mudanças climáticas globais. O aumento das temperaturas médias está intensificando o calor extremo nessas regiões “As ondas de calor são caracterizadas por um período prolongado de temperaturas excepcionalmente altas em uma determinada região. Elas são frequentemente causadas por uma combinação de fatores, incluindo a influência de sistemas de alta pressão que bloqueiam a chegada de massas de ar mais frio, a falta de ventos que possam trazer ar fresco e a presença de condições meteorológicas estáveis e secas ", explica o docente.

Quanto às mudanças climáticas e sua relação com esses eventos extremos, Groth destaca que “As mudanças climáticas são fenômenos complexos que resultam da interação de vários fatores, incluindo atividades humanas e processos naturais. O aumento das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, devido sobretudo à queima de combustíveis fósseis, ao desmatamento e às queimadas, é um dos principais impulsionadores do aquecimento global. Esse aumento da temperatura média do planeta está causando alterações nos padrões de precipitação e na ocorrência de eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e ondas de calor intensas. É fundamental compreender e abordar esses padrões climáticos em evolução para mitigar seus impactos e promover a resiliência das comunidades afetadas." 

Diante dos danos causados pelas mudanças climáticas e seus impactos, é essencial adotar medidas eficazes para solucionar ou pelo menos mitigar esses problemas, promovendo a sustentabilidade ambiental. “Reduzir a pegada de carbono com a adoção de energias renováveis e o investimento em tecnologias limpas são passos fundamentais para reduzir ou pelo menos desacelerar o aquecimento global e suas consequências. Além disso, políticas governamentais que promovam a conservação ambiental, a construção de barragens, o reflorestamento, a proteção das matas ciliares e a preservação dos dos recursos naturais e os avanços dos sistemas de alerta à população são fundamentais para evitar tragédias”, finaliza Groth.



Plataforma Professor Ferretto


Gestão de custos (e como eles funcionam) ganham força na jornada da IA Generativa

 

Dados compilados no estudo Global AI Adoption Index, revelaram que 67% dos profissionais de TI de Brasil, Chile, Argentina, Colômbia, México e Peru testemunharam a aceleração da implantação da Inteligência Artificial (IA) em suas empresas nos últimos dois anos. A urgência por soluções com o uso dessa tecnologia não é novidade. O mesmo não se pode dizer sobre algumas conclusões que a realidade está impondo aos negócios.

 

Um grande cliente do setor de meio de pagamentos recentemente me confidenciou a necessidade de melhorar o perfil de custos da IA Generativa. É uma plataforma de LLM (Grande Modelo de Linguagem, na sigla em inglês) das mais conhecidas, cujo custo tem se mostrado alto. Isso nos faz parar e pontuar algumas dúvidas que a utilização da IA em larga escala nos coloca:

 

·        Vai caber no nosso orçamento?

·        Qual é o perfil da aplicação em que faz sentido usar?

·        Como combinar modelos novos e antigos?

·        Há outros modelos com bons retornos e custos menores?

 

Diante do hype que vivemos em torno da IA, sobretudo a Generativa, e as suas infinitas possibilidades de produção de soluções, ofertas e oportunidades, pouco se discutem os resultados experimentados por alguns setores que, por questões diversas, adotam determinadas plataformas, sem considerar a fundo questões como custo, equilíbrio, latência e necessidade.


Por tudo isso, creio que estamos no fim dessa corrida incessante de trilhões de parâmetros, “neurônios” e tudo o que vem a reboque disso. Como um consultor experiente no mercado de tecnologia, procuro sempre me colocar sob o ponto de vista do cliente, pensando naquilo que possa de fato trazer ganho a ele. Há plataformas de IA Generativa que trabalham, por exemplo, de maneira combinada as suas arquiteturas de LLMs. E, dependendo de cada caso, podem funcionar tão bem quanto um ChatGPT, para ficar na ferramenta mais conhecida.

 

Um debate que precisa ser melhor considerado dentro e fora do ambiente corporativo diz respeito ao quão caro é treinar essas plataformas de IA Generativa. Existe a demanda por mais e mais informações para isso, com uma criação interminável de parâmetros por esses sistemas. Entretanto, não é possível fazer isso com qualquer informação: é preciso dos chamados dados curados, confiáveis e que, uma vez enriquecidos, possam entregar as melhores respostas.

 

Quanto mais parâmetros, mais dados são necessários. Estudos acadêmicos já indicam, inclusive, que existe uma escassez ou quase inexistência de dados confiáveis para isso – discussões sobre o uso de conteúdo protegido por direitos autorais, por exemplo, passam justamente por tal demanda. Ao mesmo tempo, para quem controla essas plataformas de IA Generativa, é preciso que pessoas e empresas as usem, em larga escala, uma vez que o custo para desenvolver todo esse infinito arcabouço (chips, computadores, energia elétrica, etc.) é muito alto. Assim, o que parece se colocar é: vale a pena? Para onde iremos desta forma?

 

Algumas big techs já realizam experimentos que adicionem publicidade ao uso das suas plataformas de IA Generativa. Talvez seja possível, mas não sei como isso seria feito de maneira efetiva. É algo a se observar. Na mesma medida, acredito que os lançamentos de novos modelos de LLMs não devam ser esperados, ao contrário de outras iniciativas, como aquelas envolvendo SLMs (Pequeno Modelo de Linguagem, na sigla em inglês).

 

Os SLMs podem ser explicados, resumidamente, como um modelo de linguagem treinado por meio de uma base de dados menor, com comparação com os LLMs. Tratam-se de modelos que, por serem menores, são mais leves e mais fáceis de implantar em dispositivos com recursos limitados. Desta maneira, podemos usar a IA Generativa para construir arquiteturas mais especializadas, segundo a nossa conveniência, orçamento e demanda. Se as plataformas como o ChatGPT visam “responder a tudo”, as de SLMs podem atender um determinado setor com o devido arcabouço de dados que lhe for essencial.

 

Vejo uma tendência no mercado em buscar possibilidade com a IA Generativa que sejam mais baratas, mais focadas, com níveis de cobertura muito altos, nos domínios a serem atendidos. Ouso dizer que, em alguns casos, possamos ter resultados até melhores do que plataformas demasiadamente generalistas.

 

É evidente que essa leitura do mercado atual de IA Generativa pode mudar. A tecnologia está aí para nos desmentir ou criar novos caminhos ainda inexistentes o tempo todo. Acredito que seja sintomático que se mantenha a demanda por serviços de altíssima qualidade, super eficientes, mas talvez não precise ser uma big tech a oferecer a plataforma que eu ou você precisamos. Há oportunidades em nichos menores e, não menos importante, a chance de uma democratização dessas ferramentas, abrindo a competitividade para outros países (como o Brasil) entrem neste mercado com as suas próprias soluções, de LLMs, SLMs ou ambos.

 

Se baixarmos a barreira de entrada de novas empresas e negócios neste setor da IA Generativa, poderemos ter muitas boas novidades. Para os profissionais de TI, já imaginaram poder trabalhar em modelos multi LLMs, nos mesmos moldes do que vemos no multi cloud? E tudo muito bem calibrado com bons algoritmos e machine learning. Eis uma leitura um tanto preditiva, cujo futuro próximo se revelará generativo ou não.

  



Fernando Ramos - Chief Technology Officer (CTO) no Brasil da GFT Technologies


Qual a importância da gestão da mudança na transformação digital?

Diante de um cenário mercadológico em constante evolução, a transformação digital tornou-se um elemento indispensável nas organizações para se manterem competitivas. No entanto, ao contrário do que muitos podem pensar, essa ação não se restringe apenas da ação de digitalizar a companhia. Na verdade, esse é o primeiro passo de uma longa caminhada que traz para as empresas a missão de se adaptarem em três aspectos: novas tendências tecnológicas, modernização de processos e gerenciamento das pessoas.

A transformação digital visa, na prática, atribuir a inovação com um todo na empresa e, por isso, requer uma abordagem mais ampla que contemple a cultura organizacional. Ou seja, o conceito parte da premissa de tornar as empresas mais inteligentes, ágeis e produtivas.

Certamente, nesse processo, é aplicada a integração de tecnologias digitais, que alteram fundamentalmente a forma como uma empresa opera e entrega valor para os seus clientes. Por sua vez, é importante destacar que o processo de transformação digital pode ser algo longo, uma vez que, em seu desenrolar, serão incorporadas uma série de mudanças que exigem a criação de novos modelos de negócio e uma forte análise profunda acerca da cultura da empresa.

Até hoje, esse é um caminho que ainda podemos encontrar obstáculos. Isso porque grande parte das organizações ainda subestimam o nível de disrupção e apresentam desconfiança ao introduzir novas tecnologias e processos. Como prova disso, segundo a pesquisa de Serviços de Negócios e Tecnologia, realizada pela Forrester em 2022, foi apontado que a resistência à mudança está entre os cinco desafios mais frequentemente selecionados na execução da transformação digital.

Ainda segundo relatório, 21% dos tomadores de decisão de serviços globais que apoiam a transformação digital de suas organizações citaram a implementação de novos processos e capacidades como um dos seus maiores desafios. E, por falar em obstáculos, não podemos deixar de fora o fator humano, que ainda pode ser considerado responsável pela demora ou falha no processo de transformação digital.

De acordo com David Rogers, professor da Universidade de Columbia e autor de The Digital Transformation Roadmap, cerca de 70% dos esforços de transformação digital falham. Segundo ele, isso ocorre porque as empresas veem esses esforços como problemas tecnológicos, e não como desafios organizacionais que realmente são.

Neste cenário, a gestão de mudanças (GMO) desempenha um papel fundamental para garantir que uma empresa não se torne apenas digital e operacional, mas sim faça jus à verticalização dos negócios. Justificando essa importância, segundo um estudo do Change Management Institute, 47% das organizações que integram a GMO têm maior probabilidade de cumprir os seus objetivos do que os outros 30% que não a incorporaram.

Em se tratando da era da disrupção digital que estamos inseridos, cabe aos gestores o papel de reconhecer que a transformação digital não é apenas a implementação de uma nova tecnologia, mas uma mudança que afeta todos os aspectos da organização, desde a cultura até as operações.

Diante disso, é comum vermos uma parte das organizações afirmarem que estão dando início a esse processo ao implementaram um ERP. No entanto, é importante enfatizar que adotar ao sistema de gestão é apenas o primeiro passo dessa jornada, cujo nível de aproveitamento será determinado pelo apoio da GMO em conjunto com a liderança em fazer com que a estratégia passe a ser vertical.

Sendo assim, é essencial que a alta gestão crie um mindset de melhoria contínua, entendendo que, por mais que os desafios sejam inevitáveis nesse processo, investir em um bom planejamento e em GMO ajudará a deixar essa caminhada mais simplificada. Afinal, ao adotar a gestão de mudanças organizacionais, a empresa garante uma transição suave, minimiza a resistência e maximiza os benefícios da transformação digital.

Em suma, quando falamos em digitalização, não podemos nos esquecer de que essa base que é formada por três pilares: tecnologia, processos e pessoas, e sem esses três aspectos, não há transformação digital. Por isso, as organizações que conseguirem implementar novas tecnologias com esse nível de maturidade colherão diversos benefícios, como aumento no engajamento das equipes como um todo, otimização de processos, redução de custos e crescimento em escala.

Uma coisa é fato: para as empresas que querem iniciar a transformação digital sem o apoio da GMO, será como navegar em um barco sem leme, uma vez que esse é um componente indispensável para criar um caminho de sucesso para o futuro digital.



Lyrian Faria - diretora da Dynamica Consultoria.

Marcos Corrêa é CEO do Grupo INOVAGE

Grupo INOVAGE:

Dynamica Consultoria



segunda-feira, 13 de maio de 2024

Sociedade Brasileira de Diabetes pede que associados doem insulina ao RS


A Sociedade Brasileira de Diabetes está pedindo a seus associados que arrecadem medicamentos dentro do prazo de validade para as vítimas do Rio Grande do Sul, em especial insulinas, além de insumos como glicosímetros, fitas, seringas e agulhas de canetas, entre outros.

A vice-presidente da SBD, dra. Solange Travassos, participou de uma campanha, com a influencer @biabética e, juntas, conseguiram arrecadar e enviar, na quinta-feira, dia 9 de maio, mais de 1 mil frascos de insulinas para o Instituto da Criança com Diabetes (ICD) do Rio Grande do Sul, que oferece apoio vital a mais de 4,9 mil pacientes e suas famílias, fornecendo assistência médica e insumos. Agora, durante as enchentes, o ICD está atendendo todo mundo que precisa de insulina. “O medicamento e os insumos foram arrecadados junto a pacientes e familiares e amigos de pessoas com diabetes”, explica dra. Solange. Todo o material foi enviado por avião para Canoas (RS), onde foi retirado pelo ICD.”      ‍

Atualmente o ICD está com estoque de insulina para os próximos dias, mas logo deve precisar novamente dos medicamentos e insumos. “Para acompanhar as necessidades, o ideal é seguir o Instagram do ICD, que orienta também sobre como acondicionar as insulinas para envio ao Rio Grande do Sul”, diz a médica. O endereço é @institutodacriancacomdiabetes      ‍

“Juntos, podemos ajudar nossos irmãos do Sul, já que a insulina é essencial para a vida de muitas pessoas que convivem com o diabetes”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, dr. Ruy Lyra. A SBD também está em contato com os laboratórios pedindo que doem os medicamentos e insumos à população gaúcha.      ‍

Para aqueles que necessitam de ajuda, o Instituto está disponível pelo WhatsApp (51) 98168-1654. Se preferir doar em dinheiro, a chave PIX é o CNPJ da instituição: 02774358000105.      ‍

Se for doar medicamentos, fique atento ao prazo de validade e entre em contato com estes endereços para saber onde fica o ponto de coleta mais próximo:

institutodacriancacomdiabetes
institutodiabetesbrasil
adjdiabetesbrasil
dassette.farma
redededicar

Mês das Mães

 Maternidade rara: a importância da rede de apoio e dos cuidados adequados para a saúde mental das mães raras


O Mês das Mães é uma data que honra o esforço e o amor das mães de todo o mundo, mas também é essencial refletir sobre a dedicação incondicional das mães que enfrentam desafios únicos ao cuidar de crianças com condições raras e complexas de saúde, como a hemofilia. 

A pesquisa “Um retrato da hemofilia no Brasil” realizada pela Editora Abril com apoio da Roche e da Federação Brasileira de Hemofilia trouxe um olhar sobre os cuidados das crianças e dos adolescentes com hemofilia A no país. Mais de 95% dos respondentes eram mães de crianças com a doença e 86% relataram que os filhos dependem totalmente dos seus cuidados. 

As histórias de Mariana Rocha e Gabriela Mantovanelli, duas mães que convivem com a realidade da hemofilia, mostram uma visão aprofundada da jornada de seus filhos, desde o diagnóstico até os dias atuais e refletem, principalmente, a importância e a diferença que uma rede de apoio e os cuidados adequados podem proporcionar não só na vida das crianças com hemofilia, mas na manutenção da saúde mental dessas mães. 

Para Gabriela, o apoio da família foi fundamental para ela enfrentar o diagnóstico de João Pedro. Com a hemofilia já presente na família, ela sabia que as chances de ter uma criança com a condição eram altas e se preparou para enfrentar esse cenário. Um dos seus maiores aliados é seu irmão, Eduardo, que também é hemofílico. 

O apoio que recebeu de sua família foi fundamental para garantir não apenas os melhores cuidados para João Pedro, mas para continuar exercendo sua função de mãe com sua filha mais velha e continuar na profissão que tanto ama: professora de português. 

Os cuidados adequados e as terapias de suporte são fundamentais para manter João com os sangramentos controlados e trazer mais qualidade de vida, principalmente após a criança também ser diagnosticada com autismo. “Todos se envolvem e se ajudam, desde a família até a escola. Hoje o João vai para escola e ama aquele espaço. Ele tem apoio, carinho e acolhimento e um monitor específico para ele que o ajuda na elaboração de atividades para o seu grau de autismo” ela relata. 

O diagnóstico do autismo trouxe um desafio a mais para o tratamento da hemofilia, já que a criança é resistente à punção intravenosa e deixa apenas os pais aplicarem o tratamento. “Mesmo assim, isso é pequeno comparado a tudo que vencemos. Hoje eu tento sempre estar disponível para apoiar outras mães que receberam o diagnóstico e falar que elas são fortes e conseguem passar por isso”. 

Diferente de Gabriela, Mariana decidiu deixar a profissão de lado para se dedicar aos cuidados de seus filhos - o mais velho, diagnosticado com alopecia e o mais novo com hemofilia. Esse cenário é a realidade de 49% das mães entrevistadas na pesquisa, que também decidiram parar de trabalhar para acompanhar o tratamento dos filhos. 

O diagnóstico de Gustavo veio como um choque, especialmente porque não havia histórico familiar da doença. A jornada de cuidados de ambas as crianças exigiu uma dedicação intensa de Mariana, que deixou sua carreira como nutricionista para se dedicar integralmente aos cuidados do filho. O suporte financeiro vem principalmente do marido, mas com a família morando longe, Mariana não conta com uma rede de apoio sólida para compartilhar as responsabilidades. 

Felizmente, o que ajudou no alívio da carga mental da mãe foram os cuidados e manejo adequado da hemofilia. “O tratamento adequado do Gustavo permite que ele tenha os sangramentos controlados e traz um alívio imenso. Eu consigo me dedicar a uma maternidade rara, mas sem me deixar de lado. Consigo ir a academia, fazer alguns atendimentos por conta própria e realmente aproveitar meus filhos para além de suas condições”, ela reflete. 

A pesquisa mostrou também que muitos cuidadores ainda enxergam a atividade física como uma das barreiras na qualidade de vida do paciente, portanto o manejo da hemofilia também traz resultados positivos nesse sentido. Para Gustavo, os sangramentos controlados com a ajuda dos avanços da medicina e das novas tecnologias disponíveis possibilitam que ele participe das atividades extracurriculares da escola como futsal e judô, fazendo com que ele cresça feliz e com amigos como qualquer outra criança. 

Ambas as histórias refletem o impacto transformador de tratamentos preventivos e a importância de olhar também para a saúde mental das mães e cuidadoras de crianças com doenças raras.


Cigarro eletrônico piora asma e é tão nocivo quanto o convencional

Especialista do Hospital CEMA alerta para os riscos do uso desses dispositivos, especialmente para pessoas que sofrem com doenças respiratórias

 

As campanhas intensas para diminuir o uso dos cigarros convencionais foram bem-sucedidas e geraram uma queda significativa no número de usuários. No entanto, nos últimos anos, o cigarro eletrônico parece ter “driblado” essa conscientização da população, especialmente entre os jovens. Porém seu uso é tão nocivo quanto o do cigarro convencional e pode ser ainda mais grave no caso das pessoas com doenças respiratórias, como asma. “Os líquidos encontrados nos compartimentos desses aparelhos podem provocar irritação e processos inflamatórios, tanto nas vias aéreas superiores como inferiores, que por sua vez podem levar a crises de fechamento dos brônquios, causando sibilância (chiado no peito), característica principal da asma brônquica”, explica o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Cícero Matsuyama. 

O médico destaca que toda substância inalada e em contato com as vias respiratórias pode provocar crises asmáticas. “Ainda mais quando esses dispositivos não são controlados por nenhum órgão regulador, já que são proibidos para venda e comercialização”, ressalta. Isso significa que um cigarro eletrônico pode conter inúmeras substâncias nocivas, como metais pesados, nitrosaminas, formaldeído, compostos orgânicos voláteis, e até mesmo pesticidas, cafeína e produtos químicos de uso industrial. Uma pesquisa da Universidade Johns Hopkins (EUA) mostrou que os famosos vapes podem ter mais de 2 mil substâncias, sendo que grande parte delas é desconhecida. 

Embora ainda não existam pesquisas científicas suficientes comparando o cigarro convencional ao eletrônico, os médicos são unânimes em apontar que ambos são nocivos para a saúde. “Quando foi criado há alguns anos a ideia é que o cigarro eletrônico fosse substituto do convencional, porém o que se observou é que esse dispositivo é igualmente nocivo”, explica o especialista. “Fica claro que o cigarro eletrônico é ruim para o organismo humano e, assim como o tabaco, deve ser banido para que as pessoas tenham uma vida mais saudável e fiquem longe de substâncias causadoras de processos inflamatórios pulmonares e tumores do trato respiratório”.

 

Hospital CEMA


Tem o sonho de ser mãe? Teste que realiza contagem de óvulos pode te ajudar a escolher o melhor momento

  Exame de Anticorpo Anti-Mulleriano analisa a reserva ovariana da mulher e oferece estimativa da quantidade de óvulos que ainda possui 


Neste mês de maio, período dedicado às mães, o sonho de ter filhos pode ficar ainda mais aflorado. E, para essas mulheres que pretendem ser mães, um teste no mercado de diagnóstico pode ser seu principal aliado: o exame de Anticorpo Anti-Mulleriano, que faz a contagem de óvulos com assertividade. Ele analisa a reserva ovariana da mulher, e consegue oferecer uma estimativa da quantidade de óvulos que ainda possui. 

A mulher nasce com um número estabelecido de óvulos para toda sua vida, e com o passar do tempo, vai perdendo quantidades que variam de acordo com o organismo de cada uma, apesar de somente um ou dois acabarem realmente sendo liberados na ovulação. Além disso, cirurgias e algumas doenças podem acelerar ainda mais a liberação de óvulos. Quando a quantidade de óvulos fica muito baixa, é o período em que a mulher entra efetivamente na menopausa. 

O Anticorpo Anti-Mulleriano é indicado para mulheres a partir dos 30 anos que desejam conhecer a condição da sua reserva ovariana, que ainda não têm filhos e pretendem adiar a gravidez, entre outros, O teste pode trazer muitos benefícios, pois, junto com outros exames, ajuda os médicos a terem uma panorama da condição da mulher e indicarem a melhor conduta. Dependendo dos resultados obtidos, podem orientar sobre a necessidade ou não de congelar os óvulos para uma possível gravidez futura, e avaliar se podemos indicar a fertilização in vitro, por exemplo. 

“Sabemos que a realidade da mulher, atualmente, é a de ter filhos com uma idade cada vez mais avançada. Muitas vezes, ela está no auge da carreira, ou sente que aquele ainda não é o momento. Ao mesmo tempo, fica com a preocupação se irá conseguir, caso espere muito tempo. Então, o nosso teste pode mostrar com precisão e assertividade a quantidade de óvulos para o médico avaliar os melhores caminhos que ajudarão a aumentar as chances dela realizar esse sonho de ser mãe”, afirma Carlos Martins, CEO da Roche Diagnóstica no Brasil.


Amígdalas e adenoides são importantes locais de persistência do SARS-CoV-2 em crianças

 

Fotomicrografia de um corte histológico marcado com
anticorpo para a nucleoproteína viral (em vermelho) em uma
tonsila palatina positiva para o SARS-CoV-2
(contracoloração por hematoxilina e aumento de 100x)

Análise de 48 amígdalas e adenoides retiradas cirurgicamente de crianças entre 3 e 11 anos, sem sintomas respiratórios nem histórico de infecção recente, detectou diferentes linhagens do SARS-CoV-2


Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) identificaram que vírus respiratórios, inclusive o SARS-CoV-2, podem permanecer e se replicar nas amígdalas, adenoides e secreções de crianças sem sintomas da doença, nem histórico de infecção recente.

A partir da análise de amígdalas e adenoides retiradas cirurgicamente de 48 crianças entre 3 e 11 anos, os pesquisadores detectaram RNA e proteína dos vírus em amígdalas, lavados nasais e secreções respiratórias de crianças com hipertrofia tonsilar e sem sintomas de doenças respiratórias e de COVID-19.

Os resultados publicados na revista Microbiology Spectrum mostraram que diferentes linhagens do vírus da COVID-19 infectaram um quarto das crianças que participaram do estudo. A descoberta da persistência do SARS-CoV-2 nas amígdalas e adenoides, além de contribuir para o entendimento da COVID-19, indica uma nova via de interferência do vírus na resposta imune e uma potencial fonte de transmissão da doença para a comunidade, mesmo a partir de pessoas assintomáticas.

A investigação teve apoio da FAPESP por meio de um amplo estudo que busca compreender a biologia, patogênese e prospecção de vírus emergentes.

“Não imaginávamos encontrar tantos vírus nas tonsilas (amígdalas e adenoides) retiradas de crianças que não tinham nenhum sintoma nem histórico de infecção respiratória. É inusitado saber que, em uma mesma criança, podem ser detectados vários vírus respiratórios persistentes e, dentre eles, diferentes linhagens do SARS-CoV-2. Então, é o vírus de um resfriado de seis meses atrás, junto com outro de uma infecção mais recente, que vão sendo colecionados nas tonsilas”, explica Eurico Arruda, professor de virologia da faculdade e autor do estudo. A pesquisa contou com a colaboração da equipe de otorrinolaringologia da FMRP-USP, liderada pela professora Fabiana Valera e por Carolina Miura.

“Porém, é também nas tonsilas, como mostrou o nosso estudo, onde o vírus SARS-CoV-2 consegue persistir por mais tempo, se replicar e ser secretado. A replicação e a potencial transmissão de COVID-19, mesmo em pessoas assintomáticas, podem indicar uma nova via de interferência do vírus na resposta imune. Isso porque amígdalas e adenoides são órgãos secundários do sistema linfoide, onde atuam células de defesa como os linfócitos, por exemplo”, completa Arruda.

Os pesquisadores acreditam que a infecção de linfócitos B e T, macrófagos e células dendríticas por SARS-CoV-2 pode interferir na montagem de respostas imunes nesses órgãos linfoides secundários. “Não foi possível, no entanto, identificar quanto tempo os vírus persistem nas tonsilas analisadas”, afirma Arruda.

O RNA do SARS-CoV-2 foi detectado por RT-qPCR (sigla em inglês para Transcrição Reversa e Reação quantitativa em Cadeia de Polimerase) em mais de uma amostra de algumas das crianças positivas para o vírus, com cargas virais variando de centenas a milhares de cópias por cópia de RNA mensageiro para RNase-p (um ácido ribonucleico normal da célula, que altera moléculas de RNA transportador), sugerindo que as crianças podem ter sido submetidas a amigdalectomia em diferentes tempos pós-infecção.

A descoberta reforça a importância da vacinação de crianças. “Mostramos que o vírus persiste nas tonsilas, mesmo em crianças que não apresentavam nenhum sintoma de infecção respiratória. Isso ressalta a importância da vacinação para essa faixa etária, que foi a última a ter o imunizante ofertado e ainda não atingiu bons índices de cobertura”, diz Ronaldo Martins, autor do estudo.


Não é apenas em crianças

Arruda explica que, embora o estudo tenha sido realizado a partir da análise de tonsilas de crianças, a persistência do SARS-CoV-2 nesses órgãos linfoides também é observada em adultos. “Esse estudo foi realizado em tonsilas retiradas de crianças, pois se trata de uma cirurgia muito mais comum em crianças que em adultos. Porém, em outro estudo, conseguimos analisar amígdalas retiradas de um adulto, e o resultado foi o mesmo. Portanto, é um achado que tem o potencial de mudar o nosso entendimento sobre a fisiopatologia da COVID-19 e de outras doenças respiratórias”, diz.

“O inusitado é o achado em si. Se essas crianças ocasionalmente podem replicar e transmitir o vírus via secreções, elas podem vir a ser focos de surtos”, contou Arruda.

O pesquisador afirma ainda que o achado reforça o papel das tonsilas de abrigar uma variedade de vírus. “Os resultados do nosso estudo sugerem que o tecido linfoide secundário é capaz de albergar uma quantidade muito maior de vírus. No nosso estudo testamos apenas os vírus respiratórios, e não testamos dengue, zika, chikungunya, febre amarela e outros vírus, que podem estar persistindo nesses tecidos”, diz.

O artigo Tonsils are major sites of persistence of SARS-CoV-2 in children pode ser lido em: https://journals.asm.org/doi/10.1128/spectrum.01347-23.



Maria Fernanda Ziegler
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/amigdalas-e-adenoides-sao-importantes-locais-de-persistencia-do-sars-cov-2-em-criancas/51637


AMRIGS reforça alerta das entidades médicas com recomendações de imunização para pessoas em situação de enchentes no RS

 

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Nota Técnica Conjunta da Sociedade Brasileira de Infectologia, Sociedade Gaúcha de Infectologia e Sociedade Brasileira de Imunizações destaca a importância da vacinação em meio às cheias

 

A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) reforça o alerta emitido pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a Sociedade Gaúcha de Infectologia (SGI) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) em Nota Técnica Conjunta recomendando a imunização para pessoas expostas às enchentes e equipes de socorro e resgate.

Devido à exposição à água das enchentes, tanto a população exposta quanto os socorristas enfrentam um risco aumentado de doenças infecciosas. Vacinar-se é crucial para prevenir uma série de enfermidades decorrentes desse cenário.

As recomendações visam garantir a proteção da população contra doenças evitáveis por vacinação, reduzir a probabilidade de surtos em grandes grupos lotados e orientar a imunização adequada para a prevenção de doenças. Além disso, as entidades médicas se comprometem em contribuir com os esforços das autoridades públicas na gestão e administração de imunizantes nas equipes atuando no campo, visando à segurança dos profissionais envolvidos na resposta às enchentes.

Confira a íntegra da nota aqui no link do site da AMRIGS 


Marcelo Matusiak


Luta contra doenças do intestino passa pela alimentação

Maio Roxo, mês da prevenção a males intestinais inflamatórios, reitera a necessidade de uma rotina alimentar leve e nutritiva na estressante rotina atual. 

 



Evitar comidas ultraprocessadas, transgênicas e com conservantes químicos, mantendo rotina ativa, sem tabagismo e controlando o peso, afora consumir alimentos anti-inflamatórios e antioxidantes, como carnes brancas, frutas vermelhas, folhas verde-escuras, legumes e sementes ricas em ômega-3 são importantes na imunização prévia à DII (Doença Intestinal Inflamatória) e à manutenção saudável do revestimento do cólon.

“No Brasil, para se ter uma ideia, entre 2012 e 2020 as DIIs deram um salto de 30,01 para 100,13 casos por 100 mil habitantes, deixando de ser classificadas como raras. Cultivar uma dieta saudável, rica, regrada e variada junto a acompanhamentos psicológicos que controlem ansiedade e depressão são chaves para aliviar o estresse cotidiano, principal vilão intestinal”, analisa Lucas Boarini, coloproctologista e coordenador do Núcleo de Doença Inflamatória Intestinal do São Luiz São Caetano.

Por ser um conjunto de condições que afetam adultos de 15 a 40 anos e, num pico tardio, idosos de 60 a 70 anos, as DIIs têm sintomas crônicos como diarreia, pus, muco e sangramento anal, bem como cólicas, gases, fraqueza, inapetência e febre, acometendo um total de 5 milhões de pessoas no mundo. Autoimunes, elas exigem descoberta precoce, impedindo crises traumáticas.

“Analisá-las com atenção e profundidade é fundamental. Às vezes o doente confunde a questão com viroses comuns, dando tempo para o quadro evoluir. A regra é: apresentou sintomas? Tem histórico familiar? Come mal? Procure um coloproctologista ou gastroenteroligista e realize exames”, pontua o médico.

As mais frequentes são a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn. Ambas são multifatoriais. Os pacientes nascem com uma predisposição genética mas, de acordo com os fatores ambientais que são expostos, podem ou não desenvolvê-las. Esses fatores alteram a microbiota intestinal (bactérias, vírus e fungos naturais do corpo) promovendo agressão ao sistema imunológico. A primeira atinge a mucosa do intestino grosso, gerando diarreia e anemia. Já a segunda, que leva o nome de seu descobridor, o estadunidense Burril B. Crohn, pode causar inflamação em todo o intestino. O recente testemunho de Evaristo Costa, jornalista portador da condição, ajudou a elucidar e desmistificar seu enfrentamento.

“Por ser incurável mas altamente tratável, esse grupo de enfermidades demanda um pronto tratamento, preponderante para impedir picos e situações extremas tais quais perfuração intestinal e estenose (fechamento do intestino), que levam à urgência cirúrgica com possibilidade de utilizar ostomia (bolsinha de intestino que é colocado externamente na barriga)”, reforça Boarini.

Para diagnosticá-las, o paciente é submetido a colonoscopia, biópsia, tomografia, ressonância e análises laboratoriais. As terapias incluem, em alguns casos, a utilização de estomas (bolsas coletoras de fezes). Durante a convalescença estão aprovados o uso dos corticoides sulfasalazina e mesalazina, além de drogas iminomoduladoras, que controlam agravos.

Primeiro hospital da bandeira fora de São Paulo, a unidade São Luiz no ABC Paulista conta com um time especializado e capacitado em coloproctologia, gastroenterolgia, nutrição, psicologia e enfermagem, realizando consultas, exames e cirurgias. Batizado de GastroD’Or, o núcleo possui abordagem multidisciplinar e equipamentos de ponta visando a remissão desses males e um cuidado completo do sistema digestivo.


Câncer de ovário: conscientização é essencial para tratamento desta doença silenciosa

 

Maio é reconhecido como o mês dedicado à conscientização e divulgação de informações sobre a prevenção do câncer de ovário. Durante este período, diversas campanhas são promovidas com o intuito de alertar a população sobre esse tipo de tumor, que anualmente afeta mais de 300 mil mulheres em todo o mundo. No Brasil, figura como o oitavo câncer mais comum, com uma estimativa de 7.310 novos casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) para o triênio 2023-2026. 

A conscientização sobre a doença, seus fatores de risco e dos sinais precoces no corpo é de suma importância, uma vez que, nos estágios iniciais, os sintomas específicos são escassos. Isso frequentemente resulta em diagnósticos tardios, tornando o tratamento mais desafiador. Segundo a Dra. Gabriela Filgueiras Sales, oncologista do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), sintomas como desconforto ou aumento do abdômen, dificuldade para comer, sensação de estufamento mesmo após refeições leves, micção frequente e ganho de peso inexplicável devem ser observados. "Mudanças nos hábitos intestinais, sangramento vaginal e fadiga incomum também podem ocorrer", acrescenta a Dra. Gabriela.
 

Identificação dos sintomas e fatores de risco 

Como esses sintomas podem ser confundidos com outras condições de saúde, muitas mulheres não suspeitam inicialmente do câncer de ovário, atrasando a busca por ajuda médica. "É crucial consultar um médico se os sintomas persistirem por mais de 15 dias", adverte. Embora não haja um exame específico para rastreamento do câncer de ovário, como o papanicolau para o câncer do colo do útero ou a mamografia para o câncer de mama, a ultrassonografia transvaginal pode fornecer indícios de alterações ovarianas que exigem investigação adicional. 

Além disso, certos grupos têm maior susceptibilidade à doença, como mulheres de idade avançada, que tiveram filhos após os 35 anos, que experimentaram a terapia hormonal após a menopausa ou que têm histórico pessoal de câncer de mama. "Fatores como obesidade, tabagismo, síndromes hereditárias e histórico familiar também aumentam o risco de câncer de ovário", esclarece a oncologista.

Mesmo não sendo possível prevenir totalmente o câncer de ovário, adotar um estilo de vida saudável, combatendo o tabagismo, o sedentarismo e a obesidade, pode reduzir o risco. Além disso, ao identificar sintomas relacionados à doença, é fundamental buscar assistência médica especializada para diagnóstico precoce e tratamento adequado. "Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de cura", conclui a Dra. Gabriela.

Instituto de Oncologia de Sorocaba


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