Diversas mulheres enfrentam desafios relacionados ao bem-estar ginecológico ao longo da vida. Esses problemas não afetam apenas a saúde física, mas também podem influenciar o dia a dia e as relações sexuais, abalando o emocional. Questões como ressecamento vaginal, desconforto durante o sexo e infecções recorrentes, como a candidíase, são queixas comuns. No entanto, esses sintomas são frequentemente ignorados ou considerados "normais", embora existam soluções que podem restaurar a qualidade de vida.
Segundo uma pesquisa realizada pela Inteligência em
Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) em 2023, 61% das mulheres brasileiras
já enfrentaram candidíase ao menos uma vez na vida, um aumento em relação aos
52% registrados em 2020. O estudo também destacou que 85% das mulheres que sofreram
com essa condição buscaram cuidados médicos adequados, refletindo o crescente
reconhecimento da importância do tratamento correto.
A condição também afeta a confiança nas relações.
Um levantamento da International Society for the Study of Women's Sexual Health
(ISSWSH) em 2019 apontou que cerca de 50% das mulheres na pós-menopausa
relataram sintomas como secura vaginal e incômodo, prejudicando diretamente a
vida íntima e emocional.
O impacto do desconforto
Quando uma mulher enfrenta incômodos ao vestir uma calça justa, ao sentar-se ou
ao lidar com sensações dolorosas e condições infecciosas frequentes, é natural
que sua autoestima seja afetada. Além disso, o desconforto durante a relação
sexual, o receio de infecções e até a sensação de solidão nesse processo podem
comprometer a autoconfiança.
Muitas mulheres deixam de procurar ajuda devido ao
medo de serem julgadas ou por não compreenderem que essas condições são
tratáveis. Na realidade, são problemas que podem ser resolvidos com a orientação
médica certa. Por isso, é importante quebrar tabus e falar abertamente sobre o
tema, entendendo que buscar ajuda profissional é o primeiro passo para
recuperar a confiança.
Soluções modernas para restaurar o bem-estar íntimo
Com os avanços tecnológicos na área da saúde, novos tratamentos surgiram para
prevenir e tratar disfunções ginecológicas de forma eficaz. Um dos mais
promissores é o laser íntimo de CO₂, um procedimento minimamente invasivo indicado
para atrofia vaginal, vaginismo, secura, incontinência urinária leve e
candidíase recorrente. Sua ação estimula a produção de colágeno e elastina,
além de melhorar a vascularização da mucosa vaginal, proporcionando alívio dos
sintomas de forma rápida e eficaz. Seguro e praticamente indolor, o tratamento
permite que as pacientes retomem suas atividades normais no mesmo dia.
Um estudo realizado pela Universidade Federal de
São Paulo (UNIFESP) em 2020 comparou a eficácia do laser de CO₂ fracionado
com o uso de estrogênio vaginal em mulheres pós-menopausa com síndrome
geniturinária. Os resultados indicaram que ambos os métodos melhoraram a
espessura do epitélio vaginal e a função sexual das pacientes. No entanto, o
laser se destacou como uma alternativa eficaz ao estrogênio, promovendo alívio
dos sintomas, aumento da lubrificação e recuperação do conforto íntimo, sem a
necessidade de terapia hormonal.
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