Maio é reconhecido como o mês dedicado à
conscientização e divulgação de informações sobre a prevenção do câncer de
ovário. Durante este período, diversas campanhas são promovidas com o intuito
de alertar a população sobre esse tipo de tumor, que anualmente afeta mais de
300 mil mulheres em todo o mundo. No Brasil, figura como o oitavo câncer mais
comum, com uma estimativa de 7.310 novos casos por ano, segundo o Instituto
Nacional do Câncer (INCA) para o triênio 2023-2026.
A conscientização sobre a doença, seus fatores de
risco e dos sinais precoces no corpo é de suma importância, uma vez que, nos
estágios iniciais, os sintomas específicos são escassos. Isso frequentemente
resulta em diagnósticos tardios, tornando o tratamento mais desafiador. Segundo
a Dra. Gabriela Filgueiras Sales, oncologista do Instituto de Oncologia de
Sorocaba (IOS), sintomas como desconforto ou aumento do abdômen, dificuldade
para comer, sensação de estufamento mesmo após refeições leves, micção frequente
e ganho de peso inexplicável devem ser observados. "Mudanças nos hábitos
intestinais, sangramento vaginal e fadiga incomum também podem ocorrer",
acrescenta a Dra. Gabriela.
Identificação dos sintomas e fatores de risco
Como esses sintomas podem ser confundidos com
outras condições de saúde, muitas mulheres não suspeitam inicialmente do câncer
de ovário, atrasando a busca por ajuda médica. "É crucial consultar um
médico se os sintomas persistirem por mais de 15 dias", adverte.
Embora não haja um exame específico para rastreamento do câncer de ovário, como
o papanicolau para o câncer do colo do útero ou a mamografia para o câncer de
mama, a ultrassonografia transvaginal pode fornecer indícios de alterações
ovarianas que exigem investigação adicional.
Além disso, certos grupos têm maior
susceptibilidade à doença, como mulheres de idade avançada, que tiveram filhos
após os 35 anos, que experimentaram a terapia hormonal após a menopausa ou que
têm histórico pessoal de câncer de mama. "Fatores como obesidade,
tabagismo, síndromes hereditárias e histórico familiar também aumentam o risco
de câncer de ovário", esclarece a oncologista.
Mesmo não sendo possível prevenir totalmente o
câncer de ovário, adotar um estilo de vida saudável, combatendo o tabagismo, o
sedentarismo e a obesidade, pode reduzir o risco. Além disso, ao identificar
sintomas relacionados à doença, é fundamental buscar assistência médica
especializada para diagnóstico precoce e tratamento adequado. "Quanto mais
cedo o diagnóstico, maiores são as chances de cura", conclui a Dra.
Gabriela.
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