O enigma da inteligência coração-mente: Notas e medalhas versus atitude e paixão
Era
uma vez dois amigos inseparáveis, Antônio e Pedro. Desde crianças, esses dois
eram como queijo e goiabada – indivisíveis e complementares. Antônio era o
típico CDF, o nerd da turma. Aquele que podia responder qualquer pergunta do
professor, que tirava nota 10 sem esforço e que vivia com o nariz nos livros.
Pedro, por outro lado, era o contraponto perfeito: vivaz, cheio de energia e,
acima de tudo, tinha um jeito natural de lidar com as pessoas. Não era um aluno
exemplar como Antônio, mas sua habilidade em se relacionar com os outros
compensava suas notas mais modestas.
Com
o passar do tempo, os dois seguiram suas vidas. Antônio conquistou uma bolsa
numa universidade renomada e Pedro ingressou no mercado de trabalho logo após o
ensino médio, seguindo sua paixão por vendas.
Após
alguns anos, os dois se reencontraram. Antônio contou que, apesar de seu
diploma de uma universidade de prestígio e suas notas impressionantes, estava
tendo dificuldades para encontrar um emprego estável. Por outro lado, Pedro,
que nunca tirou um 10 na vida, estava feliz em uma carreira próspera de vendas,
onde sua habilidade natural para se relacionar com as pessoas o fazia se
destacar.
Nessa
conversa descontraída entre os dois, Antônio pergunta a Pedro: “Pedro, como
você conseguiu tanto sucesso na carreira mesmo sem um diploma de uma
universidade prestigiosa?”. Pedro dá uma risada, dá uma tapinha amigável no
ombro do amigo e diz: “Antônio, minha querida enciclopédia ambulante, a vida
não é uma prova de múltipla escolha, nem um exame de verdadeiro ou falso. É um
teste prático de habilidades e atitudes. E acredite, a postura que temos diante
das adversidades conta muito mais do que qualquer nota 10.”
Não
me entendam mal, meus caros leitores. Não estou dizendo para abandonarem os
estudos e saírem por aí vivendo de atitudes. Longe disso. Afinal, todo
conhecimento é útil, e o estudo é fundamental para o nosso crescimento pessoal
e profissional. Mas, uma coisa é certa: inteligência acadêmica não é garantia
de sucesso na vida. As soft skills, ou habilidades interpessoais, como
a empatia, a proatividade, a resiliência e o poder
de se comunicar eficientemente, são igualmente (se não mais) importantes.
A
lição que fica é que devemos buscar o equilíbrio entre o conhecimento acadêmico
e o desenvolvimento de nossas soft skills. Não adianta ser um gênio se você não
consegue se relacionar com as pessoas ao seu redor ou lidar com os desafios da
vida. E nem ser a pessoa mais simpática do mundo, mas não ter um pingo de
comprometimento ou proatividade. A verdadeira inteligência, acredite se quiser,
está além das notas e dos diplomas. Está em nossas ações e atitudes perante a
vida.
Enquanto
sorria e olhava para o amigo, Pedro continuou: “Sabe, Antônio, eu acredito que
você tem tanto potencial quanto qualquer pessoa. Seus conhecimentos e
habilidades são impressionantes, mas acredito que você precisa soltar a capa de
super-nerd um pouquinho. Tente olhar para as pessoas ao seu redor, interagir,
entender o que elas sentem, o que precisam. Use toda essa inteligência para
criar soluções que realmente ajudem as pessoas. Você verá que, quando começar a
usar mais seu coração junto com sua mente, oportunidades irão aparecer”.
Antônio
ouviu atentamente, com um leve sorriso no rosto. Sabia que Pedro tinha razão.
Ele sempre soube que era mais que um amontoado de notas 10 e prêmios
acadêmicos. Ele tinha um coração, um espírito, uma voz. E era hora de usar tudo
isso.
Então,
meus caros leitores, vamos aprender com a história de Antônio e Pedro. Todos
nós temos algo único para oferecer ao mundo, independentemente de nossas notas
ou da quantidade de diplomas que temos. O que realmente importa é como usamos
nossas habilidades – tanto as hard skills quanto as soft skills – para fazer a
diferença na vida das pessoas ao nosso redor.
Lembre-se
sempre: a corrida da vida não é vencida pelo mais rápido ou mais forte, mas
pelo que nunca desiste. E às vezes, o que precisamos para não desistir não é
uma mente cheia de conhecimento, mas um coração cheio de coragem, compaixão e
ação. Nesse sentido, ser um bom ser humano, uma pessoa de atitude, pode valer
muito mais do que qualquer nota 10. Afinal, na escola da vida, todos nós
estamos aprendendo.
Então,
queridos, estudem sempre, aspirem à excelência, mas nunca se esqueçam de que
são muito mais do que suas notas ou títulos acadêmicos. Vocês são seres humanos
incríveis, capazes de mudar o mundo com suas ações e atitudes. E isso, meus
caros, é algo que nenhum diploma pode ensinar.
Francisco Carlos - CEO Mundo RH
www.mundorh.com.br
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