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segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Dicas de como dirigir na chuva para garantir uma viagem mais segura

O usuário ao adotar medidas preventivas como diminuir velocidade, verificar pneus e freios, contribui com a segurança viária


Verão em São Paulo é sinal de chuva e, neste ano, as previsões, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), são de precipitações acima da média, além de temperaturas elevadas em todo o país. Por isso, a ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) em parceria com as 20 concessionárias e a Defesa Civil, orientam os condutores em como redobrar os cuidados ao dirigir em dias de chuva e tempestades nas rodovias, especialmente no período das viagens de  férias. 

 

Uma das ações desenvolvidas especialmente para esse período é a Campanha SP Sempre Alerta, coordenada pela Defesa Civil, que contará com a exibição de mensagens de conscientização nos mais de 400 Painéis de Mensagens Variáveis (PMV) espalhados pelos 11,1 mil quilômetros de rodovias concedidas do Estado de São Paulo. 

 

O objetivo é garantir uma viagem mais segura durante as chuvas de verão. Confira as mensagens:

 

Tempestades com raios

Proteja-se imediatamente

SP Sempre Alerta

 

Ao menor sinal de deslizamentos

Procure um local seguro

SP Sempre Alerta

 

Evite atravessar áreas alagadas

SP Sempre Alerta

 

“A Agência reforça o compromisso com a segurança viária e encoraja todos os motoristas a seguir estas recomendações. A vida e a segurança de cada um na estrada são prioridades inegociáveis para nós”, destaca Milton Persoli, diretor geral da ARTESP.

 

Para garantir uma viagem mais segura, a ARTESP preparou dicas para o motorista seguir e evitar percalços durante o trajeto:

 

1. Reduza a velocidade: A pista molhada aumenta a distância de frenagem do veículo. Desta forma, o condutor precisará de mais mais tempo para reagir às situações de emergência no caminho, essa é uma medida importante para garantir a segurança dos motoristas em dias de chuva.

   

2. Procure um local seguro: Caso a visibilidade na rodovia esteja ruim, busque um lugar seguro e iluminado para estacionar o veículo, como um posto de gasolina ou um posto de Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) até a chuva passar. Parar no acostamento pode confundir os outros motoristas e ocasionar acidentes.

 

3. Evite vias alagadas: Essas áreas podem esconder obstáculos que podem danificar o veículo. 

 

4. Sinalize emergências: Se o carro apresentar algum problema, como a quebra do para-brisa, é importante que o motorista indique ligando as luzes de emergência e colocando as sinalizações de segurança ao redor do veículo.

 

5. Evite distrações: Em condições de chuva e tempestades, é importante evitar desatenção ao volante, como o uso do celular, cigarro ou mexer no rádio para estar ciente dos perigos ao redor e possa reagir rapidamente, caso eles apareçam.

 

6. Mantenha distância dos demais veículos: Manter distância segura de outros veículos na rodovia, especialmente em condições climáticas adversas ajuda o motorista a identificar situações inesperadas. A cada 20 km/h de velocidade, o motorista deve manter a distância equivalente a um veículo. Assim, se a velocidade for de 100 km/h, a distância do carro da frente deve ser de cinco veículos.  

 

7. Verifique as condições dos pneus: Essa é uma parte importante que garante a segurança do veículo em condições de chuva. Por isso é importante verificar se estão em boas condições e devidamente calibrados. Se o motorista abusar da velocidade sobre as finas camadas de água formadas sobre as pistas, os pneus perdem a aderência com a pista e o veículo pode vir a escorregar. Para ter certeza sobre a confiabilidade dos pneus, verifique se as ranhuras possuem, no mínimo, 1,6 mm de profundidade. 

 

8. Acenda as luzes do veículo: É importante manter os faróis acesos durante a condução, mesmo durante o dia, isso torna o veículo mais visível para outros motoristas na estrada. Ao acionar a luz baixa, o ofuscamento dos veículos que trafegam no sentido oposto, é reduzido.

 

9. Evite manobras bruscas: Em condições de chuva e tempestades, manobras bruscas, como frear ou acelerar repentinamente, podem causar derrapagens. 

 

10. Sempre sinalize mudança de faixa: Verifique se há espaço suficiente para realizar a manobra e sinalize com antecedência a mudança de faixa. Lembre-se: sinalizar a mudança indica a intenção do motorista, a preferência é de quem já está na faixa de destino.

 

11. Manutenção dos freios: Cuidados com o carro são essenciais e ajudam a manter a sua segurança. Por isso, realizar a manutenção dos itens de segurança do veículo, inclusive dos freios, pois a pista pode estar escorregadia e com menos aderência.

 

12. Se beber, não dirija: O álcool reduz a capacidade de reação do motorista, por isso, não consuma álcool.



Não execução do plano de negócios pode causar anulação de visto para imigrantes nos EUA

Segundo Daniel Toledo, advogado especialista em Direito Internacional, garantir o cumprimento dos requisitos estabelecidos é fundamental para a manutenção de um Green Card


Uma preocupação recente cresce entre brasileiros que se mudaram para os Estados Unidos após receberem um Green Card, sobretudo aqueles que o obtiveram por meio de vistos de trabalho e investimento, como o EB-2. O motivo é a possibilidade de revogação do documento devido à não execução do plano de negócios declarado durante o processo de solicitação.

A pandemia da COVID-19 causou uma série de desafios imprevistos para imigrantes brasileiros nos EUA. Com as restrições, interrupções nos negócios e dificuldades financeiras resultantes do cenário pandêmico, muitos passaram a buscar empregos alternativos para garantir sua estabilidade.


Alerta legal: a possível revogação do visto devido à não execução do Business Plan

Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, compartilhou um relato alarmante de um cliente que recebeu uma solicitação do USCIS, a agência de imigração dos EUA. “A RFE - Request for Evidente exigia uma comprovação de elementos do plano de negócios apresentado durante o processo de obtenção do visto”, relata.

No entanto, o indivíduo em questão não havia conseguido seguir o Business Plan devido à mudança de circunstâncias, especialmente decorrentes da pandemia. “O não cumprimento das diretrizes do plano, como investimentos específicos e criação de empregos nos EUA, leva o governo americano a considerar a revogação do Green Card e anulação do visto previamente concedido”, alerta.


Obrigações dos vistos que concedem Green Cards

O Green Card, como autorização de residência permanente nos EUA, impõe obrigações aos beneficiários, principalmente quando adquirido por meio de vistos baseados em investimentos. 

De acordo com o especialista, o plano de negócios apresentado durante o processo de solicitação do visto precisa ser seguido rigorosamente, tendo em vista que a não execução pode resultar em sérias repercussões para o imigrante afetado. “A possibilidade de deportação é uma das consequências mais severas desse cenário, tornando crucial a atenção aos termos e condições estabelecidos durante o processo de obtenção do visto”, pontua.

A situação descrita enfatiza a importância de seguir à risca o Business Plan acordado durante o processo de solicitação de vistos que autorizem a residência permanente no país. “Os imigrantes precisam estar cientes das obrigações impostas e buscarem orientação legal para garantir o cumprimento dos requisitos estabelecidos, mantendo seu status legal nos Estados Unidos”, finaliza.

 

Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse o site. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 200 mil seguidores com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR e professor da PUC Minas Gerais do primeiro curso de pós graduação em Direito Internacional, com foco em Imigração para os Estados Unidos



Toledo e Advogados Associados
Para mais informações, acesse o site

Estratégias para lidar com o estresse e a pressão no ambiente de trabalho

Fazer o que gosta e não esquecer dos momentos de lazer estão entre as dicas da advogada Adriana Belintani, especialista em saúde mental, para ter mais qualidade de vida

 

Se você é uma das pessoas que não ganhou na Mega-Sena da Virada e teve que voltar ao trabalho, muitas vezes estressante, é bom conferir essas dicas. Brincadeiras à parte, no mundo acelerado de hoje, o estresse e a pressão no ambiente de trabalho tornaram-se desafios significativos para profissionais de todas as áreas.

Um estudo da Atticus, empresa americana de advocacia, que apoia pessoas a buscar ajuda do governo e de seguros, as maiores lesões no local de trabalho (52%) estão relacionadas ao estresse e à ansiedade. Os problemas de saúde mental, segundo esse estudo, são dez vezes mais comuns em relação ao trabalho do que à exposição a produtos químicos, e 8,6 vezes mais comuns do que lesões na cabeça.

Apesar das dificuldades, a advogada Adriana Belintani, especialista em saúde mental, diz que, mesmo com os problemas, a vida é para ser vivida de forma leve.

“Para enfrentar os desafios, temos que nos priorizar, não esquecer do lazer, ter horas de descanso, não deixar de fazer o que se gosta e valorizar nossos hobbies”, aconselha a profissional.

A especialista afirma que as cobranças, em qualquer tipo de trabalho, são normais e até necessárias, para que possamos crescer pessoal e profissionalmente. O perigo, segundo ela, é quando o ambiente de trabalho se torna competitivo demais.

“O ideal é que possamos identificar quando a competição está sendo estimulada de alguma forma, mesmo pela liderança, para que seja produzido um maior resultado. Identificar esse ambiente e dialogar com a liderança é fundamental para que haja um ambiente de trabalho sadio. Aliás, é um dever legal da empresa manter um ambiente sadio para o trabalhador”, alerta Belintani.

Outra dica importante é saber o limite das cobranças. De acordo com a advogada, metas realistas promovem um senso de realização e motivam os funcionários a alcançarem seus objetivos de maneira sustentável. Por outro lado, metas inalcançáveis e que nunca serão entregues são adoecedoras. 

“O limite é quando as cobranças começam a afetar a execução do trabalho. Quando elas se tornam excessivas, a ponto de impactar na tranquilidade, no sono e na saúde mental do trabalhador”, finaliza.

 

Adriana Belintani - Advogada especialista em saúde mental com mais de 20 anos de atuação nas áreas trabalhista e previdenciária. Com escritório sediado em Pindamonhangaba, interior de São Paulo, Belintani tem clientes em todo o Brasil e atende, principalmente, processos de trabalhadores que desenvolveram alguma doença referente à saúde mental por conta do trabalho, tiveram algum acidente na empresa ou doença ocupacional. A profissional ainda atua fortemente na divulgação e no esclarecimento dos motivos que levam as pessoas a adoecerem no ambiente do trabalho.


Aplicação da RN 593 da ANS exige revisão interna e treinamento, orienta IBDSS

A aplicação da Resolução Normativa ANS 593/2023 - que valerá a partir de abril deste ano - exige importante revisão de procedimentos internos e treinamentos para evitar atritos com usuários, reclamações na agência de saúde suplementar, sanções administrativas e demandas judiciais. A orientação é do advogado e presidente do IBDSS – Instituto Brasileiro de Direito da Saúde Suplementar, José Luiz Toro da Silva. Ele explica que a norma publicada pouco antes do Natal de 2023 cancela regras que vigoram desde 2015 e que ainda devem ser aplicadas nos primeiros três meses deste ano. A medida dispõe sobre a notificação por inadimplência à pessoa natural contratante de plano privado de assistência à saúde e ao beneficiário que pagam a mensalidade do plano coletivo diretamente à operadora. Compreende um movimento que se insere na rotina operacional de 678 operadoras de planos de assistência médica que atendem 50,9 milhões de pessoas e 237 operadores exclusivamente para serviços odontológicos que atendem 32,2 milhões de usuários. A medida abrange ainda as autogestões, as administradoras de benefícios e ex-empregados em exercício do direito previsto em lei. 

- Há dezenas de milhares de profissionais que hoje se valem de programas de gestão para cuidar do dia a dia desse relacionamento, num ambiente que se encontra tensionado por sucessivas mudanças nas regras – como a questão do rol de procedimentos -, disputas judiciais e os reajustes anuais. O dia D precisará estar muito bem-preparado para mitigar da melhor maneira possível os riscos envolvidos.

 

O IBDSS destaca os aspectos mais relevantes da norma: 

- Deixa evidenciada a obrigatoriedade da notificação por inadimplência até o quinquagésimo dia do não pagamento como pré-requisito para a exclusão do beneficiário ou a suspensão ou rescisão unilateral do contrato por iniciativa da operadora, motivada por inadimplência, sendo que será considerada válida a notificação recebida após o quinquagésimo dia de inadimplência se for garantido, pela operadora, o prazo de 10 dias, contados da notificação, para que seja efetuado o pagamento do débito. 

- Para que haja a exclusão do beneficiário ou a suspensão ou a rescisão unilateral do contrato por inadimplência, deve haver, no mínimo, duas mensalidades não pagas, consecutivas ou não, no período de 12 meses. 

- Caberá à operadora a comprovação inequívoca da notificação sobre a situação de inadimplência, demonstrando a data da notificação da pessoa natural a ser notificada, estabelecendo a norma,  em seu artigo 8º., os meios de notificação por inadimplência: correio eletrônico (e-mail) com certificado digital e com confirmação de leitura; mensagem de texto para telefones celulares (SMS); mensagem em aplicativo de dispositivos móveis que permita a troca de mensagens criptografadas; ligação telefônica gravada, de forma pessoal ou pelo sistema URA (unidade de resposta audível), com confirmação de dados pelo interlocutor; carta, com aviso de recebimento (AR) dos correios, não sendo necessária a assinatura da pessoa natural a ser notificada; ou preposto da operadora, com comprovante de recebimento assinado pela pessoa natural a ser notificada. 

- Após esgotadas as tentativas de notificação por todos os meios previstos, a operadora poderá suspender ou rescindir unilateralmente o contrato por inadimplência, decorridos 10 dias da última tentativa, desde que comprove que tentou notificar por todos esses meios. 

- A notificação por inadimplência poderá ser feita em área restrita da página institucional da operadora na Internet e/ou por meio de aplicativo da operadora para dispositivos móveis, desde que a notificação somente seja acessível por meio de login e senha pessoais. 

- Caso a inadimplência ou o valor do débito seja questionado à operadora pela pessoa natural a ser notificada dentro do prazo de 10 dias ininterruptos, a operadora deverá responder o questionamento concedendo novo prazo de 10 dias para o pagamento do débito em aberto, se houver, bem como ocorrendo negociação ou parcelamento do débito em aberto, não será mais possível a exclusão do beneficiário ou suspensão ou rescisão unilateral do contrato por iniciativa da operadora por motivo de inadimplência para esse débito negociado. 

- A operadora deverá realizar a notificação por inadimplência toda vez que houver a possibilidade de exclusão do beneficiário ou suspensão ou rescisão unilateral do contrato por motivo de inadimplência, ainda que tenham sido promovidas notificações em situações semelhantes envolvendo a mesma pessoa natural e o mesmo contrato. 

- Os contratos que vierem a ser celebrados a partir de 01 de abril de 2024 deverão prever todos os meios de notificação por inadimplência previstos na RN ora mencionada e outros que vierem a ser a ela incorporados, devendo informar à pessoa natural a ser notificada sobre a necessidade de manter suas informações cadastrais atualizadas, devendo promover ampla divulgação de tal condição, no mínimo, em sua página na internet. 

- Para os contratos firmados antes da vigência da RN 593, a notificação por inadimplência deve ser realizada conforme disposto contratualmente, podendo a operadora aditar o contrato para prever todos os meios de notificação previstos na regulamentação, porém se não aditado, a operadora poderá utilizar os meios supramencionados, que somente serão considerados válidos para os devidos fins, se a pessoa natural a ser notificada responder à notificação confirmando a sua ciência. 

- A norma também estabelece o conteúdo da notificação por inadimplemento, esclarecendo que serão admitidas outras informações, tais como as possibilidades de inscrição do devedor em cadastros restritivos de crédito e de cobrança de dívida e da possibilidade de  imputação de novas contagens de carência e de cobertura parcial temporária, desde que sejam factíveis, não se apresentem em número excessivo ou em linguagem técnica e complexa que possa confundir ou desvirtuar o escopo da notificação, e não denotem um tom de constrangimento ou ameaça. 

- Na cobrança de mensalidades em atraso, poderá ser imputada multa de, no máximo, 2% (dois por cento) sobre o valor do débito em atraso e/ou juros de mora de, no máximo, 1% (um por cento) ao mês (0,033 ao dia) pelos dias de atraso, sem prejuízo de correção monetária, desde que previstos em contrato. 

- A norma também menciona que nos casos de rescisão por fraude, poderão ser observados os meios de notificação previstos na presente norma, bem como que a exclusão de beneficiário de contrato coletivo empresarial ou por adesão, por motivo de inadimplemento, somente poderá ocorrer se houver previsão contratual expressa e anuência da pessoa jurídica contratante. 

- Durante a internação de qualquer beneficiário, titular o dependente, é vedada, por qualquer motivo, a suspensão ou a rescisão unilateral do contrato da pessoa natural contratante por iniciativa da operadora ou a exclusão do beneficiário que pagam a mensalidade do plano coletivo diretamente à operadora. 

- A norma alterou o tipo infracional descrito no artigo 106 da RN n. 489, de 2022, para também incluir exclusão de beneficiário de plano coletivo empresarial ou coletivo por adesão em desacordo com a lei e sua regulamentação, pois a redação anterior somente tratava do contrato individual ou familiar.

 

Nova metodologia projeta crescimento de árvores nativas, elevando rentabilidade de restauração florestal

 

Estudo criou modelo que projeta o tempo de crescimento
de espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica até
 que obtenham "maturidade" necessária para atender
 à indústria madeireira
foto: Pedro Brancalion/Lastrop-USP

Pesquisa usou como base dados de 13 áreas de recuperação ecológica na Mata Atlântica e dez espécies de interesse da indústria madeireira; resultado é publicado em meio à Década da Restauração da ONU

 

 O tema da restauração florestal tem ganhado destaque nos últimos anos tanto na iniciativa privada e no mercado financeiro como na academia e entre governos, principalmente no caso do Brasil, que assumiu o compromisso, desde o Acordo de Paris, em 2015, de recuperar com floresta nativa 12 milhões de hectares, ou seja, praticamente o equivalente ao território da Coreia do Norte. No entanto, as iniciativas ainda dependem do caro processo de plantio de árvores e padecem com a falta de dados sobre o crescimento das espécies e do total de áreas recuperadas.

Pesquisa publicada na revista científica Perspectives in Ecology and Conservation contribui com o avanço do setor. Mostra que a aplicação de métodos silviculturais em projetos de restauração florestal em larga escala pode aumentar a produtividade e a rentabilidade, viabilizando o abastecimento da indústria madeireira e reduzindo a pressão sobre os biomas naturais, como a Amazônia.

Os cientistas concluíram que, para alcançar alta produtividade, as cadeias de valor da restauração devem incorporar critérios específicos envolvendo uma combinação de espécies nativas; modelos de crescimento das árvores que permitam montar os planos de manejo e colheita com prazos mais curtos; bem como aliar o desenvolvimento de pesquisa e inovação a tratamentos silviculturais.

Liderado pelo engenheiro florestal Pedro Medrado Krainovic, o estudo criou um modelo que projeta o tempo de crescimento de espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica até que elas obtenham "maturidade" necessária para atender à indústria madeireira. Normalmente, as taxas de crescimento para comercialização são definidas de acordo com o tempo que a árvore leva até atingir 35 centímetros de diâmetro.

Com o novo método, os pesquisadores obtiveram uma redução de 25% no tempo de colheita e um aumento de 38% da área basal das árvores. Isso representou uma antecipação média de 13 anos na idade ideal do corte.

“Identificamos os padrões de produtividade versus tempo, o que fornece o indicativo de quando uma dada espécie pode ser manejada para obtenção de madeira para o mercado. Isso ajuda a dar viabilidade à restauração florestal em larga escala, melhorando sua atratividade para proprietários de terra e indo ao encontro dos acordos globais pró-clima. Com base nos nossos dados, projetamos um cenário em que o conhecimento silvicultural estaria melhorado, proporcionando uma restauração mais atrativa para as múltiplas partes interessadas“, diz Krainovic, que desenvolveu o trabalho durante seu pós-doutorado no Laboratório de Silvicultura Tropical (Lastrop) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, vinculada à Universidade de São Paulo (Esalq-USP).

projeto foi conduzido no âmbito do Programa BIOTA-FAPESP. Também recebeu apoio por meio de outros quatro projetos, entre eles o Temático “Compreendendo florestas restauradas para o benefício das pessoas e da natureza – NewFor“ e as bolsas de estudo concedidas aos pesquisadores Danilo Roberti de Almeida (18/21338-3), Catherine Torres de Almeida (20/06734-0) e Angélica Faria de Resende (19/24049-5), coautores do artigo.

O trabalho foi supervisionado pelos pesquisadores Ricardo Ribeiro Rodrigues, do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (Lerf), e Pedro Brancalion, vinculado ao Lastrop e ao projeto BIOTA Síntese.


Contexto

Mesmo tendo sido eleita pelas Nações Unidas (ONU) em 2022 como uma das dez referências mundiais em restauração, a Mata Atlântica é o bioma brasileiro que mais perdeu área florestal até hoje. Dos cerca de 140 milhões de hectares no Brasil, restam 24% de cobertura florestal. Desse total, somente 12% correspondem a florestas bem conservadas (cerca de 16,3 milhões de hectares), segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica.

Porém, os esforços para conter o desmatamento vêm conseguindo resultados positivos – queda de 42% entre janeiro e maio de 2023 em relação a 2022 (de 12.166 hectares devastados para 7.088 hectares) –, além de as ações de restauração terem surtido efeito. Em 2021, a ONU estabeleceu até 2030 a Década da Restauração de Ecossistemas, um apelo para a proteção e revitalização dos ecossistemas em todo o mundo, para o benefício das pessoas e da natureza.

“A restauração precisa ter mais dados que tragam horizontes favoráveis de uso do solo. Para uma política pública, é preciso ter mais informações que suportem as tomadas de decisão. E esse artigo serve de várias formas, inclusive com uma lista de espécies que pode oferecer subsídios para o proprietário de terra. Abre uma porta para o enriquecimento de restauração florestal com finalidade econômica, mais atrativa e atingindo múltiplos objetivos, como devolver serviços ecossistêmicos a determinadas áreas”, explica Krainovic.

Os resultados do estudo devem alimentar o programa Refloresta-SP, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado, que tem, entre seus objetivos, a restauração ecológica, a recuperação de áreas degradadas e a implantação de florestas multifuncionais e de sistemas agroflorestais.

Krainovic morou por 12 anos na Amazônia e trabalhou não só em projetos de recuperação de áreas degradadas usando espécies arbóreas com potencial econômico como em cadeias produtivas de produtos florestais não madeireiros que abastecem a indústria de cosméticos, como sementes, óleos essenciais e manteigas. "Um diferencial da minha trajetória é não ter ficado somente na academia. Conheço como são as empresas, a interface com os povos tradicionais nessas cadeias produtivas e a área acadêmica", completa.


Passo a passo

O estudo analisou uma cronossequência de 13 áreas de restauração florestal não manejada distribuídas pelo Estado de São Paulo, que se encontravam em diferentes estágios – entre seis e 96 anos de plantio. Essas regiões têm uma mistura diversificada de espécies nativas – entre 30 e 100 –, o que contribui para a promoção de serviços ecossistêmicos com características semelhantes às da floresta espontânea.

Os cientistas escolheram dez espécies arbóreas nativas comerciais, com diferentes densidades de madeira e historicamente exploradas pelo mercado. São elas: guatambu (Balfourodendron riedelianum); jequitibá-rosa (Cariniana legalis); cedro-rosa (Cedrela fissilis); araribá (Centrolobium tomentosum); guarantã (Esenbeckia leiocarpa); jatobá (Hymenaea courbaril); acácia-amarela (Peltophorum dubium); ipê-roxo (Handroanthus impetiginosus); aroeira (Astronium graveolens) e pau-vermelho ou cabreúva (Myroxylon peruiferum).

Atualmente, a maioria dessas espécies é protegida por lei e não pode ser vendida legalmente porque são endêmicas da Mata Atlântica e do Cerrado e estão ameaçadas de extinção. No entanto, algumas, como jatobá e ipê-roxo, ainda são exploradas na Amazônia.

Para cada uma delas foram desenvolvidos modelos de crescimento, com base nos dados coletados nos plantios. Com as curvas de crescimento foi aplicado o método GOL (sigla em inglês para Growth-Oriented Logging), para determinação de critérios técnicos de manejo, incluindo um cenário otimizado focado na produção de madeira.

Após testes iniciais, os pesquisadores modelaram o crescimento do diâmetro e da área basal de cada espécie selecionada ao longo da cronossequência. Foram construídos cenários de produtividade usando os 30% maiores valores de diâmetro encontrados para cada espécie por local e idade, o “cenário otimizado”, que representa a aplicação de tratos silviculturais, proporcionando maior produtividade.

As espécies foram classificadas usando o tempo necessário para atingir os 35 centímetros de diâmetro para a colheita em três faixas: crescimento rápido (menos de 50 anos), intermediário (50-70 anos) e lento (maior que 70 anos). Ao aplicar a abordagem GOL, foram agrupadas em taxa de crescimento rápida (menor que 25 anos); intermediária (25-50 anos); lenta (50-75 anos) e superlenta (75-100 anos).

O cenário otimizado teve o tempo de colheita reduzido em 25%, representando uma antecipação média de 13 anos na idade ideal de colheita.

As exceções foram o jequitibá-rosa e o jatobá, que apresentaram seu período ideal de colheita prolongado, mas a área basal aumentou mais de 50%. Por outro lado, o cedro-rosa teve redução de 36,6% na área basal de colheita (646,6 cm2/árvore), mas uma antecipação de 47 anos em tempo de colheita (51% mais rápido que o GOL).

No total, nove das dez espécies atingiram diâmetro de 35 cm antes dos 60 anos – a exceção foi o guarantã, com alta densidade de madeira.

O estudo Potential native timber production in tropical forest restoration plantations pode ser encontrado em: www.perspectecolconserv.com/en-potential-native-timber-production-in-avance-S2530064423000640.



Luciana Constantino
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/nova-metodologia-projeta-crescimento-de-arvores-nativas-elevando-rentabilidade-de-restauracao-florestal/50573


O que esperar da influência digital em 2024?

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A influência digital está consolidada como carreira. Em 2024, o mercado vai exigir que os criadores de conteúdo tenham visão de futuro, conhecimento e uma capacidade de reinvenção

 

O número de pessoas que vivem da internet tem crescido nos últimos anos. Seja mostrando o seu dia a dia ou criando conteúdo especializado, as profissões digitais ganham cada vez mais espaço no mercado de trabalho.

Segundo a Nielsen, o Brasil acumula mais de 10,5 milhões de influencers com cerca de mil seguidores no Instagram, o que coloca o país como líder mundial de influenciadores digitais na plataforma. Já outros 500 mil criadores de conteúdo digital têm perfis com mais de 10 mil seguidores. Ao considerar Instagram, YouTube e TikTok, o país continua entre os líderes como terceiro no ranking.

Existem alguns fatores importantes para que o público seja atraído para um perfil. O relatório Influenciadores Digitais 2023, feito pela Opinion Box e Influency.me, mostra que o conteúdo apresentado é fundamental para fidelizar os seguidores. Gostar do assunto abordado pelo influencer é a primeira opção para 69% do público. Em segundo lugar está a simpatia e o carisma, motivo para dar follow para 48% dos entrevistados.

Assim como há motivos para seguir, há também as razões que fazem muitos deixarem de seguir um influencer nas redes sociais. O mesmo material mostra que a perda de qualidade do conteúdo pode fazer com que 54% do público dê unfollow no influenciador.

Em segundo lugar, as opiniões, uma vez que 43% do público afirmou deixar de seguir quem tem um posicionamento diferente do dele. Hoje, muitos influenciadores usam o potencial do perfil para divulgar marcas. Porém, 35% dos seguidores disseram que muita propaganda é motivo para unfollow.

"Assistiremos juntos a uma expansão e fortalecimento do mercado em 2024. A entrada de novos rostos que com talento diferenciado terão seu lugar no digital - com maior valorização da comunidade e influência da ESG versus o número de seguidores", antecipa Marcela Raposo, consultora da PubliReview.

Com base nessas considerações, veja o que Marcela acredita que deve nortear a criação de conteúdo digital em 2024:


CO-INFLUENCING

O ano de 2023 foi marcado pelo co-branding (colaboração entre marcas), em 2024 podemos esperar por uma alta expressiva da colaboração entre influenciadores. Na prática, isso vai desde postagens compartilhadas até a participação em iniciativas de outros influenciadores, em um movimento que beneficia as duas partes. Ou seja, os influenciadores estarão menos no espírito da competição e mais no da colaboração.

MAIS CONHECIMENTO, MENOS ENTRETENIMENTO

A geração Z, formada pelos jovens que nasceram de 1997 em diante, gasta proporcionalmente uma fatia menor de sua renda com entretenimento do que os mais velhos. O levantamento divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, com base nas estatísticas de trabalho e renda dos Estados Unidos, mostra que em 2021 esses jovens gastaram US$ 41.636 (R$ 214.930) – menos do que todos os outros grupos de idade.

Por isso, em 2024, os olhos e desejos de consumo estarão voltados também para o conhecimento e aprendizado. Criadores de conteúdo dispostos a ensinar devem ocupar um espaço acima dos demais.


VÍDEOS MENORES E MELHORES

Os vídeos continuarão sendo um diferencial e a preferência entre os usuários. Mas, para acertar em 2024, esses mesmos vídeos que já são produzidos atualmente deverão ser menores e melhores. Com a diminuição da capacidade individual de concentração e o alto volume de oferta de conteúdo, ganha quem oferecer mais em menos tempo.


EXPERIÊNCIA GUIADA POR SENTIDOS

Tudo o que ativa os sentidos, como visão, tato, olfato, deve receber mais atenção das marcas por sua eficiência na conexão com o público. Muito tem se falado sobre experiências imersivas e híbridas, que as pessoas possam acessar de onde estiverem. Esses recursos têm o poder de envolver o usuário com sensações que ativam sua memória afetiva por meio do cheiro, paladar, audição, entre outros aspectos que despertam nossos sentidos.

Muitas vezes por orçamento ou até mesmo por não ver tanto valor nesse tipo de personalização de ativação, as marcas perdem esse contato ativo com seu público, apostando em outros recursos que até são importantes, mas não impactam tanto.


CONTEÚDO BRUTO

Na contramão de conteúdos superelaborados, o conteúdo bruto deve ter cada vez mais a preferência do público. Isso porque a naturalidade tem ganhado maior peso nas redes. Embora o público valorize a entrega audiovisual profissional, outros atributos passam a ter mais peso, como a identificação, o sentimento de verdade, a autenticidade e o apreço pela naturalidade em diferentes aspectos.


RELAÇÕES DE LONGO PRAZO

Distanciando-se do efêmero, as marcas estarão de olho em parcerias de longo prazo. Por isso, a capacidade de representar, emocionar e converter será ainda mais importante. O volume de projetos curtos e publiposts pontuais ou avulsos irá diminuir e a busca por embaixadores deve aumentar. E, no fim, tudo isso repercute sobre a fidelização das marcas.

 

Mariana Missiaggia
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/o-que-esperar-da-influencia-digital-em-2024


200 anos da imigração alemã no Brasil

 No livro "1824", historiador Rodrigo Trespach narra a construção da comunidade teuto-brasileira a partir do surgimento da colônia em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul

De um lado o Brasil, que buscava o reestabelecimento político e formação da identidade nacional após a declaração formal de independência, em 1822; do outro, a Alemanha, abalada pelas guerras napoleônicas, que embora tivessem chegado ao fim, causaram destruição por todo o país. É nesse contexto que José Bonifácio, principal conselheiro de D. Pedro I, põe em prática o projeto de trazer imigrantes europeus para terras sul-americanas, com a ajuda do agente Georg Anton von Schaeffer.

Os detalhes deste processo imigratório que completa 200 anos em 2024 são detalhados pelo historiador gaúcho Rodrigo Trespach na obra 1824, publicada pela Citadel Grupo Editorial. Por meio de documentos, cartas, ofícios e uma vasta bibliografia, o pesquisador entrelaça a vida de líderes políticos, militares e visionários com a de artesãos, agricultores e camponeses que atravessaram o Oceano Atlântico em busca de novas e melhores condições de vida.

Dividido em 22 capítulos, o livro é um mergulho na imigração germânica no Primeiro Reinado – entre o período de 1822 e 1831. Durante nove anos, mais de cinco mil alemães desembarcaram no Faxinal do Courita, porção de terra próxima ao Rio dos Sinos, nos arredores de Porto Alegre. O pequeno povoado instalado no Rio Grande do Sul tornou-se exemplo de sucesso da política de colonização do governo imperial e, por dois séculos, os germânicos  adaptaram os costumes europeus à cultura brasileira: hoje, o país soma mais de cinco milhões descendentes de alemães.

Os países de língua alemã na Europa, especialmente a Alemanha,
continuaram deixando partir para a América do Sul o seu excedente populacional.
Além do papel importante no desenvolvimento da agricultura e na produção industrial - as colônias teutas
são exemplos ímpares do poder e da capacidade transformadora das ações comunitárias, como o cooperativismo,
criado em Nova Petrópolis, no começo do século XX -, os alemães ajudaram a pintar o grande painel multicultural chamado Brasil.

 (1824, p. 317)

Curiosidades como o surgimento da igreja protestante no país e a existência de um plano argentino para assassinar D. Pedro I, representado na capa do livro, complementam esta leitura mais que indicada a estudantes, professores e leitores em busca de informação e conhecimento sobre a colonização brasileira. Rodrigo Trespach é pesquisador referência em história dos séculos, XVIII, XIX e XX e autor de outros 17 livros, entre Às margens do Ipiranga, também publicado pela Citadel Grupo Editorial.

 

Divulgação
Citadel Grupo Editoria

FICHA TÉCNICA

Título: 1824
Autor: Rodrigo Trespach
Editora: Citadel Grupo Editorial
ISBN: 978-6550472665
Dimensões: 15.5 x 2 x 23 cm
Páginas: 368
Preço: R$ 64,90
Onde comprar: Amazon


Sobre o autor: Rodrigo Trespach é historiador e escritor, autor de 17 livros, entre eles Grandes Guerras, A Revolução de 1930 e Às margens do Ipiranga, este pela Citadel Grupo Editorial. Tem como foco de pesquisas os séculos XVIII, XIX e XX. Além de membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS), atua como colaborador da Genera, no Brasil, e do Institut für Geschichtliche Landeskunde (IGL), da Universidade de Mainz, na Alemanha.
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Gastos no início do ano: como não se endividar em 2024

Especialista elenca dicas para começar o ano com o pé direito, muita organização e planejamento financeiro

 

Apesar dos gastos anuais que se acumulam em janeiro, como impostos, seguros, matrículas e contas recorrentes, o começo do ano pode ser o momento ideal para se organizar financeiramente. É nesta época que muita gente decide adquirir novos hábitos e rever as prioridades, o que também deve envolver as finanças familiares.

 

Com o ano inteiro pela frente, o primeiro passo é colocar na ponta do lápis os gastos previstos, incluindo as dívidas. Assim, é possível entender o próprio comportamento de consumo e fazer os ajustes necessários. “A melhor estratégia é traçar um plano para revisar suas finanças, descobrir quais dívidas priorizar, escolher uma estratégia e tomar decisões financeiras inteligentes e eficientes”, orienta Thaíne Clemente, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal 100% online.

 

Com isto em mente, a especialista elenca as principais dicas sobre como se organizar e começar o ano com o pé direito. Confira:


 

App ou planilha de entradas e saídas 


Utilize um app ou faça uma planilha para monitorar todos os gastos. Nela, coloque o valor do seu salário e as contas fixas mensais, como água, luz, gás, mercado, cartão de crédito e gasolina. Liste tudo e determine a ordem de pagamento de acordo com a urgência. Dessa forma, você terá maior controle dos seus gastos e uma melhor visão do que vai ter que pagar a cada mês.

 

“Um dos erros mais comuns é gastar mais do que ganha. O ideal é ter um controle financeiro eficiente de sua renda e nunca ultrapassar esse valor ao final do mês; ou seja, não se pode fazer dívidas maiores do que o total em sua conta bancária”, diz a especialista.


 

Cortar despesas desnecessárias


Uma das maneiras mais eficientes de controlar suas dívidas é cortando gastos supérfluos. Eles são mais fáceis de identificar se você estiver monitorando suas finanças mensais. Mas a ideia não é abrir mão de tudo o que lhe dá prazer, e sim começar a entender seu comportamento de consumo e fazer os ajustes necessários para economizar. 

 

Além disso, vale fazer uma revisão das despesas e procurar padrões ou tendências que possam indicar gastos desnecessários. “Isso pode incluir serviços de assinatura, como streaming e compras online. É o famoso exercício de se perguntar: ‘será que eu preciso disso agora ou só estou comprando pois tenho o dinheiro disponível?’”, aponta Thaíne.


 

Negociação de dívidas 


Hoje, as facilidades para negociar dívidas são muitas e os juros podem ser muito menores do que aqueles trazidos pelo cheque especial e pelo cartão de crédito. O mercado tem interesse nessa negociação para diminuir a inadimplência, ter crédito rodando e estimular a economia.

 

“Se uma pessoa tem dívidas diversas, com credores diferentes, pode ser conveniente unificá-las junto a um credor único, com uma parcela que não comprometa uma parte tão grande do orçamento mensal. Mas isso deve ser feito como uma forma de quitar as dívidas com mais tranquilidade, não como um meio de fazer sobrar renda para novas dívidas”, enfatiza a especialista.


 

Comece uma reserva de emergência


O início do ano é um bom momento para começar algo: que tal guardar dinheiro? Seja na poupança ou em fundos de investimento, poupar é essencial para quem deseja ter uma vida financeira mais saudável e não ser pego de surpresa por imprevistos. 

“Começar a economizar, mesmo que sejam valores pequenos, é fundamental para inserir o hábito de poupar em seu dia a dia. Pode ser um pouco difícil no começo, mas vá aos poucos, de acordo com o que pode guardar”, conclui Thaine.

 

Simplic



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