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segunda-feira, 14 de abril de 2025

Dores na cervical: como hábitos do dia a dia e o estresse podem desencadear o problem

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A dor na região do pescoço, também chamada de dor cervical, é uma das queixas mais comuns nos consultórios de fisioterapia. E, segundo o fisioterapeuta Dr. Danilo Duarte, da DDC Fisioterapia, o problema pode estar mais ligado ao estilo de vida moderno do que se imagina.

“Postura inadequada por longos períodos, tensão muscular, uso excessivo de celular e computador, além de fatores como estresse e desgaste natural das articulações, estão entre as principais causas das dores na cervical”, explica o especialista.

O chamado “pescoço de texto” — quando a cabeça fica inclinada para baixo por longos períodos, como ao usar o celular — é uma das posturas mais prejudiciais. “Essa posição provoca sobrecarga na musculatura e nas articulações da cervical, podendo resultar em dor, rigidez e até hérnias de disco”, alerta.

Além do desconforto comum, a dor na cervical pode ser sinal de algo mais sério. Formigamento, perda de força nos braços e mãos, dor irradiada e dificuldade para movimentar o pescoço são sinais de alerta. “Nesses casos, é fundamental buscar atendimento profissional o quanto antes”, orienta Duarte.

O estresse também é um fator de risco muitas vezes subestimado. “Ele contribui para o aumento da tensão muscular, o que favorece a rigidez e intensifica a dor. A ansiedade, por sua vez, aumenta a sensibilidade à dor”, afirma o fisioterapeuta.

Para prevenir o problema, o ideal é adotar hábitos saudáveis. Manter boa postura ao sentar e ficar em pé, usar cadeiras ergonômicas, posicionar o celular e o computador na altura dos olhos e praticar exercícios físicos regularmente são medidas eficazes. Dormir de lado ou de costas, com travesseiros que respeitem a curvatura natural do pescoço, também ajuda.

Segundo o Dr. Danilo, alongamentos e exercícios específicos são grandes aliados na prevenção e no tratamento. “Alongamentos laterais, exercícios de fortalecimento das escápulas e de mobilidade da coluna são altamente recomendados. Mas cada caso precisa ser avaliado individualmente por um fisioterapeuta”, destaca.

O tratamento fisioterapêutico inclui avaliação postural, terapia manual, exercícios personalizados e orientações sobre ergonomia. Em alguns casos, técnicas mais modernas, como liberação miofascial, dry needling, eletroterapia e ondas de choque, também podem ser indicadas. “O objetivo é tratar a causa da dor, restaurar a mobilidade e evitar recorrências”, explica.

Se a dor persistir por mais de uma semana, for intensa ou começar a interferir na rotina, é hora de buscar ajuda profissional. “A dor cervical não deve ser ignorada. Com acompanhamento adequado, é possível tratar o problema e melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente”, finaliza o fisioterapeuta.

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