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Com o avanço da
inflação médica muito acima do IPCA — índice oficial da inflação no país —, os
planos de saúde ficaram consideravelmente mais caros em 2025. A variação, que
ultrapassou os dois dígitos em diversas operadoras, vem chamando atenção de
empresas e consumidores, principalmente no momento de renovação contratual.
Segundo
levantamento da Associação Brasileira de Planos de Saúde, a inflação médica
hospitalar alcançou um aumento médio de 16,9% no último ano, enquanto o IPCA
acumulado no mesmo período foi de 4,5%. A diferença não é novidade, mas os
impactos ficaram mais visíveis em 2025 com os reflexos da pós-pandemia, maior
demanda por atendimentos eletivos represados e uso crescente de tecnologias
médicas de alto custo.
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“A conta não fecha. O que as operadoras estão repassando agora é o resultado de um sistema que ficou mais caro para todos: exames mais sofisticados, tratamentos personalizados e um uso mais frequente do plano, inclusive de forma preventiva”, explica Leandro Giroldo, CEO da corretora Lemmo.
Além disso, a
judicialização da saúde também contribui para esse aumento. Decisões judiciais
que obrigam o custeio de procedimentos fora do rol da ANS acabam sendo
repassadas para todos os beneficiários, elevando o custo do sistema como um
todo.
Impactos
nas empresas e nas famílias
Para o setor
corporativo, o impacto é ainda maior. "Muitas empresas que oferecem planos
como benefício enfrentam dificuldades para manter os contratos sem repassar
esse custo aos colaboradores ou buscar planos mais enxutos. É um dilema entre
manter a atratividade do pacote de benefícios e equilibrar as contas",
comenta Giroldo.
Já para os
consumidores individuais e familiares, o reajuste pesa diretamente no orçamento
mensal, em especial para idosos e pessoas com doenças crônicas, que não podem
simplesmente abrir mão do plano.
E
agora? O que pode ser feito
A recomendação dos especialistas é buscar uma gestão mais estratégica do plano de saúde. “Negociar reajustes, revisar coberturas e estimular o uso consciente do plano são ações que podem ajudar empresas e famílias a manterem a assistência sem comprometer o orçamento”, reforça Giroldo.
Além disso, cresce o interesse por soluções alternativas como coparticipação, programas de prevenção e até o uso de dados para prever e controlar o uso do plano de forma mais eficiente.
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