Celebrado em 21 de setembro, o Dia Mundial do Alzheimer tem como objetivo trazer conscientização e prevenção sobre a doença
O Ministério da Saúde divulgou recentemente
que atualmente cerca de 100 mil casos de Alzheimer são diagnosticados por ano
no Brasil. A pesquisa ainda revela que mais de 1,2 milhão de brasileiros sofrem
de Alzheimer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca uma tendência
preocupante de aumento nos diagnósticos, atribuída ao envelhecimento da
população. Projeções da Alzheimer’s Disease International
indicam que esses números podem chegar a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões
em 2050.
A neurocirurgiã Danielle
de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC),
explica que o Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo que
provoca a deterioração do cérebro. “A causa é desconhecida, mas a medicina
entende que seja genética. A doença acontece quando proteínas do cérebro
começam a ser mal processadas. Surgem fragmentos de proteínas, que se tornam
tóxicos e começam a prejudicar o funcionamento do cérebro devido à perda de
neurônios”.
Os principais fatores de risco da doença são
a idade, o histórico familiar e a baixa escolaridade. Danielle ainda informa
que a recomendação para prevenir a doença é manter a mente ativa através de
jogos, leitura ou estudo. “Atividades em grupo, exercícios físicos e uma
alimentação saudável também são recomendados. Cigarro e bebidas alcoólicas
devem ser evitados”.
Sintomas
e tratamentos
Além da perda de memória, Danielle alerta que
os sintomas de Alzheimer incluem problemas para completar tarefas que antes
eram fáceis, dificuldades para a resolução de problemas, mudanças no humor ou
personalidade; afastamento de amigos e familiares, problemas com a comunicação,
tanto escrita como falada, confusão sobre locais, pessoas e eventos, alterações
visuais, como problemas para entender imagens.
“É indicada uma visita ao médico quando além
da falta de memória recente a pessoa começa a repetir a mesma pergunta com
frequência, quando se perde ao dirigir mesmo conhecendo o caminho e começa a
ter dificuldade para se expressar no dia a dia, como ao não recordar as
palavras que quer usar. Além disso, o paciente pode estar irritado ou
agressivo”, alerta.
Danielle ainda informa que o diagnóstico
precoce pode trazer melhora nos sintomas e estabilização da doença, que é
progressiva.
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