Em dez anos, contratações do grupo etário acima de 80 anos foram as que mais cresceram (33,5%). Maior parte das adesões é de mulheres, aponta estudo do IESS
As aquisições de planos médico-hospitalares
direcionadas a idosos com mais de 60 anos seguem em crescimento contínuo no
País. Entre dezembro de 2013 e o mesmo mês de 2022, o número de contratos desse
grupo etário passou de 5,7 para 7,2 milhões, alta de 26,6%, registro recorde.
As informações são do novo estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar
(IESS) intitulado “Evolução do Número de Idosos em Planos de Saúde no Brasil
nos últimos 10 anos”.
A análise revela que o grupo de pessoas com 80 anos
ou mais foi o que mais cresceu no período (33,5%) – eram 955,5 mil, em 2013, e
saltou para 1,3 milhão, em 2022. Na sequência, aparece a faixa entre 70 e
79 anos, que passou de 1,7 milhão para 2,2 milhões (31,3%).
A maior prevalência (59%) é do sexo feminino,
correspondente a 4,3 milhões de vínculos. Além disso, a maior concentração de
beneficiários idosos está em São Paulo (37,1%) com 2,7 milhões de contratos, seguido
por Minas Gerais (14,7%) com 1,1 milhão e Rio de Janeiro (11,2%) com 806,3 mil.
Para José Cechin, superintendente executivo do
IESS, o aumento é representativo, sobretudo no grupo etário com 80 anos ou
mais, levando-se em conta que no mesmo período, o número total de beneficiários
com planos de saúde subiu apenas 1,9%. “É um grupo mais suscetível, pois muitos
desses octogenários convivem com uma ou mais doenças crônicas e que demanda
atenção especializada, complexa e continuada, ou seja, precisam utilizar mais
os serviços. Como se trata de contratos com mensalidades mais elevadas, sabemos
do esforço que esses idosos precisam fazer para a manter, bem como adquirir
esses planos” afirma.
Em relação ao tipo de contratação, as adesões a
planos coletivos, especialmente os empresariais, que são oferecidos por
empresas aos colaboradores, foram as que mais cresceram. A modalidade teve
registro de alta de 33,8% - eram 2,3 milhões de vínculos em dezembro de 2013 e
atingiu 3 milhões em dezembro de 2022. Já os coletivos por adesão passaram de
1,3 milhão para 1,5 mi (19,2%) no mesmo período.
Clique
aqui para ver o estudo na íntegra.
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