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quinta-feira, 6 de julho de 2023

ECF: cinco cuidados para evitar erros nessa obrigação

Nenhuma empresa deseja ter problemas com o Fisco. Entretanto, todo ano, muitos erros são cometidos no preenchimento das obrigações fiscais, assim como ocorre na ECF (Escrituração Contábil Fiscal). Tida como uma das declarações contábeis mais importantes no fornecimento das informações sobre a movimentação financeira e fiscal das empresas, ela demanda extremo cuidado para evitar o fornecimento de dados incorretos dentro do prazo estabelecido – o qual, este ano, é em 31 de julho, mas que provavelmente será estendido até o dia 31 de agosto.

Tendo substituído a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) em 2014, esta escrituração contábil fiscal retrata a apuração do imposto de renda e contribuição social das empresas que operam sob o regime de Lucro Presumido, Imunes e Isentas e Lucro Real – assegurando transparência e conformidade com a legislação vigente.

É importante ressaltar que os dados que são base para elaboração da ECF advêm da ECD (Escrituração Contábil Digital), responsável por registrar todas as transações e fatos econômicos ocorridos ao longo do ano-calendário. Por isso que, qualquer preenchimento errado neste documento, irá ocasionar problemas sérios com os órgãos fiscalizadores.

Neste ano, a própria Receita Federal disponibilizou, para cerca de 445 mil empresas, os dados pertinentes ao faturamento bruto obtidos via declarações enviadas pelos contribuintes, EFD-ICMS/IPI e EFD-Contribuições, visando fornecer subsídios para o preenchimento da ECF – em uma iniciativa que busca reduzir possíveis equívocos que prejudiquem sua conformidade. Em conjunto a isto, confira cinco cuidados essenciais que devem ser tomados pelos negócios:


#1 Apuração mensal de imposto de renda e contribuição social: por demonstrar a apuração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas, a apuração mensal destas informações deve ser feita de maneira cuidadosa e robusta. É preciso se certificar de que todas as adições, exclusões e pagamentos estimados foram informados e pagos/compensados devidamente durante o ano, assim como o ganho de capital e receitas financeiras adquiridas no período.

#2 Compensações dos impostos: a ECF tem relação direta com a Declaração de Compensação (DCOMP) e com o Pedido Eletrônico de Restituição ou Ressarcimento (PER) para as empresas que desejam compensar os impostos pagos. Mas, alguns cuidados devem ser tomados nesse processo. Afinal, enquanto para empresas do lucro real trimestral, as compensações ainda são permitidas via Dcomp, é vedada a compensação na hipótese de Lucro Real estimativa mensal.


#3 Adição do Transfer Pricing: este é um item pouco lembrado pelas empresas ao preencherem o ECF. Contudo, com a crescente participação brasileira nas cadeias globais de valor, se tornou extremamente importante se atentar ao informe correto do controle das operações comerciais e financeiras praticadas com as empresas no exterior – de forma que estejam em compliance com as leis do Transfer Pricing.


#4 Cruzamento dos valores pagos à Receita Federal x valores apurados de IR: todos os valores enviados à Receita Federal serão cruzados com aqueles informados no imposto de renda e, ainda, os declarados na ECF. Por isso, a checagem dessas obrigações acessórias é essencial para garantir qualidade na entrega, evitando que haja ônus para a empresa sendo autuada pelo não pagamento de tributos. Considerando a tamanha fiscalização do Fisco, qualquer erro, por menor que seja, pode trazer danos enormes ao negócio.


#5 Prazo: como o prazo da entrega da ECD foi prorrogada para o dia 30 de junho, o limite de envio da ECF provavelmente também será estendida para o dia 31 de agosto. Apesar de terem mais tempo para cumprir com este tempo, é preciso utilizá-lo com sabedoria, aproveitando esse novo prazo para, realmente, assegurar que todas as informações foram prestadas corretamente. As multas são pesadas, podendo variar de 0,25% por mês-calendário, ou fração do lucro líquido antes do IRPJ e da CSLL do período a que se refere a apuração, limitada a 10%. Caso a ECF seja entregue com atraso, será aplicada multa de até 3%, não inferior a R$ 100,00, caso haja valor incorreto, omitido ou inexato.

Embora muitos associem a ECF, principalmente, ao trato da apuração do imposto de renda, é importante ressaltar que ela também traz outras informações de cunho relevante para RF – agregando todos os dados essenciais que elevam a visibilidade sobre as operações da companhia.

Por isso, para garantir seu preenchimento correto, é fundamental conter um alicerce de BPO (Business Process Outsourcing) através de profissionais com capacidade de processar e apresentar essas informações ao Fisco de maneira segura, para que não haja ônus para a empresa nesse aspecto. Essa é a melhor forma de garantir a entrega deste documento completo, evitando prejuízos à conformidade da companhia.

 


Jessica Becalette - Coordenadora contábil na ECOVIS® BSP.

Lucas Leme - sócio e supervisor de contabilidade na ECOVIS® BSP.



BSP
https://ecovisbsp.com.br/


Bora curtir as férias? Confira dicas de como economizar nas viagens em família sem abrir mão da diversão

 Com o recesso de julho chegando, especialista traz recomendações de como aproveitar este período sem comprometer o orçamento

 

As férias de julho estão chegando; como de costume, muitas famílias aproveitam esse período para viajar e se divertir. No entanto, os gastos com entretenimento podem interferir no orçamento doméstico e, diante dessa realidade, diversas pessoas têm buscado alternativas mais acessíveis para aproveitar a pausa da escola ou do trabalho.

 

“Vale ressaltar que a redução de gastos não precisa significar a eliminação completa dessas atividades, sendo possível optar por opções baratas e não deixar de lado os momentos de diversão”, orienta Thaíne Clemente, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal 100% online.

 

É preciso ter em mente também que o planejamento financeiro das férias não diz respeito somente ao momento que antecede a viagem. No retorno, é importante realizar um balanço de todos os custos e verificar se o orçamento foi cumprido. “Em caso de consumo excessivo, é necessário se organizar para quitar as dívidas o mais breve possível, o que permitirá uma melhor preparação financeira das futuras viagens”, continua Thaíne.

 

Assim, para evitar o endividamento e garantir uma viagem com menos custos, sem abrir mão do lazer, a especialista listou algumas dicas de como economizar e tirar a preocupação financeira desse momento. Confira:

 

Planeje com antecedência

Com tempo para pesquisar, é possível encontrar boas promoções em passagens aéreas, diárias de hotéis e outras opções de hospedagem. Além disso, reservar com antecedência permite o parcelamento dos custos, o que ajuda a evitar despesas inesperadas e a colocar as finanças em ordem antes mesmo de iniciar a viagem. Essa estratégia é especialmente vantajosa em períodos de alta temporada, quando os preços costumam ser elevados.

 

Estabeleça o orçamento 

É recomendado planejar com antecedência o quanto se pode gastar, definindo um orçamento realista e que não afete outras despesas prioritárias. Uma dica para economizar durante a excursão é pesquisar bem antes de fechar qualquer negócio, buscando sempre as melhores ofertas em hospedagem, alimentação e passeios turísticos. Também é válido evitar gastos desnecessários e compras impulsivas, controlando as despesas diárias.

 

Alugue uma casa

Aluguéis por temporada podem ser uma ótima opção, especialmente se a família for grande. Em vez de pagar a diária de um hotel, uma casa pode sair mais barata e ainda oferece espaço e conforto a todos os viajantes. Além disso, permite que as despesas sejam divididas entre todos os ocupantes, o que diminui ainda mais o valor gasto na hospedagem. Ter uma cozinha à disposição também permite cozinhar e promover verdadeiros banquetes gastronômicos em família, ajudando a economizar com as refeições fora.

 

Façam passeios gratuitos pela cidade

Para evitar gastos excessivos e aproveitar ao máximo a experiência, uma dica valiosa é pesquisar por locais de baixo custo ou até mesmo gratuitos antes de montar o cronograma da viagem. Existem diversas opções de turismo que não exigem grandes investimentos financeiros, como parques e praças públicas, museus gratuitos, eventos culturais da cidade, entre outras atrações. Além disso, muitas cidades oferecem uma city tour a pé ou de bicicleta, que são uma excelente maneira de conhecer melhor o local sem grandes custos.

 

Evite trocar dinheiro em aeroportos

Geralmente, aeroportos têm uma taxa elevada de câmbio devido à conveniência e ao fato de terem menos concorrência. O ideal é ir até uma casa de câmbio fora do terminal, em locais como hotéis, bancos ou no centro da cidade de destino. No entanto, é importante pesquisar previamente as opções de casas de câmbio no destino e comparar as taxas oferecidas por cada uma delas, para se certificar do melhor custo-benefício. 

 

Simplic


A corrida da vida: Quem ganha, o nerd ou o atitude?

O enigma da inteligência coração-mente: Notas e medalhas versus atitude e paixão

 

Era uma vez dois amigos inseparáveis, Antônio e Pedro. Desde crianças, esses dois eram como queijo e goiabada – indivisíveis e complementares. Antônio era o típico CDF, o nerd da turma. Aquele que podia responder qualquer pergunta do professor, que tirava nota 10 sem esforço e que vivia com o nariz nos livros. Pedro, por outro lado, era o contraponto perfeito: vivaz, cheio de energia e, acima de tudo, tinha um jeito natural de lidar com as pessoas. Não era um aluno exemplar como Antônio, mas sua habilidade em se relacionar com os outros compensava suas notas mais modestas.

Com o passar do tempo, os dois seguiram suas vidas. Antônio conquistou uma bolsa numa universidade renomada e Pedro ingressou no mercado de trabalho logo após o ensino médio, seguindo sua paixão por vendas.

Após alguns anos, os dois se reencontraram. Antônio contou que, apesar de seu diploma de uma universidade de prestígio e suas notas impressionantes, estava tendo dificuldades para encontrar um emprego estável. Por outro lado, Pedro, que nunca tirou um 10 na vida, estava feliz em uma carreira próspera de vendas, onde sua habilidade natural para se relacionar com as pessoas o fazia se destacar.

Nessa conversa descontraída entre os dois, Antônio pergunta a Pedro: “Pedro, como você conseguiu tanto sucesso na carreira mesmo sem um diploma de uma universidade prestigiosa?”. Pedro dá uma risada, dá uma tapinha amigável no ombro do amigo e diz: “Antônio, minha querida enciclopédia ambulante, a vida não é uma prova de múltipla escolha, nem um exame de verdadeiro ou falso. É um teste prático de habilidades e atitudes. E acredite, a postura que temos diante das adversidades conta muito mais do que qualquer nota 10.”

Não me entendam mal, meus caros leitores. Não estou dizendo para abandonarem os estudos e saírem por aí vivendo de atitudes. Longe disso. Afinal, todo conhecimento é útil, e o estudo é fundamental para o nosso crescimento pessoal e profissional. Mas, uma coisa é certa: inteligência acadêmica não é garantia de sucesso na vida. As soft skills, ou habilidades interpessoais, como a empatia, a proatividade, a resiliência e o poder de se comunicar eficientemente, são igualmente (se não mais) importantes.

A lição que fica é que devemos buscar o equilíbrio entre o conhecimento acadêmico e o desenvolvimento de nossas soft skills. Não adianta ser um gênio se você não consegue se relacionar com as pessoas ao seu redor ou lidar com os desafios da vida. E nem ser a pessoa mais simpática do mundo, mas não ter um pingo de comprometimento ou proatividade. A verdadeira inteligência, acredite se quiser, está além das notas e dos diplomas. Está em nossas ações e atitudes perante a vida.

Enquanto sorria e olhava para o amigo, Pedro continuou: “Sabe, Antônio, eu acredito que você tem tanto potencial quanto qualquer pessoa. Seus conhecimentos e habilidades são impressionantes, mas acredito que você precisa soltar a capa de super-nerd um pouquinho. Tente olhar para as pessoas ao seu redor, interagir, entender o que elas sentem, o que precisam. Use toda essa inteligência para criar soluções que realmente ajudem as pessoas. Você verá que, quando começar a usar mais seu coração junto com sua mente, oportunidades irão aparecer”.

Antônio ouviu atentamente, com um leve sorriso no rosto. Sabia que Pedro tinha razão. Ele sempre soube que era mais que um amontoado de notas 10 e prêmios acadêmicos. Ele tinha um coração, um espírito, uma voz. E era hora de usar tudo isso.

Então, meus caros leitores, vamos aprender com a história de Antônio e Pedro. Todos nós temos algo único para oferecer ao mundo, independentemente de nossas notas ou da quantidade de diplomas que temos. O que realmente importa é como usamos nossas habilidades – tanto as hard skills quanto as soft skills – para fazer a diferença na vida das pessoas ao nosso redor.

Lembre-se sempre: a corrida da vida não é vencida pelo mais rápido ou mais forte, mas pelo que nunca desiste. E às vezes, o que precisamos para não desistir não é uma mente cheia de conhecimento, mas um coração cheio de coragem, compaixão e ação. Nesse sentido, ser um bom ser humano, uma pessoa de atitude, pode valer muito mais do que qualquer nota 10. Afinal, na escola da vida, todos nós estamos aprendendo.

Então, queridos, estudem sempre, aspirem à excelência, mas nunca se esqueçam de que são muito mais do que suas notas ou títulos acadêmicos. Vocês são seres humanos incríveis, capazes de mudar o mundo com suas ações e atitudes. E isso, meus caros, é algo que nenhum diploma pode ensinar.

 



Francisco Carlos - CEO Mundo RH
www.mundorh.com.br


Jornada EESG das operadoras de saúde exige aprofundar o S sem abandonar o G


Como se não bastasse a dificuldade de atuar em um setor considerado sagrado usando as regras frias do mundo dos negócios, as operadoras de saúde ganharam mais recentemente um upgrade neste desafio que é o de reduzir os dilemas deste aparente antagonismo incorporando no dia a dia da operação os comportamentos de conformidade com o famoso padrão EESG. Na prática, isto se resume em ganhar o dinheiro suficiente para agradar às expectativas dos acionistas, mas ao mesmo tempo, oferecer atendimento médico a baixos custos e ainda respeitando elevados critérios de responsabilidade socioambiental e de gestão.


Fazendo uma analogia com os icebergs, é como se toda essa complexidade estivesse escondida nas profundezas do mar, deixando à vista apenas a ponta mais elevada resultante de todo este processo que é o alto custo das mensalidades.


Para falar apenas a respeito das questões relacionadas à jornada EESG deste setor, é inegável que após a pandemia e, até mesmo por causa dela, a dimensão Social (S) experimentou um inequívoco avanço nos últimos anos.


Só para ter uma ideia, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, entre os 2020 e 2021 foram realizados mais de 7,5 milhões de atendimentos remotos no Brasil, feitos por 52,2 mil médicos, psicólogos e terapeutas que alcançaram um índice de resolutividade de 91% dos casos.


Isto é resultado direto do uso intensivo da telemedicina e de outras tecnologias que conseguiram reduzir os custos e democratizar o acesso à saúde, permitindo que um número maior de brasileiros pudesse passar a usufruir dos benefícios oferecidos pelos chamados convênios médicos.


Por outro lado, esta possibilidade de expansão da cobertura ampliou as alternativas para a fuga de recursos dessas empresas pela prática mais constante de fraudes e abusos.


Não por acaso, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) trabalha com a estimativa de que em 2022 as operadoras de planos médico-hospitalares tiveram prejuízo operacional de R$ 10,7 bilhões, o que seria o recorde de prejuízo em 25 anos.


Neste sentido, claramente se observa uma dificuldade maior em avançar na dimensão da governança (G) e impacta também no outro componente do EESG que é a sustentabilidade. Esta expressão não deve ser confundida apenas com questões relacionadas aos cuidados com o planeta, mas também com a sustentação da própria empresa e do mercado como um todo.


Afinal, como disse recentemente a diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente, a “inviabilização da saúde suplementar não vai afetar apenas as operadoras. Vai prejudicar seus 50,3 milhões de usuários, que podem se ver sem cobertura, em caso de insolvência”.


Tal situação, segundo ela poderia levar ao colapso todo o sistema de saúde nacional, uma vez que os planos respondem por 83% das receitas dos hospitais privados e mais de 50% das receitas dos laboratórios.


A palavra sustentabilidade não é empregada à toa. Sustentar significa se manter. Uma empresa não sustentável tem vida curta. Quando uma companhia se preocupa em criar formas de produzir mais e melhor com menos desperdício de matéria prima, ela está garantindo a manutenção desse recurso para ela própria ao mesmo tempo que o dinheiro investido nas inovações necessárias, resultam em produtos mais competitivos. É um ciclo. Empresas aderentes a padrões EESG valem mais.


Portanto, para que um modelo de governança corporativa seja implantado com base no padrão EESG é preciso total engajamento dos acionistas e dos executivos que lideram esse processo.


Um caminho viável talvez seja o de aprofundar ainda mais o uso de tecnologia, não só para baratear custos, mas também e principalmente como forma de melhorar a governança. As chamadas healthtechs já demonstraram que podem contribuir decisivamente neste processo.


Elas têm desenvolvido soluções inovadoras em vários segmentos da saúde como a medicina preventiva, que evita ou minimiza efeitos das doenças e a medicina preditiva, cuja finalidade é identificar a predisposição a alguns males como câncer, hipertensão etc. Vale ressaltar também o bom trabalho de algumas dessas startups em medicina proativa, que estreita e prolonga a relação entre médico e paciente de forma suportada pela tecnologia e a medicina personalizada que, como o próprio nome diz, permite que tratamentos sejam aplicados conforme a característica de cada indivíduo.


Prevenir custa menos ao sistema de saúde e gera maior bem-estar ao paciente do que tratar uma doença em estágio avançado. Bem implantada, a tecnologia reduz a quantidade de consultas presenciais sem prejuízo para o tratamento e para a relação médico/paciente e ainda contribui para redução de filas em clínicas e hospitais e também do número de vezes que o paciente tem de se locomover de casa ao consultório apenas para mostrar um exame que poderia ter chegado ao médico por meios digitais.


Tudo isso é ganho de tempo, de eficiência, de qualidade de vida para quem precisa e, na outra ponta diminuição de custos, redução da emissão de carbono, já que exige menos locomoção, e do uso de papel por meio da digitalização.


Enfim, apesar de parecer um problema a mais para as operadoras de saúde, a busca por padrões EESG com apoio da tecnologia, pode ser uma luz no fim do túnel com potencial de derreter o iceberg para que a ponta que fica para fora da água seja cada vez menor e não assuste tanto aos navegantes.

 

Roberto Gonzalez - consultor de governança corporativa e EESG.


Sim, dormir algumas horas durante o expediente pode fazer bem!

No mundo acelerado e altamente competitivo dos negócios, as empresas estão percebendo cada vez mais a importância de cuidar do bem-estar e do equilíbrio dos colaboradores. Com o objetivo de promover um ambiente de trabalho saudável e produtivo, muitas organizações estão adotando uma abordagem inovadora: oferecer salas de descompressão e incentivar a soneca durante o expediente. Isso mesmo que você leu, soneca! Sabe aquele cochilo de uns 40 minutos a uma hora? Esse mesmo.

Essas iniciativas têm se mostrado extremamente benéficas, tanto para os colaboradores quanto para a própria empresa. Os pontos positivos envolvem relaxamento e descanso, trazendo impactos na redução do estresse e até aumento da criatividade e produtividade do time. Um estudo publicado na Revista de Neurologia em 2017  mostrou que uma soneca curta pode aprimorar a consolidação da memória e melhorar o desempenho das pessoas.

Ao disponibilizar um espaço que oferece um refúgio tranquilo com esse propósito, as instituições demonstram um compromisso com a saúde e o bem-estar de seus colaboradores. Pesquisas têm mostrado que pausas regulares e períodos de descanso adequados são essenciais para prevenir o esgotamento físico e mental. Ao fornecer um local apropriado para essas atividades, as empresas valorizam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.

Permitir que os colaboradores tirem um tempo para relaxar e afastar-se das tarefas, significa que as empresas estão estimulando o cérebro a se desligar momentaneamente e, assim, abrir espaço para a geração de novas ideias e soluções inovadoras. E esses momentos de descanso podem melhorar a clareza mental, a concentração e a capacidade de resolução de problemas.

Muitas pessoas ainda sofrem com a privação do sono, considerada comum na sociedade moderna e que pode afetar negativamente a saúde. Cochilos curtos e revigorantes têm sido associados a diversos benefícios, como o aumento da memória, da concentração e da disposição. Além disso, a melhoria da qualidade do sono contribui para a saúde física e mental dos colaboradores, reduzindo o risco de doenças e melhorando o humor e o bem-estar geral.

A criação de uma sala de descompressão e soneca demonstra o compromisso da empresa em criar um ambiente de trabalho positivo e engajado. Essa iniciativa pode aumentar a satisfação dos funcionários, promover um senso de pertencimento e fortalecer os laços entre a equipe. Ao cuidar de seus parceiros, as empresas estão investindo em seu próprio sucesso, pois colaboradores saudáveis e felizes tendem a ser mais produtivos, criativos e comprometidos com os objetivos da organização.




Alexandre Slivnik - reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias na área de palestras e treinamentos (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). É Vice-Presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). É professor convidado do MBA de Gestão Empresarial da FIA / USP. Palestrante e profissional com mais de 20 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante Internacional com experiência nos EUA, Europa, África e Ásia, tendo feito especialização na Universidade de Harvard (Graduate School of Education - Boston / EUA). www.alexandreslivnik.com.br.


Comunicação Transformadora

 A Habilidade que Todo Líder Deve Dominar

 

De acordo com estudos, cerca de 60% dos problemas administrativos são causados por uma comunicação ineficaz

 

A boa comunicação tem um papel fundamental no sucesso de qualquer líder. De acordo com estudos e especialistas no assunto, a habilidade de se comunicar efetivamente está diretamente ligada à clareza, produtividade, trabalho em equipe e inspiração. Por outro lado, a má comunicação pode resultar em problemas e desafios significativos para líderes e suas equipes.

 

Segundo Peter Drucker, conhecido como o "pai" da administração moderna, cerca de 60% dos problemas administrativos são causados por uma comunicação ineficaz. Essa estatística ressalta a importância de uma comunicação clara e efetiva para o bom desempenho e sucesso de qualquer líder.

 

Para discutir sobre esse tema crucial, entrevistamos André Minucci, renomado Mentor de Empresários, que compartilhou suas perspectivas sobre a importância da comunicação para os líderes. Quando questionado se um líder precisa ser um bom comunicador, Minucci respondeu: "Sem dúvida alguma. A capacidade de se comunicar de forma clara e efetiva é uma das principais habilidades que um líder deve ter.

A comunicação é a base para estabelecer um ambiente de trabalho saudável, onde a informação flui livremente. Minucci destacou que um líder eficaz deve ser capaz de transmitir sua visão e metas de forma clara, inspirando sua equipe a segui-las. "A comunicação efetiva permite que o líder alinhe as expectativas, motive e envolva as pessoas ao seu redor. Além disso, uma boa comunicação melhora o trabalho em equipe, aumenta a produtividade e evita mal-entendidos que podem levar a erros e conflitos", acrescentou.

 

Saber ouvir

 

O Mentor de Empresários também ressaltou que a comunicação não se trata apenas de falar, mas também de ouvir ativamente. "Um líder eficaz deve ser um bom ouvinte, demonstrando empatia e compreensão. Ouvir as preocupações, ideias e feedback da equipe é essencial para construir relacionamentos de confiança e promover treinamentos corporativos", explicou Minucci.

Ele enfatizou ainda que investir no desenvolvimento das habilidades de comunicação é fundamental para os líderes. "Existem várias maneiras de aprimorar as habilidades de comunicação, como participar de treinamentos, buscar feedback e praticar a escuta ativa. Quanto mais um líder se dedica a melhorar sua comunicação, melhores serão os resultados alcançados", ressaltou.

Concluindo a entrevista, André Minucci reforçou a importância da comunicação efetiva para o sucesso de líderes e suas equipes. "Uma boa comunicação cria uma base sólida para um ambiente de trabalho positivo e produtivo. Os líderes que dominam essa habilidade têm uma vantagem significativa na condução de suas equipes em direção ao sucesso", concluiu.

Em suma, a comunicação é a base do sucesso para os líderes, pois gera clareza, melhora a produtividade, impulsiona o trabalho em equipe e inspira. Aqueles que dominam essa habilidade têm uma vantagem significativa na condução de suas equipes em direção ao sucesso nos desafios cada vez mais exigentes do mundo empresarial contemporâneo. 



minuccirp.com.br
Facebook e Instagram: @minuccirp e @andreminucci


Já imaginou a revolução digital chegando à saúde?


Nos últimos anos, temos presenciado de forma clara a revolução digital, com a adoção da tecnologia em diversos setores com intuito de otimizar e facilitar a vida dos consumidores. Desde 1990, já presenciamos os primeiros passos dessa transformação quando a Amazon inovou com a venda de produtos online e depois, a Netflix nos apresentou seu algoritmo para prever as preferências dos assinantes, entre tantos outros exemplos de ferramentas que encantaram o cliente.

 

Neste sentido, quando falamos em revolução digital na saúde, nos referimos a aplicativos, Internet das Coisas (IoT) e plataformas online. Estas soluções possibilitaram que cuidado ao paciente migrasse do hospital e consultórios para ambientes virtuais. Mais do que isso, ele está movimentando o mercado financeiro. Segundo dados do Global Market Insights em 2018, o setor de telemedicina mobilizou 38 bilhões de dólares. Para 2025, a projeção é de 130 bilhões de dólares. O mercado em saúde tende a triplicar em menos de 10 anos. Com relação a saúde digital, até 2026 esse mercado deve atingir o valor de US$ 639,4 bilhões com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 27,7% durante o período de previsão, de acordo com relatório da Grand View Research.

 

Monitorização cardíaca, holter e glicosímetro já vêm sendo desenvolvidos há décadas. Segundo dados da pesquisa de tecnologia móvel da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS), cerca de 88% das organizações de saúde nos EUA já investiram ou pensam em investir em “RPM” (monitoramento remoto do paciente). De acordo com a American Heart Association (AHA), o RPM empondera os pacientes no engajamento e participação na sua saúde, enquanto possibilita ao médico uma visão holística de seu paciente, aumenta a visibilidade sobre a aderência ao tratamento e permite a intervenção no tempo adequado.

 

Quando avaliamos os dispositivos para RPM é necessário considerar quatro pilares:

 

·       Acurácia

·       Eficiência no processamento de dados

·       Segurança dos dados

·       Baixo consumo de bateria

 

O atual sistema de saúde nos faz observar uma equação que não fecha, o envelhecimento populacional, mais o aumento da prevalência de doenças crônicas e a redução de profissionais qualificados. Fica evidente que o caminho para a tranformação digital para atender a essas demandas é inevitável. 

Desta forma, podemos dizer que a revolução digital veio para trazer maior comodidade, acessibilidade e segurança de forma efetiva aos pacientes, além de de garantir maior eficiência em seus processos, e colaborando para um sistema de autonomia ao consumidor.

 

Dra. Anna Clara Rabha - diretora médica da Tuinda Care

 

Demissões em TI: ainda vale a pena trabalhar nessa área?

Não houve quem não se assustou frente às demissões em massa em TI. Afinal, apenas em janeiro deste ano, segundo dados do Layoffs Brasil, cerca de 11.500 profissionais perderam seus empregos. Apesar de ser um pilar estratégico para o funcionamento de diversas empresas, este cenário reflete uma intensa transformação no mercado, no que diz respeito, principalmente, à maior rigorosidade na contratação destes talentos. Algo que, tanto para aqueles já inseridos no ramo quanto para os recém-chegados, precisa ser claramente compreendido, a fim de evitar que façam parte dessa estatística.

Em meio a tamanha digitalização global, a área de TI sempre se manteve dentre as mais promissoras e buscadas. Por isso, vem sendo alta a demanda por parte das empresas por profissionais qualificados para fornecerem o suporte tecnológico necessário para alavancar suas operações. Esta necessidade de disrupção sempre será fundamental para o destaque competitivo – mas, a escolha daqueles responsáveis por essa missão vem sofrendo algumas mudanças significativas.

No lugar dos processos seletivos volumosos e desenfreados antes usuais neste setor, a consistência perante as organizações tomou o protagonismo na área de TI. Vemos uma seletividade muito maior nas contratações destes trabalhadores, analisando diversas questões referentes às hard e soft skills antes de selecionar quem fará parte da equipe interna. Sendo essa uma mudança influenciada não por questões financeiras, mas pelo entendimento de que não faz sentido mais recrutar diversos profissionais, sem uma régua de seleção por trás.

Antes preteridos pela lei da oferta e demanda do mercado, hoje estes aspectos são compreendidos como fundamentais para a construção de times excepcionais para o crescimento corporativo. Se, antes, era comum as empresas se adequarem aos profissionais, o cenário atual está cada vez mais inverso. As companhias querem os melhores profissionais para integrarem suas equipes, com a experiência adequada para assumir as funções esperadas e, claro, uma remuneração e benefícios condizentes com essas responsabilidades.

Dessa forma, mesmo diante das intensas demissões em massa registradas no começo deste ano, há ainda expectativas positivas deste segmento se manter aquecido no mercado. Tanto é que, de acordo com a Associação das Empresas de tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom), este setor deve investir cerca de R$ 666 bilhões até 2026 em suas operações, com fortes perspectivas para o recrutamento de novos talentos.

Aqueles que estão inseridos neste ecossistema precisam ser muito mais racionais em suas escolhas daqui para frente, se adaptando à realidade destas empresas após as movimentações vistas e balanceando a coerência entre o que elas podem oferecer, e o que desejam para suas carreiras. Mesmo diante deste alto investimento, será pouco provável vermos processos seletivos volumosos, mas sim a continuação desta seletividade em prol de talentos realmente preparados para assumirem os cargos disponíveis.

Apesar deste fenômeno ter impactado organizações ao redor do mundo, o setor de TI ainda se mostra como um dos mais atraentes para os profissionais desenvolverem suas carreiras. Mas, em meio a tamanhas transformações, cada vez mais qualificações e habilidades serão exigidas destes talentos, para que consigam implementar os melhores recursos do mercado a favor do negócio. A adaptação se tornou a nova palavra de ordem neste segmento, para que consigam adquirir as oportunidades disponíveis e prosperarem em seus ramos.



Fernando Poziomczyk - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.


Wide
https://wide.works/


Mudar ou não de emprego: 5 recomendações para tomar a decisão assertiva

A vida é uma travessia. Estamos sempre indo do ponto A para o ponto B, às vezes em linha reta e muitas outras por vias tortuosas. Esta metáfora, tão usada por pensadores da área de negócios, é interessante. Digo isso porque, quando damos inícios a uma travessia, espera-se que cheguemos num lugar diferente do que saímos. Mesmo assim, quando chegamos, nos sentimos um estranho naquele novo lugar. Quantas vezes não mudou de empresa e se pegou com saudades da antiga casa? 

Como exemplo, gosto de pensar em jovens que saem de uma pequena cidade e começam uma nova vida em um grande centro. Quando perguntados sobre o que estão achando, muitos se mostram preocupados com os novos costumes da cidade grande. É comum ouvir expressões saudosas, que servem para demonstrar o quanto as pessoas eram mais felizes. Agora, a pergunta que me veio foi: se estava tão bom, por que iniciou uma travessia? Afinal, se eu empreendo esforços nesse sentido, é natural esperar que o lugar que eu estou indo seja diferente do qual estava, não é mesmo? 

Apesar de lógico, as coisas nem sempre são assim. Muitos, sentindo-se desconfortáveis com algo, buscam mudar sem saber ao certo o quê. Entender o que não está nos fazendo bem é algo que precisamos colocar esforço e análise. Encontrar a causa raiz do que nos incomoda não é trivial de ser achada. E, nesse momento de desconforto, pode aparecer uma oferta de vaga enquanto navega no LinkedIn ou no Instagram e você acaba clicando. Pronto. Está num processo seletivo e não sabe bem o porquê está lá. Apenas clicou. 

Nesse meio tempo, enquanto o processo corre, você começa achar que sua vida estagnou. Não há perspectivas de crescimento. Seu colega foi promovido, mesmo sendo você bem melhor que ele. Está péssimo, olhando as redes sociais para que o tempo passe mais rápido. E aí, recebe um convite de entrevista por e-mail! Uau! As pessoas ainda se interessam por você. Papo vai, papo vem, o entrevistador mostra todo potencial que você terá para mudar de empresa. Vai crescer! O céu é o limite. Salário maior já na largada; enfim, nunca mais se sentirá parado. 

Muda. Despede-se. É admitido. Duas semanas de cordialidades. Na terceira semana, começa o ritmo normal e vem aquela sensação: empresa é tudo igual, só muda de endereço. Começa a rotular os puxa sacos. Cria uma lista mental dos fofoqueiros do café. Decora o organograma. Decora o namorograma (importante). Sente a primeira quebra de expectativa. Alguém te recrutou porque achou que a culpa do Projeto Transformador era o antigo profissional. E você, em três semanas, não conseguiu mudar tudo. Quebra-se o encanto e, em uns três meses, estará na mesma. Socorro. Por que mudei?

 

Calma, nem tudo é assim. 

Como diziam os avós: pesei na tinta do exemplo citado, mas muitas vezes é esse o quadro que encontramos. Por isso, quando for fazer uma travessia corporativa, precisamos de mais avaliação. O profissional de hoje está diante de um cenário bem complexo e interessante. Estamos vivendo em um mundo globalizado, conectado e em constante mudança, com empresas disputando talentos e inovações surgindo a todo momento. 

A primeira coisa que um profissional deve considerar antes de fazer uma mudança de empresa é: qual é o seu objetivo de carreira no longo prazo? É importante ter uma visão clara de onde você quer chegar. Essa mudança vai te aproximar dos seus objetivos ou é apenas um salto temporário que pode te desviar do seu caminho? 

O segundo ponto é: entender o cenário do mercado. A empresa para a qual você está considerando mudar está em ascensão? Quais são as tendências para essa indústria nos próximos anos? Você terá oportunidades de crescimento e desenvolvimento lá? 

A terceira consideração é se identificar com a cultura da empresa. Seus valores fazem sentido? A cultura de uma organização pode afetar significativamente a sua satisfação no trabalho e o seu desempenho. Além disso, a adaptação a uma nova cultura pode ser um desafio, por isso, é importante pesquisar e refletir sobre isso. 

Além disso, o quarto - e essencial - ponto é considerar a oferta em si. O pacote de benefícios atende às suas necessidades? O salário é competitivo e justo pelo seu nível de experiência e habilidades? A posição oferece um bom equilíbrio entre trabalho e vida pessoal? 

Por fim, como quinta recomendação: refletir sobre o momento da mudança. Mudanças são estressantes e exigem adaptação. Este é um bom momento para você lidar com isso? Você está emocionalmente pronto para iniciar um novo capítulo em sua carreira? 

Acredito, junto à FM2S, que a educação contínua e o desenvolvimento de habilidades são fundamentais para a sua carreira. Independentemente da empresa em que você está, investir em si mesmo é sempre a melhor opção. Nós não somos definidos pelas empresas em que trabalhamos, mas pelas escolhas que fazemos. E lembre-se: o trabalho é um palco onde você atua, e o papel principal é sempre seu. Portanto, escolha com sabedoria.

 

Virgilio Marques dos Santos - um dos fundadores da FM2S, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.


Redação Enem 2023: quais as competências necessárias para uma boa nota?

Correção leva em conta cinco critérios básicos para avaliar produção textual; saiba quais são eles


Uma boa redação para provas e exames de seleção é sempre composta por introdução, desenvolvimento e conclusão. O formato inicial é simples, mas há outros elementos fundamentais para garantir uma boa nota nesse tipo de texto. No caso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), há cinco competências básicas que são consideradas na hora de fazer a correção da redação.

Seguir determinados padrões ao elaborar os argumentos e a estrutura textual é uma boa estratégia para alcançar uma pontuação alta, como explica o assessor de Redação do Sistema Positivo de Ensino Fábio Gusmão. “Estudantes bem preparados estudam e conhecem bem as competências da redação do Enem e sabem trabalhar em cima delas. Assim, apesar do tempo curto e do tema proposto, que é sempre surpresa, é possível conseguir bons resultados”, destaca.

Cada uma das competências estabelecidas para a redação do Enem vale até 200 pontos. É por isso que esse texto pode chegar à nota máxima de mil pontos. Além disso, é indispensável construir o que se chama de “repertório cultural”, um conjunto de conhecimentos variados que contribuem para a argumentação lógica e baseada em boas referências. 


Norma padrão da Língua Portuguesa

A primeira das cinco competências é o uso formal da Língua Portuguesa. Nela, são considerados fatores como a concordância, gramática, pontuação, ortografia, entre outros. “A correção admite até dois erros nessa competência, mas, se o estudante errar mais que isso, a nota máxima já não será uma possibilidade”, afirma o especialista.


Texto dissertativo-argumentativo

Embora seja bastante ampla, a redação do Enem precisa respeitar uma regra básica: é preciso que ela seja um texto dissertativo-argumentativo em prosa. “Esse tipo de texto segue uma estrutura de argumentação, muitas vezes trazendo propostas de solução para uma situação-problema, com coesão e coerência”, detalha Gusmão.

Nessa competência também é avaliado o recorte do tema. “O aluno não pode tangenciar, ou seja, falar de uma maneira muito ampla e não desenvolver a proposta que está na temática”, lembra.


Bons argumentos

É exatamente nesta competência que entra a necessidade de uma sólida construção do repertório cultural. Com base em conhecimentos previamente adquiridos por meio de séries, filmes, livros, músicas, viagens e outros, o estudante precisa apresentar informações que estejam relacionadas ao tema proposto. “É preciso saber relacionar, selecionar, organizar e interpretar informações como opiniões, fatos, argumentos e informações que estejam relacionados à tese apresentada pelo estudante. E, claro, tudo isso deve ter como base informações verídicas”, diz Gusmão.


Construção de coesão textual

Ter uma boa estrutura de introdução, desenvolvimento e conclusão depende, entre outras coisas, da capacidade de organizar o texto de modo que um parágrafo esteja conectado ao outro. “Saber usar os recursos coesivos de forma adequada ajuda a conseguir esse efeito de um texto bem articulado e alcançar a nota máxima nessa competência”, afirma.


Solução e respeito aos direitos humanos

Não basta escrever bem, é preciso fazê-lo sem desrespeitar os direitos humanos. E sim, essa é uma das competências avaliadas na redação do Enem. Além disso, o estudante deve apresentar uma proposta de solução para o problema trazido no tema. O assessor ressalta que “os corretores esperam que o estudante possa explicar como a solução escolhida por ele, como ela pode ser executada, a que ela se destina e quais os seus possíveis efeitos”.

Dentro da proposta de intervenção é preciso haver cinco elementos: ação, agente, modo ou meio, finalidade e detalhamento para qualquer um dos quatro elementos anteriores. “É preciso trazer mais características acerca desse elemento. Se os direitos humanos forem feridos ou faltar um desses elementos, o aluno não alcançará uma boa nota nessa competência”, finaliza.

 

Sistema Positivo de Ensino


quarta-feira, 5 de julho de 2023

Nova vacina contra a dengue já está disponível no mercado brasileiro

Imunizante que contempla os quatro tipos de vírus da dengue e com maior abrangência de público já está disponível nas unidades de vacinas do Sabin em todo o Brasil

   
 

Uma nova ferramenta chegou para combater os casos de dengue no Brasil. A vacina QDENGA (TAK-003), produzida pelo laboratório Takeda, protege contra todos os quatro tipos do vírus causadores da doença, apresenta maior eficácia que a anterior disponível no mercado e já está disponível nas unidades de vacinas do Sabin Diagnóstico e Saúde em todo o Brasil. 

O novo imunizante, ampliou a indicação para pessoas de 4 a 60 anos de idade, previne cerca de 80% dos casos gerais de dengue, cerca de 15% a mais do que vacinas anteriores, e reduz em mais de 90% a hospitalização. O esquema vacinal é reduzido, necessita de duas doses, com intervalo de dois meses entre elas.

   

A dengue é reconhecida como uma das principais causas de doenças graves com morte em crianças em alguns países da Ásia e da América Latina. Não existe tratamento específico para as formas de dengue ou dengue grave. A Organização Mundial da Saúde - OMS recomenda além da vigilância epidemiológica, o diagnóstico e atendimento médico precoces e adequados para redução da mortalidade.   

   

Em 2023, até a Semana Epidemiológica 21 (27 de maio), dos 1.994.088 casos de dengue notificados na Região das Américas, 775.369 (38,9%) foram confirmados laboratorialmente e 2.597 (0,13%) foram classificados como dengue grave. O maior número de casos de dengue foi observado no Brasil, com 1.515.460 casos, seguido pela Bolívia, com 126.182 casos, e pelo Peru, com 115.949 casos. Em relação aos casos de dengue grave, um número maior de casos também foi observado no Brasil.  

   

A nova vacina foi produzida a partir do tipo 2, vírus mais grave da doença e faz proteção contra os quatro tipos de vírus. São quatro os vírus que podem causar dengue: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4, sendo os tipos 1, 2 e 4 os mais comuns no Brasil. Já o tipo 3 não causa epidemias no país há cerca de 15 anos. Especialistas observam que quando uma situação como essa acontece, de um sorotipo ser introduzido ou voltar a circular, aumentam as chances de um surto ou epidemia, porque há muitas pessoas sem defesas contra aquele tipo de vírus da dengue.    

   

“Como existem quatro sorotipos de vírus da dengue, quando a pessoa é contaminada, fica imune (protegido) àquele tipo específico, por exemplo o DENV1. Mas pode contrair novamente a doença pelos outros tipos do vírus. A nova vacina mostrou-se eficaz na proteção contra todos os sorotipos”, explica a consultora de Imunização do Sabin Diagnóstico e Saúde, a médica infectologista Ana Rosa dos Santos.     


A nova vacina, no entanto, não elimina a necessidade de adoção das outras medidas que evitam a proliferação do mosquito. Eliminar os criadouros do inseto continua sendo a forma mais eficaz de se evitar a Dengue, ao mesmo tempo a Zika e a Chikungunya, que também são transmitidas pelo Aedes. Encher os pratinhos dos vasinhos de plantas com areia, tampar caixas d’água, cisternas e quaisquer reservatórios de água, limpar calhas e ralos, guardar garrafas e outros recipientes com a boca para baixo, são algumas das medidas que impedem a reprodução do mosquito.    

 

Grupo Sabin
https://www.sabin.com.br/


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