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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Carnaval 2024: não deixe a folia acabar nas mãos de cibercriminosos

Kaspersky oferece dicas para proteger seus dados confidenciais e dinheiro em caso de perda do smartphone

 

De acordo com estimativas, o carnaval de 2024 está previsto para movimentar 654 desfiles de rua em São Paulo e 453 no Rio de janeiro durante três fins de semana de fevereiro. Tanta aglomeração é um risco: no ano passado, apenas na cidade de São Paulo, mais de 4,5 milhões de pessoas curtiram a folia e o resultado foi 3 mil celulares subtraídos por criminosos. Durante esse período é crucial adotar precauções para garantir a segurança dos seus dados. Para isso, a Kaspersky separou algumas dicas essenciais para o que se deve ter atenção antes de ir festejar.

Em período de folia como o carnaval, é comum que as pessoas se levem pela descontração e fiquem mais vulneráveis à furtos, especialmente de smartphones. Com o forte risco, em especial nos bloquinhos de rua, é importante que todos se conscientizem de que os aparelhos móveis possuem muitas informações sensíveis – desde contatos, senhas de e-mail e até os próprios aplicativos de banco.

Para mitigar qualquer problema ou roubo financeiro com o possível furto do celular, a Kaspersky oferece algumas dicas a serem tomadas antes de sair para o carnaval:

  • Utilize senhas e biometria: Já é de praxe, mas é importante se certificar de que seu dispositivo está protegido por senha ou biometria, tanto o celular para o acesso geral quanto o aplicativo de banco – acrescente ainda a verificação em duas etapas, caso o banco disponibilize. Isso dificultará o acesso não autorizado em caso de perda ou roubo.
  • Coloque limites em contas fora de uma rede confiável: na maioria dos aplicativos de banco é possível configurar um limite de gastos fora da sua rede segura – a rede wi-fi que você seleciona como confiável, como a rede residencial. Com um limite em transações, em caso de furto do celular/ cartão e da possibilidade do golpista realizar compras, ele se limitará ao valor máximo selecionado.
  • Saiba qual é o IMEI do seu celular. O identificador global único é um número que pode ser consultado na caixa do celular ou no adesivo em sua bateria. De posse dele, o usuário consegue bloquear o aparelho ligando para a operadora, bem como registrar um boletim de ocorrência. Além disso, esse número também serve para que, caso o celular seja encontrado, a polícia possa devolvê-lo. A maioria deles também possui a função de rastreamento (GPS) do dispositivo, que pode ser configurada previamente e acessada de qualquer computador confiável.
  • Faça backup dos dados: realize backups regulares dos dados importantes do seu dispositivo. Caso ocorra um incidente, você terá a tranquilidade de saber que seus dados estão seguros e acessíveis.
  • Proteja seu dispositivo com uma solução de segurança. Escolha soluções que ofereçam um recurso Antifurto, que protege seus dados contra acesso não autorizado e ajuda a localizar seu dispositivo em caso de perda ou roubo.


O pior aconteceu: furtaram meu celular! O que eu posso fazer agora?

  • Ligue para o seu banco para notificar que o telefone vinculado à sua conta foi roubado e peça o bloqueio de qualquer transação feito por este dispositivo. Repita esse processo para todas as instituições financeiras e comerciais, pois os criminosos podem tentar efetuar compras usando o dispositivo e a conta da vítima.

Você seguiu os passos da Kaspersky para furto de celular, mas não para por aí! Outros cuidados podem ser tomados proteger seu dinheiro e dados pessoais e a Kaspersky te direciona para alguns:

  • Será que tem Wi-Fi gratuito aqui? Caso queira ou precise utilizar um Wi-Fi público, tome cuidado e não utilize páginas web que pedem suas informações ou credenciais. Você não sabe como a página faz a transferência desses dados e, caso ela não esteja protegida, qualquer mal-intencionado conectado na mesma rede sem fio poderá roubar seu login e senha. Para garantir sua segurança, utilize uma Rede Privada Virtual (VPN), como o Kaspersky Secure Connection.
  • Não use a USB público para carregar seu celular. É normal ficar sem bateria ao fim do dia. Se você precisar carregar o dispositivo, leve um carregador portátil ou use a fonte de energia. A conexão via USB, além da função de carregamento, permite a transferência de dados e você nunca saberá se há algum dispositivo conectado do outro lado querendo roubar seus dados.


Cuidados com o cartão. Ao efetuar a compra, preste atenção ao digitar a senha – tampe os números com sua mão livre e verifique se não há ninguém suspeito por perto tentando ver sua senha. Também mantenha o cartão protegido com um porta-cartão ou carteira com bloqueador de NFC para evitar golpes por aproximação.

Para mais informações, acesse o blog da Kaspersky. 

 

Kaspersky
Mais informações no site


Como se tornar um bom líder?


Ser o líder dentro de uma empresa não é uma tarefa fácil e conseguir ser um bom líder é mais difícil ainda. Isso acontece porque o sucesso no exercício da liderança é alcançado na medida em que as pessoas do seu time são bem sucedidas na execução de suas tarefas, ou seja, é importante estar apto para auxiliá-las caso precisem de você.

Estar na posição de liderança exige uma preparação. Não pense que é só chegar e assumir o cargo, colocando uma plaquinha na sua sala, na porta ou na mesa. Liderança não tem a ver com posição, mas com relação. Primeiro de tudo, é fundamental conhecer a empresa, os pontos fortes e fracos, e entender qual é o momento atual, para distinguir o que é preciso fazer para melhorar.

Você deve saber de todos os processos que ocorrem dentro da organização em que trabalha. No entanto, é inviável acompanhar tudo de perto, mas estar por dentro do que acontece ajuda a ter clareza para tomar as decisões para cada situação. Porém, para isso, você vai contar com os colaboradores.

Além de compreender o funcionamento da empresa, você precisa conhecer o seu time: quem são as pessoas que trabalham ali? Quais seus pontos fortes, suas habilidades? Quais funções executam? Elas possuem as ferramentas necessárias para exercerem as atividades solicitadas? Um bom líder faz uma gestão mais próxima para obter essas respostas.

É essencial haver uma troca entre liderança e colaboradores, justamente porque existe a necessidade de delegar tarefas, o que requer a construção de uma relação de confiança. Um comportamento receptivo vai permitir que a equipe se sinta mais confortável e segura para trazer ideias e dar opiniões.

Além disso, é importante que o líder forneça feedbacks regulares, com críticas construtivas, com o objetivo de incentivar e motivar os integrantes da equipe a se empenharem mais. A partir do momento em que todos ouvem e que também são ouvidos, irão trabalhar melhor, apresentando um maior engajamento, o que consequentemente gera melhores resultados.

Essas atitudes são o que separam um líder bom de um líder ruim: ser capaz de alcançar grandes resultados sem deixar de priorizar o bem-estar dos colaboradores. O trabalho em equipe é a peça fundamental para o sucesso da empresa, já que a colaboração possibilita traçar metas e estratégias, para assim alcançar os objetivos desejados.

Estabeleça a direção clara para o time, defina os resultados a serem alcançados e não diga o que tem que fazer, mas forneça os meios para que possam fazer, deixando também com que tenham uma liberdade maior para trabalharem. Acompanhe com frequência todo o progresso das atividades e aprenda em cima dos erros que serão cometidos. Boa liderança!



Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/


Seis formas de melhorar o atendimento aos clientes na saúde com chatbots

Audiência Pública da ANS busca, até fevereiro, soluções para reduzir as reclamações a respeito do serviço


Após observar o aumento de 140% entre 2018 a 2022 no volume de queixas recebidas em seus canais de atendimento, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está com a Consulta Pública 121 aberta para captar contribuições de toda a sociedade, visando promover melhorias nos serviços de atendimento aos clientes a serem empregadas pelas operadoras de planos de saúde e administradoras de benefícios.

No comunicado a respeito da iniciativa, cujo encerramento do prazo para envio de contribuições está marcado para o dia 9 de fevereiro, o órgão explica que a meta é captar sugestões de linhas de ação compatíveis com a visão moderna de fomentar medidas indutoras, sem perder de vista o olhar mais atento para os entes regulados que não estejam atingindo metas definidas pelo órgão regulador em indicador específico ou, ainda que distantes da meta, não apresentam movimento de melhorias.

Neste sentido, Frederico de Souza, Co-fundador e CEO da Botdesigner, healthtech especializada no desenvolvimento de soluções de Chatbots Omnichannel para o setor de saúde, adverte para o potencial oferecido pelos atendentes virtuais de elevar rapidamente tanto a qualidade do atendimento quanto a relação custo/benefício para as empresas do setor.

Ele ressalta que segundo a pesquisa TIC Saúde 2022, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), apenas 22% dos estabelecimentos de saúde no Brasil oferecem o serviço de agendamento de consulta pela internet, por exemplo. “A pequena penetração desta tecnologia certamente contribui para o grande volume de reclamações recebidas”, afirma.

Ele lista seis motivos pelos quais os chamados bots teriam condições de transformar a realidade do atendimento no setor. São eles:


1. Atendimento ao cliente 24 horas

Com um chatbot, clínicas e hospitais podem realizar agendamento de consultas 24 horas por dia, todos os dias do ano. Nunca mais perca uma marcação porque a pessoa interessada entrou em contato fora do horário comercial.


2. Rapidez na marcação de consultas

Pesquisas mostram que a principal razão para os usuários aprovarem o uso de chatbots é a possibilidade de obterem uma resposta rápida. Afinal, não há necessidade de esperar um atendente ficar disponível. Isso também contribui para a melhor experiência do cliente de um modo geral.


3. Diversificação dos canais

Ao oferecer um chatbot para WhatsApp ou site, por exemplo, o estabelecimento de saúde desafoga a demanda pelo atendimento telefônico. Como demonstra a McKinsey, 65% das lideranças conseguiram reduzir o volume de ligações ao implementar tecnologias de autoatendimento nos negócios.


4. Triagem do atendimento

Os contatos que necessitam da participação de um profissional são encaminhados para as pessoas certas pela ferramenta. Isso evita a transferência desnecessária entre ramais, poupando o paciente e o estabelecimento do trabalho extra.


5. Integração do agendamento de consultas

Um bom chatbot para consultórios deve permitir a integração com os principais softwares clínicos e hospitalares do mercado. Assim, todas as consultas são automaticamente salvas no sistema do estabelecimento de saúde.


6. Escalabilidade com redução de custos

A ferramenta consegue aumentar a capacidade de agendamentos médicos sem precisar elevar o número de atendentes ou secretárias. O chatbot, vale destacar, ainda é capaz de atender inúmeros clientes ao mesmo tempo e a qualquer hora do dia.


Todos esses itens estariam em linha com o desejo expresso pela diretora de Fiscalização da ANS, Eliane Medeiros, ao anunciar a audiência pública, que é o de estimular as operadoras a desempenharem, da melhor forma, suas funções no relacionamento com os usuários da saúde suplementar. “Aperfeiçoando os atendimentos e os serviços e seguindo as regras do setor, elas estarão reduzindo o registro de reclamações, entregando eficiência e transformando o ambiente de negócios”, conclui


Botdesigner
Para saber mais, acesse: Link


Carnaval 2024: sucesso dos blocos de rua movimentam a economia do país

Especialista em finanças pessoais explica como  a celebração afeta de
forma positiva as finanças de diversos setores da economia brasileira

 

Em 2024, o Carnaval acontece mais cedo, logo no começo de fevereiro. Por se tratar de um momento de festa que é popular no Brasil, várias pessoas investem altas quantias na folia, seja com fantasias, com viagens para ir a locais famosos por celebrações da data, e também gastando um pouco menos, para acompanhar os blocos de rua que vem ganhando cada vez mais destaque pelo país. Tudo movimenta a economia.

Segundo o especialista em finanças pessoais, João Victorino, o Carnaval é um período bem positivo para a economia do Brasil de forma geral, pois movimenta diversos setores, como o de viagens, o de hotelaria, o de gastronomia, o de entretenimento, entre outros. A prova disso está nas estimativas, como a estabelecida pela prefeitura de Salvador, que acredita que o Carnaval 2024 injetará cerca de R$ 2 bilhões na economia da cidade com a movimentação de mais de 800 mil turistas.

Dados da plataforma de viagens Decolar apontam que a busca por pacotes de viagens para o Carnaval de 2024 aumentou no Brasil, com um crescimento de 114% em comparação com o ano passado. Alguns destinos são os favoritos: Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA). E as cidades da região Nordeste são as que mais se destacam: Porto Seguro (BA), Natal (RN), Fortaleza (CE), Porto de Galinhas (PE), Recife (PE), Maragogi (AL) e João Pessoa (PB).

João também fala de uma outra tendência que vem ganhando força no Carnaval do país, que é a dos blocos de rua, que possuem cada vez mais destaque e investimento. “Esse fenômeno está crescendo com o passar dos anos. Rio de Janeiro e Salvador se tornaram grandes polos do Carnaval e possuem blocos de rua, que são procurados por pessoas do país inteiro e por estrangeiros também. Vemos que está se expandindo para outras cidades, como São Paulo, que cada vez mais investe em uma celebração organizada e que atrai multidões”, afirma.

Dados da Prefeitura de São Paulo indicam que este ano a cidade terá 579 blocos de rua oficiais e a expectativa é de que a festa movimente mais de R$ 3 bilhões, o que irá mobilizar vários trabalhadores. As cidades levam a organização tão a sério, que existe um site - Blocos de Rua - para o cadastro de ambulantes para o Carnaval, onde é possível ter acesso à agenda que consta a programação completa e também a lista de blocos de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis, Recife e Olinda, Brasília, Porto Alegre e Fortaleza.

João também menciona que o período do Carnaval se revela uma oportunidade valiosa para aqueles que têm a possibilidade de alugar apartamentos, casas e quartos para viajantes que buscam aproveitar a data. Nesse momento festivo, muitas pessoas buscam alternativas de hospedagem além dos tradicionais hotéis, optando por espaços mais aconchegantes e personalizados. Essa demanda crescente oferece aos proprietários a chance de obter uma renda extra significativa, aproveitando a alta procura por acomodações temporárias.

Por essa razão, o especialista defende que o Carnaval pode ser vantajoso para as finanças, tanto pessoais quanto do país. “A nossa economia tem mudado rapidamente com essas novas tecnologias, a chamada gig economy movimenta bilhões em entrega de mercadorias, transporte de pessoas, produção de conteúdos e serviços. Uma parte dos trabalhadores desse segmento se dedica a trabalhos temporários, principalmente aqueles focados em eventos. E o Carnaval é um grande evento, que pode ser uma boa oportunidade de reforço de renda das pessoas que já atuam em turismo ou mesmo para os desempregados”, finaliza.



João Victorino - administrador de empresas e especialista em finanças pessoais, formado em Administração de Empresas, tem MBA pela FIA-USP e Especialização em Marketing pela São Paulo Business School. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

 

Solução contra os desastres no Brasil: Reforma Política

Não é de hoje que o Brasil evoca a época das capitanias hereditárias, período em que os donatários e seus familiares possuíam todos os direitos e privilégios enquanto os demais - quase totalidade da população - viviam como vassalos condenados a uma existência de necessidades e modernamente hoje denominados de classe D e E.  É triste, porém verdadeiro. Nossa nação parece sentenciada a assistir sempre à repetição que já nos tirou do mapa do desenvolvimento socioeconômico e humano e nos levou ao atraso de mais de 30 anos. Um ciclo nefasto que somente será rompido com uma ampla e inadiável reforma.

Isso nos remete à histórica frase de Karl Marx, segundo a qual “a história repete-se sempre, pelo menos duas vezes, a primeira como tragédia, a segunda como farsa”. O Brasil de hoje vive uma situação lastreada em mentiras e atos corruptos dos donatários do século XXI.

A se julgar pelo momento que vivemos e pelos sinais do governo que já completa o seu primeiro ano com indicadores das ações prometidas em campanha bem aquém do esperado.  Nenhuma referência a metas de redução de desperdícios e das benesses ou ao combate efetivo da corrupção em todos os níveis, mas sim, no esforço predominante para obter de R$ 160 a R$ 180 bilhões para os gastos extras, ou seja, desconsidera-se que isso significa adquirir mais dívidas bancárias e pagar mais encargos financeiros anuais superiores à 10% a.a.

Além disso, não se firmou qualquer compromisso para a redução do déficit fiscal brasileiro no presente exercício. Observa-se uma descoordenação evidente entre o atual Presidente e o Ministério da Fazenda, caracterizada pela ausência de consenso, divergência de linguagem e os pronunciamentos presidenciais são capazes de desvalorizar os esforços empreendidos pelo Ministro da Fazenda e pelo Congresso Nacional, na busca pela credibilidade do comprometimento coeso e unânime do governo com a disciplina orçamentária.

Pelo contrário. Para acomodar, aglutinar e, claro, recompensar os líderes políticos e partidários, será necessário onerar ainda mais o orçamento, elevando o já gigantesco custo da máquina pública por meio de brutal incremento do número de ministérios, que passaram de 23 para 37 e já em estudos para 38 (Segurança Pública).  Não é demais lembrar, ainda, que o novo governo apoiou e negociou a alteração da Lei das Estatais para permitir que políticos, até então impedidos pela lei vigente, pudessem ser nomeados, e remunerados com os maiores vencimentos do serviço público.

O Brasil caminha por estradas tortuosas há décadas e não tem mais tempo a perder. Somente uma reforma política pode evitar a perpetuação do desastre. É premente rever o instituto da reeleição, proibindo a recondução no Executivo e garantindo um mandato maior do que o atual, de forma a possibilitar a conclusão dos programas de governo. Tornar imprescritíveis os crimes contra a administração pública.

Tal reforma, contudo, não será hábil se não for proibida a formação de chapas para o Senado, para os governos estaduais e para a Presidência da República com familiares dos candidatos figurando como suplentes e vices. É preciso também aumentar o período de quarentena para membros do Judiciário e do Ministério Público que deixam o cargo para se candidatarem a cargos públicos.

Para coibir o “toma-lá-dá-cá” e a “farra dos suplentes”, a reforma poderia limitar (talvez a 10%) a nomeação de parlamentares para Ministérios, Secretarias de Estado ou Secretários de Municípios, ou exigir que parlamentares renunciem aos cargos se quiserem ocupar pastas no Executivo.

A ética e a moralidade recomendam, ainda, que os cargos de diretores e conselheiros de empresas estatais somente possam ser ocupados por ex-presidentes, ex-governadores e ex-prefeitos após o cumprimento de um afastamento de 10 anos, contados do fim do cargo eletivo. Além disso, os membros dos Tribunais de Contas da União, dos Estados e dos Municípios deveriam ser escolhidos exclusivamente por meio de concurso público.

Para aperfeiçoamento da democracia, a reforma deveria abranger a exigência de ficha limpa para os cidadãos que desejem se filiar a algum partido político, condição estendida a candidatos a cargos públicos eletivos do Executivo e do Legislativo.

Um país com falta de recursos para investimento em setores básicos precisa redimensionar os Fundos Partidário e Eleitoral, estabelecendo limites financeiros compatíveis com a realidade da Nação e definindo novos critérios de distribuição, tornando-os mais democráticos e transparentes, ao contrário de hoje, em que os dirigentes de partidos gozam de enorme poder graças à esfera discricionária de distribuição de recursos. O ideal, ainda, seria que coligações e federações partidárias somente fossem homologadas mediante a apresentação de programas de governo e/ou de metas, atualmente ignorados.

Em outra esfera, é necessário também estabelecer limites ao Poder Judiciário, sem tolher sua autonomia constitucional, mas vedando a manifestação fora dos autos e a concessão de entrevistas sobre temas ainda não transitados em julgado, bem como reduzir as decisões monocráticas. Pelo contrário. Ninguém se compromete em acabar com a reeleição nem em combater efetivamente a corrupção, mal antigo que onera e envergonha o país, arruinando o sonho das futuras gerações. A leniência com que a questão é tratada e os maus exemplos transmitem a imagem de que não vale a pena estudar e trabalhar porque o crime compensa.

Não haverá evolução, não existirá aprendizado se o país insistir nos mesmos erros em vez de corrigi-los, e se os brasileiros continuarem acreditando em discursos fáceis e sem profundidade, iludindo-se com a promessa vã de que as soluções para tudo serão trazidas por um ou outro político.

Convém meditarmos sobre o que ensinou o economista e filósofo político norte-americano Thomas Sowell: “Quando as pessoas querem o impossível somente os mentirosos podem satisfazê-las".

 

Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: https://samuelhanan.com.br


Expansão das ciclovias não aumentou o número de ciclistas na capital paulista

 Entre os poucos entrevistados que declararam usar a bicicleta
 como meio de transporte, apenas 13% eram do sexo feminino
 (
foto: Daniel Antônio/Agência FAPESP)
Estudo com 1.500 pessoas mostra que os ciclistas paulistanos são, em sua maioria, homens jovens e fisicamente ativos. Pesquisadores apontam a necessidade de políticas públicas que incentivem o uso de bicicletas por mulheres de meia-idade que moram na periferia

 

 O uso de bicicleta como meio de transporte na cidade de São Paulo tinha prevalência por volta de 5% em 2015, quando um levantamento com 1.500 pessoas foi conduzido por pesquisadores da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Cinco anos depois, a despeito do aumento de 67,7% dos quilômetros de ciclovias e ciclofaixas na capital, a prevalência de ciclistas nessa amostra não sofreu grandes alterações.

Os dados foram divulgados em janeiro na revista científica Preventive Medicine Reports. No artigo, os autores sugerem que, além do investimento em infraestrutura viária, é preciso implementar políticas públicas voltadas a um público que ainda faz pouco uso desse modal: as mulheres.

“Garantir espaço para os ciclistas é só a primeira parte do processo. Os dados mostram que também são necessárias políticas públicas que incentivem o uso de bicicletas. No caso de São Paulo, as políticas precisam ser, sobretudo, voltadas para mulheres, de meia-idade, que moram nas periferias – o perfil que segue sem ter acesso à bicicleta”, afirma Alex Florindo, professor da EACH-USP.

Com apoio da FAPESP, o grupo coordenado por Florindo comparou o uso da bicicleta na cidade em dois períodos: entre os anos de 2014 e 2015 e, depois, entre 2020 e 2021. A partir de uma amostra de quase 1.500 pessoas, os pesquisadores identificaram um perfil muito característico daqueles que usam a bicicleta como meio de transporte: na maioria são homens, mais jovens, mantêm um estilo de vida ativo – fazem atividade física como um hábito de lazer – e possuem bicicleta própria.

“Com esse estudo longitudinal, confirmamos que, além de ser um modal pouco utilizado, homens têm mais chance do que as mulheres de usar bicicleta na cidade de São Paulo. Entre os poucos que declararam usá-la como meio de transporte na nossa pesquisa, apenas 13% eram do sexo feminino”, afirma Margarethe Thaisi Garro Knebel, doutoranda da USP e primeira autora do artigo.

“Vale destacar que um conjunto de estudos realizados em todo o mundo mostra a importância de políticas públicas que valorizem o uso da bicicleta. Isso porque a prática favorece a saúde pública, a igualdade de gênero, o acesso a serviços e cria empregos. Fora o fato de ser um modo de deslocamento energeticamente eficiente e fundamental para descarbonizar o ar”, completa.

O artigo recentemente publicado é fruto do projeto de doutorado de Knebel, que investigou os fatores (individuais, sociais, demográficos e ambientais) determinantes para o uso de bicicletas como meio de transporte em São Paulo. Os pesquisadores estão agora finalizando a terceira etapa da coleta de dados, com informações sobre os anos de 2023 e 2024.

E o lazer?

Em outro estudo publicado na revista Estudos Avançados da USP, o grupo coordenado por Florindo analisou, com base na mesma coorte, como o fato de residir nas proximidades de ciclovias contribui para a prática de atividades físicas no lazer. Os autores também discutem quanto essas práticas podem prevenir doenças graves como a hipertensão arterial e o impacto para a saúde de ter espaços disponíveis no entorno.

Vale destacar que a hipertensão arterial é um dos tipos de doenças cardiovasculares mais prevalentes no Brasil. Segundo dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), o problema atinge 26,3% da população com 18 anos ou mais que vive nas capitais brasileiras e no Distrito Federal.

A partir de entrevistas e de dados de georreferenciamento, os pesquisadores constataram que morar a até um quilometro de distância de ciclovias incentiva a mudança de hábitos para a prática de atividades físicas no lazer.

“O ambiente nas cidades tem forte influência na saúde e no comportamento das pessoas. Ressaltamos que, em cidades como São Paulo, as ciclovias não são utilizadas somente para o uso da bicicleta como transporte, mas também para práticas de exercícios físicos como caminhadas, corridas e o próprio uso da bicicleta como lazer”, destaca Florindo à Agência FAPESP.

O estudo aponta aumento tanto na hipertensão (de 26,2% para 35,6%) quanto na prática de atividade física no lazer (de 36,4% para 47,6%) entre os anos de 2014/2015 e 2020/2021. “Outra constatação é que, embora as ciclovias sejam importantes para as práticas de atividade física no lazer, a maioria dessas estruturas ainda está nas regiões centrais da cidade de São Paulo”, afirma o pesquisador.

“No entanto, todo esse cenário que apresentamos no estudo levou mais uma vez à desigualdade. Mulheres e pessoas menos escolarizadas são os que menos têm acesso às práticas de atividades físicas no lazer e maior prevalência de hipertensão. Isso reforça a ideia de ampliar o acesso a espaços públicos como ciclovias nas periferias, onde vivem pessoas de menor nível socioeconômico. As políticas públicas de promoção desses domínios das atividades físicas precisam ser focadas nesses aspectos”, ressalta.

O artigo A cohort study examining individual factors influencing cycling as a transportation mode in São Paulo, Brazil pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2211335523004266?via%3Dihub.

O artigo Ciclovias, atividade física no lazer e hipertensão arterial: um estudo longitudinal pode ser lido em: www.scielo.br/j/ea/a/57LLbv7L9skPBVLCvLs9vSL/?lang=pt.

 

Maria Fernanda Ziegler
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/expansao-das-ciclovias-nao-aumentou-o-numero-de-ciclistas-na-capital-paulista/50772

 

5 dicas de segurança para proteger sua conta e cartões no Carnaval

Fabiana Saenz, diretora de Inteligência Antifraude do Mercado Pago, orienta foliões sobre os cuidados redobrados durante a maior festa popular do país

 

O Carnaval deve movimentar 9 bilhões de reais neste ano, valor 10% maior se comparado ao mesmo período de 2023, é o que estima a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De fantasia, adereços a alimentos e bebidas, os foliões devem estimular a economia durante o feriadão, mas é preciso tomar alguns cuidados com os pertences, como carteira e aparelho celular. A especialista Fabiana Saenz, diretora de Inteligência Antifraude do Mercado Pago - banco digital oficial do Carnaval de Rua de Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro - listou cinco dicas de como aproveitar a folia com segurança.

 

1.   Cuidado com golpes bancários feitos por ligações e falsos links de promoções

Fique atento ao receber e-mails, SMS, mensagens no WhatsApp e até ligações oferecendo promoções ou afirmando ser de bancos oferecendo vantagens relacionadas à data. "Sempre verifique quem é o remetente da mensagem que recebeu", alerta. Se for uma ligação de um suposto atendente do seu banco, desconfie e desligue, em seguida entre em contato com sua instituição bancária por meio dos canais oficiais para informar a possibilidade de golpe”.

 

2.          Aposte em doleiras e pochetes com zíper e mantenha-as fechadas 

As bolsinhas, pochetes, shoulders bags e doleiras são itens essenciais para levar os seus pertences no Carnaval, os acessórios são indispensáveis quando o assunto é: segurança. “Carregue seus pertences, como celular e carteira em doleiras e pochetes e coloque-as na frente do corpo. Use utensílios para lacrar sua pochete como cadarços com nó ou até um mosquetão - equipamento de segurança formado por um elo de metal com uma parte móvel -, que pode ser facilmente encontrado no Mercado Livre”, orienta Saenz. Existem também carteiras anti roubo, com proteção RFID, ou seja, evita que alguém realize uma transação sem o consentimento do cliente, apenas aproximando o cartão de uma maquininha sem que o dono do cartão perceba. 

 

3.          Leve o celular com todas as funções de segurança ativadas 

O celular já faz parte da rotina e dia a dia dos brasileiros e não deve ficar de fora da folia, afinal, aquela selfie com os amigos não pode faltar. De acordo com pesquisa recente do Mercado Pago, 60% dos brasileiros costuma levar celular aos bloquinhos e 1 a cada 3 usa o aparelho como meio de pagamento. “Os pagamentos digitais são uma facilidade tanto para consumidores como para os ambulantes, pois é rápido e seguro, no entanto, para evitar que acessem seus dados em caso de perda ou roubo é importante usar as funções de segurança disponíveis nos aparelhos, como autenticação em dois fatores, cadastro no programa Celular Seguro e biometria facial usando seu rosto ou digital para ativar o bloqueio do celular”, explica a especialista.  

 

No Mercado Pago, por exemplo, existe a funcionalidade “Pessoa de Confiança”, que permite adicionar outra pessoa à sua conta, possibilitando que ela reporte - como representante do titular - casos de roubo ou perda do celular. Dessa forma, o usuário consegue ter o apoio para bloquear rapidamente a sua conta, impedindo que bandidos façam transações financeiras. “Com o Pessoa de Confiança, o usuário pode convidar o pai, mãe ou cônjuge, por exemplo, para que o ajude a proteger a conta. E em caso de movimentação suspeita ou caso tenha seu telefone furtado ou roubado, essa pessoa pode reportar o problema de forma rápida e fácil através de uma pessoa de sua confiança”, ressalta a diretora de Inteligência Antifraude do Mercado Pago.

 

4.          Cuidado com seu cartão de crédito e débito

Segundo o Serasa, metade dos brasileiro possuem mais de dois cartões de crédito (52% contam com três ou mais cartões). Porém, segundo Fabiana Saenz, no Carnaval uma boa prática é levar apenas o essencial. “Não leve todos os seus cartões com você, escolha apenas um para a folia”, destaca a especialista. Ao usar seu cartão no Carnaval, é importante conferir o valor no visor antes de efetuar o pagamento e sempre confirmar a compra por meio do uso de senha. “Com o grande fluxo de pessoas, recomendamos que os usuários configurem o cartão para pedir senha - mesmo com uso de aproximação (NFC) - para evitar utilização indevida em caso de perda do dispositivo. Outra opção é apostar em cartões físicos, que não tenham informações da conta e do usuário, como nome e número do cartão, diante disso, em caso de perda ou roubo os bandidos não terão acesso aos seus dados. “No Mercado Pago a versão física do cartão não possui informações pessoais impressas para preservar a segurança  do usuário (nome completo, numeração, data de vencimento e código de segurança)”, lembra. 

 

5.          Em caso de perda ou roubo, avise seu banco e as autoridades imediatamente

Ao perceber que perdeu o celular, foi furtado ou vítima de roubo, entre em contato com seu banco via canais de atendimento, que podem ser call centers ou acesso ao internet banking de outro dispositivo/ plataforma para solicitar o bloqueio da conta e cartões. “No Mercado Pago, por exemplo, é possível bloquear a conta por meio do site oficial: https://www.mercadopago.com.br/ ou pedindo que a sua pessoa de confiança realize a denúncia por você, é um processo rápido e seguro”, destaca Fabiana Saenz. 

 

Veja o passo a passo: 

Passo 1: acessar de qualquer dispositivo o site do Mercado Pago 

Passo 2: sem precisar fazer login, você pode reportar a perda ou roubo do celular 

Passo 3: clique em começar para reportar o ocorrido 

Passo 4: coloque o email que utiliza para se logar a conta

Passo 5: escolha o meio de comprovar que a conta pertence à você: reconhecimento facial ou envio de documento ou e-mail validando identidade 

O banco digital também mantém canais de atendimento oficiais, dentro e fora do aplicativo, para eventuais dúvidas e orientações: site (www.mercadopago.com.br/ajuda); botão ‘Ajuda/Fale Conosco’ no aplicativo e site, para contato por chat ou e-mail; ou ainda pelo telefone (0800 637 7246). 

 

O direito de estudar também vale para pessoas com autismo

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Abrindo 2024, o Conselho Nacional de Educação – CNE, apresentou à sociedade o parecer orientador nº 50 que traz o estudo técnico “NORTEAR: Orientações para o Atendimento Educacional ao Estudante com Transtorno do Espectro Autista” endereçado os sistemas municipais, estaduais e federais de ensino, além de setores como judiciário, executivo e legislativo, famílias e pessoas com autismo. O documento pretende tirar o Brasil de um cenário excludente e tem potencial para fazê-lo!

Contando a participação de órgãos de defesa, entidades da sociedade civil, das famílias e de pessoas com autismo durante as reuniões itinerantes, o parecer teve aprovação unânime. Com foco no acesso, permanência, participação e aprendizagem o documento apresenta 5 garantias fundamentais.

A primeira é que ele reforça a importância da atuação conjunta da escola, das famílias, e dos estudantes com autismo para o planejamento educacional e deixa explícito o direito ao Plano de Atendimento Educacional Especializado – PAEE e ao Plano Educacional Individualizado – PEI, sendo o único documento em vigência no Brasil que resguarda o direto ao PEI com base no Comentário nº 04 da ONU.

A segunda é a valorização do processo educativo, reforçando a dispensa do Laudo Médico para a realização do Atendimento Educacional Especializado e a prevalência do cunho educacional na deliberação sobre a retirada de barreiras, o desenho universal e as adaptações razoáveis.

Já a terceira garantia é inédita e aborda a importância de protocolos de conduta para proteção e apoio aos estudantes com autismo na sua diversidade.

Ao tratar sobre as bases para formação dos professores e demais profissionais da educação o documento apresenta uma quarta garantia fundamental e reforça o salto civilizatório de acreditar na ciência neste processo.

Por fim, a quinta garantia é a reafirmação da importância do Direito Humano a Educação com acesso, permanência, participação e aprendizagem para todos, além de avaliação biopsicossocial e valorização da educação como fator de transformação social.

Pautado na perspectiva de um direito humano e fartamente fundamentado nas legislações, o parecer orientador fura a bolha da invisibilidade sendo o primeiro documento com repercussão nacional e que foi organizado e produzido por pessoas diretamente ligadas ao tema do autismo.

Sensível a diversidade do nosso país, o documento reúne especialistas de todas as regiões e de diversas universidades públicas e considera temas como gênero e o autismo em mulheres, primeira infância, raça, localização geográfica e demais fatores que podem alterar a realidade desses alunos.

Há menos de 10 dias para o início das aulas na maioria das redes educacionais no país, e sem qualquer outro documento que hoje garanta as orientações como as contidas no Parecer do CNE, o sentido é de urgência.

Trabalhar pela sua divulgação para que este chegue cada vez mais a todos que dele precisam conhecer e torná-lo efetivo é um compromisso inadiável com o futuro e com a inclusão!

 

Lucelmo Lacerda - doutor em Educação, com Pós-doutorado em Psicologia e pesquisador de Autismo e Inclusão, autor do livro “Crítica à Pseudociência em Educação Especial – Trilhas de uma educação inclusiva baseada em evidências”.

 

Pré-vestibular: professora aponta as vantagens de estudar utilizando estratégias efetivas

Para Dayane Alemar, fundadora da Salinha, uma abordagem estratégica tem o poder de maximizar as chances de aprovação nos mais concorridos processos seletivos

 

Na jornada rumo aos vestibulares, compreender a distinção entre estudar muito e estudar com estratégia surge como um diferencial decisivo. A simples acumulação de horas de estudo cede espaço para uma abordagem mais inteligente, alinhada às particularidades de cada aluno e às exigências específicas de cada prova. 


Priorizando a eficácia sobre a quantidade de aulas

Um dos equívocos comuns entre os estudantes que se preparam para o vestibular é a crença de que assistir a um grande número de aulas é a chave para o sucesso. No entanto, de acordo com a Professora Dayane Alemar, fundadora da Salinha, um curso preparatório pré-vestibular com uma trajetória de sucesso e expertise comprovada, a qualidade do estudo é mais determinante do que a quantidade de horas dedicadas. “Em cursos pré-vestibulares, é crucial priorizar aulas objetivas, focadas nos conteúdos que efetivamente serão cobrados no exame”, revela.

O tempo de treino e fixação do conteúdo apresentado desempenha um papel crucial no processo de aprendizado. “Apenas assistir a aulas pode resultar em uma compreensão superficial dos temas. Portanto, os cursos devem proporcionar um ambiente que estimule a aplicação do conhecimento adquirido, contribuindo para uma aprendizagem mais sólida”, pontua.


Cada aluno é único

Para a especialista, entender que não há uma abordagem única de estudo que sirva para todos os alunos é fundamental. “Cada estudante possui características individuais que influenciam sua forma de aprender. Por isso, oferecer um atendimento personalizado, com testes representacionais e comportamentais, é uma prática essencial para direcionar cada aluno na escolha da melhor estratégia de estudo”, declara.

Segundo Dayane, o primeiro passo para essa personalização é compreender os objetivos do aluno. “Traçar um perfil comportamental e representacional permite que o curso adapte suas metodologias, promovendo um ensino mais eficaz e alinhado com as necessidades de cada estudante”, relata.


Estudo pré-vestibular e ensino médio: conciliando responsabilidades

Alunos que desejam realizar um curso pré-vestibular antes mesmo de concluir o ensino médio enfrentam alguns desafios específicos. “A sobrecarga de matérias pode resultar em uma jornada dupla, prejudicando o desempenho tanto no curso quanto na escola. Nesse contexto, é crucial estabelecer prioridades e buscar uma orientação adequada”, alerta.

A professora acredita que um curso pré-vestibular deve orientar os alunos na escolha de matérias específicas e mais relevantes para o vestibular desejado. “Essa abordagem permite uma preparação mais direcionada, conciliando as obrigações escolares com as demandas do curso preparatório”, pontua.


Considerando as particularidades de cada prova

A fundadora da Salinha revela que cada curso e universidade apresentam características próprias em seus processos seletivos. “O foco do curso preparatório deve ser alinhado aos requisitos específicos da instituição desejada. Por exemplo, se a meta é ingressar em uma universidade federal por meio do ENEM, é necessário compreender quais matérias possuem maior peso nesse exame e adaptar a preparação de acordo com esse planejamento”, declara.


Divisão de tempo, monitoramento e resolução de dúvidas

A gestão eficiente do tempo também é um ponto crucial para o sucesso nos vestibulares. “Uma divisão adequada entre as matérias e a quantificação do rendimento nos estudos possibilitam o estabelecimento de prioridades. Cursos que oferecem plataformas para realização de exercícios, por exemplo, facilitam a avaliação do desempenho dos alunos em cada disciplina, promovendo um direcionamento de estudos mais eficaz. Ao monitorar o progresso do estudante, é possível garantir que todos os passos sejam seguidos corretamente”, relata.

Dayane acredita que o monitoramento de dúvidas, com a participação ativa dos professores na resolução de exercícios, é fundamental para o aprimoramento do raciocínio dos estudantes. “Mesmo aqueles que acertaram todas as questões podem se beneficiar desse processo, compreendendo o raciocínio correto por trás de cada resolução. Ao adotar uma abordagem estratégica, os estudantes maximizam seu potencial e aumentam suas chances de aprovação nos processos seletivos das mais diversas universidades”, finaliza.



Salinha de Dayane Alemar
@profdayanealemar

 

Revisão de norma pelo Ministério do Trabalho pode causar impactos ao setor do comércio atacadista

 

Sociedade civil tem até o dia 9 para enviar sugestões à consulta pública que definirá novo texto da NR-11, que trata de transporte, movimentação e armazenamento de materiais


 
Atenta aos possíveis impactos que o novo texto da Norma Regulamentadora nº11 (NR 11) pode causar ao comércio atacadista, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio SP) está mobilizando as empresas do setor para que façam contribuições à consulta pública aberta pelo Ministério do Trabalho e Emprego.  O prazo para o envio de sugestões termina no dia 9 de fevereiro.
 
Roberto Carlos da Silva, presidente do Conselho do Comércio Atacadista da Entidade, ressalta a necessidade e a importância de as empresas participarem da consulta pública, enviando sugestões que possam contribuir para que o texto contemple a realidade de cada segmento do setor. “Não podemos perder tempo, pois só temos até dia 9 para fazermos as nossas considerações”, alertou o presidente do CCA.
 
A norma estabelece os requisitos de segurança e saúde para trabalhadores envolvidos nas atividades de transporte, movimentação, armazenamento e manuseio de materiais. O Ministério do Trabalho propôs novo texto para a NR e, por meio da consulta pública, pretende coletar sugestões da sociedade.
 
A NR-11 aborda todas as atividades de trabalho em que ocorrem transporte, movimentação, armazenagem de materiais e são utilizados máquinas e equipamentos, como ascensores, elevadores de carga, elevadores de maca, empilhadeiras, guinchos, paleteiras elétricas, entre outros. A norma também estabelece regras relacionadas à capacitação e ao treinamento, além da sinalização de segurança.


 
Adaptação das empresas

De uma maneira geral, um dos pontos sensíveis levantado pela FecomercioSP quanto às adaptações necessárias para o cumprimento das novas regras. Por isso, a Entidade inseriu, por meio da consulta pública, uma sugestão para que a NR-11 estabeleça um prazo de 24 meses para que as empresas façam essas adequações. “Qualquer investimento em engenharia de segurança do trabalho requer planejamento, e não pode ser aplicado e fiscalizado de imediato”, defende Karina Negreli, assessora jurídica da Federação. Por isso, também foi sugerido que, prioritariamente, o Ministério do Trabalho lance mão de ações orientativas das empresas e fiscalização, por meio de produção de guias e cartilhas e treinamentos para que, somente ao fim do prazo de adaptação, o novo texto da NR-11 se torne coercitivo.

As contribuições ao novo texto da NR-11 podem ser feitas no site Participa+Brasil, do Governo Federal. 

As sugestões recebidas serão analisadas pela Secretaria de Inspeção do Trabalho, que elaborará a proposta de texto a ser encaminhada a grupo de trabalho tripartite — formado por representantes do governo, trabalhadores e empregadores — para discussão e aprovação. Quando encerrar a discussão, o grupo encaminhará a proposta de texto final a ser discutida no âmbito da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP).


 
FecomercioSP

Saiba o que é reduflação e como ela afeta o bolso

Educador financeiro Thiago Martello explica a prática e alerta que consumidores precisam ficar atentos ao fazer compras


A palavra “reduflação” pode parecer estranha a muita gente, mas certamente qualquer um já a conferiu na prática. Ela se refere à redução de peso, medida ou unidades em itens da cesta básica, papel higiênico, pasta de dente, sucos e vários outros produtos e é uma tática do mercado para evitar o aumento de preços.

De acordo com Thiago Martello, fundador da Martello EF, empresa que abocanhou investidores no programa Shark Tank Brasil ao oferecer uma metodologia própria, empresas de todo o mundo praticam reduflação em diversos momentos, especialmente quando o poder de compra da população está menor.

“Quando a inflação está alta e o poder de compra diminui, uma alternativa para a empresa não aumentar o preço de um chocolate, por exemplo, é diminuir seu peso. Dessa forma, o consumidor paga o mesmo, só que por um produto menor”, explica. 

Legalmente, a medida é aceita, desde que a redução de tamanho, peso ou quantidade esteja clara na embalagem do produto. O consumidor, porém, precisa estar atento para que esse tipo de prática não afete seu bolso.

“Normalmente, consumidores tendem a observar mais um aumento de preços do que uma diminuição de tamanho, mas se a quantidade diminui, pode ser que aquele mesmo produto não seja suficiente para o consumo da família, que tende a realizar uma nova compra, onerando as contas. Nestes casos, é importante avaliar se não é mais vantajoso mudar de marca em alguns casos”, orienta Thiago. 

O especialista também avalia que uma vez reduzidos os tamanhos, é normal que, mesmo que a inflação diminua e o poder de compra aumente, as marcas permaneçam com os produtos em versão “reduzida” nas prateleiras e com o mesmo valor. “O que elas fazem, neste caso, é lançar uma nova versão maior, com um novo preço”, diz. “Ou seja, mesmo com menos inflação, o preço do produto antigo não cai e entra um produto novo mais caro. É importante que o consumidor esteja atento a essas artimanhas e sempre compare os preços ao comprar”, alerta. 

 

Thiago Martello - Educador Financeiro, fundador da Martello Educação Financeira, agente autônomo de Investimentos pela CVM, e em Investimentos ANBIMA, corretor de Vida e Previdência pela Susep. Embaixador da APOEF (Associação de Profissionais, Orientadores e Educadores em Finanças). Thiago começou a lidar com educação financeira na prática aos nove anos de idade, ao iniciar seu primeiro empreendimento vendendo balas em semáforos da zona leste de São Paulo. De lá para cá, venceu uma série de desafios. Ele se tornou bacharel em Administração e pós-graduado em Gestão Financeira pela FGV, passou a empreender através da Martello Educação Financeira, atendeu mais de 1.000 pessoas com base na metodologia DESPLANILHE-SE, e se tornou autor do livro que leva o mesmo nome. Thiago Martello também participou da versão brasileira do Shark Tank Brasil, o maior programa de empreendedorismo do mundo. Atualmente, ele fala semanalmente, como especialista, para vários veículos da imprensa, entre eles: O Globo, Estadão, Folha de São Paulo, Jovem PAN, CNN e outros. Para saber mais, acesse o site.

Martello Educação Financeira
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