Deixar em casa, com cuidador ou levar o pet para passear? Veja dicas de veterinária sobre como cuidar do seu animal de estimação durante períodos em viagem
Tirar
um tempo de descanso e viajar é o plano de muitas pessoas, mas para quem tem
pet quase sempre fica uma preocupação: o que fazer com seu amigo de quatro
patas? Muitas vezes, levar o pet se torna algo impossível, por isso, é
fundamental que entre os preparativos de viagem esteja a definição sobre os
cuidados do seu animal de estimação.
Para Nathali Braz Vieira dos Santos, veterinária da Pet de TODOS (CRMV 60757),
os cuidados que podem garantir a segurança do pet devem começar muito antes da
viagem, verificando se ele está em boas condições de saúde e garantindo a
vacinação em dia. Para isso, é sempre indicado levá-lo antes ao veterinário
para assegurar que não há problemas de saúde e que está protegido contra
doenças que podem ser causadas por agentes infecciosos. “É muito importante
sair de casa com as vacinas, vermífugo, antipulgas e carrapatos em dia. As
vacinas vão proteger o pet de doenças fatais, como parvo, cinomose, raiva,
gripe e giárdia. O vermífugo previne e combate parasitoses e verminoses. Os
antipulgas e carrapatos também são fundamentais, considerando que carrapatos
contaminados transmitem erliquiose e a babesiose, que são doenças graves e
também podem ser fatais”, alerta Nathali.
No caso do pet acompanhar o seu tutor na viagem, a veterinária também chama a atenção
para o transporte adequado do bichinho. Além de colocar em risco a vida do pet,
o transporte de animais soltos no interior do veículo é proibido pelo Código de
Trânsito Brasileiro (CTB). A infração é grave e o motorista pode ser multado em
R$195,23 e ter cinco pontos na CNH. “É recomendável usar caixas de transporte
para pets ou com o cinto de segurança da coleira afivelado no banco de trás. No
caso de aviões, o transporte precisa ser feito por bolsa de transporte; o tutor
deve se informar sobre as medidas que cada companhia exige”, salienta.
Além desses cuidados, a veterinária da Pet de TODOS menciona estratégias que
podem evitar o estresse dos animais, entre elas, fazer paradas ao longo do
trajeto, manter o pet hidratado e o carro com o ar condicionado ligado em dias
extremamente quentes. “Por prevenção também é bom consultar o médico
veterinário antes da viagem para que ele receite um antiemético na dosagem
adequada, no caso de enjoo. É aconselhável, ainda, levar a caminha e o
cobertorzinho, que vão ajudar na adaptação do novo espaço, além da ração que
ele está acostumado, alguns petiscos e brinquedos”, acrescenta Nathali.
Deixar sozinho não é opção
Apesar do desejo de não se separar do seu melhor amigo, em muitas ocasiões
realmente não há a possibilidade de levar o pet na viagem. Neste caso, deixar o
animal sozinho em casa não é opção. Como aponta a veterinária, são muitos os
fatores prejudiciais, incluindo a ansiedade e o estresse, principalmente em
casos de ausência prolongada, que podem desencadear doenças de pele, doenças
renais, intestinais, entre outras. Além de resultar em comportamentos
indesejados, como latido, choro e, em casos mais agravados, mutilação por
estresse. “O pet sozinho pode parar de comer, parar de fazer suas necessidades
fisiológicas e se machucar ao se coçar caso tenha doença de pele por estresse.
Além disso, a ração não pode ficar exposta, devido à contaminação e oxidação. E
água tem que ser fresca. Ou seja, pet precisa de cuidado diário, além da lei do
abandono, na qual o tutor pode ser enquadrado”, destaca a veterinária.
Desta forma, se o pet não pode ir na viagem, as opções são deixá-lo com uma
pessoa próxima ou um hotelzinho. “No caso de hotelzinho, é bom pedir indicação
para os amigos; a experiência é a melhor forma de conseguir informações. Depois
disso, antes da hospedagem, o tutor deve agendar uma visita, observar a
limpeza, a segurança e onde o pet ficará abrigado, se tem barreira para evitar
fuga. E também é importante entender como funciona a hora da alimentação”,
orienta. “Com a companhia de outros cães, ele vai se divertir e ter um gasto
energético, evitando o estresse e a ansiedade pela falta do seu tutor”,
completa.
Para melhor adaptação ao ambiente estranho, o tutor deve levar para o
hotelzinho o alimento que o pet está acostumado a comer, o bebedouro,
comedouro, a cama e medicação, se fizer uso. A veterinária da Pet de TODOS, no
entanto, faz uma ressalva: o hotelzinho é a melhor opção para os cães. Os gatos
costumam ficar mais estressados quando estão fora do seu ambiente, por isso,
deixá-los com um cuidador se torna mais viável.
Pet de TODOS
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