![]() |
Freepik |
A dor na região do pescoço, também chamada de dor
cervical, é uma das queixas mais comuns nos consultórios de fisioterapia. E,
segundo o fisioterapeuta Dr. Danilo Duarte, da DDC Fisioterapia, o problema
pode estar mais ligado ao estilo de vida moderno do que se imagina.
“Postura inadequada por longos períodos, tensão
muscular, uso excessivo de celular e computador, além de fatores como estresse
e desgaste natural das articulações, estão entre as principais causas das dores
na cervical”, explica o especialista.
O chamado “pescoço de texto” — quando a cabeça fica
inclinada para baixo por longos períodos, como ao usar o celular — é uma das
posturas mais prejudiciais. “Essa posição provoca sobrecarga na musculatura e
nas articulações da cervical, podendo resultar em dor, rigidez e até hérnias de
disco”, alerta.
Além do desconforto comum, a dor na cervical pode
ser sinal de algo mais sério. Formigamento, perda de força nos braços e mãos,
dor irradiada e dificuldade para movimentar o pescoço são sinais de alerta. “Nesses
casos, é fundamental buscar atendimento profissional o quanto antes”, orienta
Duarte.
O estresse também é um fator de risco muitas vezes
subestimado. “Ele contribui para o aumento da tensão muscular, o que favorece a
rigidez e intensifica a dor. A ansiedade, por sua vez, aumenta a sensibilidade
à dor”, afirma o fisioterapeuta.
Para prevenir o problema, o ideal é adotar hábitos
saudáveis. Manter boa postura ao sentar e ficar em pé, usar cadeiras
ergonômicas, posicionar o celular e o computador na altura dos olhos e praticar
exercícios físicos regularmente são medidas eficazes. Dormir de lado ou de
costas, com travesseiros que respeitem a curvatura natural do pescoço, também
ajuda.
Segundo o Dr. Danilo, alongamentos e exercícios
específicos são grandes aliados na prevenção e no tratamento. “Alongamentos
laterais, exercícios de fortalecimento das escápulas e de mobilidade da coluna
são altamente recomendados. Mas cada caso precisa ser avaliado individualmente
por um fisioterapeuta”, destaca.
O tratamento fisioterapêutico inclui avaliação
postural, terapia manual, exercícios personalizados e orientações sobre
ergonomia. Em alguns casos, técnicas mais modernas, como liberação miofascial,
dry needling, eletroterapia e ondas de choque, também podem ser indicadas. “O
objetivo é tratar a causa da dor, restaurar a mobilidade e evitar
recorrências”, explica.
Se a dor persistir por mais de uma semana, for
intensa ou começar a interferir na rotina, é hora de buscar ajuda profissional.
“A dor cervical não deve ser ignorada. Com acompanhamento adequado, é possível
tratar o problema e melhorar significativamente a qualidade de vida do
paciente”, finaliza o fisioterapeuta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário