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terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Exame previne miopia em crianças, diz estudo

A biometria do crescimento axial do olho indica risco de miopia e permite prevenir antes da visão ser afetada.

 

Crianças em casa com os olhos grudados nas telas do computador e celular se transformaram em uma verdadeira neurose para os pais. Isso porque, o excesso de atividade online é um dos fatores de risco para contrair a miopia, dificuldade de enxergar à distância.  Não por acaso, a previsão da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que até 2050 metade da população global será míope. Pior: A prevalência da população com alta miopia, acima de 6 graus, também deve aumentar 5 vezes em 30 anos. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de Campinas significa que todo esforço para controlar a miopia ainda é pouco. Isso porque, acima de 6 graus aumenta a chance de glaucoma, descolamento de retina e degeneração macular, importantes causas de perda permanente da visão.

 

A boa notícia é que um estudo publicado no Investigative Ophthalmology & Visual Science (IOVS), jornal da ARVO, maior organização de pesquisa sobre Oftalmologia do mundo, mostra que novos míopes apresentam anos antes de qualquer alteração na refração crescimento axial de 0,36mm/ano contra 0,14 mm

 entre os que não tem dificuldade para enxergar. A pesquisa foi realizada com 1302 crianças em Cingapura. Todas foram submetidas a medidas de refração e biometria com acompanhamento de 3 a 6 anos.  Dos participantes 509 eram míopes no início do levantamento, 490 emetropes e 303 ficaram míopes durante a pesquisa.

 

Tratamento com colírio

Queiroz Neto afirma que a única forma de prevenir a progressão da miopia em crianças que têm crescimento axial acima do normal, mas continuam enxergando bem à distância é instilando no olho uma gota de colírio de atropina antes da criança ir dormir. O médico explica que como todo remédio o colírio pode ter efeito colateral que neste caso é um leve espessamento da coroide dependendo do tempo que o medicamento é usado. Na concentração de 0,01 não tem efeito rebote de reativar a miopia após a interrupção do uso.

 

Lente de contato e óculos

Queiroz Neto afirma que todos os dispositivos lançados para controlar a miopia tem como base a teoria da desfocagem periférica. “Enquanto a lente de contato comuns coloca a imagem atrás da retina a lente produzida para controlar a miopia coloca a imagem na zona de tratamento à frente da retina”, afirma. O resultado é a redução do crescimento axial do olho em 50%. Pode ser usada por crianças a partir de 8 anos porque o descarte é diário, diminuindo o risco de contaminação da córnea. o oftalmologista ressalta que praticar atividades esportivas é essencial no controle da miopia tendo em vista que a exposição ao sol estimula a produção da dopamina que tem efeito de contenção do crescimento axial do olho. “Por isso, a lente de contato pode reforçar a proteção à visão ao permitir a prática de diversos esportes ao ar livre com baixo risco de lesões oculares, com exceção da natação , já que a água é o principal veículo de contaminação das lentes de contato.

O especialista ressalta que recentemente chegou ao Brasil uma lente para óculos que reduz em até 65% a progressão da miopia se for usada por 12 horas conforme ficou demostrado em dois ensaios clínicos.  Possui uma zona de visão única  que permite à criança enxergar com mais nitidez.

Outra alternativa para controlar a miopia é a lente ortoceratológica. Rígida e de uso noturno elimina a miopia durante o sono fazendo uma pressão sobre a córnea que remodela seu formato. Durante o dia a criança fica livre dos óculos e lentes.

As três principais recomendações do médico são:

·         Alterne atividades internas e externas. Nossos olhos precisam do sol para controlar a miopia.

·         Nas atividades online procure olhar para o um ponto distante. Isso evita espasmo dos músculos ciliares e a miopia acomodativa.

·         Diminua, na medida do possível, as atividades online.


Uso de absorvente interno ainda causa dúvidas entre as mulheres

Ginecologista da Rede Mater Dei explica que eles são seguros, desde que usados corretamente; especialista fala sobre os principais receios, como o que fazer se a cordinha se rompe
 

Os absorventes internos ganham cada vez mais adeptas, mas as mulheres ainda têm dúvidas se eles são seguros para a sua saúde. De acordo com a ginecologista Anna Salvador, da Rede Mater Dei, eles não oferecem riscos, “desde que utilizados de forma correta”. 

Segundo a médica, as principais dúvidas são sobre como colocar o absorvente, quando trocá-lo e o que fazer quando a cordinha se solta. “Para saber como colocar e retirar o absorvente, o ideal é que a mulher procure um ginecologista, que dará as informações necessárias e pode mostrar como usá-lo e indicar o tamanho ideal, que é decidido de acordo com o fluxo menstrual da pessoa”, explica. Sobre a troca, a médica Anna Salvador recomenda que seja feita a cada 8 horas. E o que pode acontecer se a pessoa esquecer de trocar e ficar mais horas? “O risco é que o sangue propicie o aparecimento de bactérias, causando uma infecção vaginal”, explica. “Ou até uma infecção mais grave, caso as bactérias entrem na corrente sanguínea.” 

Outra dúvida comum: o que acontece quando a cordinha que fica fora da vagina para facilitar a retirada do absorvente se rompe, como aconteceu com Laís, participante do BBB 22, que disse aos colegas do reality show que tinha perdido seu absorvente dentro dela? “Ele não some e nem entra no abdome, pois o colo do útero impede que isso aconteça”, explica a dra. Anna Salvador. O que fazer, então? “A pessoa deve lavar bem as mãos e introduzir o dedo dentro da vagina para encontrá-lo e retirá-lo.” 

Outra opção é procurar um Pronto Atendimento, onde médicos poderão retirar o absorvente com o uso de equipamentos ginecológicos.

Covid-19 pode causar perda auditiva e zumbido, mostram pesquisas

Embora os estudos ainda estejam no início, já existem evidências de danos ao sistema auditivo após a contaminação pelo vírus SAR-CoV-2

 

Os efeitos colaterais da covid-19 ainda estão sendo estudados pela medicina, e as constantes mutações do vírus diversificam os sintomas da doença. Por isso, uma das linhas de investigação diz respeito à saúde auditiva. Relatos de pessoas infectadas pela covid-19, analisados por cientistas, já demonstram que, além das já conhecidas sequelas como perda de olfato e de paladar, a perda de audição e o zumbido nas orelhas também podem ser causados pelo coronavírus, em pessoas sem queixas auditivas prévias; ou com piora entre aquelas que já tinham zumbido ou perda auditiva. 

Foi o que comprovou um relatório do Manchester Biomedical Research Centre (BRC), no Reino Unido, depois do resultado de 24 estudos que analisaram a relação entre a covid-19 e problemas de audição. Nele, os pesquisadores concluíram que, no geral, 7,6% dos pacientes pesquisados relataram terem sofrido de perda de audição e 14,8% tiveram zumbido após contraírem o coronavírus. 

Outro estudo, realizado no Reino Unido com apoio da British Tinnitus Association e da American Tinnitus Association, observou que um grande número de pessoas desenvolveu zumbido pela primeira vez ou percebeu que seus sintomas pioraram depois de se contaminarem pela covid-19. De acordo com os pesquisadores, 40% dos pacientes que tiveram sintomas do coronavírus apresentaram simultaneamente piora do zumbido. 

Em termos de perda auditiva, pesquisa publicada no American Journal of Otolaryngology (EUA) investigou se portadores assintomáticos do coronavírus podiam ter prejuízos nas funções das células ciliadas da cóclea, responsáveis pela audição. Para isso, pesquisadores da South Valley University, no Egito, compararam a amplitude das Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes (EOAT) e os limiares da audiometria de tom puro entre pessoas com covid-19, mas assintomáticas, e indivíduos não infectados. 

Os pesquisadores avaliaram 20 casos de pessoas diagnosticadas com covid-19 e que não apresentavam nenhum dos sintomas conhecidos da infecção viral, formando o grupo de teste. A idade dos participantes variou entre 20 e 50 anos. Os resultados mostraram que, apesar de assintomáticos, os limiares de alta frequência na audiometria e as amplitudes das EOAT foram significativamente piores no grupo de teste, apontando para prejuízos que a infecção por covid-19 pode causar nas funções das células ciliadas da cóclea. 

Além disso, um relato de caso publicado no American Journal of Otolaryngology (EUA) descreveu o caso de um paciente assintomático com covid-19 que apresentou perda súbita de audição três dias após o diagnóstico positivo. Testes laboratoriais e radiológicos não mostraram qualquer anormalidade que pudesse explicar a causa da perda auditiva súbita, exceto PCR positivo para a covid-19. 

Outro relato foi publicado no BMJ Journal (British Medical Journal); o primeiro de perda auditiva súbita registrado no Reino Unido. Um britânico de 45 anos, que recebeu tratamento intensivo para covid-19, percebeu zumbido e perda auditiva na orelha esquerda após ter alta da UTI. Depois de exames audiológicos, foi detectada perda de audição e realizado tratamento, mas com pouca melhora do quadro. 

Os dados apontam que o coronavírus pode causar perda de diferentes graus e tipos, podendo acometer um ou as duas orelhas. Além disso, o vírus pode afetar o sistema auditivo nervoso central, com impacto direto na qualidade de compreensão de fala. Os sinais de alterações auditivas podem surgir até 12 semanas após a melhora do paciente. E essa perda auditiva pode surgir de forma súbita, com sensação de orelha tampada e/ou zumbido repentino. 

"Ao primeiro sinal de desconforto, é importante procurar um médico otorrrinolaringologista ou um fonoaudiólogo o mais rápido possível, para uma avaliação audiológica completa, que inclui audiometria de altas frequências, audiometria vocal, imitanciometria e acufenometria. Esses exames vão orientar o especialista para um tratamento adequado", aconselha a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, especialista em Audiologia e Vendas na Telex Soluções Auditivas.  

É importante também manter os cuidados de prevenção. A vacinação contra a covid-19 é fundamental.

 

Hidrocefalia do idoso poder ser confundida com Alzheimer e Parkinson

Tratamento precoce aumenta as chances de recuperação do paciente

 

Dificuldades para andar, incontinência urinária e perda cognitiva estão entre os principais sintomas que caracterizam a Hidrocefalia de Pressão Normal (HPN) – uma síndrome neurológica que consiste no excesso de líquido acumulado na região do cérebro e que, geralmente, afeta adultos com idade entre os 60 e 70 anos.

 

“Nós temos no interior da cabeça um líquido que é produzido normalmente, uma produção independente de dia e hora, que é constante e, à medida que nós envelhecemos, por alguma razão, esse líquido começa a acumular em algumas pessoas”, afirma Dr. Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião.

 

Normalmente, esse excesso de líquido na cabeça, pode levar a condições peculiares, tais como: distúrbios de marcha - alteração na forma de caminhar, confusão mental e até perda de memória.

 

É comum o diagnóstico de Hidrocefalia de Pressão Normal (HPN) não ser realizado precocemente e, em muitos casos, a HPN – também conhecida como a hidrocefalia do idoso – poder ser confundida com doenças que apresentam sintomas semelhantes como Alzheimer e Parkinson.

 

Existe um tratamento adequado para essa doença?


Sim, por isso a importância do diagnóstico correto e precoce, que é feito através da avaliação clínica e confirmado por um exame de imagem, ou seja, preferencialmente uma ressonância magnética da cabeça para identificar o acúmulo de líquido na região.

 

Situações em que a doença é confirmada, o passo seguinte é a indicação de uma cirurgia, que consiste na colocação de um pequeno tubo com o intuito de drenar o líquido do interior da atividade craniana para a região abdominal.

 

“A Derivação Ventrículo Peritoneal (DVP) é uma cirurgia que apresenta bons resultados quando o diagnóstico é feito, principalmente, de uma forma mais precoce, onde ainda não prevalece a demência de forma acentuada, assim como as alterações urinárias, dificuldades ao caminhar e, eventualmente, perda de memória”, explica Dr. Ricardo.

 

Além da ressonância magnética, o Exame de Líquor (Tap-Test), que também auxilia na identificação do diagnóstico, consiste na punção lombar para a retirada do excesso de líquido que circula pelo sistema nervoso central.

 

Ainda não há orientações específicas sobre a prevenção da HPN, no entanto, o tratamento precoce aumenta as chances de recuperação do paciente.

 

 

Dr. Ricardo de Oliveira - Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP). Doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados pela Universidade René Descartes, em Paris, na França e pela FMRPUSP. É orientador pleno do Programa de Pós-graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia da FMRPUSP e médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Também é docente credenciado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da pós-graduação e tem experiência com ênfase em Neurocirurgia Pediátrica e em Neurooncologia, atuando principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: neoplasias cerebrais sólidas da infância, glicobiologia de tumores cerebrais pediátricos e trauma crânio-encefálico. Foi o neurocirurgião pediátrico principal do caso das gêmeas siamesas do Ceará. Atua com consultórios em Ribeirão Preto no Neurocin e em São Paulo no Instituto Amato.

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Fuja dos 7 hábitos que prejudicam seus dentes

Preparamos uma lista com os hábitos mais comuns entre as pessoas e como esse comportamento automático pode prejudicar a sua vida

 

Manter a saúde bucal em dia é sinônimo de qualidade de vida. Alguns hábitos podem prejudicar os dentes, a gengiva e causar problemas na mastigação e deglutição. Como resultado surgem doenças e alterações estéticas indesejáveis. 

Roer unhas, consumir alimentos com muito açúcar e deixar de usar o fio dental são alguns dos péssimos hábitos mais conhecidos entre as pessoas, mas outros ‘vícios’ que prejudicam a saúde bucal não são tão óbvios e quase sempre esquecemos deles por julgarmos como inofensivos. 

Será que existe algum costume que você está fazendo todos os dias que está colocando sua saúde bucal em risco? Preparamos uma lista com os hábitos mais comuns entre as pessoas e como esse comportamento automático pode prejudicar a sua vida.

“Abusar do açúcar favorece a formação de placa bacteriana e ainda altera o PH da boca, tornando mais suscetível para a cárie e desmineralização do esmalte”, disse o cirurgião dentista da Orthopride de Caraguatatuba, Anderson Brasil. 


1. Mastigar errado ou fazer pressão com tampa de caneta.

O ato de mastigar apenas de uma lado é algo que costuma ser involuntário, porém devemos prestar atenção, pois a saúde bucal é colocada em risco levando a uma sobrecarga dos dentes, com maior risco de desgaste e dores musculares. 


2. Escovar os dentes com muita força.

Pode danificar a gengiva e os dentes, podendo desencadear sensibilidade e ferimento. 


3. Abrir a tampa de garrafa ou qualquer embalagem.

Corre o risco de lesionar a mandíbula ou quebrar algum dente. 


4. Palitar os dentes.

O uso de palitos pode lesionar a gengiva resultando em uma inflamação ou infecção, além de provocar uma retração gengival levando a uma sensibilidade na área. 


5. Manter a bebida com acidez por muito tempo na boca.

Bebidas alcoólicas em excesso provocam ressecamento da mucosa bucal aumentando a suscetibilidade para o desenvolvimento de diversos problemas como a cárie. Refrigerantes também podem levar a erosão do esmalte dos dentes. 


6. Fazer procedimentos estéticos de qualquer jeito.
Todo tratamento deve ser feito com cautela e com um profissional capacitado para tal procedimento.
 


07 - Fumar.

Pode levar desencadear inflamações na gengiva, perda de dentes e até mesmo desenvolver câncer na boca.



Piercing e Jóias nos Dentes. Saiba o que os Acessórios Dentais Afetam na Saúde Bucal

Os piercings e as jóias nos dentes já foram tendências em décadas passadas, porém agora está voltando com força total. Essa moda ganha cada vez mais adeptos entre jovens e adultos que buscam trazer um visual diferenciado para o sorriso. Celebridades e blogueiros também estão aderindo à tendência.

Um brilho no sorriso pode parecer legal e estiloso, mas será que esses acessórios para os dentes são seguros ou trazem algum problema? A cirurgiã dentista e especialista em saúde bucal Dra. Bruna Conde esclarece algumas dúvidas sobre essas questões.

Apesar da palavra piercing em inglês significar “perfuração”, o piercing dental é colado no dente, pode ser colado temporariamente ou fixado com um cimento especial para um efeito mais duradouro, mas que também pode ser removivel. “ O piercing é simplesmente colado no esmalte do dente e não dói. Porém, depois de colocar o acessório no esmalte, você estará mudando permanentemente a superfície do seu dente.” explica a Dentista Antenada.

As joias dentais, as famosas “Grillz”, são estruturas de metal, geralmente feitas de ouro, prata ou de platina, fixada aos dentes com um silicone. Diversos artistas como Madonna, Rihanna, Katy Perry, Beyoncé, Kim Kardashian, tem inspirado adeptos do mundo todo.

Porém o uso desse acessório preocupa alguns especialistas e a Dra. Bruna Conde alerta: “Enfeitar o sorriso sem o aval do dentista pode causar danos à sua saúde bucal, como o desgaste e até mesmo a fratura dos dentes.” comenta a especialista em saúde bucal.

“As jóias dentais em contato com os dentes da arcada oposta, além de fraturas e desgastes, podem causar retração das gengivas, o que gera sensibilidade e até mesmo interferir na fala. Caso não estejam bem adaptados e não seja planejado e colocado por um dentista especialista.” completa a Dra. Bruna, Dentista Antenada. 

Sobre os piercings dentais, a Dra. Bruna Conde esclarece que, como qualquer outro piercing oral, existem alguns riscos associados ao dental. “Somente quem tem bons hábitos de higiene bucal e tem a boca saudável deve considerar a possibilidadede colocar piercing no dente.” relata a Dentista Antenada. “Alguns riscos existentes do piercing e das jóias dentais, são partículas ou restos de alimentos presos, acúmulo de placa bacteriana na pedrinha ou na jóia, danos ao esmalte do dente, dentes lascados, possível irritação na gengiva e nas bochechas por alergia ao metal e desgastes permanentes ao esmalte do dente.” completa a Dra. Bruna Conde, especialista em saúde bucal e periodontal.

Vale levar em consideração, se estiver analisando colocar algum desses acessórios, “é importante que a colocação seja em um ambiente limpo e estéril, e que seja feita por um profissional dentista que tenha avaliado seu caso de saúde bucal. A colocação feita por um especialista odontológico irá garantir a fixação adequada para que não solte da boca enquanto você dorme, e nem gere desgastes desnecessário, má colocação e quebra dos seus dentes.” finaliza a Dra. Bruna Conde. 



Dra Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.
CRO SP 102038


É possível compensar o sono? Veja o que os especialistas dizem

Muitas vezes com uma rotina apertada as pessoas acabam dormindo menos alguns dias e tentando compensar o sono de um dia agitado, em outro mais tranquilo ou aos finais de semana, mas será que isso é saudável ou vale de algo para o nosso organismo? 

De acordo com a Associação Brasileira do Sono, os problemas para dormir constituem uma epidemia global que ameaça a saúde e a qualidade de vida das pessoas. Segundo uma pesquisa realizada pela instituição, cerca de 75% da população apresenta queixas que vão dos distúrbios (insônia, ronco e apneia) às insatisfações (cansaço recorrente e sonolência diurna). 

Josué Alencar, fundador e diretor do Persono, unidade de negócios da Coteminas que promove iniciativas para melhorar a qualidade de vida das pessoas através do sono, explica que “enquanto dormimos, nosso organismo cumpre diversas funções que são essenciais à saúde. Para que isso aconteça de forma completa, o sono passa por diversos ciclos. Precisamos dormir o suficiente para passar por todos os ciclos e receber todas as funções do sono. Alguns estudos afirmam que adultos necessitam de 7 a 9 horas de sono por noite.” 

A crença na falsa possibilidade de compensar o sono aos fins de semana e feriados leva ao jetlag social. Isso não apenas não funciona como ainda prejudica a sua saúde e tem um mecanismo muito próximo do jet lag que acontece quando viajamos. Estes hábitos de sono irregulares podem trazer vários problemas de saúde, como obesidade, diabetes, doenças cardíacas, depressão e lesões acidentais. 

“Essa tentativa de compensar o sono nos dias livres é chamada de jet lag social. A melhor opção para quem não quer correr o risco de desenvolver problemas de saúde pela falta de sono é fazer do ato de dormir bem e em quantidade suficiente um hábito diário, uma meta a ser alcançada todos os dias. Tentar se desprender da tecnologia é uma alternativa para isso. Ficamos muito ligados aos smartphones e a luz azul emitida pelos aparelhos prejudica a nossa produção de melatonina, hormônio responsável por regular o sono e o nosso ciclo circadiano", finaliza Alencar. 



Persono - unidade de negócios do grupo Coteminas, que é líder no segmento de produtos têxteis para o lar. Como parte do pilar de conteúdo e conscientização, a marca já lançou um blog dedicado ao tema, além de webinars e da pesquisa "Acorda, Brasil!" Que contou com 2 mil entrevistados em todas as regiões do país.


Médicos realizam ação de prevenção de câncer colorretal para populações ribeirinhas do rio Tapajós, no Pará

 À vésperas do Março Azul, mês de conscientização do câncer colorretal, o Pará, estado da região Norte com maior incidência desse tipo de câncer, recebe ação de prevenção organizada pela ONG Zoé. De 5 a 12 de março, serão 25 médicos voluntários vindos de São Paulo para realizar colonoscopias, o exame que pode prevenir e diagnosticar a doença, além de outros procedimentos.

 

Voluntários da ONG paulistana Zoé estarão de 5 a 12 de março, no Hospital Municipal de Belterra (HMB), no Pará, em sua 5ª expedição em prol da vida das populações ribeirinhas do rio Tapajós. Dessa vez, o principal foco da ação está relacionado ao Março Azul -- mês de conscientização sobre o câncer colorretal (intestino grosso e reto). Serão 25 médicos voluntários que atuarão nas especialidades de colonoscopia -- relacionada ao câncer colorretal --, além de endoscopia, anestesia e cirurgia. Também participam acadêmicos de medicina e profissionais de enfermagem. 

No Brasil, o câncer colorretal é o segundo tumor maligno em incidência na população feminina e masculina, excluindo o câncer de pele não melanoma, atrás apenas, respectivamente, dos cânceres de próstata e mama. São 41 mil novos casos previstos para 2022, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Na região Norte do País, o Pará é o que apresenta maior incidência de câncer colorretal, com 560 novos casos previstos para este ano, número bem superior aos demais estados: Acre, 50 novos casos; Amapá, 20; Amazonas, 210; Rondônia, 130; Roraima, 30; Tocantins, 170. 

Os números corroboram o cenário revelado pelo estudo de rastreamento de câncer colorretal liderado pelo médico cirurgião e colonoscopista Marcelo Averbach, um dos fundadores da Zoé, entre 2014 e 2017, antes da criação oficial da ONG. Nesse período, foram submetidos ao rastreamento os moradores de Belterra, na faixa etária entre 50 e 70 anos. “O levantamento mostrou incidência elevada de câncer colorretal e de adenomas de alto grau que são lesões que antecedem o câncer”, diz. A atual expedição da Zoé dá continuidade a esse atendimento, com a reavaliação dos pacientes que participaram do estudo e tiveram o diagnóstico de pólipos avançados ou apresentaram sintomas. Depois da avaliação, pacientes que necessitarem de tratamento oncológico serão encaminhados para o Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém (PA).

 

Um câncer evitável

Apesar da alta incidência, o câncer colorretal pode ser evitado. Isso porque a doença tem início com uma lesão pequena e não maligna nas paredes do intestino. O exame de colonoscopia é capaz de identificar as lesões com potencial de malignidade e removê-las, evitando um futuro câncer. 

Outra medida importante no combate ao câncer colorretal é a prevenção. Nesse contexto, uma das a recomendações é adotar uma alimentação que inclua o consumo de frutas e hortaliças; evitar o consumo de alimentos processados e de bebidas alcoólicas, refrigerantes e outras bebidas açucaradas. Excesso de carne vermelha e alimentos calóricos e/ou gordurosos também aumentam o risco para a doença, assim como sedentarismo, obesidade e tabagismo. O desenvolvimento de câncer colorretal por fatores de hereditariedade representa entre 5% e 10% dos casos.


A importância da endoscopia

No total, deverão ser atendidos durante a expedição da Zoé cerca de 200 pacientes no HMB. Além de 60 colonoscopias, serão realizadas 100 endoscopias digestivas altas, 20 cirurgias proctológicas e 20 cirurgias de hérnia. “Também vamos atender pacientes que foram submetidos à cirurgia de hérnia e endoscopias na expedição realizada no final do ano passado e que, de acordo com avaliação previamente realizada, necessitam de acompanhamento”, informa o médico cirurgião do aparelho digestivo, Fábio Atuí, um dos fundadores da Zoé. 

Marco Aurélio D’Assunção, médico endoscopista e presidente da Zoé, explica que entre os pacientes que serão submetidos ao exame de endoscopia de controle, estão os que foram diagnosticados e tratados de Helicobacter pylori. Essa bactéria é o principal fator de risco para câncer de estômago e o Pará ocupa a liderança na incidência de novos casos dessa doença oncológica, com 860 novos casos previstos para este ano, de acordo com estimativas do Inca. Para os demais estados a estimativa é bem inferior: Acre, 90 casos; Amapá, 80; Amazonas, 380, Rondônia, 120; Roraima, 30; e Tocantins, 100. 

Nesse cenário, o exame de endoscopia é muito importante, entre outros fatores, porque, em alguns casos, é possível durante o exame remover cânceres em estágios iniciais ou colher amostras de lesões suspeitas que são encaminhadas para análise (biópsia), com objetivo de confirmar ou não o diagnóstico de doença oncológica.

 

Tecnologia de ponta

Os pacientes, além da expertise dos médicos que participam da expedição, serão beneficiados pela tecnologia. Entre os recursos que a Zoé leva para Belterra, estão um bisturi elétrico de última geração, um equipamento de endoscopia com recursos de inteligência artificial e instrumental específico para cirurgia proctológica.

 

Ação tem apoio da Sobed e SBCP

A 5ª expedição da Zoé conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed) e da Sociedade Brasileira de Colocoproctologia (SBCP). Fazem parte da expedição o presidente da Sobed, Ricardo Dib, e o vice-presidente, Herberth Toledo, e o presidente da SBCP, Eduardo de Paula Vieira. A Sobed e a SBCP são sociedades que representam especialidades médicas relacionadas ao câncer colorretal e, assim como a Zoé, estão engajadas no movimento de conscientização sobre essa doença oncológica. 

“O Março Azul é um alerta nacional para mobilizar os profissionais de saúde e a população brasileira sobre a importância do diagnóstico precoce no combate ao câncer colorretal. E estamos confiantes de que essa força-tarefa será um sucesso”, destacou o presidente da Sobed. “Ações como essa da qual participaremos em Belterra são de extrema importância para que populações remotas tenham acesso a exames essenciais no diagnóstico e prevenção de doenças como o câncer colorretal“, complementou o presidente da SBCP.


Acidente Vascular Cerebral (AVC): Entenda um pouco mais da doença que acomete tantos brasileiros

A enfermidade é a segunda maior causa de mortes e a principal razão da incapacidade no mundo 


O Acidente Vascular Cerebral, também conhecido como AVC, é uma doença que acontece quando o fluxo sanguíneo em uma parte do cérebro para de circular. Existem dois tipos de AVC, o hemorrágico, quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando inchaço, pressão e danos às células cerebrais devido ao derramamento de sangue sobre elas. E o isquêmico, que ocorre devido um coágulo formado num vaso cerebral, bloqueando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro, como infelizmente aconteceu no caso do jornalista e cineasta, Arnaldo Jabor. 

Segundo a World Stroke Organization, mais de 13 milhões de pessoas terão um AVC todos os anos e cerca de 5,5 milhões de pessoas morrerão em consequência disso. 

As maiores dificuldades de quem sofre um AVC são as complicações que a pessoa poderá desenvolver logo após o derrame cerebral, como por exemplo a espasticidade, que é o aumento involuntário das contrações dos músculos, podendo ocasionar rigidez muscular, sendo uma condição que afeta profundamente a qualidade de vida de um paciente com AVC. Além disso, existem outros problemas, como:

  • Fadiga;
  • Edema (inchaço por acúmulo de líquidos) das extremidades;
  • Dificuldades relacionadas à alimentação, como falta de apetite, recusa alimentar, dificuldade de reconhecimento visual do alimento, alterações de olfato e paladar etc.;
  • Paralisia facial;
  • Fraqueza muscular;
  • Diminuição ou aumento da sensibilidade;
  • Alterações visuais, como perda da visão central e problemas com movimentos oculares e de processamento visual;
  • Limitação de atividades motoras e funcionais;
  • Afasia, distúrbio que afeta a forma e uso da linguagem oral e escrita.

Para identificar se o AVC afetou as funções sensoriais, motoras, cognitivas ou psicomotoras e qual o nível de comprometimento do paciente, é necessário que ele seja submetido a uma avaliação realizada por uma equipe especializada, que envolve médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos. Essa avaliação é fundamental para definir um plano de reabilitação efetivo e que ajude na recuperação do paciente. 

De acordo com um estudo multicêntrico realizado por médicos brasileiros, chamado BCause, 45% dos pacientes chegam tardiamente à reabilitação pós-AVC e os principais motivos para que isso aconteça são a falta de encaminhamento médico e a dificuldade de acesso e transporte para chegar nos centros especializados em reabilitação. 

A melhor maneira de evitar as dificuldades e consequências após o AVC é prevenindo o surgimento do quadro. Alguns dos fatores de risco do derrame cerebral são a hipertensão, tabagismo, alcoolismo, diabetes, sedentarismo, obesidade, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares, entre outros1. Além de tratar ou controlar esses fatores, existem alguns hábitos que ajudam a prevenir o acidente vascular cerebral, como praticar exercícios físicos, manter uma dieta equilibrada e não fumar.
 

Caminhos Pós-AVC 

Para compreendermos mais sobre a prevenção, reabilitação e a vida do paciente pós-AVC, foi criada a iniciativa Caminhos Pós-AVC que envolve associações de pacientes (Associação de Avecistas do Estado de São Paulo, Associação Acidente Vascular Cerebral de Cuiabá), sociedade médicas (Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação) e a Ipsen, com o objetivo de aumentar a conscientização da população sobre fatores de risco, prevenção e dedicando um espaço especial para os cuidados no pós-AVC. 

A iniciativa pretende valorizar a importância da reabilitação, promovendo a troca de experiências, dando voz aos pacientes, familiares, cuidadores e profissionais de saúde, para valorizar suas histórias e vivências durante a jornada de reabilitação no pós-AVC. A campanha é dividida em três temas, nos quais serão abordados a vida após o AVC, o acidente vascular cerebral e a sua prevenção. 

Para mais informações da iniciativa, clique aqui ou procure nas redes sociais por “Caminhos Pós-AVC”.


Medicamento contra câncer de mama agressivo da AstraZeneca apresenta resultados promissores: entenda como funciona

Trazendo um maior leque de possibilidades para os tratamentos, terapia pode aumentar a sobrevida e evitar a progressão da doença

 

Nesta segunda-feira, 21 de fevereiro, a AstraZeneca divulgou que o Enhertu, medicamento destinado ao tratamento contra o câncer, trouxe resultados bastante positivos para as pacientes com tumores agressivos na mama pela primeira vez. 

Comparado à quimioterapia tradicional, foi possível observar que o medicamento promoveu um aumento na sobrevida e o estadiamento do câncer de mama metastático de níveis inferiores da proteína HER2 - um oncogene presente entre 25% a 30% dos casos desta neoplasia. Vale lembrar ainda que, atualmente, a quimioterapia é o único meio de tratamento para pacientes com tumores RH positivos (após progressão de terapia endócrina), quanto RH negativos. 

Apesar do anúncio já se mostrar bastante promissor até o momento, a farmacêutica irá apresentar dados detalhados do estudo durante uma conferência médica em breve. Além disso, as agências reguladoras devem ser contatadas para um possível uso ampliado do tratamento. 

Para Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo, esse é mais um avanço da ciência no combate ao câncer de mama. "O tratamento irá oferecer um maior leque de opções para as mulheres e isso é extremamente animador. Em um futuro próximo, o medicamento irá ajudar milhares de pacientes a passarem bem por uma fase tão delicada", comenta. 

O medicamento, apesar de ter sido testado em mulheres que fizeram entre três e quatro terapias anteriores, também será disponibilizado para estudos futuros em pacientes nos estágios iniciais do câncer de mama, ou seja, com o HER2 alto ou baixo. "Isso irá permitir que mais pessoas sejam elegíveis ao tratamento por ano, abrindo portas para um grupo muito maior", explica o oncologista. Durante os ensaios clínicos, a AstraZeneca explicou que o perfil de segurança do medicamento foi consistente e não trouxe possíveis preocupações. 

Vale lembrar que os tumores de mama estão no topo do ranking dos tipos de câncer mais diagnosticados em todo o mundo, segundo o último relatório Globocan 2020, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) - são aproximadamente 2,3 milhões de novos casos por ano, o que representa 24,5% dos diagnósticos da doença em mulheres. Anualmente, são estimados 684.996 óbitos, correspondendo a 15,5% da mortalidade pela neoplasia. 

No Brasil, o câncer de mama é o mais incidente no público feminino de todas as regiões, seguido pelo câncer de pele não melanoma. Além disso, é também a primeira causa de morte pela doença em mulheres no país. Em 2022, estima-se que ocorrerão 66.280 novos casos da neoplasia, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

 

Como o tratamento funciona? 

Pertencente às terapias conjugadas de drogas de anticorpos (ADC), o Enhertu, comercializado desde 2019 para os cânceres gástricos causados por HER2, faz com que esses anticorpos sejam ligados às células tumorais e, com isso, substâncias químicas sejam depositadas no local do tumor, matando as células. 

É importante ressaltar que, além do câncer de mama, o medicamento também está sendo estudado para o tratamento de outros tipos de câncer, como é o caso do colorretal, pulmonar e gástrico. "Apesar de ainda ser cedo demais para afirmar sobre os resultados, todos os passos e conquistas trazem esperança e otimismo para esse recurso terapêutico", finaliza Daniel Gimenes.


Sintomas de COVID-19 são mais frequentes em usuários de cigarros eletrônicos

Novos estudos mostram que o uso de vaporizadores é tema sério que precisa de maior cuidado e atenção


Apesar de a venda e importação do cigarro eletrônico serem proibidas no país desde 2009, o uso do dispositivo só aumenta -- principalmente entre jovens. Dados da última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2019) divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram cerca de 1 milhão de brasileiros usuários dos chamados vaporizadores.

Segundo o oncologista torácico Carlos Gil Ferreira, presidente do Instituto Oncoclínicas, existe uma falsa imagem divulgada de que o cigarro eletrônico causa menores danos para o organismo por não produzir fumaça. “A ideia de que o dispositivo não faz mal à saúde é falsa, ele faz mal sim, causa dependência, possui níveis de toxidade tão prejudiciais à saúde quanto o cigarro comum e já existem vários estudos sobre isso”, afirma.


Covid-19: sintomas são mais comuns em usuários de cigarros eletrônicos

De acordo com uma nova pesquisa feita pela Mayo Clinic, publicada em janeiro no Journal of Primary Care & Community Health, pessoas que usam cigarros eletrônicos e testam positivo para COVID-19 têm mais chances de experimentar sintomas da doença quando comparadas com quem não inala o vapor do cigarro eletrônico. Os dados foram coletados de um total de 1.734 pacientes, entre 1º de março de 2020 e 28 de fevereiro de 2021, com diagnóstico confirmado de COVID-19. Destes, 289 faziam uso de vaporizadores. Todos os sintomas comuns da COVID-19, como dores de cabeça, dores musculares, dor no peito, náusea e vômito, diarreia e perda de olfato e paladar foram relatados com maior frequência entre as pessoas que faziam uso do cigarro eletrônico.

Além disso, pessoas que testaram positivo para COVID-19 e inalaram o vapor do cigarro eletrônico e também fumaram tabaco, reclamaram de dificuldade respiratória e fizeram visitas mais frequentes ao pronto-socorro do que pessoas que não usavam o cigarro eletrônico.


Cigarro eletrônico não ajuda a parar de fumar cigarro convencional 

“Apesar de a indústria tabagista querer nos convencer do contrário, não existem estudos comprovando que o cigarro eletrônico possa ajudar a pessoa a largar a nicotina. Quem quer parar de fumar e está com dificuldade deve procurar ajuda porque pode ser um caminho bastante árduo e sofrido”, afirma Carlos Gil. 

Em artigo publicado em janeiro na revista Tobacco Control, do grupo British Medical Journal, pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, mostraram que o consumo de cigarro eletrônico com nicotina, teve, em média, 7% menos eficácia do que outras estratégias para largar o vício. Segundo o estudo, mesmo os voluntários que não usaram nenhum tipo de ajuda para tentar largar o vício tiveram mais sucesso que os usuários de cigarro eletrônico. 

“No Brasil, temos opções como o Sistema Único de Saúde (SUS) que oferece tratamento gratuito nas Unidades Básicas de Saúde e nos Hospitais, além de algumas instituições privadas que também oferecem programas de cessação do tabagismo”, conclui Carlos Gil. Um exemplo é o Grupo Oncoclínicas, com o apoio do Instituto Oncoclínicas, que vem conduzindo um amplo programa para pacientes e colaboradores. 

 

Dr. Carlos Gil Ferreira – graduo em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1992) e doutorado em Oncologia Experimental - Free University of Amsterdam (2001). Foi pesquisador Sênior da Coordenação de Pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) entre 2002 e 2015, onde exerceu as seguintes atividades: Chefe da Divisão de Pesquisa Clínica, Chefe do Programa Científico de Pesquisa Clínica, Idealizador e Pesquisador Principal do Banco Nacional de Tumores e DNA (BNT), Coordenador da Rede Nacional de Desenvolvimento de Fármacos Anticâncer (REDEFAC/SCTIE/MS) e Coordenador da Rede Nacional de Pesquisa Clínica em Câncer (RNPCC/SCTIE/MS). recebeu o Partners in Progress Award da American Society of Clinical Oncology. Presidente Eleito da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica para o período 2023-2025.

O Dia Mundial das Doenças Raras e a importância do diagnóstico precoce em bebês

O último dia de fevereiro foi escolhido como a data para aumentar a conscientização sobre as doenças raras

 

Estima-se que 13 milhões de pessoas sejam afetadas por doenças raras no Brasil, de acordo com pesquisa da Interfama. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera uma doença rara, aquela que afeta até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos, ou seja, 1,3 para cada 2 mil pessoas.  

O Dia Mundial das Doenças Raras é lembrado em mais de setenta países no último dia de fevereiro. A data foi instaurada em 2008, pela organização não-governamental e sem fins lucrativos Eurordis – Rare Diseases Europe, que representa 894 organizações de pacientes com doenças raras em 72 países. A campanha visa a conscientização sobre o impacto das doenças raras na vida dos pacientes e seus cuidadores, assim como, a melhora do acesso aos tratamentos e à assistência médica.   

Algumas características das doenças raras são: elas são crônicas, progressivas e muitas delas incapacitantes. Elas podem ser degenerativas e também levar à morte. Muitas dessas doenças não têm cura, apenas tratamento, que consiste em acompanhamento médico com o intuito de aliviar ou retardar o aparecimento de sintomas.  

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil existem cerca de 240 serviços que oferecem ações de assistência e diagnóstico. “De maneira geral, no entanto, o que acontece é um ‘odisseia’ do diagnóstico, na qual o paciente leva anos para descobrir a doença rara, o pode atrasar o acesso ao tratamento, ou até pior, levá-lo à morte”, explica David Schlesinger, neurologista e geneticista, CEO da Mendelics/meuDNA. Sem identificar a doença ou fazer o tratamento, 30% dos pacientes morrem antes dos cinco anos de idade.  

Existem de seis a oito mil tipos de doenças raras, 75% podem afetar crianças e 80% delas têm origem genética. Como muitas das doenças são genéticas, surgem na infância e o diagnóstico precoce se faz imprescindível para oferecer o suporte adequado aos pacientes, os pais de bebês devem estar atentos à realização de testes de triagem neonatal. Para isso, eles contam com um aliado importante: o meuDNA Bochechinha, que é um teste de mapeamento genético capaz de identificar a predisposição genética de bebês a mais de 340 doenças raras, graves, silenciosas e tratáveis, desenvolvidas na primeira infância. 

O teste é aprovado pela Anvisa e não é invasivo, basta uma coleta de saliva do bebê. A coleta de DNA da bochechinha do bebê é muito rápida, simples e indolor, com o uso de um SWAB bucal, um cotonete especial do kit. Em menos de 1 minuto, é possível realizá-la, sem apresentar nenhum risco. O resultado é disponibilizado online em até 28 dias e pode ser adquirido pelo site da marca, ou em farmácias.  

Caso seja identificado que a criança tem risco aumentado para alguma doença, é importante o acompanhamento de um médico geneticista.

Todas as doenças que podem ser identificadas pelo meuDNA Bochechinha são tratáveis. Algumas de forma simples, como dieta restritiva, a ingestão de determinada vitamina ou evitar situações de risco ao longo da vida, até tratamentos mais complexos que envolvem acompanhamento multidisciplinar e uso de medicações específicas, de alto custo. Quanto antes a predisposição for identificada, mais cedo pode-se realizar o acompanhamento médico e maiores as chances de uma vida saudável. 
 

As doenças raras mais comuns que aparecem nos resultados do teste são: talassemia, fenilcetonúria, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, galactosemia, doença do xarope de bordo e homocistinúria. Todas enfermidades graves, mas que identificadas precocemente têm tratamento. 

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem 36 Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDTs) para doenças raras. O objetivo dos tratamentos é controlar a doença e dar qualidade de vida ao paciente, mesmo que não tenha cura; descobrir a predisposição, pode evitar progressão e sequelas. 

 

 

meuDNA Bochechinha - teste de mapeamento genético capaz de identificar a predisposição genética de bebês a mais de 340 doenças raras, graves, silenciosas e tratáveis, desenvolvidas na primeira infância. O teste é aprovado pela Anvisa e não é invasivo, basta uma coleta de saliva do bebê. A coleta de DNA da bochechinha do bebê é muito rápida, simples e indolor, com o uso de um SWAB bucal, um cotonete especial do kit. Em menos de 1 minuto, é possível realizá-la, sem apresentar nenhum risco. O resultado é disponibilizado online em até 28 dias e pode ser adquirido pelo site da marca, ou em farmácias. 

Como diferenciar os sintomas da gripe e da Covid-19?

 Pneumologista pediátrica do Hospital São Camilo SP explica diferença entre as doenças e dá detalhes sobre a variante Ômicron 

 

Atípica para a época, a gripe vem provocando surtos de casos por todo o país. Causada pelo vírus influenza A H3N2 (cepa Darwin), ela acomete pessoas de todas as idades, gerando um mal-estar intenso.

Conforme a Dra. Ana Clara Toschi, pneumologista pediátrica da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, tanto as gripes como os resfriados são doenças mais comuns no outono-inverno. “Ambas são infecções virais das vias respiratórias e apresentam sintomas semelhantes”, explica.

A Covid-19, por sua vez, é causada pelo vírus SARS-CoV-2. As infecções causadas pela gripe ou pela Covid-19 também possuem alguns sintomas parecidos entre si, como febre, calafrios, tosse, fadiga (cansaço), dor de garganta, nariz escorrendo ou entupido, dores musculares e no corpo, dor de cabeça, vômitos e diarreias. Clinicamente, não é possível diferenciá-los, então, mesmo os casos mais leves, devem ser testados.

Tem sido observada também a coinfecção dos vírus Influenza e Coronavírus, chamado de Flurona: Influenza (flu) e Corona (rona). Não se sabe ainda, no entanto, se a infecção simultânea contribuiu para o aumento da gravidade e das internações.

No caso da variante Ômicron, reitera a Dra. Ana Clara, ela aparenta ser mais transmissível, tem período de incubação mais curto (cerca de três dias), mas sem aumento na mortalidade (em vacinados, a maioria dos casos vai de leve a moderado). Vale ressaltar, no entanto, que ainda são necessários mais estudos.

Os especialistas não sabem ao certo se isso é resultado da imunidade existente, por conta das vacinas, ou se é uma característica da Ômicron. Estudos recentes apontam que a variante pode ser menos agressiva por ficar muitas vezes limitada às vias aéreas superiores, poupando os pulmões, o que difere das outras variantes anteriores. Os pacientes afetados pela Ômicron, em geral, também não apresentaram perda de olfato ou paladar.

Para esclarecer a diferença entre as doenças e auxiliar na prevenção e no autocuidado, a especialista ainda responde a outras dúvidas sobre as enfermidades.
 
A gripe é um resfriado forte e o resfriado é uma gripe fraca?
Não. Gripes e resfriados são causados por vírus respiratórios distintos. Embora tenham alguns sintomas semelhantes, os sintomas da gripe são de maior intensidade e duração.


 
Hábitos saudáveis previnem gripes e resfriados?
Alguns hábitos auxiliam o sistema imunológico e, por isso, podem prevenir gripes e resfriados, já que o organismo fica mais resistente às infecções. Alimentação equilibrada e rica em vitaminas e minerais, bem como a prática de atividades físicas, são alguns deles. Além disso, é importante manter-se hidratado, pois fluidifica mais as secreções e, assim, auxilia a expectoração.


 
A vacina contra Influenza causa gripe?
Não. As vacinas da gripe disponíveis no Brasil utilizam vírus atenuado ou inativo, incapazes de causar infecção. No entanto, a resposta vacinal demora cerca de duas semanas após a imunização, portanto, neste período, é possível que a pessoa vacinada contraia a gripe.
 


Essa mesma vacina dura para sempre?
Não. Devido à alta taxa de mutação do vírus influenza, além do fato de que os anticorpos adquiridos após a vacinação diminuem ao longo do tempo, é necessário aplicar nova dose anualmente.

 

Tomei a vacina da gripe que não tem essa nova cepa, então não estou protegido?

Apesar desta cepa Darwin não fazer parte da vacina da gripe 2021, ela confere imunidade cruzada parcial, ou seja, há certa proteção sim. 

  
É preciso tomar antibióticos para tratar a gripe?
Não. Os antibióticos devem ser usados apenas quando houver infecção bacteriana secundária e sempre com orientação médica. Em casos de gripe, podem ser usados antitérmicos e analgésicos para aliviar os sintomas da doença, como febre e dores no corpo.


 
Resfriado mal curado pode virar gripe?
Não. Resfriados e gripes são causados por vírus diferentes. O que pode ocorrer é infecção pelo vírus Influenza após o resfriado, devido à baixa imunidade.
 
Por fim, a pneumologista recomenda a manutenção dos cuidados de prevenção, com a higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel, uso de máscara e distanciamento social.



 

Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

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