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sexta-feira, 30 de junho de 2023

Como os pais podem manter seus filhos seguros em bate-papos online de jogos e mídias sociais

É importante que pais e responsáveis conversem sobre o compartilhamento de informações confidenciais e riscos de interagir com estranhos na internet, mesmo que pensem que conhecem e confiam na pessoa com quem estão falando


As férias escolares estão chegando e, com ela, cresce a preocupação dos pais sobre como entreter os seus filhos longe da escola. Com mais tempo livre, as crianças e adolescentes passam a estar mais na internet, especialmente nos jogos e redes sociais.

 

Pensando nisso, a Avast, uma marca de segurança cibernética para consumidor da Gen™ (NASDAQ: GEN), compartilha com pais e responsáveis algumas medidas de segurança importantes que devem tomar para manter os seus filhos seguros no universo online.

 

Como falar com seus filhos sobre segurança online?

 

Para os pais e responsáveis que cresceram com as primeiras interações da internet, as salas de bate-papo do UOL, Terra ou ICQ, podem ser uma boa comparação.

 

O principal objetivo de uma sala de bate-papo ao vivo é permitir que os usuários conversem online, em tempo real. As pessoas podem se comunicar umas com as outras, compartilhar informações via texto e interagir online. Muitas dessas funções não são supervisionadas pelos administradores e são realizadas por meio de mensagens privadas, o que pode ser perigoso.

 

Embora essas salas, na época, oferecessem apenas comunicação por texto (ainda não tínhamos mais tecnologia), havia diferentes espaços destinados a grupos para conversar sobre interesses específicos. Alguns deles eram para menores, enquanto outros eram específicos para adultos. E se você era jovem durante esses anos, pode se lembrar de participar de salas de bate-papo apropriadas para a idade e também de explorar outras, que definitivamente não eram para você.

 

Dicas para manter seus filhos seguros

 

Javier Rincón, Diretor Regional na América Latina da Avast, compartilha algumas dicas para que os pais e responsáveis possam manter os seus filhos seguros na internet:

 

1. Converse sobre as redes sociais. É hora de conversar sobre o compartilhamento de informações confidenciais e os riscos de interagir com estranhos online, mesmo que eles pensem que conhecem e confiam na pessoa com quem estão falando. Essas conversas podem ser estranhas, mas pense nelas como outra daquelas "conversas", que seu filho precisa para estar seguro no mundo.

 

2. Fale sobre senhas. Converse com seus filhos sobre como criar senhas fortes e aproveite para fazer uma redefinição de senhas em todas as contas principais dos seus filhos. Você pode até transformar essa tarefa em um jogo divertido, fazendo regras engraçadas sobre o que deve ser incluído.

 

3. Mantenha-se atualizado com o software de segurança mais recente. A Avast oferece antivírus avançado e recursos de privacidade anti-rastreamento que impedem o malware, bem como que cibercriminosos e anunciantes rastreiem a atividade online da sua família. O Avast Ultimate fornece um serviço completo para tudo o que você precisa para cuidar de todos os dispositivos de sua família em um serviço premium e fácil de usar.

 

4. Fale frequentemente sobre suas experiências onlineFaça um esforço para falar sobre suas experiências e educar os seus filhos sobre o que devem observar, pois os cibercriminosos ficam mais espertos e atacam de novas maneiras todos os dias. Devemos manter o diálogo aberto e seus filhos devem saber que podem vir até você com qualquer problema que possam ter. Também vale a pena discutir artigos de notícias relevantes ou acontecimentos nessas plataformas para iniciar a conversa. 

 

5. Incentive o tempo de tela em uma área comum da casa. Quando o seu filho estiver online, o ideal é que o computador que ele está acessando ou seu dispositivo esteja em uma área comum da casa, como a sala de estar ou a sala de jantar. Dessa forma, você pode ficar de olho em suas atividades e incentivá-los a não entrar em páginas ou conversas perigosas.

 

"O mundo digital tem suas próprias oportunidades e riscos potenciais. Mas, assim como em qualquer outra parte da vida, os pais e responsáveis podem dispor das ferramentas para orientar seus filhos e adolescentes na direção certa. Converse com eles sobre comunidades online, continue falando sobre cidadania digital e oriente-os para saídas mais produtivas", diz Javier Rincón.


Avast 

www.avast.com


Não se deixe enganar pelas aparências: detectados malwares ocultos em aplicativos como Telegram

 • Uma versão modificada do aplicativo de mensagens Telegram foi considerada maliciosa pelos pesquisadores da Check Point Software

• O malware dentro do aplicativo malicioso pode inscrever a vítima em várias assinaturas pagas, realizar compras no aplicativo e roubar credenciais de login

 

A equipe de pesquisas Check Point Mobile Research da Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora líder de soluções de cibersegurança global, descobriu recentemente uma versão modificada do aplicativo Telegram Messenger para Android. O aplicativo malicioso foi detectado e bloqueado pela solução Check Point Harmony Mobile. Apesar de parecer inocente, esta versão modificada é incorporada com código malicioso vinculado ao trojan Triada. Este cavalo de Troia, o Triada, que foi detectado pela primeira vez em 2016, é um backdoor modular para Android que concede privilégios de administrador para baixar outro malware.

 

Versões modificadas de aplicativos móveis são muito comuns no mundo móvel. Esses aplicativos podem oferecer recursos e personalizações extras, preços reduzidos ou estar disponíveis em uma variedade maior de países em comparação com o aplicativo original. Sua oferta pode ser atraente o suficiente para atrair usuários ingênuos a instalá-los por meio de lojas de aplicativos externos não oficiais.

 

O risco de instalar versões modificadas vem do fato de que é impossível para o usuário saber quais alterações foram realmente feitas no código do aplicativo, ou seja, não se sabe qual código foi adicionado e se ele tem alguma intenção maliciosa.

 

Telegram 9.2.1 - Modificado com trojan Triada

 

O disfarce perfeito

O malware se disfarça como Telegram Messenger versão 9.2.1. Ele tem o mesmo nome de pacote (org[.]telegram[.]messenger) e o mesmo ícone do aplicativo Telegram original. Ao ser acionado, o usuário é apresentado à tela de autenticação do Telegram em que é solicitado inserir o número de telefone do dispositivo e a conceder permissões de telefone ao aplicativo.

 

Esse fluxo parece o processo de autenticação real do aplicativo Telegram Messenger original. O usuário não tem motivos para suspeitar que algo fora do comum esteja acontecendo no dispositivo.

 

 


 

 

 

 

 

 










   






 

O malware se disfarça como o aplicativo Telegram Messenger


Por trás das cenas

 

A análise estática dos aplicativos mostra que, ao iniciar o aplicativo, um código de malware é executado em segundo plano, disfarçado como um serviço interno de atualização de aplicativos.

 

O malware coleta informações do dispositivo, configura um canal de comunicação, baixa um arquivo de configuração e aguarda para receber a carga útil (payload) do servidor remoto.

 

Uma vez que a carga é descriptografada e iniciada, o Triada ganha privilégios de sistema, os quais permitem que ele se injete em outros processos e execute muitas ações maliciosas.

 

Pesquisas anteriores realizadas nas cargas úteis do Triada apresentaram as diversas habilidades maliciosas deste malware. Isso inclui inscrever o usuário em várias assinaturas pagas, realizar compras no aplicativo usando o SMS e o número de telefone do usuário, exibir anúncios (incluindo anúncios invisíveis executados em segundo plano) e roubar credenciais e dados de login e outras informações do usuário e do dispositivo.


 

Como proteger o dispositivo contra malwares

 

. Sempre baixe seus aplicativos de fontes confiáveis, sejam sites oficiais ou lojas e repositórios oficiais de aplicativos.

. Verifique quem é o autor e criador do aplicativo antes de fazer o download. Você pode ler comentários e reações de usuários anteriores antes de fazer o download.

. Atenção às permissões solicitadas pelo aplicativo instalado e se elas são realmente necessárias para a funcionalidade do aplicativo real.

 

O produto Check Point Harmony Mobile™ proporciona proteção completa e evita que malwares se infiltrem nos dispositivos, detectando e bloqueando o download de aplicativos maliciosos em tempo real. Além disso, o Check Point Harmony Mobile oferece uma ampla gama de recursos de segurança de rede; e garante que os dispositivos não sejam expostos a comprometimento com avaliações de risco em tempo real, detectando ataques, vulnerabilidades, alterações de configuração e rooting (nome dado a uma conta de usuário especial, ou super usuário ou administrador) e jailbreak (processo de exploração de falhas de um dispositivo) avançados.


 

blog da Check Point Software


Bônus de Produtividade: E agora?

 Desde a publicação do decreto regulamentador do bônus de produtividade dos Auditores Fiscais, a pergunta que mais tenho recebido essa semana é: e agora? Em redes sociais e newsletters alheios, o que parece é que os cavaleiros do apocalipse chegaram para anunciar o dia do juízo final. Players do setor totalmente pavorosos. E não é para tanto, nos últimos anos a aduana brasileira tem virado pesadelo digna de Elm Street. Em virtude do número demasiado elevado de penalidades que vêm sendo impostas pela RFB e que muitas vezes se demonstram excessivas e/ou arbitrárias.

Por algumas vezes já publiquei artigos fomentando debate se as multas aduaneiras tiveram o caráter repressivo, reeducativo e extrafiscal substituído pelo fim meramente arrecadatório. Afinal de contas, quanto maior o número de Autos, melhor para os cofres da União?

 

Trago aqui alguns números para melhor entendimento. No ano de 2016 o crédito tributário advindo de penalidades aduaneiras foi de 86.8MR$. Seguindo sempre uma média constante durante uma década.  Entretanto, tudo começou em 2016 com a publicação da MP da produtividade e a possibilidade dos auditores receberem bônus. Desde então, o crédito tributário advindo de penalidades aduaneiras cresce na casa de três dígitos.

Em 2021, encerramos com um total de 11 bilhões de reais acumulados entre ações de combate a fraude, renúncia, revisão aduaneira, Fiscalização de Alta Performance Aduaneira e Autorregularização. Ou seja, um aumento real de 12.680% em apenas seis anos.

A discrepância do aumento exponencial revela uma verdadeira ânsia de sancionar, sendo certo que, ausentes freios e contrapesos, a Autoridade Fiscal tem agido de maneira cada vez mais arbitrária, ignorando direitos dos contribuintes, especialmente dos importadores. 

O fato é que estudos divulgados recentemente demonstram que a grande maioria das exigências fiscais e dos autos de infração lavrados são anulados ainda na esfera administrativa. 

O dado é da Lista de Alto Risco de Administração Tributária Federal, do Tribunal de Contas da União. A cada 100 autos de infração lançados pela fiscalização tributária, 47 são revistos pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento. Além disso, dos 53 autos apreciados pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, 24 são julgados a favor do contribuinte, de modo que apenas 29 autos de infração, em média, são confirmados.

Portanto, em somente 29% (vinte e nove por cento) das vezes o auto de infração é tido como subsistente na esfera administrativa! Cabendo, ainda, a revisão pelo Poder Judiciário. As informações do TCU indicam que a fiscalização tem sido pouco efetiva, além de gerar custos de defesa do contribuinte e da própria atividade de fiscalização e de julgamento do lançamento. 

Desde já, devo registrar que não estou aqui a condenar a prática da RFB e de seus auditores fiscais, muito menos dizer que ela é ilegal. Também não coloco em dúvida as boas intenções e as boas práticas dos servidores públicos, que servem a nossa nação.   Longe disso. Entendo que a Receita Federal hoje é figura importantíssima para repreensão de inúmeros crimes no Comércio Exterior. Sem dúvidas, seus servidores estão inspirados pelas melhores intenções e sempre pensam no melhor e na defesa de nossa Nação. 

Todavia, temos que refletir e questionar se essa é a política de comércio exterior que queremos: a de repreensão. 

Dito isso, pois penso que o Decreto regulador talvez venha como uma luz no fim do túnel para a atual sistemática.

A regulação foi bastante feliz ao estipular que o critério de produtividade levará em conta a efetividade das ações de cobrança; a eficiência das ações de fiscalização; o desempenho do julgamento de processos administrativos fiscais; o tempo de duração dos processos administrativos fiscais em todas as instâncias; a fluidez do comércio exterior; a realização da meta global de arrecadação bruta parametrizada pelos valores previstos na lei orçamentária anual.

Cabendo ressalvar, que as multas tributárias e aduaneiras serão excluídas da arrecadação para fins do pagamento do bônus. Nada obstante, a diferença tributária dessas penalidades compõem a arrecadação para fins de cálculo do bônus. Como é o caso de diferença tributária por subfaturamento e/ou por erro de classificação fiscal, principais penalidades aplicadas no curso do Despacho Aduaneiro.

Assim, a possível indústria de multa, que o próprio TCU indicou como “pouco efetiva", terá que ser modificada. Afinal de contas, o bônus de produtividade dependerá da eficiência e efetividade dos fiscais. 

Portanto, não mais adiantará autos de infração ou exigências fiscais que não sejam juridicamente sólidas. Autos sem qualquer fundamentação plausivel, e sem nenhuma prova. Caso contrário, contará negativamente no cálculo da bonificação. Nos dizeres do filósofo Adam Smith: o mundo é movido por interesses particulares. Assim, devemos contar com o interesse particular dos próprios auditores. Mais que ninguém, eles deverão prezar para que a fiscalização seja eficiente, eficaz e bastante sólida. O que é totalmente distinto da realidade atual.

Então, sim, o Decreto pode terminar sendo um instrumento que facilitará a fluidez do Comércio Exterior. Afinal, ficar pior não pode? Ou pode? E, aqui, obviamente, não podemos deixar de pensar? E se piorar? Será que teremos instrumentos de defesa contra a ânsia arrecadatória do fisco? Porém, isso são cenas para um próximo capítulo.

 

Larry Carvalho - advogado, mestre em Direito Marítimo e especialista em logística, comércio internacional e agronegócio.


"Phishing" contra Idosos: Jurista do CEUB alerta como proteger a população 60+ de fraudes financeiras

 

Especialista recomenda a promoção da educação digital, suporte familiar e medidas de segurança nas instituições financeiras para reduzir golpes financeiros

 

Uma das fraudes mais comuns com o uso da tecnologia é o "phishing" em que os golpistas enviam e-mails ou mensagens de texto falsas, fingindo serem empresas legítimas, como bancos ou instituições financeiras. Esses comunicados fraudulentos solicitam informações pessoais, senhas e dados bancários, sob o pretexto de atualizar cadastros ou solucionar supostos problemas de segurança. Os idosos são os principais alvos dese tipo de tentativa e, muitas vezes, acabam tendo suas contas invadidas. De acordo com levantamento da Febraban, desde o início da pandemia houve o aumento de 60% nos golpes direcionados aos mais velhos.

O professor de Direito do Consumidor do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Nauê Bernardo explica que a dependência crescente de dispositivos como celulares, tablets e afins, aliada à necessidade de utilizar serviços por meios não presenciais, amplia a fragilidade nesse contexto. “É necessário corrigir essa lacuna, oferecendo orientação e capacitação para que os idosos compreendam o funcionamento desses dispositivos e evitem cair em golpes”, comenta.

Embora muitas vezes os idosos tenham total consciência e funcionalidade, podem enfrentar dificuldades em termos tecnológicos, na utilização de determinados canais de comunicação e até mesmo apresentar vulnerabilidade emocional. “Esses fatores podem torná-los mais propensos a serem alvos de golpes. Portanto, é importante que a família esteja presente, oferecendo suporte e auxiliando na utilização dos meios eletrônicos, além de criar um ambiente de confiança e segurança”, contextualize Nauê Bernardo.

O jurista destaca a responsabilidade das instituições financeiras. Segundo ele, em consideração à hipossuficiência e às dificuldades enfrentadas pelos idosos para obter determinadas informações ou lidar com certas tecnologias, é dever dessas instituições assessorá-los da maneira mais acessível possível. “Isso inclui reforçar a segurança nas transações financeiras e garantir a segurança dos idosos ao utilizar canais eletrônicos. A confirmação de identidade por meio de múltiplos mecanismos e a implementação de barreiras que impeçam transações financeiras suspeitas podem evitar prejuízos para todas as partes envolvidas”.

Nauê Bernardo destaca que proteger os idosos contra fraudes é uma responsabilidade coletiva. Ele reforça que ao promover a educação digital, oferecer suporte familiar e implementar medidas de segurança nas instituições financeiras, é possível reduzir a vulnerabilidade dos idosos e garantir sua tranquilidade e bem-estar financeiro. “A valorização e o respeito à terceira idade são essenciais para construir uma sociedade mais justa e segura para todos”, conclui.

Outro golpe frequente é o "falso parente em apuros". Nesse caso, o golpista entra em contato, geralmente por telefone, se passando por um parente próximo em uma emergência financeira. Com histórias convincentes alegando urgência, solicita dinheiro ao idoso – que, preocupado com o bem-estar de seus entes, acaba perdendo suas economias.


Lixo digital representa 52% dos dados armazenados no mundo

 Movimento Circular aponta que a higiene digital e o uso inteligente de informações digitalizadas são fundamentais para corporações e usuários de internet

 

Guardar e-mails e outros dados digitais sem necessidade pode ser prejudicial ao meio ambiente. O lixo digital responde por 52% das informações armazenadas em todo o mundo, segundo a Veritas Technologies. A empresa estima que 6,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) foram lançadas na atmosfera em 2020 com o armazenamento de lixo digital, informações esquecidas e desconhecidas até mesmo pelos responsáveis por gerenciá-las. Se não houver mudança de hábitos, conforme a Veritas, a quantidade de dados armazenados no mundo vai aumentar mais de quatro vezes, de 33 Zettabytes (ZB) em 2018 para 175 ZB em 2025. 

 

“Maus hábitos digitais, como guardar e-mails antigos, conversas de bate-papo e arquivos repetidos na nuvem, precisam ser repensados”, afirma o coordenador pedagógico do Movimento Circular, Edson Grandisoli. Segundo ele, a mudança de hábitos é fundamental para reduzir o lixo digital e o consumo de energia necessária para manter esses dados sem utilidade disponíveis. Ao mesmo tempo em que a digitalização é consequência do desenvolvimento empresarial e tecnológico, seu gerenciamento racional também é parte da solução para a mudança climática, conforme Grandisoli. 

 

De acordo com o Instituto McKinsey, os usuários comuns são os que mais contribuem com a emissão de gases do efeito estufa na atmosfera, com seus notebooks, tablets, smartphones e impressoras, e geram até duas vezes mais carbono globalmente do que os data centers específicos de empresas.

 

A pesquisa State of Dark Data, feita com líderes empresariais, mostra que a digitalização é fundamental para as organizações, que continuarão investindo em tecnologias da informação. Segundo o levantamento, 71% dos entrevistados acreditam que os dados vão se tornar mais valiosos nos próximos 10 anos e 88% dizem que o mundo está migrando da era do Big Data para a era dos resultados baseados em dados. No entanto, para 85% deles, o uso adequado da Inteligência Artificial requer um gerenciamento de dados bem sucedido para evitar o lixo digital.

 

Grandisoli afirma que a higiene digital e o uso inteligente de dados digitalizados atendem às grandes corporações e também aos usuários de internet. “Deve ser prioridade para todos. Não faz sentido manter armazenadas informações obsoletas, que não são utilizadas e que as pessoas sequer se lembram de tê-las armazenadas. A economia circular passa também pelo descarte correto do lixo digital, para que possamos reduzir os impactos da mudança climática nesse importante setor econômico, o da tecnologia”, afirma. 

O coordenador pedagógico do Movimento Circular dá algumas dicas para manter a vida digital em ordem, como cancelar a assinatura de todos os e-mails que não são lidos; enviar arquivos por links que expiram, no lugar de anexos; verificar periodicamente e-mails e outras informações que podem se descartadas e usar aplicativos para liberar espaço no celular e na nuvem. “Há muitos aplicativos que descobrem memes, arquivos repetidos e outras informações inúteis que não precisam ser guardadas. Para quem consegue, a dica de ouro é valorizar o diálogo presencial em vez de mandar mensagem”, diz Grandisoli.

 

Criado em 2020, o Movimento Circular
 https://movimentocircular.io/
Instagram: @_movimentocircular

 

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Fuga de talentos: só neste ano, EUA recebeu 23% a mais de brasileiros com alto grau de experiência das áreas das Ciências, Artes e Atletismo

 

Atraídos por emprego garantido, oportunidades de pesquisa
acadêmica e centros de treinamento de primeiro mundo,
a estatística de fuga desses talentos brasileiros para
mostrarem tudo aquilo que sabe ao

Banco de Imagens | Canva

Análise realizada pela Dell'Ome Law Firm na base de dados do Departamento de Estado norte-americano aponta crescimento de vistos O-1, modalidade voltada para indivíduos que têm habilidades extraordinárias em suas áreas de atuação profissional.

 

A demanda americana por profissionais com alto grau de experiência nas áreas de Ciências, Artes, Educação Negócios e Atletismo fez crescer em 23%, no período de um ano, o número de vistos O-1, também conhecido como visto para “habilidades extraordinárias”, para brasileiros que desejam desempenhar essas funções nos Estados Unidos. Atraídos por emprego garantido, oportunidades de pesquisa acadêmica e centros de treinamento de primeiro mundo, a estatística de fuga desses talentos brasileiros para mostrarem tudo aquilo que sabe ao Tio Sam só aumenta.

Análise realizada pela Dell’Ome Law Firm em junho de 2023 com base em dados divulgados pelo Departamento de Estado norte-americano revela esse crescimento. Enquanto no ano fiscal de 2022 foram emitidos 694 vistos nessa categoria no período de outubro a abril, o primeiro semestre fiscal de 2023 encerrou com 856 vistos concedidos na categoria O-1 – ou seja, 23,3% a mais em relação ao mesmo período um ano antes.

Quando comparado ao mesmo período em 2021, esse crescimento foi de 956,8% em relação à 2023 -- de outubro a abril no ano fiscal de 2021 foram concedidos apenas 81 vistos O-1 para cidadãos brasileiros. O Visto O-1 é voltado para o indivíduo que possui habilidades extraordinárias em Ciências, Artes, Educação, Negócios ou Atletismo, ou que tenha um histórico demonstrado de conquistas importantes na indústria cinematográfica ou televisiva e tenha sido reconhecido nacional ou internacionalmente por esses feitos.

Liz Dell’Ome, advogada especialista em imigração de brasileiros para os EUA e fundadora da Dell’Ome Law Firm, ressalta que essa categoria de visto tem vantagem sobre outras opções para não-imigrantes. “Embora o Departamento de Imigração (USCIS) do país seja bastante criterioso com pedidos de Green Card por parte de quem está com visto de não-imigrante, os portadores de Vistos O, que desejam mudar de status e buscar a residência permanente no país, têm a seu favor um histórico já comprovado de seus feitos profissionais e acadêmicos, bem como conquistas importantes, anteriormente utilizadas para o processo de concessão do visto O”, afirma. 

Outra constatação é de a de que mais brasileiros “extraordinários” estão levando suas famílias por períodos determinados para os Estados Unidos.

“A emissão de vistos O-3, para cônjuges ou dependentes de portadores de vistos O-1 no primeiro semestre de 2023 já ultrapassou em 15% o total de emissões de 2019”, reporta a advogada. Em sua análise, isso sinaliza um quadro de alta para emissão de outros tipos de visto no futuro. “Esses familiares possivelmente estudarão aqui nos Estados Unidos, absorverão a cultura do país e, consequentemente, poderão conquistar um Green Card no futuro”, explica. 

No entanto, Liz deixa claro que é perigoso tentar visto de permanência sem ajuda especializada, tenha o solicitante morado ou não no país legalmente antes. “Recebemos diversos pedidos para assumir um processo que já tenha sido negado”, relata a advogada. “O problema é que isso pode encarecer o processo e, dependendo do erro cometido que motivou a negativa, o projeto imigratório pode estar gravemente comprometido”, finaliza.

Os números de emissão dos vistos categoria O que basearam essa pesquisa foram os mais recentes divulgados pelo Departamento de Estado dos EUA. 


Dicas do Dr. Bactéria para as festas típicas


Capelinha de melão
é de São João.
É de cravo, é de rosa, é de manjericão.

Eita, alegria!

Toda festa junina ou julina é assim, colorida e animada, trazendo o melhor das tradições populares: quadrilhas e jogos divertidos, que valem prêmios, bingos, correio do amor, muita música boa, pra embalar o coração no arraiá e as famosas barraquinhas com comidas típicas. Tantas guloseimas saborosas que enchem os olhos e apetecem o paladar! Quem resiste?

Como estas festividades acontecem na época da colheita do milho, ele é o alimento coringa que se transforma nos doces, bolos e salgados, numa variedade incrível de formas e sabores. Pamonha, curau de milho verde, milho cozido assado, broa de fubá, canjica, cuscuz, pipoca. Além das receitas com milho, há outros cereais que completam essa fartura nas quermesses, como o arroz, amendoim e coco: arroz-doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bom-bocado, cocada, pé-de-moleque, sem falar nas bebidas que aquecem o corpo, dependendo da região, como o quentão, vinho quente, aluá.

“Imagine todos esses alimentos perecíveis, em ambientes onde circulam muitas pessoas pra lá e pra cá, e que ficam expostos por horas, às vezes sem refrigeração adequada e com a possibilidade de contaminação de todo tipo?”, questiona o Biomédico Roberto Figueiredo, o querido dr. Bactéria.



Cuidado com o que se come!

Nessas horas ninguém pensa que vai ser o escolhido para passar por esses desconfortos, afinal, tudo é tão atrativo e apetitoso! Para se livrar dos germes e bactérias tão indesejadas, aprenda com o Dr. Bactéria o que pode e o que não pode nas festas juninas.



Algumas dicas:

Aqui estão algumas dicas para aproveitar a festa e comer com segurança:

·         Higiene pessoal: antes de manusear qualquer alimento, lave bem as mãos com água e sabão. Isso evita a contaminação dos alimentos por bactérias ou vírus presentes em suas mãos. Entre uma comidinha e outra, use guardanapo e, se possível, higienize as mãos com álcool. Não compartilhe copos e talheres!

·         Cuidado com alimentos crus: fuja das maioneses caseiras e sobremesas que contenham ovos crus. Fique atento às carnes, que devem estar bem cozidas para eliminar microrganismos prejudiciais à saúde.

·         Tempo de exposição: evite consumir alimentos expostos em temperatura ambiente por longos períodos. Especialmente em dias mais quentes, isso favorece o crescimento de bactérias.

“Aproveite os quitutes típicos com consciência e tenha uma festa repleta de sabor, alegria e saúde”, deseja Dr. Bactéria!

 

Capivara não causa febre maculosa

Bióloga esclarece que animal é apenas hospedeiro, não transmite a doença

 

O aumento no número de casos de febre maculosa, especialmente no Sudeste do país, nas últimas semanas, contabilizando quatro mortes em Campinas, no interior de São Paulo, fez surgir muitas informações equivocadas sobre a doença. Segundo a professora de Biologia do Colégio Positivo, em Curitiba (PR), Rosangela de Oliveira Iwasse, a doença é transmitida pelo carrapato-estrela infectado pela bactéria Rickettsia ricettsii. Segundo o Ministério da Saúde, a espécie transmissora da doença, Amblyomma cajannense, pode ser encontrada em animais de grande porte, como bois, cavalos, cães, aves domésticas, gambás, coelhos e, especialmente, na capivara. No entanto, é importante destacar que uma pessoa doente não transmite a febre maculosa para outra. É o carrapato que desempenha o papel de transmissor, enquanto a capivara é apenas o seu hospedeiro. Embora sejam animais silvestres nativos, muitas capivaras circulam por áreas urbanas, por isso é necessário que as pessoas respeitem o espaço da fauna selvagem e evitem interações com capivaras que habitam parques e praças. “Assim como outros animais, ela é um dos hospedeiros do carrapato-estrela. A transmissão ocorre por meio da picada desses carrapatos, que atuam como reservatório dos micro-organismos”, explica.


A culpa é do carrapato

A febre maculosa é uma doença infecciosa causada pela bactéria Rickettsia ricettsii, transmitida aos seres humanos por meio da picada de carrapatos infectados. No Brasil, a espécie mais conhecida é a Amblyomma cajannense, devido às manchas vermelhas, ou máculas, que podem aparecer na pele durante o curso da infecção”, esclarece a professora.

A especialista esclarece também que, embora muitas pessoas acreditem que o carrapato seja um inseto, ele é, na verdade, um parasita da família dos aracnídeos, que se alimenta de sangue - tanto de animais, quanto do ser humano -, podendo infectá-los, transmitindo a doença que, no caso do carrapato-estrela, é a febre maculosa. Mas o hospedeiro, seja o animal ou o homem, não transmite a doença para outra pessoa. “A capivara, por exemplo, pode ser infectada pelo carrapato, mas não passa a doença. No entanto, o carrapato pode se multiplicar e disseminar pela região onde está localizado, infectando outros animais e seres humanos”, alerta.


Como prevenir

Como não é possível remover os animais dos lugares onde vivem - em especial, as capivaras, que são protegidas pelo IBAMA e habitam muitas cidades em áreas urbanas, é importante adotar medidas ao circular por esses ambientes, bem como em áreas rurais ou gramadas e arborizadas:

  • Prenda a calça com elástico e calce botas, para evitar que o parasita entre por aberturas.
  • Vista roupas claras, incluindo blusas de manga comprida, para facilitar a identificação de carrapatos na roupa, caso algum caia sobre ela, e verifique as peças imediatamente após sair desses ambientes.
  • Use repelentes que ofereçam proteção contra carrapatos.
  • Remova carrapatos do corpo com o auxílio de uma pinça, caso encontre algum.
  • Lembre-se de que quanto mais rápido você retirar o carrapato do corpo, menor será o risco de contaminação, pois o carrapato-estrela precisa estar em contato com a pele por pelo menos quatro horas para transmitir a bactéria.


Diagnóstico e tratamentos rápidos são fundamentais

A doença pode levar até duas semanas para se manifestar após o contato inicial com o carrapato. Conforme o Ministério da Saúde, os principais sintomas da doença são febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e na sola dos pés, gangrena nos dedos e nas orelhas, paralisia dos membros, que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões, podendo causar parada respiratória.

De acordo com especialistas, assim que surgirem os primeiros sintomas, é preciso procurar atendimento médico o mais rápido possível e informar se esteve em áreas com chances de ter carrapatos. O tratamento é realizado com o uso de antibióticos, mesmo com suspeita da doença, para garantir a melhor recuperação do paciente e evitar a evolução do problema.

 

Colégio Positivo

 

Doenças infecciosas no inverno e a covid longa: quando o risco é maior e o que fazer se desconfiar dos sintomas

 

Pexels

Especialista aponta importância da vacinação como única garantia de não desenvolver a forma mais demorada da doença


Após a pandemia do coronavírus, muitas pessoas têm enfrentado um desafio adicional com a chegada do inverno: a chamada covid longa, uma condição em que os sintomas da infecção persistem por semanas ou meses após a recuperação inicial. Essa situação tem levantado preocupações sobre como a covid prolongada pode estar relacionada a outras doenças infecciosas e quais são as chances de evoluir para outras complicações.

 

De acordo com uma pesquisa publicada no periódico Jama Internal Medicine, que analisou 41 artigos publicados com informações de 860 mil pacientes, várias características demográficas estão associadas à covid-19 prolongada. Acredita-se que mulheres com alto índice de massa corporal, idade superior a 40 anos, tabagismo e hospitalização devido à covid-19 possam ter chance ampliada para a manutenção dos sintomas. Além disso, outros grupos também são mais propensos, como indivíduos com idade acima de 50 anos e aqueles com doenças pré-existentes, como diabetes, obesidade e hipertensão.

 

"Diferenciar os sintomas da covid longa dos sinais de outras doenças infecciosas é sempre um desafio, especialmente no inverno. Muitos dos sintomas são semelhantes, como fadiga, dores no corpo, dificuldade para respirar e problemas gastrointestinais. Por isso, é importante consultar um profissional de saúde para avaliar adequadamente cada caso e realizar testes específicos, se necessário", explica a médica Camila Ahrens, especialista em infectologia do Hospital Angelina Caron.

 

A infectologista explica que o estudo da Jama Internal Medicine indica que pacientes que receberam pelo menos duas doses da vacina apresentaram um risco significativamente menor de evolução para a forma prolongada da doença. "Assim como grande parte das pesquisas feitas sobre o tema, este estudo constatou que as vacinas têm um efeito protetor contra o quadro. Mas, ainda assim, não há nada que elimine completamente o risco de ter a doença. A única garantia contra a covid-19 prolongada é não pegar covid-19."

 

Cenário futuro depende de ampliação de recursos

 

Estatísticas recentes indicam que 10% a 30% dos pacientes infectados pelo vírus SARS-CoV-2 desenvolvem a covid longa. O número exato de casos ainda é incerto, uma vez que os critérios diagnósticos e a disponibilidade de dados variam entre os países.

 

"As principais sociedades de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), têm monitorado de perto a evolução da covid longa. Essas organizações têm enfatizado a importância de pesquisas e estudos adicionais para entender melhor a condição e desenvolver tratamentos eficazes", diz.

 

Quanto ao cenário futuro, a especialista alerta que é crucial aumentar a conscientização sobre a doença. "É preciso ampliar o acesso a tratamentos e recursos de reabilitação para os pacientes afetados, bem como desenvolver estratégias de prevenção e tratamento", finaliza.

 

Hospital Angelina Caron


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