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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Restituição do Imposto de Renda: 5 dicas para poupar o dinheiro esquecido e investir a longo prazo

Valores a receber de instituições financeiras são oportunidades para investimento; especialista em finanças mostra como poupar e definir prioridades

 

A Receita Federal vai liberar no dia 22 de setembro o quinto e último lote de restituição do Imposto de Renda de 2023. Se você não estava incluído nos lotes anteriores, vale a pena conferir se a sua declaração foi liberada, ou se caiu na malha fina. Já o pagamento será realizado no dia 29 de setembro. Sendo o último lote de IR. O valor recebido pode ser uma oportunidade para investir,  nem sempre a quantia da restituição é expressiva, mas pode servir para iniciar um novo hábito.

 

Segundo Thaíne Clemente, Executiva de Estratégias e Operações da Simplic, é necessário que os brasileiros mudem os seus hábitos de consumo e aproveitem esse dinheiro para poupar ou fazer investimentos essenciais. “É um momento de se reorganizar e definir as prioridades, gastando o menos possível, ou seja, usar o dinheiro apenas para as necessidades reais, e poupar o que sobrar para investir com segurança. O mais importante é se atentar para não entrar no vermelho.

 

Pensando nisso, a executiva elencou algumas dicas de como poupar dinheiro e começar a investir. 


 

Defina um objetivo ou tenha um bom motivo


É preciso estabelecer o motivo pelo qual está poupando o dinheiro, e, entender que poupar, como a própria palavra diz, é abrir mão de certos “luxos”, para poder guardar um dinheiro a mais que sobra na conta no final do mês, como possível garantia de conforto para um futuro breve. Seu objetivo pode ser comprar um carro, uma casa, fazer uma viagem ou simplesmente guardar pensando em uma garantia no futuro caso perca um emprego, etc. 



Ter conhecimento do quanto gasta fixo todo mês


Ao dar início no mês, já coloque na ponta do lápis quais são os gastos cruciais mensais, já calcule também o quanto pode usar em 4 semanas para “luxo” e saídas, e, já tire da conta o que sobrar para poupar e não ter risco de usar. Além disso, com essas contas, é possível também analisar se consegue cortar alguns desses gastos ou adiá-los. 



Defina um valor mensal para poupar


Depois de fazer as contas fixas, é possível estabelecer um valor mensal para retirar e, se possível, investir. Não importa se for apenas 50 reais, o importante é se educar para poupar impreterivelmente todo mês. E claro, se for possível colocar em determinado mês além do estabelecido, melhor ainda. O que não pode deixar acontecer, é não colocar ou colocar menos do “combinado”. 



Faça um investimento


Guardar dinheiro na gaveta ou na poupança não é um ato recomendável, pois o rendimento é muito pequeno. Porém, já é melhor do que não guardar nada. O recomendado é fazer um investimento no mercado, mas, para isso, vale avaliar qual seu perfil de investidor com um profissional da área, que irá te instruir sobre investimentos seguros e acessíveis. A ideia é já tirar o dinheiro da conta assim que receber o salário ou a renda mensal e colocar nesses canais. 



Não crie novas dívidas e evite cartões de crédito


É importante se policiar para não precisar incluir um novo gasto mensal desnecessário que coloque em risco o dinheiro do investimento estabelecido, ou, ainda pior, fazer com que se torne uma dúvida. Além disso, não ter em mãos o cartão de crédito como opção, assim não se perde o controle daqueles gastos mensais. A ideia é já no início do mês separar o dinheiro para cada data, conta ou “evento” e manter esse compromisso com você mesmo. 

 

Simplic


Reta final para o Enem: saiba como se preparar para possíveis temas da redação

Julia Ferreira, coordenadora de redação da Redação Nota Mil, dá dicas para os candidatos alcançarem a nota máxima na produção escrita

 

Com os vestibulares se aproximando, os estudantes precisam definir estratégias para alcançar o melhor desempenho possível na prova. E algo que pode destacar o candidato da concorrência é uma boa redação, utilizada em muitos exames, inclusive no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como critério de desempate.

 

Tratando-se do Enem, é fundamental que o vestibulando esteja preparado para escrever a redação, seguindo um modelo pré-estabelecido. É preciso, portanto, treinar o texto dissertativo-argumentativo com uma proposta de intervenção, além de caprichar no repertório de argumentos para diferentes temas da atualidade.

 


Preparação na prática


O tema da redação do Enem está sempre atrelado a um assunto relevante e atual no Brasil. “Sendo assim, compreender o contexto contemporâneo e os problemas que o permeiam é de extrema importância para ter domínio sobre o que pode ser cobrado, tanto na redação, quanto nas questões do exame”, explica Julia Ferreira, coordenadora de redação da Redação Nota Mil.

 

Para se preparar, o estudante deve ler notícias atuais sobre o cenário nacional, buscando entender a materialidade concreta dessas problemáticas. Vale ressaltar a importância de usar canais e fontes diferentes para se informar, compreendendo o tópico de forma ativa, a partir de diversos ângulos. Assim, o jovem será capaz de tomar um posicionamento com propriedade e defendê-lo.

 

Além disso, praticar a escrita de textos no mesmo modelo do Enem é fundamental. A habilidade de articular ideias favorece o desempenho do estudante no dia da prova, já que, independentemente do tema, ele conseguirá estabelecer relações lógico-argumentativas para uma boa defesa do seu ponto de vista.

 


Como identificar possíveis temas para a redação do Enem?


Prever exatamente o tema da redação do Enem é impossível, mas os estudantes devem estar antenados sobre as temáticas da atualidade e analisar as propostas das provas anteriores. “A ideia de observar os temas de antes é a de que, apesar de não ser uma regra, raramente o exame abordará dois temas de uma mesma natureza em anos consecutivos”, diz a coordenadora de redação da Redação Nota Mil.

 

Com essas orientações em mente, a profissional aponta alguns campos temáticos que podem aparecer na redação do Enem deste ano: tecnologia, devido ao movimento crescente da Inteligência Artificial e seu uso no cotidiano; proteção à infância, posto que, segundo o Anuário de Segurança Pública de 2023, houve um aumento considerável de violência contra essa parcela da população e, além disso o Enem não aborda esse tema desde 2014; a questão ambiental, dadas as recentes e recorrentes catástrofes resultantes da crise climática.

 

Por fim, Julia Ferreira aponta 3 dicas para o vestibulando garantir nota máxima na redação:

 

1) Compreender e respeitar a estrutura exigida e o tema proposto

Leia atentamente a proposta de redação, anotando quais os pontos-chave para uma abordagem temática completa e as conexões que podem ser feitas entre os textos motivadores e a frase temática, algo que ajuda no direcionamento da argumentação.

 

2) Foco na coerência e na coesão

Esses dois aspectos, embora avaliados separadamente, caminham juntos. Sendo assim, é preciso manter unidade textual, construindo as ideias de forma lógica, organizada e bem estruturada por meio do emprego de conectivos que possam articular bem as informações e garantir que a ideia desejada esteja sendo transmitida. Não se esqueça, também, de empregar ao menos um repertório legitimado externo que fundamente os argumentos apresentados.

 

3) Seja claro

Tome cuidado com os desvios de língua portuguesa, pois esses erros podem prejudicar a compreensão do texto. Escreva de forma clara e revise sempre a redação para evitar trechos confusos que possam comprometer o entendimento da redação, uma vez que a revisão é um aspecto fundamental para garantir que a sua produção está inteligível.

 

Por fim, lembre-se que a prática leva à perfeição, então pratique as produções textuais constantemente. Ademais, busque modelos anteriores de redação que atingiram notas máximas para compreender melhor como são estruturados esses textos.

 

 

Redação Nota Mil


Atividade Policial e Guarda Municipal: Entendendo os Limites Constitucionais

Atualmente, a discussão em torno das funções e competências das Guardas Municipais no Brasil tem ganhado destaque. Com a crescente preocupação com a segurança pública e a necessidade de reforçar a atuação das forças de segurança para o bem da sociedade, as Guardas Municipais tornaram-se atores fundamentais nesse cenário. No entanto, uma questão que permanece em aberto é até que ponto essas instituições podem exercer funções de polícia, especialmente quando se trata de atividades de polícia judiciária ou administrativa.

Para compreender o debate atual sobre o papel das Guardas Municipais, é importante destacar o seu propósito fundamental. O artigo 144 da Constituição Federal dispõe que a segurança pública é dever do Estado, além de um direito e responsabilidade de toda a sociedade, devendo ser exercida pelos órgãos policiais de segurança pública. Vale dizer, que a Guarda Municipal não faz parte do rol apresentado no citado dispositivo constitucional, motivo pelo qual, até então, não era considerado um órgão de segurança pública.

As Guardas Municipais foram estabelecidas com o objetivo principal de proteger o patrimônio público municipal, garantindo um ambiente seguro para a população. Sua atuação abrange a fiscalização de áreas públicas, o apoio a órgãos municipais, a prevenção de crimes e a promoção da ordem pública. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) proferiu uma decisão importante com relação às Guardas Municipais. Em 25 de agosto de 2023, o STF determinou que essas instituições são parte integrante dos órgãos de segurança pública.

O Ministro Alexandre de Moraes entendeu que “As guardas municipais têm entre suas atribuições primordiais o poder-dever de prevenir, inibir e coibir, pela presença e vigilância, infrações penais ou administrativas e atos infracionais que atentem contra os bens, serviços e instalações municipais. Trata-se de atividade típica de segurança pública exercida na tutela do patrimônio.”.

O último a votar foi o mais novo Ministro, Cristiano Zanin, o qual acompanhou o entendimento e Moraes para dar provimento à arguição de descumprimento de preceito fundamental. Dessa forma, por uma margem estreita de votos (6 a 5), o Supremo entende por incluir as Guardas Municipais ao rol de órgãos oficiais de segurança pública, apesar de não estarem mencionadas expressamente no art. 144 da Lei Maior.

Essa decisão reforça a importância das Guardas Municipais na manutenção da ordem e segurança em nível local, o que permite que os agentes possam realizar funções típicas da polícia, como abordagens, investigar locais em que há suspeita de desenvolvimento de tráfico de drogas, entre outras.

Contudo, a decisão do STF contraria que vinha decidindo o Superior Tribunal de Justiça, isto porque esta Corte entende que a atuação das Guardas Municipais deve, sempre, estar relacionada diretamente relacionada à finalidade da corporação, ou seja, a ação dos agentes deve ser pautada especialmente na defesa do patrimônio municipal.

Com este entendimento, o STJ recentemente concedeu ordem de habeas corpus para relaxamento de prisão preventiva de réu que foi preso portando drogas, tendo a revista pessoal sido realizada pela Guarda Municipal. Para o Ministro Joel Ilan Paciornik, os agentes estavam realizando função ostensiva e de investigação, as quais não fazem parte de suas atribuições constitucionalmente previstas, o que caracterizaria desvio de função. "[...] não ficou demonstrada relação clara, direta e imediata entre a abordagem dos guardas e a necessidade de proteger a integridade dos bens e instalações ou assegurar a adequada execução dos serviços municipais", destaco Paciornik.

Noutra ocasião, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reiterou a mesma interpretação de que a guarda municipal não possui atribuições típicas das polícias civil e militar. Em mais um caso em que foram anuladas as provas derivadas de abordagem e busca pessoal, enfatizou-se que a guarda municipal só pode realizar tais procedimentos em situações extremamente excepcionais – que fujam do cotidiano da atividade –, ressaltado o fato de que tais ações devem estar diretamente relacionadas à sua finalidade institucional.

Tal tese foi estabelecida no julgamento de um recurso que obteve sucesso para revogar a prisão de um cidadão condenado por tráfico de drogas. A causa da absolvição foi a anulação de provas obtidas em um procedimento busca pessoal, o qual foi conduzido por agentes da Guarda Municipal.

Nesse diapasão, vemos que o STJ atuou como verdadeiro guardião da legalidade até que o STF pudesse definir o assunto, mas ainda há diversas nuances a serem estabelecidas para salvaguardar os direitos fundamentais da sociedade.

Isto porque embora o STF tenha reconhecido o papel das Guardas Municipais como órgãos de segurança pública, a questão de se essas instituições podem exercer funções de polícia judiciária ou militar permanece em aberto ante a ausência de legislação sobre o assunto. Sim, pois a Carta Magna estabelece claramente as competências das polícias judiciárias e militares, e não inclui as Guardas Municipais entre essas categorias.

É crucial definir limites claros para as atividades das Guardas Municipais para evitar possíveis conflitos e garantir a legalidade de suas ações. O que vemos atualmente é que tal corporação vem apresentando uma postura e atuação claramente militarizada, com treinamento tático dos agentes e, inclusive, criação de topas de operações especiais.

Embora essas instituições desempenhem um papel fundamental na segurança pública municipal, é importante reconhecer que a Constituição estabelece padrões específicos para as polícias judiciárias e militares com repercussão fundamental na persecução penal, especialmente no que tange às garantias fundamentais do averiguado e/ou réu do processo ou procedimento.

Dessa forma, restam obscuras diversas questões que precisam ser esclarecidas sobre a atuação das Guardas Municipais, principalmente no que diz respeito à possibilidade da corporação exercer o poder de polícia em situações que não envolvam bens públicos municipais ou, até mesmo, se essa atuação abrange a atuações preventivas ou repressivas.

O debate sobre as funções das Guardas Municipais no Brasil continua a evoluir, à medida que a sociedade busca soluções mais agressivas para questões de segurança pública. A decisão do STF de reconhecer essas instituições como parte dos órgãos de segurança pública é um marco importante, mas extremamente delicado, sendo essencial definir limites constitucionais claros para suas atividades. É imperativo encontrar um equilíbrio entre a necessidade de proteger o patrimônio público municipal e a observância rigorosa das disposições constitucionais relacionadas ao processo penal como um todo de forma a evitar arbitrariedades do aparelho estatal para com os cidadãos. Portanto, o desenvolvimento de regulamentações específicas e a definição de um rol de atribuições das competências das Guardas Municipais são passos cruciais nesse processo.



Lázaro Herculles Henrique Teixeira - Advogado Criminalista. Gestor da área Penal do Vigna Advogados Associados. Pós-graduando em Ciências Criminais pela USP/FDRP

 

É POSSÍVEL O RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL PARA MAIORES DE 16 E MENORES DE 18 ANOS?


O Código Civil de 2002 permite a realização de casamento a partir dos 16 anos desde que devidamente autorizado por ambos os pais ou seus representantes legais, essa condição é necessária até os indivíduos atingirem a maioridade civil aos 18 anos de idade. Entretanto, o ordenamento jurídico não prevê uma idade mínima para possibilitar o reconhecimento da união estável.

 

Atualmente, a Constituição Federal garante aos conviventes em união estável os mesmos direitos e deveres previstos para o casamento, quais sejam, a título de exemplo, a fidelidade recíproca, vida em comum, mútua assistência, dentre outros. É possível, ainda, a escolha do regime de bens e a conversão em casamento civil de forma simplificada.

 

No entanto, resta uma única dúvida no ordenamento jurídico: é possível o reconhecimento da união estável de pessoa com 16 anos de idade ou seria necessária autorização dos representantes legais como é exigido para o casamento? 

 

Fato é que a legislação civil não responde objetivamente à indagação e remeteu, como em vários outros casos, ao Poder Judiciário a responsabilidade de decidir – leia-se legislar – nos casos concretos, o que invariavelmente levará à insegurança jurídica, tendo em vista a falta de concordância entre os Tribunais no país oriunda da diversidade e regionalismo cultural brasileiro.  

 

Neste sentido, o Projeto de Lei nº 728/2023 tem o intuito de sanar essa “omissão” do Código Civil, estabelecendo a idade mínima de 16 anos para convivência em união estável, com a inclusão do parágrafo 3º ao artigo 1.723 do mesmo diploma legal.

 

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, por sua vez, já aprovou a equiparação, mantendo-se a exigência da autorização dos representantes legais.

 

É importante mencionar que o Projeto de Lei traz, agora, mais forças à União Estável, que ultimamente tem sido o caminho mais optado entre as novas gerações. Além disso, cabe, agora, à Comissão de Constituição e Justiça deliberar em caráter conclusivo para remeter o projeto à votação do Congresso Nacional.

 

Ademais, o mencionado projeto de lei vai ao encontro do projeto nº 404/21 que visa emancipar a necessidade de autorização prévia dos responsáveis para o casamento e ao projeto de lei n. 3735/23 que visa proibir o casamento e união estável de menores de 18 anos.

De qualquer modo, cuida-se de importante marco legal para a União Estável, dando-a mais forças para sobreviver em um mundo contemporâneo, onde o casamento tem se tornado exceção para os novos casais, bem como trará mais segurança jurídica ao ordenamento, já que atualmente não existe nenhum impedimento ou permissão legal para que o Poder Judiciário emane suas decisões. 

 

Patrick Ferreira Santos – Integrante do departamento Corporate do Vigna Advogados e Associados. Advogado, atuando com contencioso cível estratégico, formado em direito pela Faculdade Metropolitanas Unidas (FMU).


quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Teatro em Miniatura traz arte e diversão ao Centro de São Paulo


Organizada pelo Coletivo CaixAlada, a atração é gratuita e acontece no dia 22 de setembro no Pátio Metrô São Bento


Na sexta-feira, dia 22 de setembro, o Centro de São Paulo será palco de uma apresentação de Teatro em Miniatura. O projeto “Pequenas grandes histórias fantásticas”, desenvolvido pelo coletivo CaixAlada, promete transformar o Pátio Metrô São Bento em uma experiência que mistura arte, cultura e diversão. 

O Teatro em Miniatura é uma linguagem de formas animadas, muito festejada e produzida em diversas partes do mundo. Este tipo de apresentação ocorre em um espaço cênico de pequenas proporções — podendo ser montado em pequenas caixas, malas que se transformam em pequenos palcos ou até mesmo em pequenas maquetes que reproduzem um teatro. Voltadas para públicos reduzidos, as histórias apresentadas possuem curta duração, podendo variar de 3 a 10 minutos. 

Criado em julho de 2020, o Coletivo CaixAlada surgiu a partir do desejo de artistas amigos em se juntar para apresentar e circular com seus mais novos espetáculos. No formato de Teatro Lambe-lambe, composto por um palco em miniatura, as apresentações foram criadas ou aperfeiçoadas durante a pandemia do COVID-19.

Na apresentação do dia 22, o público poderá conferir 5 histórias em estilo lambe-lambe, inspiradas pelo gênero fantástico, mas que dizem muito sobre a realidade da vida. A produção conta com um forte apelo visual, possuindo cenografia, tanto interna quanto externa, em escala miniaturizada. 

O projeto “Pequenas grandes histórias fantásticas” é composto pelos espetáculos: “A Maldição do Tesouro” de Maurício Sterchele, “Berenice” de Daiane Baumgartner, “Circo LÔ” de Marcela Matos, “Nuvem” de Kelciane Campos e “Pequena Lenda Medieval” de Ricardo Pena.

 

Sobre o Pátio Metrô São Bento

O Pátio Metrô São Bento é um centro comercial, cultural e gastronômico ao ar livre, situado no Centro da cidade, aos pés do mosteiro de mesmo nome, um dos principais cartões postais paulistanos. O acesso ao Pátio também é privilegiado, através da estação São Bento do Metrô. O local atende aos mais de 3 milhões de passageiros que circulam pela região, como uma opção agradável, prática e segura de aproveitar o melhor do Centro. A Praça da Colmeia, espaço de eventos do local, recebe atrações culturais regularmente, oferecidas sempre de maneira gratuita à população.

patiosaobento.com.br/ 

facebook.com/patiometrosaobento

instagram.com/patiometrosaobento

 

 Serviço

Realização: Sesc Florêncio de Abreu

Apoio: Pátio Metrô São Bento

Data: 22/09, das 13h30 às 14h30

Local: Praça da Colmeia, dentro da estação São Bento do metrô

Valor: Gratuito

 

Estação Eucaliptos, da Linha 5-Lilás, recebe campanhas de valorização à vida e prevenção à hanseníase


Ações acontecem até 28 de setembro, em parceria com a Prefeitura de São Paulo, das 10h às 14h


A Estação Eucaliptos, da Linha 5-Lilás de metrô, recebe nos dias 21 e 28 de setembro, das 10h às 14h, campanhas de valorização à vida e prevenção à hanseníase, com parceria de equipe multidisciplinar da UBS (Unidade Básica de Saúde) Sigmund Freud, situada em Indianópolis, na zona Sul de São Paulo.

 

As ações de saúde, que contam com suporte de equipe de Sustentabilidade da ViaMobilidade, têm como objetivo a conscientização dos passageiros a buscar ajuda e identificar quem necessite de auxílio físico e mental para valorização e melhora na qualidade de vida. A atividade contempla uma série de trabalhos realizados pela concessionária, em alusão ao Setembro Amarelo, que visa chamar a atenção dos governos e da sociedade civil para a importância de falar sobre o assunto.

 

Além de falar sobre a importância dos cuidados psicológicos, os profissionais também aproveitarão a oportunidade para realizar campanha de prevenção à hanseníase, que é uma doença infecciosa que causa manchas e lesões na pele e danos aos nervos. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o segundo país com maiores indicadores da doença - só fica atrás da Índia. 

 

As equipes da UBS estarão na área não paga da Estação Eucaliptos, antes das catracas.

 

Serviço – Campanhas de valorização à vida e prevenção à hanseníase

Local: Estação Eucaliptos, Linha 5-Lilás

Até 28 de setembro de 2023

Horário: 10h às 14h


Feira de adoção de animais em Atibaia tem edição extra nesta sexta-feira, 22 de setembro


Mais de dez “aumigos” desejam um novo lar; Programa Permanente de Adoção promove duas edições da feira por mês, sempre às quartas-feiras, na própria sede da Defesa Animal


Sabia que mais de dez filhotinhos esperam por um novo lar em Atibaia? Além das edições quinzenais (a próxima será dia 27 deste mês), o Departamento de Defesa Animal promoverá mais uma edição extra da Feira de Adoção, nesta sexta-feira (22), na sede da Defesa Animal (Rua João Lozasso, nº 455, Jardim Morumbi), das 9h às 15h. No local, os munícipes poderão conhecer os animaizinhos que estão disponíveis para adoção e, para adotar, será necessário que o interessado apresente os seguintes documentos: RG ou CNH e comprovante de endereço.

 

Todas as adoções promovidas pela Prefeitura são realizadas de forma responsável, com os adotantes assinando um termo de responsabilidade e o Departamento de Defesa Animal fornecendo informações sobre os cuidados necessários com os animais adotados. A realização de feiras de adoção regulares é uma ação importante na causa animal para combater o abandono e incentivar a adoção responsável.

 

Ter um animal de estimação por meio do Programa Permanente de Adoção contribui com a redução de pets abandonados, além de favorecer a saúde mental dos adotantes. Pesquisas comprovam que tanto os cães quanto os gatos ajudam a diminuir a ansiedade e o estresse, além de aumentarem a autoestima e a segurança de seus tutores, que, em contrapartida, estarão promovendo um ato de amor e solidariedade com os animais.

 

Adolescência e meningite: saiba a importância da prevenção nesta faixa etária

Diversos casos da doença estão acontecendo e até 23% dos adolescentes e jovens adultos podem ser portadores da bactéria causadora da meningite meningocócica e transmiti-la para outras pessoas sem necessariamente desenvolver a doença 1-3,7



Estamos acompanhando nos noticiários diversos casos de meningite meningocócica pelo país, principalmente em crianças. 1-3 Mas, embora muitos desconheçam, a doença pode acometer pessoas de todas as idades, inclusive adolescentes. 4 E, no mês em que se celebra o Dia do Adolescente, em 21 de setembro, é fundamental falarmos sobre como é essencial a vacinação desta faixa etária para a prevenção de doenças como a meningite meningocócica. 4-6,13

Causada pela bactéria Neisseria meningitidis - também chamada de meningococo -, a meningite meningocócica é uma inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo causar sequelas e até mesmo levar a óbito em 24 horas. 4-6 Ela possui pelo menos 12 sorogrupos, sendo que seis deles são os mais comuns (A, B, C, W, X e Y). 12,14

Assim como acontece com outras doenças de transmissão respiratória, o meningococo pode ser facilmente transmitido de uma pessoa para outra por meio do contato direto com gotículas ou secreções respiratórias através de tosse, espirro e beijo, por exemplo. 4-6 E um ponto de alerta é: até 23% dos adolescentes e jovens adultos podem ser portadores da bactéria causadora da meningite meningocócica e podem transmiti-la sem necessariamente desenvolver a doença. 7 O comportamento do adolescente é naturalmente um fator de risco para a transmissão da bactéria e por isso, a vacinação se torna tão importante para esse público. 4-6

Ana Medina (CRF-RJ 24671), farmacêutica, pós-graduada em imunologia e gerente de assuntos médicos de vacinas da biofarmacêutica GSK, explica: “As crianças menores de um ano de idade são as que têm maior risco de adoecer, no entanto, os adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela manutenção da circulação da doença. Eles podem transmitir a bactéria sem necessariamente desenvolver a doença, sendo chamados de portadores assintomáticos. E o estilo de vida e comportamentos dessa faixa etária podem propiciar ainda mais a transmissão da bactéria, como, por exemplo, compartilhar copos e objetos, algo tão comum entre os adolescentes. Por isso, a vacinação desta faixa etária é essencial para oferecer proteção direta para os adolescentes e, também, no caso dos sorogrupos A, C, W e Y, para diminuir a colonização e a propagação da bactéria entre a população”.



Principais formas de prevenção

De acordo com o Ministério da Saúde e as Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os adolescentes devem seguir o esquema vacinal recomendado para a idade. Diversas vacinas estão disponíveis na rede pública de saúde e na rede privada. 8-10

A vacina meningocócica ACWY está disponível gratuitamente nos postos de saúde para vacinação de rotina dos adolescentes de 11 a 12 anos, e temporariamente para adolescentes de 13 a 14 anos, até dezembro de 2023. A vacina meningocócica ACWY previne quatro sorogrupos diferentes que causam a doença. 10 Essa vacina também está disponível na rede privada para outras faixas etárias e é recomendada nos calendários das sociedades médicas da criança e do adolescente a partir dos 3 meses de idade. 8,9 Para a prevenção da doença causada pelo sorogrupo B, a vacina está disponível nas clínicas privadas e é recomendada pelas sociedades médicas para crianças e adolescentes a partir dos 3 meses de idade. 8,9

“Vale reforçar que o calendário vacinal está sempre mudando e incluindo novas vacinas. Devido à disponibilidade de vacinas, aumento de casos e alguns surtos, alguns estados do país ampliaram a vacinação contra a doença meningocócica C ou ACWY para adolescentes até 19 anos, grupos especiais e profissionais de saúde, por exemplo. Então, é essencial que o adolescente e os pais procurem um profissional de saúde para se informar sobre a situação vacinal e necessidade de completar doses faltantes. Caso o adolescente não tenha recebido alguma dose na infância, ou seja, não tenha sido vacinado na idade preconizada, é necessário atualizar a caderneta de vacinação o mais rápido possível”, alerta Ana Medina, que complementa:

“É importante mencionar também que alguns adolescentes podem ter sido vacinados na infância contra a meningite meningocócica causada pelo sorogrupo C, que foi disponibilizada no país pelo Programa de Imunizações para lactentes a partir do ano 2010 e para adolescentes de 11 e 12 anos a partir do ano 2017. Os adolescentes que foram vacinados com essa vacina na infância podem fazer o reforço na rede pública com a vacina ACWY se estiverem entre 11 e 12 anos de idade, ou atualizar a vacinação com as vacinas ACWY e B na rede privada, de acordo com esquema adequado para a idade e recomendação médica”.

Além das vacinas contra a meningite meningocócica, as redes pública e privada disponibilizam aos adolescentes vacinas contra diversas outras doenças. Alguns exemplos são as vacinas hepatite B, febre amarela, sarampo, caxumba e rubéola (através da vacina tríplice viral), difteria, tétano e HPV, disponíveis nas redes pública e privada; e também as vacinas hepatite A, catapora, gripe, coqueluche, dengue e meningocócica B, disponíveis para o adolescente apenas na rede privada. 8-10

No caso da meningite meningocócica, outras formas que também podem ajudar na prevenção incluem evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos. 11

“Os sinais e sintomas iniciais da meningite meningocócica incluem febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito, e podem ser facilmente confundidos com outras doenças infecciosas, como a gripe, por exemplo. Por isso, é essencial ficar atento aos sinais e, caso tenha piora dos sintomas ou o aparecimento de outros sinais como pequenas manchas arroxeadas na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz, é preciso procurar um atendimento médico o mais rápido possível. Sem atendimento e tratamento médico adequados, há um maior risco da evolução da doença para quadros mais graves e óbito. Por conta da gravidade e rápida evolução, além das formas de prevenção, como não compartilhar objetos e cobrir a boca ao tossir ou espirrar, a vacinação segue como a melhor forma de prevenção”, finaliza Ana Medina.


Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

 

 



GSK
www.gsk.com.br



Referências:

1. GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. SECRETARIA DE SAÚDE. Secretaria de Estado de Saúde do RJ monitora casos de meningite meningocócica em Campos dos Goytacazes após quatro confirmações em menos de um mês. Disponível em: <link>. Acesso em: 28 ago. 2023.

2. SECRETARIA DE SAÚDE DE ALAGOAS. Pediatra do HGE alerta sobre cuidados para prevenir casos de meningite meningocócica. Disponível em: <link>. Acesso em: 28 ago. 2023.

3. SECRETARIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Secretaria de Saúde emite nota de alerta e confirma aumento de casos de meningite em Blumenau. Disponível em: <link>. Acesso em: 28 ago. 2023.

4. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Newsroom. Fact Sheets. Details. Meningitis. Disponível em: <link> Acesso em: 30 ago. 2023.

5. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde de A a Z. Meningite. Disponível em: <link>. Acesso em: 30 ago. 2023.

6. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Família SBIm. Doenças. Meningite meningocócica. Disponível em: <link>. Acesso em: 30 ago. 2023.

7. CHRISTENSEN, H. et al. Meningococcal carriage by age: a systematic review and meta-analysis. Lancet Infect Dis, 10(12): 853-61, 2010.

8. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação do nascimento a terceira idade: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) - 2023/2024 (atualizado 21/08/2023). Disponível em: <link>. Acesso em: 13 set. 2023.

9. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Calendário de vacinação da SBP 2023. Disponível em: <link>. Acesso em: 13 set. 2023.

10. BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação do Adolescente. Disponível em: <link>. Acesso em: 30 ago. 2023.

11. BRASIL. Ministério da Saúde. PREVENÇÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS RESPIRATÓRIAS. Disponível em: <link>. Acesso em: 30 ago. 2023.

12. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Vigilância das pneumonias e meningites bacterianas em crianças menores de 5 anos. Disponível em: <link>. Acesso em: 13 set. 2023.

13. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Dia do adolescente: a importância para o pediatra. Disponível em: <link>. Acesso em: 18 set. 2023.

14. WORLD HEALTH ORGANIZATION . Meningococcal Meningitis. Disponível em: <link>. Acesso em: 18 set. 2023.


Pesquisa revela que mais de 1,2 milhão de pessoas sofrem de Alzheimer no Brasil

Celebrado em 21 de setembro, o Dia Mundial do Alzheimer tem como objetivo trazer conscientização e prevenção sobre a doença

 

O Ministério da Saúde divulgou recentemente que atualmente cerca de 100 mil casos de Alzheimer são diagnosticados por ano no Brasil. A pesquisa ainda revela que mais de 1,2 milhão de brasileiros sofrem de Alzheimer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca uma tendência preocupante de aumento nos diagnósticos, atribuída ao envelhecimento da população. Projeções da Alzheimer’s Disease International indicam que esses números podem chegar a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050.

 

A neurocirurgiã Danielle de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC), explica que o Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo que provoca a deterioração do cérebro. “A causa é desconhecida, mas a medicina entende que seja genética. A doença acontece quando proteínas do cérebro começam a ser mal processadas. Surgem fragmentos de proteínas, que se tornam tóxicos e começam a prejudicar o funcionamento do cérebro devido à perda de neurônios”. 

 

Os principais fatores de risco da doença são a idade, o histórico familiar e a baixa escolaridade. Danielle ainda informa que a recomendação para prevenir a doença é manter a mente ativa através de jogos, leitura ou estudo. “Atividades em grupo, exercícios físicos e uma alimentação saudável também são recomendados. Cigarro e bebidas alcoólicas devem ser evitados”.


 

Sintomas e tratamentos 

 

Além da perda de memória, Danielle alerta que os sintomas de Alzheimer incluem problemas para completar tarefas que antes eram fáceis, dificuldades para a resolução de problemas, mudanças no humor ou personalidade; afastamento de amigos e familiares, problemas com a comunicação, tanto escrita como falada, confusão sobre locais, pessoas e eventos, alterações visuais, como problemas para entender imagens.

 

“É indicada uma visita ao médico quando além da falta de memória recente a pessoa começa a repetir a mesma pergunta com frequência, quando se perde ao dirigir mesmo conhecendo o caminho e começa a ter dificuldade para se expressar no dia a dia, como ao não recordar as palavras que quer usar. Além disso, o paciente pode estar irritado ou agressivo”, alerta.

 

Danielle ainda informa que o diagnóstico precoce pode trazer melhora nos sintomas e estabilização da doença, que é progressiva.

 

 

Danielle de Lara - Médica Neurocirurgiã em atividade na cidade de Blumenau (SC). Atua principalmente na área de cirurgia endoscópica endonasal e cirurgia de hipófise. Dois anos de Research Fellowship no departamento de "MinimallyInvasiveSkull Base Surgery" em "The Ohio StateUniversityMedicalCenter", Ohio, EUA. Graduada em Medicina pela Universidade Regional de Blumenau. Possui formação em Neurocirurgia pelo serviço de Cirurgia Neurológica do Hospital Santa Isabel.


21 de Setembro é o Dia de Conscientização do Alzheimer: a ciência busca novos tratamentos para a doença

O Dia 21 de setembro é a data dedicada para oferecer informações, alertas e cuidados em relação à doença que afeta mais de 50 milhões de pessoas no mundo


O mês de setembro e, em especial, o dia 21 de setembro, são lembrados como o Dia Mundial do Alzheimer e o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer. Essa é uma doença que pode afetar mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo estimativas da Alzheimer’s Disease International, com possibilidade de crescimento para 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050, especialmente por conta do envelhecimento da população.

“A Informação e o conhecimento trazem clareza para as ações de uma forma em geral. Quanto maior for o grau de clareza sobre quais são os sintomas iniciais do paciente, mais rápido é possível identificar e tratar a pessoa. Para os familiares, esse conhecimento leva-os a procurar auxílio mais precocemente o que diminui muito ansiedade e preocupação gerada pela dúvida. Com um diagnóstico realizado, os cuidadores podem utilizar ferramentas melhores para lidar com o paciente que passa a ser mais bem cuidado, o que minimiza os impactos da doença”, destaca o neurologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Tiago Sowmy.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, de instalação progressiva e que ainda não tem cura. Segundo o médico, os primeiros sintomas da doença são alguns tipos de esquecimentos e problemas de memória. “São exemplos não encontrar objetos guardados recentemente, esquecer compromisso ou consultas, confundir-se com medicações, ter dificuldades para nomear objetos, dificuldades em se deslocar ou fazer caminhos antes conhecidos e abandonar tarefas sem finalizá-las”, explica.

Essas alterações cognitivas começam a reduzir a independência da pessoa que passa a não conseguir mais realizar tarefas instrumentais básicas, passa a ter alterações comportamentais, confusões mentais e alteração do ciclo do sono. Isso acaba sendo percebido por familiares próximos, parceiros ou cônjuges, o que pode gerar situações de estresse. “O estresse (crônico) é um fator de risco associado ao desenvolvimento de demência. Uma vida mais tranquila com regramento de atividades físicas e sociais, uma programação mais organizada das atividades diárias além de um sono reparador e medicações para controle comportamental são práticas que auxiliam”, destaca.

O médico detalha que a prevenção pressupõe alguns fatores de risco modificáveis para o desenvolvimento da doença, como obesidade, stress, hipertensão, tabagismo e diabetes. “Alguns hábitos também favorecem a proteção (ou o atraso de manifestação) da doença como prática de atividades físicas regulares e a realização de atividades cognitivas e sociais. O desenvolvimento de exercícios cognitivos que possam auxiliar a manutenção de uma reserva cognitiva fisiológica também é uma prática positiva para evitar o aparecimento da doença. Outros fatores de risco não modificáveis como a idade e algumas mutações genéticas também podem influenciar”, avalia, ressaltando que apesar de haver alguns tratamentos promissores e medicações específicas que podem diminuir o risco de desenvolver a doença, ainda não há estudos científicos que comprovam a eficácia destas medicações em ambiente fora de pesquisa clínica.

Segundo o neurologista, o foco estaria em medicações que realizam uma espécie de “limpeza” no tecido neurológico, retirando a proteína beta-amiloide, considerada a principal via da doença. “Há, porém, controvérsias quanto à origem da doença. Essas medicações, se indicadas, devem ser realizadas em pacientes que ainda apresentem sintomas leves da doença. Caso contrário não há evidências de sua eficácia”, destaca. Ele alerta ainda que é importante evitar tratamentos alternativos que prometem a cura da doença e que não gerarão os benefícios esperados ao paciente. 



Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br

 

Estudo avalia cuidados tradicionais e complementares no tratamento do zumbido

Pesquisa científica realizada por fonoaudiólogos do Hospital Paulista, em parceria com Centro Universitário FAM, testou a massagem Shiroabhyanga como complemento ao tratamento convencional, com uso de aparelho auditivo retroauricular


Estudo científico produzido pela equipe de fonoaudiologia do Hospital Paulista - referência em saúde de ouvido, nariz e garganta -, em parceria com alunos do curso de Medicina do Centro Universitário FAM, constatou que houve melhora no grau de intensidade do zumbido na avaliação pré e pós aplicação do questionário de gravidade do zumbido em pacientes que associaram o tratamento convencional, feito com aparelho auditivo retroauricular, à massagem Shiroabhyanga – um dos tratamentos do  zumbido pela Ayurveda.

A Ayurveda – terapia complementar milenar de origem indiana que utiliza técnicas de massagem, nutrição, aromaterapia e fitoterapia – pode ser uma aliada importante no tratamento ao chamado “zumbido de ouvido”, também conhecido por tinnitus.

O estudo, que já tinha recebido menção honrosa da reitoria e da coordenadoria de pesquisas e extensão da FAM, também foi um dos destaques do 22ª Congresso da FORL - Fundação de Otorrinolaringologia, ocorrido em agosto.

A convite da organização do evento, a equipe de fonoaudiologia do Hospital Paulista ministrou um painel exclusivo dedicado ao tema, que reuniu dezenas de profissionais da área médica.

Além de Christiane Nicodemo, o trabalho científico é assinado pelos fonoaudiólogos Kézia Neves Pereira, Kleber de Magalhães Galvão, Larissa Veloso Rocha, Luís Ferreira Gomes Neto e Sabrina Suellen Rolim Figueiredo.
 


Metodologia

Intitulado de “Cuidados Tradicionais e Integrativos no Manejo do Zumbido Associado à Perda Auditiva em Adultos”, o trabalho científico foi realizado durante um ano e reuniu 20 pacientes que sofrem de zumbido, em variados graus de intensidade.

Eles foram divididos em dois grupos; controle e pesquisa. No grupo pesquisa, além dos testes audiológicos convencionais, uso de aparelho auditivo retroauricular de adaptação aberta, os pacientes também foram submetidos a sessões de Shiroabhyanga (massagem com óleo na cabeça). A partir daí, foram estabelecidos comparativos em relação aos resultados dos dois grupos analisados.

Ao final da análise estatística observou-se que o grupo pesquisa que constava 10 pacientes, 30% apresentavam grau catastrófico, 40% grau moderado e 30% grau leve na pré-avaliação. Após os cuidados tradicionais (uso de prótese auditiva com adaptação aberta), exercícios de respiração (orientou-se a pratica de três minutos diários de respiração lenta, profunda e silenciosa) e a massagem Shiroabhyanga aplicada por trinta minutos uma vez por semana durante quatro semanas. Após período de tratamento, paciente respondeu novamente o teste de gravidade de zumbido e obtivemos os seguintes resultados: Grupo pesquisa: 10% nível catastrófico, 30% nível moderado, 20% grau leve e restante 40% não se queixava mais do zumbido. No grupo controle os 10% de grau catastrófico se mantiveram antes e após o tratamento convencional, enquanto os do 40% do grau moderado passaram a 20% apresentaram melhora evoluindo para grau leve finalizando após a intervenção com aparelho 40% no grau leve, no entanto, não houve ninguém sem queixa de percepção do zumbido.

O estudo apontou que a Ayurveda, ciência milenar com cursos reconhecidos pelo MEC, pode ser um complemento no tratamento convencional audiológico do zumbido, novos estudos são necessários com uma amostra maior.



Números

Levantamento publicado em 2022 pela revista científica JAMA Neurology, realizado com base em quase 800 estudos, indicou que o zumbido afeta 14% da população mundial adulta – cerca de 740 milhões de pessoas. No Brasil, estima-se que 28 milhões de pessoas sofram com esse distúrbio, segundo dados da Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde.

Também por aqui, um estudo publicado em 2014, pelo Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, mostrou que a condição acomete 22% da população de São Paulo, seguindo a média nacional. Revelou ainda que os sintomas afetam um percentual maior de mulheres (26%) em comparação com os homens (17%), aumentando significativamente com a idade.

Sem causas específicas

A fisiopatologia do zumbido é de causa idiopática. Ou seja, de natureza ainda desconhecida - o que reforça a importância do aprofundamento dos estudos relacionados ao tema, sobretudo no que envolve os aspectos emocionais.

Muitas podem ser as razões que envolvem esse tipo de distúrbio. As associações mais comuns envolvem surdez, infecção no ouvido, exposição sonora, uso excessivo de fone de ouvido, anemia, diabetes, estresse, cigarro, doenças autoimunes, problemas na tireoide, uso de drogas, bebidas alcoólicas, medicamentos, doenças autoimunes e pressão alta, dentre várias outras possibilidades.


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


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