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terça-feira, 11 de julho de 2023

Ombro deslocado: o que pode causar e como tratar?

Caso ocorrido em participante de game show ao comemorar vitória, viralizou nas redes sociais; presidente da SBCOC explica o problema
 


Como o ombro é uma articulação que apresenta uma grande amplitude de movimento, é comum ocorrer a luxação do ombro, ou seja, ele sair do lugar. No mês passado, por exemplo, durante o game-show norte americano The Price Is Right, um participante deslocou o ombro ao celebrar sua vitória.

Mas em que circunstâncias isso acontece? “O ombro pode deslocar quando o braço é forçado a girar para fora, fazendo com que a parte superior do úmero vá para fora do seu encaixe. Geralmente, acontece em práticas esportivas, na execução errada de algum exercício físico, em quedas e acidentes de trânsito”, fala o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Sandro da Silva Reginaldo. “Certas pessoas possuem uma articulação “mais frouxa” facilitando o deslocamento e não necessariamente elas podem ter sido submetidas a um algum trauma, pontua.”

O especialista destaca os sinais do ombro deslocado. “Nos primeiros momentos, a pessoa sente uma dor intensa e dificuldade de movimentar o ombro e, às vezes, não conseguindo levantar o braço para a frente. Em alguns casos, pode haver desnivelamento de um ombro para o outro, hematomas e até dormência próxima a lesão”, diz.

Ao perceber os sintomas, é preciso que o paciente procure imediatamente uma avaliação clínica correta realizada por um especialista em cirurgia do ombro e cotovelo, para passar o melhor tratamento. “Nos primeiros instantes, solicitamos exames de imagem para determinar se o ombro se encontra no lugar e se houve outras lesões no local”, afirma Sandro.

Após o diagnóstico por um especialista, o tratamento é realizado inicialmente com medicamentos antiinflamatórios e analgésicos para alívio dos sintomas, e fisioterapia para retorno da função. “Em muitos casos, na abordagem inicial, é necessário fazer a manobra de “colocar o ombro no lugar”. Feito isso, o ombro será imobilizado com o uso de uma tipoia, mantendo o braço junto ao corpo”, explica o presidente da SBCOC.

Quando o tratamento conservador não surte efeito e o paciente já teve outros deslocamentos e lesões associadas (como nos tendões do manguito rotador e da parte ligamentar), o procedimento cirúrgico pode ser indicado. “Habitualmente, é realizado por artroscopia, técnica minimamente invasiva que consiste em fazer pequenas incisões de 1 a 2 cm, através das quais são introduzidas uma câmera e instrumentos delicados para a realização do reparo das estruturas danificadas. A artroscopia é rápida e considerada um procedimento simples, mas exige treinamento por parte do médico para realizá-la e atenção do paciente no período pós-operatório,” salienta o especialista.


Diagnóstico de glaucoma no estágio inicial pode evitar cegueira irreversível

Consulta anual ao oftalmologista deve ser incluída na agenda médica

 

Doença ocular crônica e assintomática, o glaucoma afeta o nervo óptico, responsável por transmitir informações visuais do olho para o cérebro. Na maioria dos casos, a doença está associada ao aumento da pressão intraocular e é atualmente a principal causa de cegueira irreversível no mundo.

No entanto, o conhecimento sobre essa condição no Brasil é bastante limitado. Segundo pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Glaucoma, intitulada “Um olhar para o glaucoma no Brasil”, 41% dos entrevistados disseram que não conhecem a doença. Outros 53% desconhecem que ela pode causar cegueira irreversível. Um grupo de 47% acha que é mito ou não sabem da relação do problema com a hereditariedade e 90% não têm informações de que a população negra faz parte do grupo de risco. 

O médico oftalmologista e chefe do setor de Glaucoma do Hospital Evangélico de Belo Horizonte, Reinaldo de Oliveira Sieiro Junior, destaca a importância da consulta oftalmológica anual para detectar precocemente o glaucoma. Durante as visitas ao especialista são realizados os exames de fundo de olho, para a aferição da pressão intraocular e outras alterações, possibilitando o início do tratamento antes que ocorram danos irreversíveis. “Na consulta avaliamos as condições visuais do paciente e se há outras doenças que, como essa, podem comprometer não apenas a capacidade de enxergar, mas a qualidade de vida e a saúde de forma geral”, alerta. 

A recomendação é ainda mais relevante para pessoas acima de 40 anos, especialmente aquelas com histórico familiar de glaucoma e/ou doenças oculares prévias, como miopia, descolamento da retina, uveíte e retinopatia diabética. Grupos étnicos, como afrodescendentes, hispânicos e asiáticos, possuem maior predisposição a desenvolver certos tipos de glaucoma, sendo que a doença afeta igualmente homens e mulheres. "O risco de desenvolver glaucoma aumenta gradualmente com o envelhecimento a partir dos 40 anos" argumenta.

 

Tratamento 

O tratamento visa reduzir a pressão intra-ocular, seja com o uso de colírios ou por meio de laser ou cirurgias. O tratamento é contínuo e inclui acompanhamento periódico com o oftalmologista, de acordo com a gravidade do quadro ou possibilidade de desenvolvimento da doença, para aqueles que se encaixam no grupo de risco. Além do exame tradicional, há outros complementares que permitem avaliar as condições da visão no decorrer desse problema.

O oftalmologista esclarece que o tratamento é individualizado e segue as necessidades de cada paciente, mediante avaliação médica prévia. “Embora tenhamos avanços e pesquisas em andamento com novos tratamentos e medicações para portadores da doença, é importante lembrar que os tratamentos disponíveis para reduzir a pressão intraocular e estabilizar a doença não são capazes de reverter os danos causados pelo glaucoma”, reafirma.

 

HE – Hospital Evangélico de Belo Horizonte

 

Idosos: confira como prevenir acidentes domésticos

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Cerca de 70% das quedas em idosos ocorrem dentro de casa e acometem idosos com mais de 65 anos


São inúmeros os problemas que afetam a qualidade de vida dos idosos, por isso ações preventivas são fundamentais para garantir o bem-estar e a segurança na terceira idade. Um dos elementos que determinam a qualidade de vida de uma pessoa idosa é a independência para realização de atividades habituais e isso não depende apenas das condições clínicas e físicas, mas também da adequação do meio em que eles vivem. Segundo dados do Ministério da Saúde,  70% das quedas em idosos ocorrem dentro de casa e acometem idosos com mais de 65 anos. Em idosos acima de 80 anos , a prevalência é ainda mais alta e a mortalidade associada a quedas chega a ser seis vezes maior. 

As quedas nas pessoas idosas são comuns e aumentam progressivamente com a idade. Para evitá-las, além do cuidado, são necessárias algumas medidas nos ambientes. De acordo com enfermeira e coordenadora técnica da Home Angels, rede de cuidadores de pessoas supervisionadas, Janaína Rosa, mesmo que a ocorrência de uma queda configure em apenas um acidente, ela também pode indicar problemas relacionados à saúde do idoso, além de poder causar consequências muito negativas, como redução das funções e necessidade de hospitalização. “As consequências das quedas para os idosos podem ser bastante limitantes, tanto física quanto psicologicamente e, em alguns casos, podem ser fatais. Os principais problemas decorrentes são: fraturas, traumatismo craniano, cortes, queimaduras, ansiedade, depressão e o chamado “medo de cair” também conhecido como “Ptofobia”, explica.

Entre as principais causas de quedas na terceira idade, estão os fatores relacionados ao envelhecimento, como diminuição da visão, fraqueza muscular relacionada ao sedentarismo. “O sedentarismo é muito frequente na terceira idade, pois a prática de exercícios não é estimulada entre os idosos, o que é um erro, pois quanto menos se movimenta o corpo, maior é o declínio das condições e capacidades físicas”, afirma.

Poucas pessoas sabem, mas grande parte das quedas sofridas por idosos podem ser prevenidas. Para isso, basta realizar algumas alterações no estilo de vida e adaptações dentro de casa, adicionando itens de segurança e, o mais importante, fazer uso deles. “Dentro do ambiente doméstico, o banheiro é o campeão em quedas. Pisos lisos, água, material de limpeza, sabão. Enfim, as causas podem ser muitas, mas todas podem ser prevenidas com simples medidas de segurança que podem ser ajustadas pelo cuidador e familiares”, destaca.

“Manter o ambiente da casa bem iluminado e adaptado, com pisos antiderrapantes. Adaptar corrimãos para permitir uma locomoção com mais facilidade, principalmente nos banheiros, corredores ou próximo à cama, evitando tapetes, fios, e demais objetos pelo caminho, bem como, degraus ao longo da casa. Também é recomendado evitar camas e cadeiras muito baixas ou altas. Além disso, é necessário atenção nas roupas e calçados adequados para cada faixa etária, optar por sapatos fechados, com sola antiderrapante e bem adaptados ao pé”, completa a enfermeira.



Home Angels
https://www.homeangels.com.br/


Ortopedista revela que desconfortos constantes no dia a dia podem indicar problemas na coluna

Estar atento aos sinais é essencial para garantir uma boa saúde e qualidade de vida


A coluna vertebral desempenha um papel crucial no suporte e na mobilidade do nosso corpo. Qualquer problema nessa região pode afetar significativamente nossa qualidade de vida, sendo importante estar atento aos sinais que indicam a necessidade de buscar tratamento para a coluna, mesmo que pareçam triviais.

De acordo com o ortopedista Bruno Fabrizio, especialista em cirurgias de coluna, identificar esses sinais precocemente pode prevenir complicações mais graves no futuro.  “Dores constantes e recorrentes na região da coluna, independentemente da intensidade, são sinais de que algo pode estar errado. Por isso, é preciso prestar atenção na localização do desconforto e se ele se espalha para outras áreas do corpo”, alerta o especialista.

Dificuldade em manter a postura também é um ponto que merece cuidado. “Sentir-se incomodado por permanecer sentado por longos períodos é um sinal de que sua coluna pode estar comprometida. E se ficar em pé ou caminhar por muito tempo também se torna um problema, é necessário buscar ajuda especializada”, adverte o médico.

Restrição de movimento ou diminuição na amplitude dos movimentos da coluna, como dificuldade em girar o tronco, inclinar-se para frente ou para trás, pode indicar um problema na coluna vertebral. “Sensações de fraqueza, formigamento ou dormência em braços, pernas ou extremidades são indicativos que merecem atenção. Esses sintomas podem ser causados por compressão dos nervos, que se ramificam a partir da coluna vertebral”, explica Dr. Bruno.

Caso a dor piore com atividades específicas, como levantar objetos, movimentos repetitivos ou exercícios físicos, pode ser um sinal de atenção. Outros cenários como dificuldades persistentes em manter o equilíbrio também podem ser indicativos de um problema na coluna vertebral, tendo em vista que essa parte do corpo desempenha um papel fundamental na estabilidade corporal.

Também podem ocorrer alterações na função intestinal ou no controle da bexiga. “Incontinência urinária pode indicar um problema grave e que requer atenção médica imediata”, alerta.

O ortopedista salienta que se houver a identificação de alguns desses sinais, é importante procurar um médico especialista em coluna. “Eles poderão realizar um diagnóstico preciso, identificar a causa subjacente do problema e propor um plano de tratamento adequado. Ignorar esses sinais ou automedicar-se pode levar a complicações mais sérias, prolongando o sofrimento”, destaca.

Além de buscar atendimento, algumas medidas simples podem ajudar a aliviar o desconforto. Dr. Bruno explica que manter uma postura adequada durante as atividades diárias, praticar exercícios de fortalecimento da musculatura das costas e realizar alongamentos regularmente são passos válidos nessa jornada em busca do bem-estar. “No entanto, essas medidas são complementares ao tratamento e não substituem a necessidade de uma avaliação médica”, recomenda.

Dr. Bruno separou algumas dicas que podem ajudar a aliviar as dores na coluna no dia a dia 


1. Mantenha uma boa postura

Ao sentar-se, certifique-se de manter as costas retas e apoiadas no encosto da cadeira. Evite ficar muito tempo na mesma posição e faça pausas regulares para alongar-se e movimentar-se.


2. Use ergonomia no trabalho

Se você passa longas horas sentado em frente ao computador, certifique-se de ter uma estação de trabalho ergonômica. Ajuste a altura da cadeira e da mesa para que você possa manter os pés apoiados no chão e os olhos no mesmo nível do monitor. Use um suporte lombar para manter a curvatura natural da coluna.


3. Pratique exercícios de fortalecimento

Exercícios de fortalecimento da musculatura das costas e do core (músculos abdominais profundos) podem ajudar a estabilizar e suportar a coluna. Consulte um profissional de educação física ou fisioterapeuta para receber orientações sobre exercícios específicos para a sua condição.


4. Faça alongamentos regularmente

Alongamentos suaves e regulares podem ajudar a reduzir a tensão muscular na região da coluna. Concentre-se em alongar os músculos das costas, pescoço, ombros e quadris. Realize os alongamentos de forma suave, sem forçar demais, e respire profundamente durante o processo.


5. Utilize compressas quentes e frias

A aplicação de compressas quentes ou frias pode aliviar a dor na coluna, dependendo do tipo de lesão ou inflamação. Aplique uma compressa quente na área dolorida por 20 minutos várias vezes ao dia para relaxar os músculos. Em casos de inchaço ou inflamação aguda, utilize uma compressa fria por cerca de 15 a 20 minutos para reduzir a inflamação.


6. Cuide do seu peso corporal

O excesso de peso coloca pressão adicional na coluna, contribuindo para dores e problemas de saúde. Mantenha um peso saudável com uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios. Isso ajudará a reduzir a carga sobre a coluna vertebral.


7. Evite atividades que causem dor

Identifique quais movimentos ou atividades específicas pioram a dor na sua coluna e evite-as ou modifique-as, se possível. Isso pode incluir levantar objetos pesados, torções excessivas, movimentos bruscos ou longos períodos em uma mesma posição.

É importante lembrar que cada caso é único, e é fundamental buscar orientação médica para determinar a causa exata da dor na coluna e receber um tratamento personalizado. O médico poderá fornecer recomendações específicas com base na sua condição e necessidades individuais.

A adoção de um estilo de vida saudável, a prática regular de exercícios físicos adequados e a manutenção de uma boa postura são medidas essenciais para prevenir e aliviar as dores na coluna. “Lembre-se de que a consistência é fundamental, e é necessário seguir as recomendações médicas para obter os melhores resultados”, conclui o especialista.

 

Bruno Fabrízio - Formado pela Faculdade de Medicina de Petrópolis e possui residência em Ortopedia e Traumatologia. É especializado em cirurgia endoscópica da coluna vertebral e procedimentos minimamente invasivos para o tratamento da dor. Foi chefe do serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Municipal Lourenço Jorge 2019-2023 e diretor médico do Hospital do Amparo Feminino entre 2020 e 2022. Atualmente, é diretor médico da Clínica Dr Bruno Fabrizio desde 2007. https://www.instagram.com/drbrunofabrizio/


Medida da Anvisa proíbe paciente de escolher laboratório para diagnóstico de doenças como o câncer

Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) alerta sobre a medida prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Ela atinge laboratórios de Anatomia Patológica, que analisam materiais como o de biópsias e punções.

 

A partir de 1º de agosto, os pacientes terão negado o seu direito de escolher o laboratório que preferirem para diagnóstico de doenças importantes como o câncer. Isso acontecerá caso prevaleça a interpretação dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aos artigos 107 e 108 da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 786 publicada por ela.

Os artigos tratam do transporte de material de exame, mas, segundo a Anvisa informou em live que os médicos estão proibidos de dar ao paciente o seu material para que escolha o laboratório de Anatomia Patológica, que analisa materiais como o de biópsias, punções e do exame Papanicolau, de sua preferência. A Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), que reúne médicos e laboratórios que fazem esses diagnósticos, já transmitiu previamente o seu alerta à Anvisa e vem agora levá-lo aos pacientes e interessados.

“Acreditamos firmemente que a autonomia do paciente deve ser preservada, permitindo-lhe escolher onde deseja realizar seus exames”, diz nota assinada pela Diretoria Executiva da SBP e por seu presidente, Dr. Clóvis Klock, publicada neste sábado, 8/7, nas redes sociais da entidade e dirigida a médicos patologistas e pacientes. “Infelizmente, apesar desse diálogo prévio, parece que a Anvisa não levou em consideração nosso alerta de que proibir o paciente de escolher o laboratório não é uma atitude correta.”

A preocupação da Anvisa é a correta manutenção da amostra durante o transporte, porém a mudança exigirá que cada laboratório de Anatomia Patológica tivesse contato com todos os consultórios de um município, o que é considerado “inviável” pela SBP.

“A diversidade de clínicas e consultórios é uma realidade em nosso sistema de saúde, e impor essa obrigação criaria uma carga excessiva para os laboratórios e uma restrição desnecessária para os pacientes, sobrecarregando e atrasando ainda mais diagnósticos em um sistema de saúde já a beira do colapso”, diz a entidade em nota.

A SBP segue buscando o diálogo com as autoridades competentes com o objetivo de encontrar soluções que equilibrem as necessidades de todos os envolvidos. “Continuaremos atentos aos desdobramentos dessa situação e manteremos nossa posição em defesa da autonomia do paciente e da viabilidade dos laboratórios”.

A SBP reforça que sempre esteve comprometida com a qualidade dos serviços prestados pelos patologistas, bem como com a segurança dos pacientes. “Buscamos garantir que os padrões e diretrizes estabelecidos sejam seguidos, sem perder de vista a importância da escolha do paciente e da viabilidade operacional dos laboratórios.”

 

Sociedade Brasileira de Patologia (SBP)

 

Além da estética: o botox como aliado da odontologia

De acordo com Éber Feltrim, CEO da SIS Consultoria, procedimentos que usam a substância também podem ser uma oportunidade de negócio


A popularização do uso do botox em clínicas estéticas e odontológicas cresceu de forma significativa nos últimos anos. A substância é utilizada para tratar e prevenir rugas, linhas de expressão e outros sinais de envelhecimento. 

No entanto, sua aplicação tem se estendido para além da estética facial, encontrando espaço nas práticas odontológicas para tratar condições como o bruxismo e o sorriso gengival. Com resultados rápidos e mínimos efeitos colaterais, o botox se tornou uma opção acessível e eficaz para aqueles que buscam melhorar sua aparência e autoestima, impulsionando sua utilização em clínicas estéticas e odontológicas ao redor do mundo.

De acordo com Éber Feltrim, especialista e consultor de negócios na área da saúde e CEO da SIS Consultoria, essa opção se tornou lucrativa para profissionais da área de estética e odontológica. “Esse mercado tem crescido e evoluído muito no Brasil, até pela cultura da beleza em que nosso País sempre viveu. É uma ótima oportunidade para oferecer mais uma opção de tratamento aos pacientes. Além disso, para os dentistas, estes procedimentos apresentam boas chances de diversificar a prática odontológica, trazendo para sua clínica produtos de ótimo valor agregado”, relata. 

Dados levantados pela SBOE - Sociedade Brasileira de Odontologia Estética apontam um crescimento de 300% nas buscas por tratamentos estéticos no mercado odontológico. Para o especialista, essa já é uma grande vantagem para aqueles que atuam na área, mas ainda existem outros pontos interessantes. “Quanto mais ampla as possibilidades de atuação de um consultório, maior o número de pacientes que buscarão seus serviços. Por serem técnicas que necessitam de reaplicação, ao inserir esse procedimento na prática odontológica, o cirurgião-dentista também adquire uma renda recorrente dos pacientes que apostam neste tipo de tratamento. É evidente, no entanto, que deve haver um controle desses retornos”, pontua.

Ainda assim, existem algumas exigências para a realização desse tipo de procedimento. “Desde 2019, o Conselho Federal de Odontologia - CFO, reconhece a harmonização orofacial como especialidade odontológica. Dessa forma, permite que cirurgiões-dentistas realizem tratamentos com botox, preenchedores a laser, além de técnicas cirúrgicas para correção de lábios e bochechas. Porém, é necessário que o profissional tenha especialização em Harmonização Orofacial, em cursos com carga mínima de 500 horas. No mais, profissionais de qualquer outra especialidade, que atuem há cinco anos e tenham, no mínimo, 360 horas de cursos que englobam o conteúdo, também podem aplicar botox em pacientes”, revela Feltrim.

Algumas considerações legais e éticas precisam da atenção dos profissionais que irão oferecer serviços de botox e preenchimento. “Segundo o Código de Ética Odontológica, é obrigação legal do cirurgião-dentista a orientação ao paciente sobre as diversas opções de tratamento para sua condição de saúde, isso inclui ou não procedimentos estéticos. Em casos de sorriso gengival, por exemplo, há diversas possibilidades de tratamento, dentre elas, procedimentos cirúrgicos ou ainda a aplicação da toxina botulínica. Todas as características de cada tratamento devem ser detalhadamente explicadas, tais como vantagens, desvantagens, benefícios, custos e prejuízos. A decisão final do tratamento ocorre sempre como uma opção do paciente”, declara.

De acordo com o especialista, existem maneiras de se manter atualizado em relação às técnicas e procedimentos mais inovadores nessa área, além de integrar esses serviços a outras práticas realizadas nas clínicas. “A indústria estética está em constante evolução e, cada vez mais, surgem novas técnicas e produtos relacionados à harmonização orofacial. Portanto, é preciso ter uma sede de estudos contínuos na busca por novas informações. A eficácia dessas substâncias já está comprovada em tratamentos como bruxismo, assimetria facial, sorriso gengival, controle sialorreico, dores de cabeça de origem odontológica, desequilíbrios na mandíbula ou nos lábios e muitos outros. Isso não só agrega valor ao tratamento dos pacientes de odontologia, como também possibilita que eles encontrem uma nova solução para problemas recorrentes”, pontua.

Boas estratégias de divulgação também são fundamentais para atrair novos pacientes interessados em procedimentos estéticos. “O marketing é crucial para o sucesso, sendo importante conhecer e segmentar o investimento em tráfego pago, entender o público-alvo, gerar conteúdos impactantes, contar com influenciadores regionais para divulgar os procedimentos, além de trabalhar com pacotes de serviços que, obviamente, estejam de acordo com ética dentro da profissão”, finaliza o CEO da SIS Consultoria.  



Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde, começou a sua carreira em Assis (SP). Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas.


SIS Consultoria
instagram @sis.consultoria


Número de idosos em planos de saúde bate recorde e soma 7,2 milhões de vínculos no País

Em dez anos, contratações do grupo etário acima de 80 anos foram as que mais cresceram (33,5%). Maior parte das adesões é de mulheres, aponta estudo do IESS


As aquisições de planos médico-hospitalares direcionadas a idosos com mais de 60 anos seguem em crescimento contínuo no País. Entre dezembro de 2013 e o mesmo mês de 2022, o número de contratos desse grupo etário passou de 5,7 para 7,2 milhões, alta de 26,6%, registro recorde. As informações são do novo estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) intitulado “Evolução do Número de Idosos em Planos de Saúde no Brasil nos últimos 10 anos”.  

A análise revela que o grupo de pessoas com 80 anos ou mais foi o que mais cresceu no período (33,5%) – eram 955,5 mil, em 2013, e saltou para 1,3 milhão, em 2022.  Na sequência, aparece a faixa entre 70 e 79 anos, que passou de 1,7 milhão para 2,2 milhões (31,3%).

A maior prevalência (59%) é do sexo feminino, correspondente a 4,3 milhões de vínculos. Além disso, a maior concentração de beneficiários idosos está em São Paulo (37,1%) com 2,7 milhões de contratos, seguido por Minas Gerais (14,7%) com 1,1 milhão e Rio de Janeiro (11,2%) com 806,3 mil.  

Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, o aumento é representativo, sobretudo no grupo etário com 80 anos ou mais, levando-se em conta que no mesmo período, o número total de beneficiários com planos de saúde subiu apenas 1,9%. “É um grupo mais suscetível, pois muitos desses octogenários convivem com uma ou mais doenças crônicas e que demanda atenção especializada, complexa e continuada, ou seja, precisam utilizar mais os serviços. Como se trata de contratos com mensalidades mais elevadas, sabemos do esforço que esses idosos precisam fazer para a manter, bem como adquirir esses planos” afirma. 

Em relação ao tipo de contratação, as adesões a planos coletivos, especialmente os empresariais, que são oferecidos por empresas aos colaboradores, foram as que mais cresceram. A modalidade teve registro de alta de 33,8% - eram 2,3 milhões de vínculos em dezembro de 2013 e atingiu 3 milhões em dezembro de 2022. Já os coletivos por adesão passaram de 1,3 milhão para 1,5 mi (19,2%) no mesmo período.

Clique aqui para ver o estudo na íntegra.

 

Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS)

 

Dor frequente na relação sexual não é normal e a mulher deve procurar ajuda médica

Não se deve confundir uma dor, incomodo ou ardência muito eventual durante a relação sexual causada por falta de lubrificação durante a penetração vaginal, com dores frequentes que podem ser causadas por doenças físicas ou mesmo por questões psicológicas.

 

Toda e qualquer dor, ardência, ou sensação de incomodo frequente durante relações sexuais deve ser motivo de uma consulta médica, independentemente do local da dor ou do desconforto. Em geral, as principais queixas podem incluir dores, incômodos e ardência na própria vagina e região genital, uretra, útero, bexiga, reto, e “no pé da barriga”, entre outros possíveis locais na pelve.

Muitas vezes esta dor impossibilita qualquer tipo de acesso à vagina, incluindo exames clínicos, além de qualquer tipo de penetração durante o ato sexual. Mas a dor é sentida de forma diferente em cada mulher, seja quanto ao local, intensidade, ou mesmo quanto à causa que pode ter origem física, psicológica ou ambas, já que é comum a potencialização emocional de uma dor física de fato existente.

 

O fator emocional

As dores e incômodos frequentes causados por questões emocionais possuem o medo do contato íntimo e a insegurança como principais causas, além do stress, depressão, baixa autoestima e problemas de relacionamento. Esses sentimentos provocam a falta de relaxamento e de lubrificação vaginal durante a relação sexual e consequentemente a dor ou o incomodo frequentes. O vaginismo, que se caracteriza por contrações e espasmos involuntários da vagina é a principal disfunção experimentada por muitas mulheres.

Muitas vezes esses sentimentos podem possuir origem em traumas causados por abuso sexual ou algum tipo de violência de gênero. Esses casos merecem uma atenção ainda mais especial através do tratamento e acompanhamento com um psicólogo ou psiquiatra.

As questões emocionais, por sua vez, não devem ser rotuladas como a única causa das dores ou incomodo. Muitas vezes as mulheres assumem que possuem dores devido ao medo, por exemplo, e deixam de ir à médica ou médico para uma análise mais completa do seu caso, que pode incluir doenças e causas físicas.

 

Dores de causas físicas

A falta de lubrificação vaginal é uma causa muito comum de dores e incômodos. A falta de lubrificação causa fissuras que deixam a vagina machucada. Além dos fatores emocionais mencionados, a menopausa, o diabetes, assim como problemas hormonais causados pelo mal funcionamento da tireoide ou o uso indevido de hormônios, estão entre os principais fatores da “secura vaginal”.

Outro fator muito comum causador de dores ou incômodos são as inflamações de qualquer natureza na região pélvica, incluindo a própria vagina, vulva, uretra, bexiga, colo do útero, etc. seja por causas infecciosas (bactérias, fungos ou vírus), lesões ou traumas incluindo os decorrentes de cirurgias, parto ou acidentes. Nesta categoria também estão as doenças sexualmente transmissíveis (IST), vaginites, cistites, uretrites, herpes vaginal, entre outras.

Outras duas causas físicas merecem destaque especial. A endometriose e os miomas cervicais.


Endometriose

A doença se caracteriza pela presença de tecido endometrial fora do útero. Este tecido passa a se desenvolver e penetrar em outros órgãos causando processos inflamatórios, em regiões como os ovários, cavidade abdominal, intestino, e etc., causando dores durante o ato sexual.


Miomas cervicais

Os miomas são tumores benignos formados, em parte, por tecido muscular. Apesar de raramente surgirem no colo do útero, quando ocorrem podem sangrar, provocar secreção vaginal e causar dor durante o ato sexual com penetração vaginal.

         Independentemente da causa, que será descoberta com a ajuda de uma médica ou médico ginecologista, toda mulher deve evitar a automedicação e buscar ajuda médica em caso de dores durante relações sexuais. 



Dra. Elis Nogueira - Ginecologista e Obstetra, e concluiu a graduação em medicina na Universidade de Mogi das Cruzes em 1999. Especializou- se em Ginecologia e Obstetrícia pela Faculdade de Ciência Médicas da Santa Casa de São Paulo em 2004 e obteve o título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Associação Médica Brasileira – Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. Posteriormente: obteve o título em Advanced Life Support in Obstetrics; especializou- se também em Ginecologia Endócrina, Contracepção e Planejamento Familiar, Climatério, Patologia Cervical e Cirurgia Íntima. Atualmente é referência em parto normal, gravidez de alto risco , infertilidade, e também em cirurgia ginecológica, e cirurgia íntima, inserção de DIU de cobre e prata, SIU, trombofilias e implantes hormonais. É membro de entidades médicas reconhecidas como a SOGESP - Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, da APM - Associação Paulista de Medicina, e FEBRASGO - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. Faz parte do corpo clínico dos Hospitais e Maternidades: São Luiz Star, Vila Nova Star, Albert Einstein, ProMatre Paulista, Santa Joana, Sírio Libanês, São luiz itaim, Santa Catarina, Oswaldo Cruz, e Santa Maria.
CRM 98344

Carência ou excesso de alimentos no início da vida pode levar a doenças metabólicas na fase adulta

 

Pesquisador da USP descreve na revista Nature Reviews Endocrinology 
os mecanismos envolvidos na chamada “reprogramação metabólica”,
por meio dos quais alterações nutricionais da gestante modulam hormônios
secretados pelas células adiposas do bebê. Desse processo pode resultar
o surgimento de diabetes, obesidade, hipertensão e colesterol alto na fase adulta
(
foto: Freepik)

 Alterações no tecido adiposo materno durante o desenvolvimento fetal, provocadas tanto por carência quanto por excesso de ingestão alimentar, podem levar a doenças metabólicas na fase adulta. Esse é o alerta de um artigo publicado na revista Nature Reviews Endocrinology, que descreve os inúmeros mecanismos envolvidos em um conceito conhecido como programação metabólica – em que células do tecido adiposo (adipócitos) regulam a exposição a nutrientes, trazendo consequências de longo prazo.

"São dois casos opostos, mas que seguem mecanismos idênticos: a reprogramação metabólica. Filhos de mulheres que passaram fome na gravidez tendem a nascer com baixo peso e desenvolver hipertensão, alterações na resposta ao estresse, problemas cardíacos, maior propensão a diabetes e aumento da resistência insulínica. Na outra ponta, filhos de mulheres com obesidade gestacional tendem a nascer com alto peso, mas também a apresentar problemas metabólicos na fase adulta", explica José Donato Júnior, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP).

No artigo, a partir de diferentes estudos – alguns deles conduzidos por seu grupo de pesquisa –, o pesquisador junta as peças para esclarecer a intrincada relação entre os adipócitos e a reprogramação metabólica. O trabalho é apoiado pela FAPESP, por meio de um Projeto Temático.

O entendimento desse passo a passo pode auxiliar a estabelecer estratégias futuras para a prevenção e o tratamento de doenças metabólicas, como diabetes, obesidade, hipertensão e dislipidemia (colesterol alto). "Entender esses mecanismos possibilita que intervenções sejam feitas, pois a manipulação de hormônios do tecido adiposo pode ser o embrião de futuras terapias. Veja o caso do diabetes gestacional, por exemplo: a despeito de sua alta prevalência, ainda não existe uma terapia. A indicação é controle da dieta e, se não for suficiente, administrar insulina, o que é extremamente adipogênico [favorece a formação de novos adipócitos] para a mãe e o bebê. A responsabilidade fica muito em cima das mães. Parece que não damos a mesma atenção para os cuidados maternos que damos a outras doenças", avalia o pesquisador.


Dois lados de uma moeda

Donato explica que, por muitos anos, o tecido adiposo – as famosas gordurinhas – foi considerado um mero depósito de energia, onde a gordura era armazenada para ser usada quando necessário. Essa visão, no entanto, começou a mudar com os estudos que descobriram que o tecido adiposo produz hormônios importantes para o controle do metabolismo, como a leptina e a adiponectina. A essa classe de compostos deu-se o nome de adipocinas. São essas substâncias que fazem a intermediação entre a saúde da gestante e o desenvolvimento dos filhos, sobretudo em uma área de pesquisa chamada “origens desenvolvimentistas da saúde e doença” (DOHaD, na sigla em inglês).

A relação entre alimentação materna e doença dos filhos quando adultos foi observada pela primeira vez durante a chamada "fome holandesa", que ocorreu na Segunda Guerra Mundial, após o exército nazista cortar o suprimento de alimentos para o país.

Nesses primeiros estudos, sugeriu-se que a carência alimentar das mães levava a um atraso no desenvolvimento dos filhos, como resultado de um processo adaptativo ao baixo nível de nutrientes que recebiam durante a fase fetal e o início da vida.

A linha de pesquisa, que começou com estudos sobre desnutrição, avançou nas últimas décadas para a obesidade. "Vamos supor que, anos depois, esse mesmo indivíduo que passou por uma programação metabólica comece a ter acesso a alimentos altamente palatáveis, ultraprocessados e cheios de calorias. O organismo que estava adaptado para lidar com a escassez se depara com o excesso. Talvez isso ajude a explicar a epidemia de obesidade que temos atualmente", diz.

De acordo com Donato, estudos mais recentes têm mostrado também que a obesidade materna, a diabetes gestacional e o ganho de peso excessivo durante a gravidez produzem no feto um efeito parecido com o da desnutrição, por também afetar a sensibilidade e os níveis de leptina e adiponectina circulantes na mãe e no feto. "Alguns dos hormônios ligados ao tecido adiposo estão baixos ou apresentam alteração em sua ação, como é o caso da leptina, que promove a adaptação do gasto de energia relacionada à escassez ou ao excesso", comenta.

Donato ressalta no texto que a leptina provavelmente programa o metabolismo do bebê no início da vida, controlando o desenvolvimento de neurônios que regulam o balanço energético, induzindo mudanças permanentes na preferência por alimentos hiperpalatáveis e diminuindo o gasto energético.

Já os efeitos da adiponectina ocorrem na mãe e na placenta, regulando a exposição fetal a nutrientes e, consequentemente, o crescimento e a nutrição fetal, trazendo consequências de longo prazo para o metabolismo e a predisposição a doenças.

É o que os cientistas chamam de mudanças epigenéticas, ou seja, modificações bioquímicas nas células ocasionadas por estímulos ambientais que promovem a ativação ou o silenciamento de genes sem provocar mudanças no genoma do indivíduo. No caso das adipocinas, elas são capazes de alterar a capacidade de alguns genes serem mais ou menos expressos e também fatores de transcrição que, por sua vez, afetam genes relacionados a como as proteínas interagem com o DNA.

"Preencher essa lacuna de conhecimento é particularmente relevante no que diz respeito às alterações epigenéticas em órgãos que controlam o metabolismo, como o cérebro, o tecido adiposo, o fígado e os músculos. Entender e identificar os mecanismos específicos afetados pela sinalização de adipocinas que levam à programação metabólica são de fundamental interesse para orientar o desenvolvimento de estratégias futuras para prevenir e tratar a obesidade, diabetes e suas inúmeras comorbidades", afirma o pesquisador.

O artigo Programming of metabolism by adipokines during development pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41574-023-00828-1.

 

Maria Fernanda Ziegler
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/carencia-ou-excesso-de-alimentos-no-inicio-da-vida-pode-levar-a-doencas-metabolicas-na-fase-adulta/41851/


Benefícios da fisioterapia na qualidade de vida dos idosos

Especialista explica como essa área da saúde pode ajudar no dia a dia das pessoas com mais idade

 

À medida que as pessoas envelhecem, o corpo passa por diversas mudanças, como perda de massa muscular e diminuição da flexibilidade e mobilidade. Além disso, há uma maior propensão a lesões e doenças crônicas. A fisioterapia, nesse quesito, atua de forma abrangente, visando promover a saúde e a funcionalidade, desempenhando um papel importante na reabilitação após fraturas ósseas e cirurgias, proporcionando uma série de benefícios para a qualidade de vida de pessoas com uma idade já avançada e contribuindo para uma vida ativa e saudável. 

Segundo Tais Arcanjo, fisioterapeuta e professora do curso de Fisioterapia da UNINASSAU Recife, campus Graças, condições como artrite, artrose e dores crônicas são muito comuns nessa fase da vida. “Já é comprovado cientificamente que as dores crônicas melhoram com o exercício físico. Nesse caso, as atividades devem ser direcionadas para essas situações, como alongamento e exercícios de estabilidade e fortalecimento muscular para as regiões afetadas". 

“Por outro lado, a fisioterapia aquática, que é a prática de exercícios terapêuticos em piscinas aquecidas, é bastante utilizada em casos de pacientes com artrite, artrose e outros tipos de condições. As atividades são mais relaxantes e leves, fazendo com que os pacientes as efetuem sem muito desconforto. Além disso, existem várias outras técnicas para o alívio dessas dores, como eletroterapia e eletrotermofototerapia. Nelas, correntes elétricas são aplicadas na região dolorida por meio de eletrodos ou cabeçotes, promovendo um efeito anti-inflamatório”. 

A fisioterapia para idosos auxilia na melhora da mobilidade e da capacidade funcional, mas não se limita apenas aos aspectos físicos. “Outro benefício importante é que ela trabalha a saúde mental e emocional, pois as atividades terapêuticas ajudam as pessoas a realizarem atividades diárias e participarem ativamente na sociedade, também contribuindo amplamente na melhora do humor”, conclui Tais Arcanjo.

 

Biodécodage: uma nova alternativa em busca da saúde

A fisioterapeuta Natalia Moretzsohn encontrou na técnica francesa uma aliada para conduzir a terapia para doenças crônicas e a chance de realizar seu sonho: ajudar pacientes com câncer.

 

Natália Moretzsohn,  formada em fisioterapia em 2007, pós graduada em Saúde Pública e em Fisioterapia Intensiva,  há 5 anos trabalha com Fisioterapia integrativa. Proprietária da Clínica Assist, localizada em Contagem- MG. Faz parte da primeira turma de Biodécodage no Brasil, e está no processo final de certificação na técnica pelo Instituto e Editora Cintia Chiarelli, o único homologado no Brasil para oferecer a formação original.

Ela conta como chegou na Biodécodade: “durante a prática da fisioterapia, senti a necessidade de ampliar o olhar em relação à doença e encontrar novas alternativas em busca da promoção da saúde e melhora de sintomas. A Biodécodage veio ao encontro desta busca”.

Técnica criada pelo francês Christian Flèche, a Biodécodage parte do princípio de que toda doença tem uma origem emocional como causa: “em um instante de trauma ou conflito, quando não se encontra uma solução, o corpo se adapta à situação, instalando um programa” biológico que, posteriormente, dará origem a doença”, explica Natalia.

Ela segue: “o grande diferencial desse método de tratamento são os protocolos específicos que nos levam exatamente a esse ‘programa’, ou seja, a origem dos sintomas, o que permitem que ocorra uma transformação na tríade corpo/psique/cérebro”.

A técnica é indicada para qualquer doença física, dores agudas e crônicas, padrões comportamentais repetitivos, e outras como ansiedade e depressão: “é importante ressaltar que a Biodécodage é uma abordagem complementar ao tratamento médico”, enfatiza a fisioterapeuta.

Natalia revela que foi a partir da Biodécodage que ela se sentiu apta a realizar um grande sonho: o de criar o projeto IDENTA e oferecer uma abordagem terapêutica complementar para pacientes com câncer, de forma totalmente gratuita. “Todo câncer tem como base um conflito emocional que fragiliza a estrutura. A Biodécodage consegue trabalhar o conflito de identidade e o conflito específico que gerou a fragilidade no órgão”.


Sobre a Biodécodage

Segundo seu criador, Christian Flèche, a Biodécodage leva em conta que a as doenças têm uma intenção positiva. Quando não conseguimos expressar o que sentimos, nossas necessidades, o corpo faz isso por nós através dos sintomas que preenchem a necessidade não atendida. A doença é como uma solução "perfeita" e duradoura de adaptação a um momento estressante do passado, diante do qual não havia recurso, nenhuma solução para realmente satisfazer a necessidade sentida. O método é complementar à medicina e funciona decodificando os sintomas, que são a linguagem do corpo, e fazendo a ligação entre os sintomas e as emoções que podem estar na origem de seu desencadeamento.

 

Instituto Cintia Chiarelli
https://institutocintiachiarelli.com.br | @institutocintiachiarelli

 

Reposição hormonal traz inúmeros benefícios à saúde masculina e ajuda a prevenir doenças como AVC, infarto e depressão

Reposição de testosterona ajuda a aumentar longevidade masculina


Quem disse que reposição hormonal é só para as mulheres? A terapia de reposição hormonal geralmente é indicada para homens a partir dos 40 anos, quando surgem os primeiros sintomas da andropausa, devido a deficiência na produção de testosterona.

A baixa produção desse hormônio pode levar a sintomas como diminuição da libido, fadiga, perda de massa muscular e óssea e alterações de humor. A reposição hormonal pode ajudar a amenizar esses sintomas e melhorar a qualidade de vida masculina.

O tratamento realizado via implante pode auxiliar na prevenção de doenças como AVC, infarto, osteoporose, depressão, entre outras, mas é preciso acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, com base em análise clínica e a realização de exames. 



Dr. Elias Assad – Médico Urologista. Doutorado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Médico da equipe da Clínica Elsimar Coutinho.
http://clinicaelsimarcoutinho.com.br/


Olá Doutor constata aumento em 30% nos atendimentos de doenças respiratórias

O sul do Brasil tem sido atingido com massas de ar frias e ciclones. Em menos de um mês, um terceiro ciclone deve atingir o Rio Grande do Sul e parte da costa de Santa Catarina nos próximos dias. Com isso, aumentou significativamente a procura por atendimentos médicos.

 

Comparado com o ano passado, 2023 até o momento já aumentou em 30% a procura por atendimentos médicos relacionados a doenças respiratórias no aplicativo Olá Doutor – solução de consultas médicas via chat. Em primeiro lugar vem as infecções de vias aéreas superiores, como resfriados, rinossinusites e amigdalites; seguidas por exacerbações de quadros pulmonares como bronquites e asma e então quadros iniciais mais graves como pneumonias e síndromes respiratórias agudas graves, todas com bases infecciosas (virais ou bacterianas), inflamatórias e/ou alérgicas.

Os dados foram revelados através de levantamento realizado pelo Olá Doutor nos estados do sul do país que mais sofrem com as oscilações de temperatura, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

De acordo com o médico gestor do Olá Doutor, Rafael Machado (CRM 33480 RS), antes da pandemia de COVID-19 e da disseminação da Telemedicina, que tornou mais prático e acessível o acesso a atendimento médicos,  era comum as pessoas deixarem de consultar por pensarem ser algo simples, como uma gripe, então se automedicavam e apresentavam piora na evolução da doença, pela falta de tratamento adequado. Ainda como consequência do período pandêmico, as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a saúde e buscando soluções mais práticas nesse movimento de autocuidado.

O médico afirma ainda que as consultas on-line reduzem enormemente o risco de proliferação destas doenças e a piora evolutiva dos casos. “Evita a necessidade de deslocamentos desnecessários para hospitais, UPAs, clínicas e consultórios, ambientes com alta concentração de pessoas, entre outros. Além de permitir um atendimento de rápido acesso, conveniente e seguro aos cuidados médicos sem os custos, riscos, filas, esperas e perda de tempo ao se deslocar a um atendimento presencial”, comenta Rafael Machado.

O Dr. Rafael alerta para os principais cuidados preventivos para as síndromes respiratórias, como cobrir a boca e nariz com a parte interna do cotovelo ao tossir para evitar a propagação de vírus, beber bastante água e manter-se hidratado, evitar contato com alérgenos e descansar o corpo enquanto houver sintomas.

De forma geral, é importante lavar as mãos regularmente com água e sabão ou desinfetar com álcool, evitar contatos com pessoas doentes, manter uma alimentação saudável e precaver ambientes fechados e com grande aglomeração de pessoas. O Dr. Rafael também ressalta que quanto antes as pessoas buscarem o atendimento médico, tiverem um diagnóstico e iniciarem o tratamento, melhor será a evolução do caso e, assim, podendo evitar que a doença se agrave.

 

Roubos e furtos de veículos de passeio voltam a crescer na Região Metropolitana de SP; veja os modelos mais visados

 Levantamento da Ituran Brasil mostra que número de ocorrências cresceu 23% em maio, para 6.869 unidades, totalizando 27.010 carros no ano; Fiat Argo é destaque com salto de 35% 

 

Após recuar de março para abril, o número de furtos e roubos de veículos de passeio e utilitários na Região Metropolitana de São Paulo chegou a 6.869 em maio, um crescimento de 23% em comparação com igual mês de 2022. Segundo levantamento realizado pela Ituran Brasil, a partir de dados apurados na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e validados com informações da empresa líder em monitoramento de veículos, nos cinco primeiros meses do ano, 27.010 unidades foram alvo de criminosos, o que representa um aumento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado.  

Entre janeiro e maio deste ano, o Chevrolet Onix deixou de ser o primeiro do ranking de modelos de veículos de passeio mais roubados/furtados, com uma queda de 21,4% nas ocorrências em relação ao mesmo período de 2022. A liderança ficou com o Volkswagen Gol, com um avanço de 5,8% na mesma base de comparação.   

“O destaque, entretanto, é o Fiat Argo, que teve aumento expressivo no volume de roubo/furtos. Houve um salto de 35% em relação a 2022. Nesse modelo de carro, o perfil mais visado são os veículos com idade entre 2 a 5 anos, que totalizaram 763 ocorrências em 2023. A ascensão está associada à reposição de peças em desmanches, com o Argo ganhando o status do carro popular da Fiat, depois do Uno”, avalia Fernando Correia, coordenador de operações da Ituran Brasil.



Ituran Brasil

 

A participação e o diálogo na proteção das infâncias


A Constituição Federal brasileira e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelecem que é dever de todos - Estado, famílias e sociedade - assegurar os direitos e o melhor interesse de crianças e adolescentes, com prioridade absoluta. Para que isso aconteça, é preciso observar, também, o art. 5.° do ECA: “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão [...]”.

Anualmente, em maio, a sociedade é convidada a refletir sobre seu papel na defesa dos direitos de meninos e meninas com o Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. Segundo o 16.º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado em 2022, 61,3% dos crimes de estupro registrados no Brasil foram contra menores de 13 anos, sendo que 76,5% aconteceram dentro de casa, e 82,5% dos agressores eram conhecidos das vítimas.

Os dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania apontam a mesma realidade: nos quatro primeiros meses de 2023, foram registradas 9.580 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes, uma média de 80 denúncias por dia.

Chama a atenção, também, o impacto da pandemia de covid-19. Com a necessidade de isolamento social e suspensão das aulas para conter o avanço da doença, meninos e meninas ficaram mais vulneráveis à violência doméstica. O afastamento de outros espaços de convivência, como as escolas, não só aumentou a exposição de crianças e adolescentes aos agressores como dificultou que terceiros pudessem identificar violações de direitos e denunciar.

Em 2023, pela primeira vez desde o início da pandemia, teremos a retomada completa da rotina escolar presencial, e as escolas têm papel fundamental na proteção e defesa de crianças e adolescentes. Por serem espaços de convivência e vínculos, muitas vezes é no ambiente escolar que a criança se sente segura para comunicar uma situação de violência que tem sofrido ou presenciado.

Por isso é tão importante que toda a comunidade educativa esteja preparada para acolher um relato desse tipo. Não apenas professores, mas também, todos os profissionais que atuam nesses espaços, pois uma criança pode recorrer a qualquer um deles como pessoa de confiança. O critério de escolha é da criança, baseada no afeto e na identificação. A preparação é importante também em espaços de ensino não formais, como igrejas, cursos de idiomas, dança, teatro, esportes, entre outros.

Os espaços educativos são estratégicos para romper com ciclos de violência também na prevenção. Ao falar com os estudantes sobre direitos, respeito ao próprio corpo e aos sentimentos, o direito de dizer "não" a situações que causem desconforto ou constrangimento, respeitando as mensagens e linguagens adequadas a cada faixa etária, as escolas se tornam espaços de diálogo e confiança. É como nos diz um provérbio africano bastante conhecido: "É preciso uma aldeia inteira para cuidar de uma criança". 



Bárbara Pimpão Ferreira - gerente do Centro Marista de Defesa da Infância

Carmem Murara - diretora de relações institucionais e governamentais do Grupo Marista

 

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