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segunda-feira, 14 de abril de 2025

Como prevenir casos de afogamento infantil?

Especialista destaca a importância da supervisão, medidas preventivas e aulas de natação para a segurança dos pequenos

 

Supervisão constante deve ser a regra quando se trata de cuidar de crianças pequenas, especialmente em piscinas e praias. Segundo o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2023, ocorreram cerca de 71 mil mortes por afogamento no país. Além disso, a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático aponta que o afogamento é a principal causa de morte de crianças entre 1 e 4 anos.

Com isso, o papel que a prevenção desempenha nesse cenário é importante para diminuir os números de casos, especialmente quando se trata das crianças. Hamilton Robledo, pediatra na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo aponta alguns cuidados que devem ser tomados.

"Além de evitar que as crianças fiquem sozinhas perto de piscinas ou qualquer fonte de água, é essencial reforçar medidas preventivas em casa e em ambientes externos. Isso inclui a instalação de barreiras de proteção, como cercas ou tampas em tanques e cisternas, e a supervisão constante durante atividades aquáticas", explica Robledo.

Outro ponto destacado pelo especialista é que a natação pode ser benéfica para a segurança dos pequenos. Segundo a American Medical Association, aulas de natação reduzem em 88% o risco de afogamento em crianças de 1 a 4 anos. A Sociedade Brasileira de Pediatria aponta que as crianças estão aptas para iniciar a natação a partir dos 6 meses de idade.

"A natação não só promove a segurança, como também traz benefícios ao desenvolvimento infantil. Essa prática favorece o fortalecimento muscular e a coordenação motora, essenciais para o crescimento saudável das crianças. Ademais, o contato com a água desde cedo contribui para o estímulo sensorial e a construção de confiança, fatores importantes para seu bem-estar dos pequenos", ressalta o especialista.

O pediatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo elenca algumas medidas essenciais para evitar acidentes:

Ensino sobre segurança aquática: Desde cedo, ensine às crianças a importância de respeitar os perigos da água e encoraje práticas seguras. Inclua noções como não correr próximo de piscinas e não entrar na água sem permissão.

Itens de segurança: Certifique-se de que a criança está usando flutuadores ou coletes salva-vidas apropriados quando em piscinas ou embarcações. Esses itens devem ser regulamentados e ajustados ao tamanho dela.

Alertas para baldes e banheiras: Lembre-se de que mesmo pequenas quantidades de água podem representar um risco. Mantenha baldes com água fora do alcance das crianças e esvazie banheiras imediatamente após o uso.

Informação é poder: Oriente todos os responsáveis pela criança, incluindo babás e familiares, sobre técnicas básicas de primeiros socorros e procedimentos em casos de emergência.

Barreiras de proteção: Instale cercas ao redor de piscinas domésticas, com altura adequada e travas de segurança. As barreiras ajudam a evitar que as crianças tenham acesso à água sem supervisão.

"Também é preciso investir em métodos adicionais de proteção para garantir a segurança das crianças perto de piscinas. Equipamentos como alarmes de detecção de movimento na água podem oferecer uma camada extra de cuidado, alertando os responsáveis em casos de acesso não autorizado. Vale ressaltar que é imprescindível ensinar desde cedo noções de segurança aquática, incentivando o aprendizado de natação e a compreensão dos riscos", finaliza Robledo.

 

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo


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