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sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Conheça resultados da Pesquisa Vida Saudável e Sustentável 2022, feita em parceria por Instituto Akatu e GlobeScan

Entre as descobertas do estudo estão: mudanças de comportamento do consumidor, fatores que influenciam as decisões de compra e ações empresariais que valorizam 



O Instituto Akatu e a GlobeScan divulgam os resultados da Pesquisa Vida Saudável e Sustentável 2022: Um estudo global de percepções do consumidor. O estudo é realizado anualmente desde 2019, e em 2022 foi a campo em 31 países, contando com mil entrevistados no Brasil, todos maiores de 18 anos.

Suas descobertas ajudam as empresas a se tornarem, cada vez mais, aliadas dos consumidores na adoção de estilos de vida mais saudáveis e sustentáveis e auxiliam na construção de uma relação de confiança e de compromisso com seus stakeholders. 

"A pesquisa de 2022 ressalta ainda mais o que as edições anteriores apontavam: que é fundamental empresas e marcas comunicarem com clareza suas ações de sustentabilidade e os atributos de seus produtos mais sustentáveis. Aquelas que investirem nisso serão vistas como aliadas do consumidor, o que pode representar um ganho de reputação e uma valorização como impulsionadoras de práticas mais sustentáveis", analisa Helio Mattar, presidente executivo do conselho do Instituto Akatu. 

“A recorrência desta pesquisa nos últimos quatro anos com uma análise aprofundada exclusiva revela a consistência do pensamento dos consumidores brasileiros quanto à adoção de comportamentos mais saudáveis e sustentáveis. O interesse está evidente e cabe aos demais atores que compõem o mercado prover as condições para que essas intenções se transformem em ações e novas práticas de consumo”, aponta Álvaro Almeida, diretor da GlobeScan para a América Latina. 

Tarcila Ursini, conselheira de administração e especialista em sustentabilidade nos negócios, destaca as oportunidades para as empresas diante do aumento da consciência do consumidor brasileiro apontado na pesquisa: “no campo das empresas existem oportunidades de negócios gigantescas, para que elas comuniquem melhor e estimulem o consumidor a praticar a sustentabilidade”, analisa. 

CEO do Pacto Global Brasil, Carlo Pereira, segue a mesma linha: “chama a atenção a percepção dos brasileiros diante dos problemas globais e a expectativa em cima das empresas, que são convocadas a ajudar nessa transição para uma sociedade mais saudável e sustentável. Existe muito espaço para empresas e lideranças empresariais atuarem nesse sentido.” 

Além da colaboração entre o Instituto Akatu e a GlobeScan para o desenvolvimento da pesquisa, ela contou com o patrocínio de: Ambev, Asics, Globo, Mercado Livre, PepsiCo, Tetra Pak e Vedacit. 

Confira alguns resultados:
 

Atitudes de uma vida saudável e sustentável

81% dos brasileiros afirmam que o que é bom para um indivíduo nem sempre é bom para o meio ambiente (aumento de 4 p.p. em relação à 2021); contra 46% na média mundial

84% dos brasileiros declaram desejar reduzir seu impacto individual sobre o meio ambiente e a natureza (demonstrando estabilidade: 86%, em 2021); contra 73% da média mundial

55% dos brasileiros se dizem dispostos a pagar mais por produtos ou marcas mais sustentáveis (queda de 5 p.p. em relação à 2021); em paridade com os 57% da média dos países

 

Desempenho das instituições em ajudar a ter estilos de vida mais ecológicos

As instituições melhor avaliadas são as ONGs/grupos ativistas: 60% dos brasileiros declaram que estão se saindo muito bem/bem em ajudar as pessoas a viverem de forma mais ecológica, em comparação com as grandes empresas (43%) e os governos (30%)

 

Influenciadores de uma vida mais ecológica

Cerca de 30% dos brasileiros afirmam que os maiores influenciadores de um estilo de

vida mais ecológico são membros da família, mídia tradicional (TV, rádio e notícias)

e mídia social; em quarto lugar estão as empresas e as marcas (26%)

 

Fatores que influenciam a decisão de compra

Entre 43 e 55% dos brasileiros afirmam que o fato de um produto ser ecologicamente

correto influencia “muito” a sua decisão de compra em diferentes segmentos, especialmente produtos de cuidado pessoal (55%) e de limpeza (51%)

56% dos brasileiros dizem que suas decisões de compra são muito influenciadas por marcas que impulsionam a agricultura sustentável e que desenvolvem programas de uso eficiente de água; 54% por marcas que desenvolvem programas de reciclagem/reúso de embalagens e que proporcionam ajuda humanitária

 

Alimentação para uma vida saudável e sustentável

6 em cada 10 brasileiros declaram sempre/a maior parte do tempo” comer comida saudável, não tendo havido mudança desde 2019

6 em cada 10 brasileiros se dizem dispostas a pagar mais por alimentos saudáveis e

sustentáveis

 

Mudanças feitas na vida para privilegiar a economia, o meio ambiente e a sociedade

34% dos brasileiros declaram ter realizado mudanças no último ano para serem mais saudáveis, melhorando o bem-estar e a saúde física e mental (aumento de 4 p.p. em relação à 2021)

25% dos brasileiros declaram ter realizado mudanças no último ano para serem mais ecologicamente corretos, buscando reduzir o impacto no meio ambiente e no clima (aumento de 4 p.p. em relação à 2021)

 

Percepção sobre seriedade dos problemas globais

Seguindo o mesmo padrão dos anos anteriores, os problemas ambientais predominam como os mais sérios para os brasileiros, sendo 8 dos 11 principais problemas apontados, com destaque para poluição da água e esgotamento dos recursos naturais 

Conheça todos os resultados públicos aqui. 

 

Instituto Akatu
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GlobeScan
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A importância das inovações voltadas para a colaboração e desenvolvimento de Estudantes, Educadores e Indústrias

 

As tecnologias estão remodelando o mundo do trabalho. Os empregos estão sendo transformados e novos ofícios que exigem novas habilidades estão surgindo. Nesse contexto, a verdade é que a educação também está mudando. São tempos sem precedentes e todos – de instituições acadêmicas a professores, alunos, empresas e profissionais – precisam se ajustar e se adaptar. Hoje, por exemplo, professores tornaram-se alunos, tendo que aprender a mover seu trabalho diário para o ambiente online. Do mesmo modo, os alunos estão sendo chamados a concluir seus aprendizados práticos em casa, trabalhando em colaboração com seus amigos, cumprindo os prazos estabelecidos por seus professores.

Para acompanhar essa realidade móvel e conectada, as soluções de aprendizagem devem permitir que a colaboração exista. Não apenas para ajudar a formar a força do trabalho do amanhã, mas também para permitir que os profissionais do agora sejam capazes de se atualizar continuamente, reforçando suas habilidades para estarem prontos para a tão necessária transformação dos negócios.

É preciso ajudar estudantes e profissionais a prosperarem no local de trabalho com habilidades da indústria sob demanda para inovação sustentável. Em um mercado cada vez mais híbrido, em que a relação entre pessoas, empresas e academia já não se restringem às fronteiras geográficas, é fundamental tornar o aprendizado real e virtual uma tarefa constante e aberta a todos. Plataformas como a 3DEXPERIENCE Edu são um caminho para abrir essas novas possibilidades, permitindo a aprendizagem ao longo da vida e, além disso, para conectar instituições acadêmicas com a indústria e, assim, promover a empregabilidade.

Para nós, é essencial que trabalhemos para estabelecer parcerias globais entre empresas, universidades e centros de pesquisas, em uma rede que envolva os alunos em desafios e competições de sustentabilidade, além de oferecer um novo portfólio de experiências de aprendizado e certificações para profissionais nas ferramentas que habilitam a construção do futuro.

De forma prática, temos que responder a necessidade global de preparar estudantes e profissionais com conhecimento e know-how para prosperar em empregos emergentes e em rápida mudança em setores como manufatura, saúde e ciências da vida e infraestrutura e cidades, onde as tecnologias digitais estão convergindo para impactar todos os aspectos do negócio industrial – desde a concepção até a fabricação.

Estas são a chave para promover a inteligência coletiva sobre as principais funções e habilidades emergentes do mercado, bem como para redefinir a maneira como as instituições acadêmicas e as empresas colaboram entre si para acelerar a adoção de novos métodos de produção - sempre por meio do aprendizado baseado na experiência.

Vale lembrar que facilitar a interação e colaboração na cadeia de ensino, sobretudo na área de inovação, tecnologia e negócios, é também fundamental para atender a demanda imediata do mercado por talentos qualificados. Embora a pandemia de Covid-19 tenha, de fato, acelerado e amplificado as necessidades de requalificação, qualificação e treinamento de profissionais para ajudar empresas e instituições acadêmicas a acelerar sua transformação, é fato que há tempos os estudos já mostravam a desconexão entre as habilidades necessárias para preencher as vagas de emprego atuais e os currículos acadêmicos. Criar mecanismos para reconectar essas questões é o caminho.

Para promover o crescimento da indústria, as pessoas devem ser capazes de se adaptar a novas formas de trabalho. E as empresas, por sua vez, devem equipar os trabalhadores com conhecimento e ferramentas essenciais para acompanhar essa rápida evolução nas funções e habilidades. Da mesma forma, a indústria deve trabalhar para se aproximar com os educadores e, assim, reduzir a lacuna entre suas necessidades e o que é ensinado nas aulas.

O foco é oferecer um novo mundo que capacita a força de trabalho do futuro com conhecimento e know-how para experienciar as soluções e novidades, mesmo que de maneira remota. Somente ao envolver as pessoas poderemos transformar a forma como aprendem, ensinam, fazem e partilham para imaginar inovações sustentáveis.

É fundamental que professores e alunos de todo o mundo possam aproveitar as mais recentes soluções baseadas na Web em seus ambientes de sala de aula virtual para imaginar inovações sustentáveis. Somente a partir da criação de um modelo de aprendizado capaz de se ajustar continuamente à rápida transformação das indústrias é que poderemos alcançar os resultados esperados nos esforços do governo, empregadores locais, academia e fornecedores de tecnologia.

A aprendizagem híbrida e colaborativa está se tornando a nova norma na educação. Seja on-line ou em sala de aula, o aprendizado é sobre o envolvimento das pessoas. A aprendizagem baseada na experiência é a solução para os alunos desenvolverem ativamente suas habilidades criando projetos e colaborando ativamente com seus colegas, especialistas e mentores. É papel de todos agir para a construção dessa força de trabalho do futuro, abrindo novas possibilidades de aprendizagem contínua e em constante evolução para promover a empregabilidade, o crescimento social e a capacidade de transformação digital na indústria.

 

Alejandro Chocolat - Diretor Geral da Dassault Systèmes para a América Latina


Cresce procura por veículos elétricos no Brasil

Crédito: Envato
Segmento pode ser promessa de dias melhores para setor automotivo, afetado pela pandemia; mercado precisa estar preparado para a revolução energética, diz especialista

 

Desde os primeiros meses da pandemia de covid-19, o setor de automóveis passou mais de dois anos mergulhado em um período de perdas e incertezas. Mas, embora a queda no número de vendas de veículos convencionais, um novo segmento do mercado começa a trazer esperança de dias melhores. Ao longo do primeiro semestre de 2022, foram emplacados 23.563 veículos elétricos, representando uma alta de 34,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) e Fenabrave. 

Quando os dados analisados são mundiais, o salto é ainda maior: 63% mais veículos elétricos ganharam as ruas entre janeiro e junho deste ano. De acordo com a ABVE, em julho o volume de carros eletrificados no Brasil superou os 100 mil. Apesar de ainda tímido, o setor de veículos elétricos é uma promessa prestes a ser cumprida. Em alguns países, como a Noruega por exemplo, quase todos os carros vendidos já são movidos a eletricidade. 

Para Cristiano Dantas, diretor comercial da Tecnobank, empresa nacional especializada em tecnologia para registro de contratos de financiamento, pode-se esperar um crescimento cada vez mais intenso desse tipo de automóvel. "Além de trazer economia com combustível, o carro elétrico também tem manutenção com valor médio equivalente aos valores dos demais veículos não elétricos, além de contribuir com a preservação do meio ambiente. Hoje, o custo do veículo em si ainda é um pouco alto para os padrões brasileiros, mas isso tende a mudar conforme os modelos se popularizarem”, analisa.


Estímulos podem facilitar financiamento

A troca dos veículos a combustão por modelos híbridos ou elétricos é uma das formas de reduzir a poluição gerada pela locomoção de milhares de pessoas, todos os dias. Por isso, essa mudança está na pauta de boa parte dos países. Um estudo do Conselho Internacional de Transporte Limpo aponta que um veículo elétrico com bateria de tamanho médio emite, ao longo da sua vida útil, entre 60% e 68% menos carbono na comparação com um motor de combustão interna. E a tendência é que esse valor aumente à medida em que mais eletricidade renovável seja usada em toda a cadeia de produção do veículo - da fabricação ao descarte e reaproveitamento dos componentes. 

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP 26), realizada em novembro do ano passado, na Escócia, 30 países e seis fabricantes de automóveis assinaram um acordo para encerrar as vendas de veículos a combustão a partir de 2035. Ou seja, o preço desses veículos usados também tende a despencar com o passar dos anos.

Incentivos e benefícios podem ser fundamentais para que os consumidores também passem a dar preferência para modelos menos poluentes. No Brasil, em julho de 2022, o Banco do Brasil anunciou a redução da taxa de financiamento para veículos híbridos e elétricos. Dantas lembra que esse tipo de iniciativa, partindo do mercado, costuma ser um bom catalisador para mudanças no consumo. “É claro que os compradores precisam se conscientizar, mas, enquanto o veículo eletrificado não oferecer vantagens financeiras imediatas, será difícil bater as vendas dos veículos convencionais. A partir do momento em que financiar um carro elétrico for mais barato, poderemos ver mudanças significativas no comportamento do consumidor brasileiro”, enfatiza. Os veículos 100% elétricos mais baratos no Brasil variam entre R$ 140 mil a R$ 290 mil.


Oportunidades

No mercado brasileiro, a participação do carro elétrico é de apenas 2%, o que significa uma grande oportunidade de crescimento em um mercado em expansão. A começar pelas baterias "Atualmente, a maioria dos veículos elétricos é feita com baterias de lítio, matéria prima encontrada principalmente na Ásia, especialmente na China, que detém 80% do refino do material", analisa Dantas.

Outro ponto de investimento são as estações de carregamento. O Brasil possui hoje pouco mais de 1.200 postos de recarga, segundo a ABVE, sendo que São Paulo concentra 47% do total. Os consumidores que optam pelo carregamento do carro elétrico em casa esbarram com dificuldades como o custo da energia e problemas estruturais das residências e condomínios.

Para instalar uma estação de recarga rápida de carro elétrico, um posto de combustíveis pode gastar até R$ 500 mil. Como a recarga é feita atualmente de forma gratuita na maioria dos postos, ainda não é um negócio rentável a curto prazo. 

 

Tecnobank

 

Má qualidade do ensino resulta em alunos de baixa qualidade e consequentemente em profissionais sem valor para o mercado, critica especialista

Enquanto a sociedade não tiver o amadurecimento e a visão de que não existem atalhos em relação à formação superior e sua importantíssima contribuição para o mercado de trabalho e a competitividade das empresas brasileiras e do país, podemos estar fadados a patinar no quesito da boa formação e qualificação dos nossos quadros.

Atualmente, existe uma relação direta entre a “qualidade” do aluno universitário ingressante no ensino superior e seu “valor” no mercado de trabalho. Essas afirmações são da especialista em educação com mais de 25 anos de experiência e atuação na Universidade Nova Lisboa, em Portugal, Sandra Raphael, ao comentar os impactos da má qualidade do ensino brasileiro no futuro de nossos estudantes.

Conforme ela, não é preciso reafirmar que a educação é, naturalmente, uma base fundamental. Mas, segundo ela, o corpo docente e sua preparação também são a base de formação para indivíduos capacitados.

"Não são raras as vezes que nos deparamos com formadores de pessoas: professores (de ensino fundamental a universitários), educadores, mentores e afins com péssima formação, com um vocabulário pobre e repleto de erros gramaticais. Esses indivíduos estão dentro das escolas passando seus conhecimentos e, supostamente, formando pessoas. Nem preciso mencionar que o resultado é a falta de qualidade dos quadros ativos no tecido empresarial do Brasil, recém-formados que não sabem redigir uma carta sem erros gramaticais, que não conseguem desenvolver uma linha de raciocínio e muito menos fazer a interpretação de um texto. Essa é a esmagadora realidade dos quadros ativos no Brasil. Infelizmente", lamentou.

Ainda conforme ela, se por um lado o sistema de ensino é arcaico, atrasado, protecionista e mal preparado, do outro lado dessa ponte encontramos pessoas nada comprometidas com o real aprendizado, com dedicação e afinco ao aprendizado que exige foco, métodos de ensino, leitura, convívio saudável, modelo mental de compromisso com sua qualificação e excelência.

Por isso, ainda segundo Sandra, não se trata apenas da qualidade do ensino, mas sim, e também, da qualidade dos alunos que, infelizmente, é medíocre. São pessoas que querem o diploma sem fazer o mínimo esforço para o que mais importa: aprender.

"Na minha experiência de consultora internacional constato que os quadros superiores das grandes empresas brasileiras estão em patamares de excelência à par com quadros de qualquer parte do mundo. A questão é que é uma minoria de indivíduos que estão em condições de competir, e inclusive superar, quadros de alta performance quando comparamos com outras realidades como Europa e Estados Unidos", destacou.

"O brasileiro tem a força do trabalho, tem alegria, é acolhedor, tem dignidade, é dedicado e busca uma melhora da sua condição de vida. Os responsáveis pela educação precisam fazer sua parte em fornecer um ensino de qualidade que passa por ter professores bem formados e dedicados, introjetar uma cultura de excelência que não se coaduna com posturas de imediatismo, falta de comprometimento, facilidades, falta de foco e disciplina para estudar e aprender. A evolução passa por assumir nossas fragilidades e trabalhar para corrigi-las e superá-las", emendou.

Para a especialista, o tripé da excelência e de oportunidades de relevância para nossos alunos e futuros profissionais é de uma academia moderna, forte e bem preparada, alunos dedicados e focados em realmente aprender e um tecido empresarial que saiba reconhecer e valorizar seus talentos.




Sandra Raphael - Administradora de Empresas e pós-graduada em Gestão, pela Nova School of Business & Economics – Lisbon, Portugal. Master Coach certificada pela The International Association of Coaching e SLAC Sociedade Latino Americana e tem Certificação Internacional de Chief Happiness Officer. Fundadora da escola de negócios em Luanda, Angola. Palestrante, treinadora e consultora, especialista em multiculturalidade e interculturalidade. Vasta experiência nos mercados brasileiros, europeu e africano. Autora e co-autora de artigos e case studies sobre a Gestão em Ambiente Multicultural.


O uso indiscriminado de antibióticos na pecuária industrial intensiva promove o aparecimento de bactérias multirresistentes, indica relatório da Proteção Animal Mundial

Lançamento da pesquisa também alerta para os riscos à saúde e ao meio ambiente decorrentes do uso indiscriminado de antibióticos na produção de proteínas animais

 

O uso irresponsável de antibióticos na pecuária industrial intensiva tem contribuído para a disseminação global de bactérias multirresistentes, é o que indicam os dados dos estudos de campo realizados pela Proteção Animal Mundial entre 2018 e 2022. A organização testou fontes de águas próximas às fazendas de criação de animais em sistemas industriais intensivos e também carnes vendidas nos supermercados para a presença de bactérias resistentes a antibióticos. Nossos testes de produtos cárneos revelaram bactérias resistentes em carnes na Austrália, Brasil, Indonésia, Quênia, Espanha, Tailândia, Reino Unido e EUA e nos testes de cursos d’água foram encontrados genes de resistência a antibióticos (ARGs) em todos os países testados: Brasil, Canadá, Espanha, Tailândia e EUA. As descobertas sugerem que as bactérias multirresistentes provenientes da criação de animais estão circulando pela cadeia alimentar, com implicações negativas para a saúde humana e para o meio ambiente. 

Os resultados estão compilados no relatório “Pecuária Industrial Intensiva: fábrica de bactérias multirresistentes”, cujo lançamento acontece em novembro, mês que marca a Semana Mundial de Conscientização sobre o Uso de Antimicrobianos, promovida todos os anos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) entre os dias 18 e 24 de novembro. O objetivo da campanha é aumentar a conscientização sobre o assunto e alertar para as melhores práticas de uso do medicamento, a fim de evitar o surgimento e a propagação da resistência antimicrobiana em todo o mundo. 

A resistência antimicrobiana (RAM) ocorre quando microrganismos (bactérias, fungos, vírus e parasitas) sofrem alterações e adquirem resistência quando expostos a antimicrobianos (classe de medicamentos que, além dos antibióticos, inclui também antifúngicos, antivirais, antimaláricos e anti-helmínticos, por exemplo), dificultando o tratamento de infecções e ampliando o risco de propagação e gravidade de doenças e o aumento de mortes. As bactérias multirresistentes podem contaminar os seres humanos através de animais, do meio ambiente ou dos alimentos e, dessa forma, representam uma grande ameaça à segurança alimentar e à saúde pública. Atualmente, 1,27 milhão de pessoas morrem a cada ano vítimas de infecções que não respondem ao tratamento com antibióticos e estima-se que até 2050 esse número salte para 10 milhões. 

A pecuária industrial intensiva usa rotineiramente níveis muito altos de antibióticos. Estima-se que 75% de toda a produção mundial desse tipo de medicamento seja usada na pecuária. Os animais, incluindo suínos e frangos, espécies de criação extremamente intensiva, são submetidos à sua utilização de forma indiscriminada e irresponsável com o objetivo de promover o crescimento acelerado e mascarar problemas de bem-estar animal. Os antibióticos, por exemplo, são usados de forma paliativa para evitar que animais estressados adoeçam devido às altas densidades dos ambientes em que são confinados, o que vai contra as recomendações da OMS.

 

Resultados revelam fábricas de bactérias 

O relatório da Proteção Animal Mundial indica que no Brasil, com base nos resultados dos testes de água realizados em 2021, os rios próximos de fazendas industriais intensivas apresentaram maior diversidade de Genes de Resistência Antimicrobiana (ARGs) na comparação com águas mais próximas de suas nascentes. Foram encontradas evidências de genes resistentes a b-lactâmicos, fluoroquinolonas, macrolídeos e até mesmo agentes desinfetantes. Anteriormente, em 2018, testes de carne suína apontaram a presença da bactéria E. coli em 92% das amostras avaliadas, além de resistência a Fluoroquinolonas, Amicacina, Sulfonamidas, Ceftiofur e Colistina -- antibióticos considerados mais criticamente importantes ou altamente importantes para humanos, conforme definição da Organização Mundial de Saúde. 

No Reino Unido, o levantamento feito pela organização neste ano revelou que mais de 10% das amostras de produtos suínos, incluindo cortes como bistecas e carne moída, estavam infectados com bactérias que mostraram resistência a um antibiótico de último recurso, usado para tratar doenças graves em seres humanos. Os produtos contaminados incluíam algumas carnes suínas vendidas com o rótulos de certificação, como o Red Tractor, orgânicos e garantia RSPCA. 

Nos Estados Unidos, o estudo também focou na análise de carnes suínas comercializadas em supermercados e 80% das bactérias isoladas de produtos suínos eram resistentes a pelo menos um tipo de antibiótico. Em único supermercado norte-americano, 37% das bactérias encontradas nas amostras eram multirresistentes, o que significa que eram resistentes a três ou mais classes de antibióticos, e quase 10% eram resistentes a um total de seis classes de antibióticos clinicamente importantes.

 

Bem-estar animal é chave para reduzir RAM 

Com os resultados indicando a contaminação por bactérias multirresistentes em diferentes países e continentes, a Proteção Animal Mundial alerta para a necessidade de fortalecer os Padrões Mínimos de Bem-estar definidos no FARMS Initiative em suas normas específicas para cada espécie. “A saúde e o bem-estar dos animais, das pessoas e de nosso planeta são interdependentes. A precariedade da saúde e do bem-estar animal na pecuária industrial intensiva afeta negativamente a saúde pública, a segurança alimentar e o meio ambiente”, afirma Daniel Cruz, coordenador de agropecuária sustentável da Proteção Animal Mundial. 

A organização, que é a voz global do bem-estar animal, defende que os governos imponham uma moratória à pecuária industrial intensiva, impedindo a aprovação de novas criações nesse modelo ou ainda a expansão das fazendas e granjas já existentes nos próximos 10 anos. Em paralelo, o poder público também deve estabelecer padrões mínimos obrigatórios de bem-estar para a criação dos animais. A erradicação da pecuária industrial intensiva limitará o aumento da resistência antimicrobiana (RAM) em animais de criação. Isso proporcionará uma melhoria da saúde e do bem-estar animal, uma alimentação mais saudável para as pessoas, além de um sistema alimentar mais seguro e também sustentável”, explica Cruz. 

Em relação à produção, a Proteção Animal Mundial trabalha para ampliar as práticas que sigam padrões de bem-estar, o que inclui o fim do uso de antibióticos de forma preventiva e para a promoção do crescimento. A organização também acredita que os consumidores podem contribuir para frear o uso indiscriminado de antibióticos na pecuária, optando pelo menor consumo de proteínas animais e também pela escolha de produtos que sigam os padrões de maior bem-estar sempre que possível. Em paralelo ao lançamento do relatório, a ONG também colocou no ar uma petição para pedir o fim do uso irresponsável de antibióticos ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os interessados podem assinar a petição aqui.  

Sobre a Proteção Animal Mundial (World Animal Protection) - A Proteção Animal Mundial é a voz global do bem-estar animal, com mais de 70 anos de experiência em campanhas por um mundo no qual os animais vivam livres de crueldade e sofrimento. Temos escritórios em 12 países e desenvolvemos trabalhos em 47 países ao todo. Colaboramos com comunidades locais, com o setor privado, com a sociedade civil e governos para mudar a vida dos animais para melhor. Nosso objetivo é mudar a maneira como o mundo trabalha para acabar com a crueldade e o sofrimento dos animais selvagens e de produção. Por meio de nossa estratégia global de sistema alimentar, vamos acabar com a pecuária industrial intensiva e criar um sistema alimentar humano e sustentável, que coloca os animais em primeiro lugar.

 

A importância da sintonia entre o on-line e off-line no mercado de trabalho

Imagem: slidesgo / Freepik
Fabiana Teixeira, especialista em comunicação empresarial, pontua principais erros cometidos nas redes sociais para quem busca oportunidades

 

De alguns anos para cá a comunicação nas redes sociais se tornou ainda mais entrelaçada com nosso dia a dia, e hoje o comportamento no mundo on-line é considerado tão ‘vida real’ quanto as ações realizadas pessoalmente. Isto se reflete em todos os tipos de relacionamentos pessoais, principalmente aqueles relacionados ao trabalho.

“Houve um tempo em que a rede social era tratada como uma área a parte, que parecia não ter consequências no mundo ‘real’,” explica Fabiana Teixeira, especialista em comunicação empresarial e branding. “Mas hoje ela é uma das partes mais importantes de conexão no mundo do trabalho, e é através do on-line que se formam muitas oportunidades, como clientes, empregos, investimentos e parcerias. E tudo isso cai numa pergunta: como você se comunica para o mundo?”

Fabiana pontua que muitos casos têm viralizado na internet, por exemplo, onde pessoas são eliminadas de processos seletivos por causa de seus perfis nas redes sociais, ou até foram demitidos por justa causa quando são ofensivos com a empresa ou o empregador em postagens. “Todos temos liberdade de expressão, mas isso não significa que estamos isentos de suas consequências. Da mesma maneira que certas coisas não devem ser faladas no ambiente de trabalho, também não devem ser gritadas em praça pública, o equivalente de um post público,” esclarece.

Segundo ela, uma das maiores dificuldades que encontra em suas mentorias é a de criar uma sintonia entre a persona on-line e off-line, já que elas devem, no final das contas, representar o mesmo indivíduo. E essa linha tênue pode variar de pessoa para pessoa. “Um exemplo: para um pode ser fácil ser amigável e atrativo quando se tem tempo para escrever uma resposta e fazer estratégia de mídia, mas frente a frente ele é tímido e não se comunica. Para outro, pessoalmente é uma pessoa extremamente cativante e educada, mas nas suas redes é ofensiva ou hostil. Essa discrepância pode causar perdas de oportunidade para os dois candidatos.” Fabiana explica que recrutadores e departamentos de RH hoje em dia, sempre estão de olho nas redes, e é de extrema importância manter isto em mente.

Apesar disso, a especialista pontua que não se deve perder a personalidade ou senso de humor, e se tornar robótico. “Até porque todo mundo sabe que ninguém é assim realmente, e fica nítida a fachada. Na intenção às vezes de se tornar atrativo ao mercado, a pessoa fica igual a todos, muito comum no LinkedIn ou Instagram, por exemplo. A mesma aparência, mesmas hashtags, mesmos emojis, e você pode acabar passando meio ‘batido’.”

Ela ainda ressalta: “Não é ruim ser diferente. É nas nossas diferenças que nos destacamos para o mundo e fazemos conexões reais, saímos daquele efeito manada que estaca a criatividade. É apenas necessário que esta expressão não seja feita de maneira grosseira,” esclarece.

Ela ainda oferece que num contraponto, o recrutador ou RH também deve reconhecer que as pessoas têm diferentes maneiras de se comunicar. “Você pode ser um comunicador amigável, que conversa com todos, ou pode ser analítico, que é introvertido, mais sério. Mas dentro destes parâmetros que formam nossa personalidade, é necessário se comunicar bem, mesmo que não igual a todos. Comunicação é prática, e é possível melhorar dentro das nossas limitações naturais.”

Fabiana finaliza dizendo que o seu posicionamento, a sua imagem, não é apenas aquilo que se faz ou se diz, mas um conjunto dos dois, e como você entrega sua verdade. “E hoje em dia, neste conjunto que forma você, é inclusa a vida dentro e fora das redes. Por isso, vale fazer uma autoanálise de onde se pode melhorar, e praticar a comunicação para que estas vidas se alinhem.”

 


Fabiana Teixeira - jornalista formada pela PUC-SP e tem experiência como repórter em emissoras como Record TV, TV Bandeirantes, Rede TV e TV Cultura. Também é especialista em Comunicação Empresarial, Branding e posicionamento de marcas pela ESPM e Marketing Digital pela Universidade de Columbia, em Nova York.

Instagram: @fabireporter 

www.fabireporter.com.br 

 

02 de dezembro - Dia da Advocacia Criminal

 

“A advocacia não é profissão de covardes”. A frase do criminalista do século, Heráclito Fontoura Sobral Pinto, é sempre oportuna para trazer neste 2 de dezembro, Dia da Advocacia Criminal. 

Nós, advogados e advogadas criminalistas, temos papel fundamental para a construção e manutenção do Estado Democrático de Direito e colaborar diretamente para o equilíbrio do tecido social e desempenhar esse papel é para quem tem coragem de se posicionar e atuar pela busca de justiça. 

Nosso próprio juramento solene já mostra que é nossa missão atuar para o fortalecimento da democracia: “Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observar a ética, os deveres e prerrogativas profissionais e defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, os direitos humanos, a justiça social, a boa aplicação das leis, a rápida administração da Justiça e o aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas”. 

A supremacia da vontade popular, a preservação da liberdade e a igualdade de direitos estão entre os princípios fundamentais do Estado de Direito e é, por isso, que celebramos o Dia da Advocacia Criminal lembrando que nossa função é atuar como sentinelas da Constituição Federal,  sendo guardiões do bem mais valioso de uma sociedade. 

Dito isto, é imprescindível falar sobre a valorização da advocacia criminal e também sobre esperança e resistência da classe na luta pela preservação do Estado de Direito, além da nossa contribuição para o fortalecimento da democracia.  Democracia esta que tem se mostrado cada vez mais necessária e basilar em uma sociedade que nem sempre reconhece seu valor, mas que demanda seu cumprimento.   

Neste cenário atual, em que se registram recorrentes situações de desrespeito à lei, ataques e incompreensões, o papel do advogado criminalista vai além de garantir que uma norma seja cumprida: a responsabilidade passa a ser também de trazer luz e assinalar, de maneira prática e tangível, a manutenção da ordem constitucional e o respeito aos direitos humanos, sendo a voz de quem não a possui; sendo a representação de quem não seria visto de forma justa. 

Por isso, em mais um 2 de dezembro, resistimos. Resistimos ao preconceito e à tentativa de criminalização da profissão. Resistimos na missão que vai além de um ofício, pois é preciso um sério compromisso com o direito, com a moral e com a ética profissional para permanecer e honrar, diariamente, essa importante função social. 

Nesta data, parabenizo minhas colegas e meus colegas de profissão, amigos de batalhas, advogados e advogadas que não se prostram diante dos retrocessos, mas que avançam e contribuem incansavelmente para a fortalecimento da categoria, com ações íntegras e ilibadas na defesa daqueles que lhes confiam a sua liberdade, agindo com dedicação e ciência do seu dever, dignificando, assim, a advocacia criminal. 

Há um longo caminho pela frente, mas essa estrada tem sido construída com responsabilidade, estudo, prontidão, argumentação e vontade, na certeza que o futuro há de ser melhor.  

Encerro com as sábias palavras do jurista e advogado Rui Barbosa. “A profissão de advogado tem, aos nossos olhos, uma dignidade quase sacerdotal. Toda a vez que a exercemos com a nossa consciência, consideramos desempenhada a nossa responsabilidade”. 

Parabéns às advogadas e advogados criminalistas do Brasil! 

 

Sheyner Yàsbeck Asfóra - presidente nacional da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim)

 

Revisão da Vida Toda é aprovada: quem pode aumentar aposentadorias no INSS

Uma das notícias previdenciárias mais importantes dos últimos anos acaba de ser decidida pelo Supremo Tribunal Federal: a Revisão da Vida Toda foi finalmente aprovada nesta quinta-feira, 1 de dezembro de 2022, depois de uma longa trajetória nas instâncias superiores.  

É uma oportunidade para muitos segurados terem suas aposentadorias ou pensões reajustadas pelo INSS. 

 

O que motivou a Revisão da Vida Toda  

Em 26 de novembro de 1999 o INSS adotou uma regra de cálculo de benefícios prejudicando quem teve maiores salários antes de julho de 1994, quando se iniciou o Plano Real.  

O INSS não incluiu essas contribuições no cálculo das aposentadorias, auxílios-doença, auxílio-acidente e pensões, o que acabou diminuindo o valor pago pela previdência.   

Com a Revisão da Vida Toda aprovada hoje no STF, além de somar os salários anteriores a 1994 para melhorar aposentadorias, é possível receber os atrasados calculados nos últimos 5 anos, a contar da data de início do processo na justiça. 

 

Porque a Revisão da Vida Toda voltou ao STF, após aprovada?  

A resolução do Tema 1102 teve uma reviravolta após o STF já ter formado maioria em favor dos aposentados, em fevereiro deste ano.  

O ministro Kássio Nunes Marques pediu para que o julgamento fosse reiniciado no plenário físico, há poucos minutos para o encerramento do prazo, quando os aposentados já comemoravam o voto do ministro Alexandre de Moraes, desempatando o placar no plenário virtual e aprovando a revisão por 6 votos a 5. 

Durante todo esse tempo a revisão ficou parada no STF, até que no dia 9 de novembro, o ministro André Mendonça liberou o tema para pauta. Nove dias depois, a presidente do STF, ministra Rosa Weber, pautou o julgamento. 

O julgamento começou na quarta-feira, dia 30/11/2022, e terminou na quinta-feira, dia 01/12/2022, com a aprovação da Revisão da Vida Toda e a vitória dos aposentados e pensionistas do INSS.

 

O que acontece agora? 

Agora, mesmo aprovada no Supremo, a revisão não será aplicada automaticamente pelo INSS. Será preciso entrar com uma ação judicial para requerer a mudança do cálculo.    

Por isso é fundamental que os aposentados observem o prazo de decadência para exercer esse direito, sendo de 10 anos contados a partir do mês seguinte em do início do pagamento do primeiro benefício.  

Eu reuni as principais informações sobre a Revisão da Vida Toda para que você possa avaliar suas possibilidades. 

 

Quais benefícios podem ser revisados e aumentar com a Revisão da Vida Toda? 

Todas as aposentadorias e outros benefícios do INSS podem ter um impacto positivo com a Revisão da Vida Toda: 

Aposentadoria por idade

Aposentadoria por tempo de contribuição 

Aposentadoria por invalidez

Aposentadoria especial

Auxílio-doença

Pensão por Morte

Auxílio-Acidente

 

Os requisitos: 

Existem condições que devem ser observadas pelos pensionistas e aposentados do INSS para ter direito a Revisão da Vida Toda. São elas:  

·        Ter começado a receber o benefício do INSS há 10 anos e 1 mês, no máximo, ou ter feito um pedido de revisão dentro desse prazo 

·        Ter começado a trabalhar antes de 1994 e contar com benefícios concedidos depois de 29.11.1999 

·        Possuir contribuições mais altas até julho de 1994 (comparando com as posteriores) 

·        Embora muitos aposentados e pensionistas tenham essa oportunidade, é preciso fazer cálculos com um especialista e contar com uma equipe especializada na Revisão da Vida Toda, porque nem todas as pessoas terão um aumento dos benefícios ao incorporar os salários anteriores a julho de 1994.  

·        Fazer esses os cálculos previdenciários com um especialista é uma recomendação que vale para todos os pedidos de aposentadoria, inclusive para a revisão da Vida Toda. 

 

Os documentos: 

Todos os documentos, com exceção da carteira de trabalho, você consegue no próprio site do “MEU INSS” ou pelo aplicativo “MEU INSS”, entrando com o seu CPF e sua senha. 

O melhor é fornecer a senha do “MEU INSS” e o CPF para que o advogado possa buscar as informações que precisa para realizar o cálculo, mas o segurado pode digitalizar os documentos e enviar.  

Os documentos são: 

  • CNIS completo e atualizado (cadastro nacional de informações sociais) — solicitado no site do “MEU INSS” ou pelo aplicativo “MEU INSS”
  • Processo administrativo do benefício que pretende revisão 
  • Carteiras de Trabalho (todas as carteiras de trabalho com as folhas com informações registradas)
  • Em caso de pensão por morte de pessoa que, ao falecer, estava aposentada, cópia do processo administrativo de aposentadoria do falecido; 

·        Carta de concessão do benefício que pretende revisar.

 

Quem se aposentou depois de 2019 tem direito à Revisão da Vida Toda? 

Não é possível usar essa revisão nas aposentadorias, pensões e benefícios calculados já com as regras da reforma da previdência, mas há casos em que, embora a aposentadoria ou pensão tenha sido concedida e paga somente a partir de 13.11.2019, foram utilizadas as regras anteriores, do direito adquirido. 

 Nesses casos o segurado pode ter, sim, direito à revisão.

 

Priscila Arraes Reino - advogada especialista em direito previdenciário e direito trabalhista, palestrante e sócia do escritório Arraes e Centeno


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