Pesquisar no Blog

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Aposentadoria por idade: regras, cálculo e como solicitar


Pedir a aposentadoria no INSS geralmente é uma tarefa que desperta muitas dúvidas no segurado. Constantemente as informações sobre esses processos estão sendo atualizadas e, na hora de requerer a aposentadoria por idade – uma das modalidades de aposentadoria - , é preciso muita atenção para que o pedido saia corretamente.


Regras da aposentadoria por idade

Antes da reforma previdenciária, para requerer a aposentadoria por idade, eram necessários 65 anos para o homem e 60 para mulher, além de 15 anos de carência e tempo de contribuição. O cálculo era feito pela média dos 80% maiores salários de contribuição a partir de julho de 1994, e sobre a média aplicava-se o coeficiente de 70% mais 1% por ano de contribuição. Se o segurado tinha 20 anos de contribuição, recebia 90%, por exemplo.

A partir de novembro de 2019, novas regras entraram em vigor e a idade para requerer o benefício passou a ser de 62 anos para mulheres e 65 para os homens.  O tempo de contribuição e de carência para mulheres permaneceu sendo de 15 anos, mas para os homens passou a ser de 20 anos, aumentando, portanto, a exigência de tempo mínimo de contribuição.


Regra de transição da aposentadoria por idade

Mas quem já vinha contribuindo com o INSS antes da aprovação da reforma pode contar com a regra de transição da aposentadoria por idade. Nesta regra há o aumento da idade de maneira progressiva ano a ano, em seis meses por ano, tendo iniciado em 2019 com os 60 anos, aumentando para 60 anos e seis meses em 2020, em 2021 passou a ser 61 anos e em 01 de janeiro de 2022 passará a ser de 61 anos e seis meses.

Na regra de transição da aposentadoria por idade não há mudança na idade mínima exigida para os homens se aposentarem, tendo em vista que antes da reforma e com ela, a idade mínima do homem não foi modificada, mantendo-se em 65 anos.

Quanto ao tempo mínimo necessário de contribuição, o requisito exige 15 anos para as mulheres e 15 anos para os homens, e nesse caso não há aumento anual gradativo como no caso da idade.

Mas é preciso ter atenção pois a regra de transição somente é aplicável aqueles que já estavam contribuindo com o INSS antes da reforma da previdência em 12.11.2019.

 

Cálculo da aposentadoria por idade

O cálculo também mudou e atualmente é realizada uma média de todas as contribuições feitas desde julho de 1994 até a data do pedido, com aplicação de coeficiente de 60%, acrescentando 2% a cada ano que ultrapassar 15 anos para a mulher e 20 anos para o homem.

Cabe frisar que, com a regra de descarte automático, é possível retirar todas as menores contribuições que diminuem o valor do benefício, desde que o segurado mantenha o mínimo de contribuições necessárias.

Por esse motivo, também existe a regra do “milagre da contribuição única”, que melhora, para pessoas que tenham pelo menos 15 anos de contribuições até julho de 1994, o valor do benefício. Isso acontece porque, a partir desse período, o segurado não tem nenhum salário de benefício que integra a média ou se tem, pode descartá-los. Nesse caso, fazendo ao menos uma contribuição sobre o valor do teto, ela consegue se aposentar com 60% sobre esta contribuição feita com sobre o salário de contribuição pelo teto.

Essa é uma regra muito interessante, pois muitas pessoas que começaram a contribuir na década de 60 ou 70 e depois de 1994 não tenham tido boas contribuições ao INSS, conseguem aumentar suas aposentadorias em quase quatro vezes com uma única contribuição sobre o teto, portanto gastam algo em torno de R$ 1.300,00.

Nesses casos, um planejamento previdenciário é muito importante, pois permite uma análise sobre as contribuições feitas, o tempo de contribuição existente antes de julho de 1994 e a carência cumprida, para fins de aplicação desta que é a regra do descarte.

Antes de realizar o pedido da aposentadoria, é recomendável que o segurado observe alguns critérios importantes. São eles:

- Análise do CNIS, documento do INSS que possui todos os extratos de contribuições da vida previdenciária;

- Comparar o CNIS com documentos e históricos trabalhistas – se o trabalho não está registrado no CNIS, é importante levar documentos que comprovem a atividade para o INSS. Havendo pendência no CNIS, o segurado pode ter prejuízos;

- Calcular os benefícios que tem direito para prevenir possíveis erros e prejuízos ou até mesmo que o requerimento seja negado;

- Avaliar possíveis melhorias futuras fazendo um plano previdenciário;

- Preparar a documentação necessária;

- Realizar o requerimento administrativo por escrito, chamando atenção para situações diferenciadas ou prováveis problemas, com a ajuda de um profissional.


Documentos necessários

- Carteira de Trabalho (todas a folhas);

- Documento de identidade com foto;

- Comprovante de residência;

- Certidão de casamento;

- Carnês de contribuição;

- CTC/DTC (em caso de tempo em outro regime ou tempo de trabalhado em serviço público);

- PPP (em caso de trabalho especial);

- Declarações, laudos médicos, em caso de pessoa com deficiência.


Como requerer?

É possível requerer pelo site do INSS ou pelo app MEU INSS e seguir as orientações fornecidas pela plataforma, respondendo as perguntas adequadamente e anexando os documentos solicitados, de acordo com a realidade do segurado.

Em alguns casos é necessário atualizar e-mail e número de telefone. Vale lembrar que, caso o requerente opte por acompanhar o processo via e-mail, é necessário ficar atento para verificar possíveis atualizações que o INSS envie para o endereço eletrônico cadastrado, como cumprimentos de exigências (pedido de documentos complementares), etc, podendo o segurado ter o pedido negado em caso de ignorar tais comunicações.

Quando o segurado tem um tempo de regime militar ou tempo especial de trabalho, é necessário provar ao órgão, na maioria dos casos, que foi cumprido esse período de atividade trabalhista. Em outros casos é possível pedir o tempo especial por categoria de trabalho, sendo suficiente estar na carteira de trabalho a função exercida.


Dica de especialista

1.    Quando o requerimento é feito por um especialista, cabe frisar que todo o pedido é fundamentado na Instrução Normativa n° 77 e nos decretos. Isso acontece porque o INSS obedece o seu próprio ordenamento, sendo essa IN uma das mais importantes para se pedir aposentadoria.

2.    Um especialista deve organizar a petição, detalhando o serviço, com tabelas, documentos anexados na folha da petição para solicitar o benefício. A lei não exige petição, mas, por questão de qualidade profissional e por segurança, são utilizados mecanismos como esses para aperfeiçoar a solicitação.

3.    Toda atenção é necessária quando se trata dos indicadores do CNIS. Os indicadores são status localizados ao lado de cada vínculo. Qualquer indicador pode significar que exista pendência a ser regularizada.

4.    Para incluir vínculos, também recomenda-se que, além de por escrito, junte-se à petição o anexo da carteira de trabalho que comprove o mesmo.

Após o pedido, é importante:

- Analisar a carta de concessão;

- Analisar o processo administrativo;

- Acompanhar o pagamento, em caso de benefício concedido.


E se der errado? O que devo fazer?

É muito comum, principalmente nas aposentadorias por idade, que o INSS faça concessões automáticas, onde a máquina avalia o requerimento e concede um benefício. Nesses casos, o pedido pode ser concedido errado ou até mesmo ser negado.

Nessas situações, cabe pedir a revisão (em caso de erro) ou entrar com recurso (em caso de pedido negado). Normalmente, quando feito um plano previdenciário com antecedência, um advogado consegue identificar com rapidez possíveis erros no pedido. Na revisão ou no recurso, é necessário chamar atenção para o motivo dos mesmos, explicando e demonstrando os motivos da revisão\recurso e ponderando as formas corretas de proceder.

Ainda é possível fazer sustentação oral perante a junta de recursos, ou seja, há a possibilidade, em caso de recurso, de conversar com os conselheiros do INSS. Normalmente essa sustentação oral também deve ser feita por um especialista previdenciário.

Acompanhe outras notícias sobre seus direitos também em nosso Canal do Direito Trabalhista e Previdenciário.

 


Priscila Arraes Reino - advogada especialista em direito previdenciário e direito trabalhista, palestrante e sócia do escritório Arraes e Centeno.  Visite nosso site clicando aqui


Kantar IBOPE Media divulga dados preliminares sobre o consumo de vídeo online no Brasil

 A amostra contempla o período entre 5 e 11 de dezembro, por meio do Painel 2.0 de medição de audiência

 

A Kantar IBOPE Media relata, em primeira mão, dados de consumo de vídeo online no Brasil. De acordo com a amostra, entre os dias 5 e 11 de dezembro, as mulheres foram as que mais consumiram este tipo de conteúdo (54,1%). A faixa etária predominante está entre 18 e 34 anos (26%). 

Estes são alguns dos primeiros dados coletados por meio do Painel 2.0 da Kantar IBOPE Media, via Focal Meter, evolução do sistema de medição de audiência da Kantar, que passa a aferir também a audiência de vídeos online. Atualmente, o equipamento está instalado em mais de 1.600 domicílios nas 15 regiões metropolitanas que contemplam a aferição auditada de audiência da Kantar IBOPE Media no Brasil. 

“Nos próximos meses, os dados sobre consumo de vídeo online estarão disponíveis por meio da solução ‘Video Streaming Report’, que apresentará aos nossos clientes os dados de consumo do vídeo online”, revela Melissa Vogel, CEO da Kantar IBOPE Media Brasil. “Nossa meta é ter o Painel 2.0 instalado em 3 mil domicílios até os primeiros meses de 2022, contemplando todo o ecossistema de vídeo no Brasil”, conclui a executiva. 

Os insights também apontam algumas preferências de consumo. De acordo com os dados preliminares, o dia de semana favorito dos brasileiros para assistir a vídeos online é o domingo, e o dia de menor consumo é a quinta-feira. Os dispositivos mais usados são Smart TVs (48%) e smartphones (42%), seguidos de computadores (8%) e tablets (2%). 

A Kantar IBOPE Media também observou que o dispositivo preferido entre os brasileiros muda quando a análise é realizada apenas com base no consumo de SVODs – players financiados majoritariamente por assinaturas, sejam eles nativos digitais ou pertencentes a emissoras. Nesse contexto, a relevância das Smart TVs cresce para 81%. Os celulares aparecem em seguida, com 13%.

 

Kantar IBOPE Media

www.kantaribopemedia.com


A gratidão da sociedade em forma de arte

O memorial comissionado pela AMRIGS, inédito no Brasil, foi erigido para registrar efeitos de um drama sem precedentes, que marca para sempre as nossas existências: a pandemia da COVID-19.O Memorial da Gratidão AMRIGS, criado pelo escultor Paulo Favalli, desvela-se nesse 16 de dezembro de 2021. Trata-se de um tributo da AMRIGS, em nome da sociedade, aos profissionais da saúde que estiveram no front de batalha e que, infelizmente, sem arrefecer a consciência do dever a cumprir, tombaram ante o vírus na missão de assistir e buscar a cura dos enfermos. Os profissionais da saúde mostraram e têm mostrado o seu valor ao colocarem-se em risco para salvar vidas. E o risco cobrou alto, ao perderem a vida no cumprimento do dever, médicos, enfermeiros, técnicos e toda a gama de profissionais de hospitais, clínicas e postos de saúde. Hoje, com este memorial, é o momento de prestarmos a todos eles a nossa homenagem especial, a nossa mais sincera gratidão.

A AMRIGS procurou não encomendar um monumento de feições habituais ou placa de metal com nomes em cipo de pedra. O Memorial da Gratidão AMRIGS escolhido pela entidade constitui-se de um processo artístico de extrema elaboração e complexa realização. Ergue-se assim, um marco de procedimentos de arte contemporânea com o uso de técnicas milenares, a fundição em bronze. O artista escolhido conduziu o seu projeto por cerca de um ano, pensando-o em sua linguagem artística própria, a partir de uma tradição escultórica de narrativa, em frontalidade que remonta do friso do Partenon, de Fídias, às Portas do Inferno de Rodin.

Cada um dos três painéis do Memorial da Gratidão AMRIGS representa uma fase da pandemia. O primeiro, A Morte, ilustra a perplexidade diante da tragédia, que chegou de forma rápida, invisível e avassaladora. O painel A Ciência nos mostra o desafio em combater um mal tão avassalador em tão pouco tempo. O terceiro painel é A Cura. Apresenta-se um mesmo paciente em duas fases: no doloroso tratamento e ao libertar-se dos tubos de respiração; o alívio, a cura. O elemento ao centro é uma médica, que traz uma das imagens icônicas da pandemia, a marca das máscaras nos rostos dos profissionais de saúde, cicatriz da rotina diária em mais de 20 de meses de luta ininterrupta. Em todos estes painéis, Paulo Favalli mostra a sua excelência como modelador, o seu domínio da figura humana e dos objetos.

 

José Francisco Alves - Doutor em História da Arte, membro da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA)

Início das chuvas requer cuidados com o limão

De dezembro a fevereiro são os meses de maior precipitação, período ideal para suplementação dos principais macronutrientes da cultura


O período com chuvas mais intensas nas principais regiões produtoras de limão no Brasil começa agora em dezembro e segue até fevereiro. É o momento ideal do qual se recomenda realizar a suplementação via solo dos macronutrientes, (NPK); Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K). A fruta possui três fases muito importantes e cada uma delas tem uma exigência nutricional diferente, são elas: indução floral, pegamento de fruto e enchimento deles. Além disso, os micronutrientes também são muito importantes e estes precisam ser aplicados durante o ano todo.

Para garantir uma boa colheita os produtores além de ficar atentos com a nutrição têm como principais pontos de cuidados aqueles voltados também para o controle de pragas. De acordo com Jairo Oliveira, engenheiro agrônomo na multinacional DVA Agro, merecem atenção os ácaros, as cochonilhas, a larva minadora e Psilideo. “Temos ainda o controle de doenças como: Cancro Cítrico, Gomose e o famoso Greening”, conta.

Pensando em trazer mais um conjunto de soluções ao citricultor, a DVA Agro lança o “Limão +”, um protocolo de tratamento contendo macro e micronutrientes direcionado especificamente para cada etapa de desenvolvimento da cultura. “O foco é manter o equilíbrio nutricional com estímulo ao sistema imunológico das plantas, promovendo o desenvolvimento de hormônios essenciais para se obter a melhor sanidade delas, coloração de fruto e menor ataque de pragas”, destaca Oliveira. Estas são extremamente prejudiciais ao desenvolvimento da cultura, e com esses cuidados, convertendo em maior produtividade e melhor rentabilidade pela qualidade de frutos.


Diferenciais

O pacote de ferramentas “Limão Mais” é composto pelos produtos: Incentia Foliar Stimulus, Incentia ECO Zinc, Incentia PhytoEco Curpum, Insentia Phosk 60 Plus, Incentia Secuestrum MgMIX e o Incentia Foliar k62 Plus. Eles oferecem os elementos essenciais para promover uma coloração mais acentuada do fruto, como o Magnésio, Zinco, Enxofre e Molibdênio. “Outro ponto importante é que tudo isso sem resíduo, possibilitando a exportação da produção, mercado hoje com melhor remuneração, mas que exige um limão com a casca mais grossa e com a coloração mais escura”, explica o profissional da DVA Agro.

Além disso, ele ressalta que os produtores do estado de São Paulo têm recebido intensas fiscalizações com relação a quantidade de resíduos deixados no fruto. “Nosso programa conta com produtos ecológicos, que permitem o tratamento da planta com zero resíduo, um exemplo disso é o Cuprum, um produto a base de cobre, porém um cobre ecológico com zero resíduo”, completa o engenheiro agrônomo.


Cultura importante para SP

A citricultura contempla além da laranja, a plantação de frutas como a tangerina, a lima ácida e o limão. A atividade chegou ao Brasil através dos portugueses nos estados de São Paulo e Bahia logo após a colonização. Hoje, o setor por aqui desempenha um papel de liderança mundial, gerando direta e indiretamente milhares de empregos na área rural. O Limão é responsável por cerca de 55% dos embarques nacionais, assegurando o retorno de US$ 104.6 milhões ao país em 2019, segundo dados da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade.

São Paulo é o Estado que mais produz limão no Brasil, com 1.1 milhão de toneladas em 2019, seguido por Minas Gerais (72 mil toneladas) e pela Bahia (65 mil toneladas). O valor da produção no território paulista chegou a R$ 1.1 bilhão em 2020. “As maiores concentrações de plantio ficam em Bebedouro, Matão, Limeira e Votuporanga, sendo que 90% da área corresponde ao plantio de Tahiti e 9% de limão Siciliano”, relata Oliveira.


 DVA Agro - empresa multinacional alemã cuja missão é desenvolver soluções agrícolas de alta qualidade para agricultores no Brasil e no mundo.


quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Exposição no Sesc Ipiranga apresenta obras de 31 artistas incorporadas pela instituição a partir do projeto Quarantine

As Margens (2020), de Yana Tamayo | Cortesia da artista
A iniciativa, que também dá nome à exposição no Sesc, partiu de um experimento coletivo que buscou repensar, reagir e reimaginar o impacto causado pela pandemia de Covid-19 no mercado de artes no Brasil

 

O Sesc Ipiranga exibe a mostra Quarantine. A exposição reúne obras de 31 artistas contemporâneos - de diferentes partes do Brasil - incorporadas ao Acervo Sesc de Arte a partir de iniciativa concebida como resposta aos impactos que o mundo passou a enfrentar diante da pandemia de Covid-19 e, em particular, no campo das artes visuais.

Idealizado e coordenado por Cristiana Tejo, Julia Morelli, Lais Myrrha e Marilá Dardot, o projeto - que dá nome também à exposição no Sesc - estabeleceu uma espécie de cooperativa de artistas e disponibilizou suas obras a colecionadores, todas pelo mesmo valor. O montante arrecadado foi repartido igualmente entre os participantes, sendo uma parcela revertida para o fundo emergencial de apoio às pessoas trans afetadas pela Covid-19 e assistidas pela Casa Chama.

Entre as obras adquiridas por meio do projeto para a coleção permanente do Sesc São Paulo - e exibidas nesta mostra na unidade do Ipiranga - estão desenhos, gravuras digitais, trabalhos de arte sonora e outros formatos, vídeos, fotos e conjuntos de instruções para ações artísticas de Ana Lira, Arissana Pataxó, Armando Queiroz, Bruno Faria, Caetano Costa, Clarice Cunha, Daniel Lie, Denilson Baniwa, Fabiana Faleiros, Fabio Morais, Fabio Tremonte, Fernando Cardoso, Janaína Wagner, João Loureiro, Luanda Patrícia Francisco, Lucas Bambozzi, Manauara Clandestina, Marcellvs L., Marcia Xavier, Marco Paulo Rolla, Mariana de Matos, Marta Neves, Maurício Ianês, Nicolás Robbio, Paulo Bruscky, Rafael R.G., Ricardo Basbaum, Romy Pocztaruk, Traplev, Yana Tamayo e Yuri Firmeza.

Ao incorporar essas obras à sua coleção e apresentá-las na mostra Quarantine, o Sesc reforça seu papel educativo por meio do estímulo à produção artística e da exposição dos públicos a trabalhos que tratam de temas urgentes.

A entrada em qualquer unidade do Sesc no estado de São Paulo é permitida somente após a apresentação do comprovante das duas doses da vacina contra a Covid-19 (ou do comprovante de vacinação em dose única) para maiores de 12 anos e documento com foto. O uso de máscara cobrindo boca e nariz é obrigatório durante a permanência nas unidades.

Cooperação como resposta aos impactos causados pela ameaça viral

Em março de 2020, o mundo se viu diante de uma situação que repentinamente trouxe a interrupção do cotidiano, um assolamento de incertezas e o aprofundamento de desigualdades já existentes. Desdobra-se dessa conjuntura a necessidade de se (re)pensar um modelo político e econômico e agir a partir de novas formas de cooperação. "Sem a ação coletiva, não há solução", é a resposta do projeto Quarantine para repensar, reagir e reimaginar o impacto causado pela pandemia de Covid-19 no mercado de artes no Brasil.

A iniciativa das artistas Lais Myrrha e Marilá Dardot, da curadora Cristiana Tejo e da fundadora da plataforma 55SP Julia Morelli, propôs a colaboração mútua. As obras foram pensadas de modo a serem enviadas digitalmente e realizadas (baixadas, impressas e/ou executadas) pelos compradores. Os trabalhos só eram visualizados após a compra. Quarantine molda-se então como um experimento coletivo de reimaginar o modelo econômico para as artes com a participação de mais de quarenta artistas de todas as regiões do país, em distintos momentos de trajetórias, gêneros e raças. Os trabalhos realizados durante a quarentena tiveram o mesmo preço e todas as obras que foram vendidas tiveram seu valor repartido entre os colaboradores. Parte do valor arrecadado foi doado ao fundo emergencial de apoio às pessoas trans afetadas pela pandemia e assistidas pela Casa Chama, organização civil de ações socioculturais com foco em artistas transvestigêneres.

Sobre o Acervo Sesc de Arte

O Acervo Sesc de Arte abrange pouco mais de duas mil obras permanentemente visitáveis nas unidades da instituição em todo o estado de São Paulo. Esse patrimônio voltado à ação educativa do Sesc no campo das artes visuais, com frequência, integra também recortes de exposições temporárias, estabelecendo relações com outras obras.



Serviço


Sesc Ipiranga
Rua Bom Pastor, 822 - Ipiranga - 2.º andar
Tel: (11) 3340 - 2035
Visitação em dezembro: 8/12 a 30/12, terça a sábado, das 10h às 20h. Domingos e feriados, das 10h às 18h. Exceto dias 24, 25, 26, 31/12.
Visitação a partir de janeiro: Visitação: 4/1 a 30/4/22 terça a sábado, das 10h às 21h30. Domingos e feriados, das 10h às 19h.
Classificação: Livre
Grátis.
É indispensável a apresentação do cartão de vacinação que comprove a aplicação das 2 doses dos imunizantes ou da dose única.
O uso de máscaras nos espaços é de caráter obrigatório durante toda a permanência na unidade.
Grátis


Museu das ilusões prorroga temporada até o final de janeiro em São Paulo

O maior acervo de ilusão de ótica do mundo, permanece em exposição durante as férias


O maior acervo de ilusão de ótica do mundo, o Museu das Ilusões permanece em exposição em São Paulo até o final de janeiro. O encerramento da exposição estava previsto em dezembro, mas devido ao sucesso durante a volta das atividades presenciais, o Museu estende temporada, no Shopping Eldorado, e fica até o dia 31 de janeiro na capital paulista.

O museu tem formato itinerante e no segundo semestre recebeu novas obras, além de incrementar seu acervo com peças de artistas brasileiros, desenvolvidas especialmente para o Museu. Hoje já conta com cerca de 80 peças em exposição. A mostra oferece uma experiência educativa e divertida aos visitantes, que podem tirar fotos e gravar vídeos em situações inusitadas.

Desde o retorno das atividades culturais, o Museu tem sido muito procurado para atividades de lazer em família, passeios turísticos e também por grupos de escola, especialmente por escolas que retornaram com a atividade de estudos do meio. O acervo constitui uma ótima atração para grupos escolares, visto que além de proporcionar experiências lúdicas, é também uma aula sobre ilusões de ótica e conceitos diversos da física, da geometria e matemática envolvidos neste universo.

Conhecida como ilusão de ótica, é um fenômeno que envolve tanto a biologia dos olhos e cérebro, quanto à física da luz, responsável por possibilitar como enxergamos o mundo em nossa volta, misturando conceitos da arte, que passam por profundidade, contraste, ângulos e distancia, entre outros.

Em São Paulo, o Museu conta com 12 ambientes separados, distribuídos em mais de 1.300 m² de exposição, permitindo que as peças fiquem bem distantes uma das outras, onde é possível caminhar sem aglomeração, com distanciamento. Um boa opção de passeio para as férias, que permite tranqüilidade, segurança, seguindo os protocolos.

Outro arranjo, são as entradas programadas a cada 15 minutos, onde o museu também controla a capacidade do público conforme precisar, de forma bem fracionada, tudo cuidadosamente pensado para melhor circulação e contemplação das peças. 


MUSEU DAS ILUSÕES

O Museu das Ilusões do Brasil oferece a maior experiência de ilusões de ótica do mundo. Único do gênero na América Latina, já conta com cerca de 80 peças em seu acervo. Recentemente passou a receber peças exclusivas, de artistas brasileiros, criadas especialmente para o Museu. Já passou por 5 cidades e em 2022 continua em turnê pelo país. 

O projeto surgiu da parceria entre o físico e professor Julio Abdalla, criador da ExperCiência, maior evento itinerante de ciência do Brasil, e o consultor e assessor em projetos de entretenimento, Paulo Zimmermann, que juntos compartilharam a vontade de criar e oferecer experiências no campo da ciência que antes só podiam ser vistas no exterior.

Com curadoria do professor Julio Abdalla, diversas peças vindas do mundo todo estão disponíveis para todos os brasileiros. A exposição, que tem formato itinerante e já passou por seis cidades, promete uma intrigante experiência visual. Sabe aquela situação que causa na gente uma chacoalhada no cérebro para ver se realmente temos certeza do que vemos?! Essa é uma das sensações que o Museu das Ilusões provoca, além de muitos risos e desafios as nossas certezas.



ILUSÕES DE ÓTICA

Em algum momento da vida, todo mundo já se deparou com uma imagem que gerou certa estranheza e confusão na mente, parecendo que aquilo não faz parte da realidade que conhecemos.

Esses aspectos que constituem as ilusões de ótica fazem com que esse fenômeno se torne uma técnica muito valiosa tanto para a arte, quanto para a ciência e a educação, visto que a partir de diversos exemplos encontrados no Museu das ilusões, torna-se possível combinar diversão com explicações de como funciona o corpo humano em seus aspectos cognitivos e fisiológicos, e suas interações com a luz e suas interpretações de cores, profundidade etc.

As ilusões têm uma longa história ao longo de séculos, indo desde os antigos gregos,em 350 AC, com Aristóteles observando uma cachoeira e ao desviar o olhar para rochas estáticas, as rochas parecerão se mover na direção oposta do fluxo de água, até o início do século XX, em 1915, com o cartunista W. E. Hill que publicou o famoso desenho em que duas imagens podem ser vistas. Uma é uma garota, posicionada de perfil olhando para longe, a outra é o rosto de uma senhora idosa que olha para o chão.


 

SERVIÇO:

Museu das Ilusões

Shopping Eldorado
- Av. Rebouças, 3970 - Bairro Pinheiros, São Paulo/SP
3° Piso - Junto a Praça de Alimentação.
Funcionamento (dezembro e janeiro): Mudança de horário -
De segunda a sábado, das 10h às 22h (antes não abria de segunda). O horário de domingo e feriado também mudou, agora das 11h às 22h, com entrada até às 21h. Sempre com entrada permitida até uma hora antes.

Valor dos Ingressos: R$ 50,00 inteira e R$ 25,00 meia entrada.
Descontos promocionais para grupos e famílias com três pessoas ou mais:
- 3 pessoas – R$ 75,00
- 4 pessoas – R$ 100,00
- 5 pessoas – R$ 125,00
- 6 pessoas – R$ 150,00

Pontos de Venda:

Na bilheteria do Museu e online pela Eventim: www.eventim.com.br/artist/museu-das-ilusoes 

Contatos: Telefone (19) 99981-4198 ou e-mail: contato@museudasilusoes.com.br
Facebook:www.facebook.com/museudasilusoes

Instagram: @museudasilusoes
Site:www.museudasilusoes.com.br 


Sesc Avenida Paulista dá a largada para 2022 com Treino de Corrida de Rua com Lucélia Peres, Pedalada Noturna e Enduro a Pé

Atividades acontecem em janeiro, com inscrições a partir de 21 de dezembro, e fazem parte da programação do Sesc Verão 2022

Foto: Matheus José Maria


Com inscrições antecipadas no dia 21 de dezembro (terça-feira), o Sesc Avenida Paulista dá a largada para o Sesc Verão 2022. A Pedalada Noturna, com educadores da unidade, acontece no dia 08 de janeiro; o Enduro a Pé, com a NorthBrasil, no dia 16, e no dia 23, o Treino de Corrida de Rua, com a atleta Lucélia Peres, vencedora da corrida de São Silvestre em 2006.

Nesta 27ª edição, o Sesc Verão tem como temática “Lazer levado a sério”, que traz como mensagem central a importância do lazer no cotidiano das pessoas, além de reforçar o lugar do Sesc como um espaço de exercício do direito ao lazer, de forma ampla, plural, com respeito, cuidado, segurança, para pessoas de todos os perfis. Assim, o Sesc Avenida Paulista pensa o papel do corpo na cidade, por meio de atividades como Skate, Parkour, Basquete 3x3 e Hip-Hop.


Serviços


Pedalada Noturna

Com percurso de 20 km e média intensidade, o pedal passa pelos principais pontos gastronômicos da cidade de São Paulo. Para participar é necessário trazer sua bicicleta e capacete.
Quando: 8 de janeiro de 2022. Sábado, 19h.
Classificação: 16 anos
Local: Concentração às 18h30 em frente ao Sesc Avenida Paulista (Avenida Paulista 119)
Duração: 90 min
Lotação: Vagas limitadas
Grátis - Inscrições online a partir do dia 21 de dezembro, pelo site https://inscricoes.sescsp.org.br/ até encerrar as vagas
* Em caso de chuva, o passeio será cancelado.
** Obrigatório o uso de máscara durante toda a duração da atividade.


Enduro a Pé

Acompanhados da NorthBrasil, nessa disputa, a equipe vencedora não será a mais veloz, e sim a que passar pelos postos de controle, instalados por diversos pontos turísticos da cidade, no tempo mais próximo do ideal. Em cada segundo adiantado ou atrasado há um desconto na pontuação, sendo vitoriosa aquela que perder o menor número de pontos.
Quando: 16 de janeiro de 2022. Sábado, 8h.
Classificação: 16 anos
Local:
 Concentração às 7h30 em frente ao Sesc Avenida Paulista (Avenida Paulista 119)
Duração: 4 horas
Lotação: Vagas limitadas
Grátis - Inscrições online a partir do dia 21 de dezembro, pelo site https://inscricoes.sescsp.org.br/ até encerrar as vagas
* Em caso de chuva, o passeio será cancelado.
** Obrigatório o uso de máscara durante toda a duração da atividade.


Treino de Corrida de Rua

Com a atleta Lucélia Peres, o treino prepara entusiastas da corrida para enfrentar as condições e adversidades da prática quando realizada na rua.
Quando: 23 de janeiro de 2022. Sábado, 8h.
Classificação: 16 anos
Local:
 Praça
Duração: 90 min
Lotação: Vagas limitadas
Grátis - Inscrições online a partir do dia 21 de dezembro, pelo site https://inscricoes.sescsp.org.br/ até encerrar as vagas
* Obrigatório o uso de máscara durante toda a duração da atividade.

 

Horário de funcionamento da unidade:
Terça a sexta, das 10h às 21h30.
Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.

É necessário apresentar comprovante de vacinação contra COVID-19 das duas doses, a partir de 12 anos, e documento com foto para ingressar nas unidades do Sesc no estado de São Paulo.  


Cisne Negro dança O QUEBRA-NOZES no TEATRO ALFA dias 18 e 19 de dezembro

Cisne Negro Cia. de Dança apresenta o clássico espetáculo natalino O QUEBRA-NOZES - que neste ano completa a 38ª edição - no TEATRO ALFA nos dias 18 e 19 de dezembro, em homenagem à Hulda Bittencourt, fundadora e diretora da companhia, falecida no último 1º de novembro.

 

Serão apenas quatro apresentações, que acontecerão nos dias 18 e 19 de dezembro, com a música de Tchaikovsky. O espetáculo é protagonizado pelo corpo de ballet fixo da Cisne Negro Cia de Dança e elenco contratado especialmente para a produção. O espetáculo contará com convidados, como os 1os Bailarinos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Márcia Jaqueline, que também atua no Salzburger Landestheater, na Áustria, e Cícero Gomes, bem como o ator Felipe Carvalhido, que vive o personagem Drosselmeyer há 14 anos.

 

O espetáculo, dividido em dois atos, conta a fantasia de Clara, uma menina que na noite de Natal ganha muitos presentes, mas se encanta de uma maneira especial por um deles – um boneco quebra-nozes. Quando todos vão dormir, Clara vai à sala para brincar com seu novo presente, adormece e entra em um universo onde os brinquedos ganham vida, dançam, lutam, transportando-os para O Reino das Neves e Reino dos Doces.

 

Lá, Clara e seu príncipe são homenageados com danças típicas de vários países e com um gracioso grandpa’s-de-deux da Fada Açucarada. Criada em 1891 pelo compositor russo Pyotr Ilyich Tchaikovsky, a versão encenada pela Cisne Negro Cia de Dança tem direção artística de Hulda Bittencourt (in memorian) e Dany Bittencourt. Tradicional na cidade de São Paulo, o espetáculo que recebeu o Prêmio Governador do Estado como Melhor Espetáculo de Dança – Preferência Popular, conta ainda com a colaboração de ensaiadores de expressão na área da dança, como a maitre e bailarina internacional Daniela Severian e a assistente de direção da Cisne Negro Cia de Dança, Patrícia Alquezar.

 

 

Teatro Alfa

 Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722, tel. (11) 5693-4000.

www.teatroalfa.com.br.

Ingressos: www.sympla.com.br ou pelos telefones: 11 5693-4000.

Dias 18 e 19 de dezembro - Sábado 17h e 20h30 // Domingo 11h e 15h30.

INGRESSOS: Plateia - R$ 25,00 a R$ 160,00. Balcão - R$ 25,00 a R$ 120,00.

Acessibilidade - motora e visual.

Estacionamento: Sala A. Vallet R$ 45,00 Self Park R$ 31,00.

Capacidade: 780 lugares (70% da capacidade, com distanciamento obrigatório).

 

VIOLÊNCIA EM PRETO E BRANCO” ABRE AS COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922 NA OFICINA CULTURALOSWALD DE ANDRADE

 

Expressão de sua profunda imersão no tema durante três anos, instalação do artista visual Alvo ocupa durante um mês o espaço cultural do Bom Retiro a partir de 5 de janeiro de 2022 

 

Conduzir o visitante a uma experiência audiovisual imersiva para chamar a atenção para a questão da violência. Assim pode ser resumida a instalação “Violência em Preto e Branco”, concebida pelo artista visual Alvo. A instalação foi escolhida para abrir, a partir de 5 de janeiro de 2022, as comemorações do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 na Oficina Cultural Oswald de Andrade, programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis. 

A escolha desta mostra não ocorre em vão. A chamada Semana de 22 foi um divisor de águas na produção das artes plásticas no país ao romper padrões não apenas artísticos, mas também sociais e políticos. Alinhada a essa proposta que confrontou ideologias e uma estética então vigentes, a instalação idealizada pela mente inquieta e criativa do artista e ativista que chega ao espaço cultural do Bom Retiro convida a rever, por meio do olhar de Alvo, as relações humanas, em especial aquelas que ocorrem cotidianamente no ambiente doméstico que, em teoria, seria o lugar mais seguro onde se pode estar.  

“Nunca foi tão urgente e necessário revisitar o lar e rever padrões, pois a violência doméstica no Brasil aumenta de forma exponencial todos os dias, sobretudo após o longo período de isolamento imposto pela pandemia de Covid-19, atingindo pessoas da infância à vida adulta, tendo vítimas de todos os gêneros, idades, raças e condições socioeconômicas. O pior, nesse triste contexto, é que a violência foi romantizada, pois, afinal, amor não dói”, afirma o Alvo. Para ele, a instalação, em sua totalidade, é um protesto que tem por objetivo sensibilizar e despertar no público valores como respeito, educação, empatia e solidariedade. 

Em relação ao fato de ter seu projeto artístico para abrir as comemorações da Semana de 22, ele diz: “Assim como esse acontecimento de um século atrás quebrou paradigmas, eu quero romper barreiras artísticas pré-concebidas e inflar nas pessoas, por meio da minha arte, a tomada de atitudes. Eu canalizo minhas respostas aos atos de violência me expressando pela arte. Quero que essa mostra seja um ponto de reflexão, que as pessoas olhem mais para dentro de si, julguem menos e percebam mais o próximo.” 

Para a curadora da mostra, Andrea Dantas, a pesquisa desenvolvida por Alvo foi motivada pela invisibilidade e crueldade da violência doméstica. A partir dessa abordagem, diz Andrea, “Violência em Preto e Branco” incita reflexões necessárias e de extrema urgência. “O objetivo deste trabalho é denunciar a dolorosa realidade enfrentada por muitas famílias que, de forma silenciosa, são violentadas ou morrem todos os dias pelo simples fato de existirem e tudo isto normalizado pela manutenção da estrutura machista e patriarcal”, afirma.

Valdir Rivaben, coordenador da Oficina Cultural Oswald de Andrade, afirma que é “uma exposição instigante que nos convida a refletir nosso papel numa sociedade, em que a violência velada dentro das casas é assustadoramente alta, com consequências horríveis para todos. Uma experiência a ser fruída por todos aqueles que desejam ver e ser a mudança em suas comunidades”, completa. 

Repleta de conceito e crítica social, a exposição resulta de três anos estudos sociológicos, laboratórios de rua na Cracolândia, bate-papos com vulneráveis e convívio direto com vítimas de abuso. Todos as obras foram produzidas majoritariamente por materiais recicláveis e captados no próprio Bom Retiro e em outras áreas da região central de São Paulo. Ao todo, são 8 esculturas,16 fotos, 12 fotos-performance (projeção), 8 gravuras, 9 telas, 1 curta-metragem e 1 painel solidário (40 telas dispostas em um único painel pintadas por crianças da ONG Mundo da Fantasia, do Taboão da Serra). 

Outro destaque é a expografiada mostra, construída com arames e cordas em forma de um labirinto instalado no pátio central da Oficina Cultural Oswald de Andrade. As laterais serão cobertas de tecido preto, assim como a passarela de entrada que leva ao saguão do espaço cultural. Para Alvo, a inclusão das palavras ‘preto’ e ‘branco’ no nome da exposição tem um significado: “É uma referência ao luto gerado pela violência diária e à paz que tanto se faz necessária”. 

“Violência em Preto e Branco” seguirá todos os protocolos de segurança exigidos pela Organização Mundial da Saúde(OMS). Todos os visitantes terão acesso a informações sobre projetos que apoiam vítimas de violência, como assistência social, jurídica, psicológica e social gratuitamente.

 

Dados sobre a violência 

De acordo com os números divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os dados expõem uma triste realidade:

-6.416 mortos em intervenções de policiais, sendo 98% do sexo masculino, 78% negros e 76% com idade entre 12 e 29 anos

- 694.131 ligações de violência domésticas no 190 em 2020, que resultaram em 294.440 medidas protetivas de urgência concedidas pelos Tribunal de Justiça e 230.160 registros policiais de lesão corporal dolosa por violência doméstica

- 60.460 estupros em 2020, sendo que 73% das vítimas eram vulneráveis e/ou incapazes de consentir; 60% tinham até 13 anos, 86% do sexo feminino e, em 85% dos casos, o autor era conhecido da vítima

- 5.855 adolescentes de 12 a 19 anos vítimas de mortes violentas intencionais

- 20% de alta no caso de agressões e 24% de homicídios junto à população LGBTQIA+.

 


Sobre Alvo

Com 29 anos de idade, Alvo nasceu e cresceu no bairro da Bela Vista, em São Paulo. Formou-se em 2016 em Artes Visuais pela Universidade de São Paulo, mas desde a infância já se interessava por desenhos e pinturas. Já adolescente, aos 15 anos de idade, sua mente inquieta e inconformada o transforma em um ativista, envolvendo-se ativamente em protestos, manifestações e ações de voluntariado dos mais diversos segmentos de sociedade. Após a conclusão da graduação iniciou sua vida profissional em variados setores, tendo trabalhado como assistente de produção no São Paulo Fashion Week e de cenografia para teatro e televisão. Migrou, depois, para o design de móveis e objetos de decoração, atuando com profissionais de renome, como Elissandro Rabelo e Valter Nu.

 

SOBRE A POIESIS

A Poiesis é uma organização social de cultura que desenvolve e gere programas e projetos, além de pesquisas e espaços culturais, museológicos e educacionais voltados para a formação complementar de estudantes e do público em geral. A instituição trabalha com o propósito de propiciar espaços de acesso democrático ao conhecimento, de estímulo à criação artística e intelectual e de difusão da língua e da literatura.

 

 

SERVIÇO

VIOLÊNCIA EM PRETO E BRANCO

Onde: Oficina Cultural Oswald De Andrade

Endereço: Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro

Quando: 5 de janeiro a 5 de fevereiro de 2022

Ingresso:Gratuito

Abertura ao público: 5 de janeiro, das 12h às 21h

Após a abertura: visitas de segunda a sexta-feira, das 10h às 21h; aos sábados, das 11h às 18h

Curadora: Andréa Mendes

Indicação: Maiores de 16 anos

Curadoria Musical: Allure

Produção: Valessa Fagundes

Assistente de arte: Jade Trindade

Redes sociais:@violencia_pretobranco e@guido.alvo


Cheganças!

 Idealizado pelo folclorista e produtor cultural Diego Dionísio, este auto de Natal brasileiro reúne artistas populares, circenses e violeiros para mostrar a celebração cristã com genuínas manifestações culturais, como Folia de Reis, Reiadas e Reisados

 

Canções natalinas, como a tradicional “Jingle Bells, e outras conhecidasFoto: Rafael Berezinski composições sobre essa importante comemoração cristã ganham execução especial em ritmo de maracatu e forró, expressões do cancioneiro nordestino, em 19 de dezembro (domingo), às 17h, no Vale do Anhangabaú, região central da capital paulista.  Nessa atmosfera que remete às tradições culturais brasileiras Papai Noel também irá dividir espaço com os Reis Magos, palhaços, pastorinhas, reisados e os reis das Folias no espetáculo “Cheganças”, um auto natalino que integra a programação do Festival de Natal de São Paulo.

Nessa encenação participam três coletivos populares, como o Grupo de Cultura Popular, o Sacode a Poeira e o Circo Circunflexo. Ao todo, 20 artistas apresentam a chegada do Natal por meio das identidades culturais do Sul ao Nordeste com músicas e intervenções.

A trama começa com a “chegança” de núcleos familiares, uma folia de Reis, um Reisado e uma Reiada, que se preparam para dançar e cantar para o nascimento da criança que é a esperança de um mundo melhor. Em meio a essas festanças surgem alguns personagens, como a estrela guia, os reis magos e as pastorinhas, que se unem para celebrar a data de uma forma bem brasileira.

Iniciativa do pesquisador da Comissão Nacional de Folclore, produtor cultural e curador artístico Diego Dionisio, o espetáculo pretende ativar a memória afetiva das festas populares do Brasil. "Esperamos que cada pessoa que passe por este espaço reconheça suas identidades culturais e o pertencimento em relação à sua ancestralidade”, diz.  Em novembro, Dionísio recebeu o prêmio "Prêmio SP Afro Brasil 2021", do Fórum SP Afro Brasil, em homenagem a sua trajetória de 20 anos entre quilombolas, comunidades tradicionais e artistas pretos.

 

SOBRE O IDEALIZADOR

Diego Dionísio é guarulhense, jornalista, gestor de política pública e curador artístico. Atua no mercado cultural e da economia criativa há 20 anos. Pesquisador da Comissão Paulista de Folclore, foi premiado em vários projetos culturais, possui em seu acervo mais de 10 mil fotos de comunidades tradicionais e étnicas por todo o Brasil. Como gestor de patrimônio imaterial e produtor cultural esteve à frente de grandes festivais artísticos em São Paulo e Salvador. Em Guarulhos, Dionísio produziu, no Bosque Maia, o “Arraiá Arte Na Rua” em parceria com a Rede Globo.

 

Serviço

“Cheganças” Auto de Natal Brasileiro

Quando: 19/12 (domingo)

Hora: 17h

Onde: Vale do Anhangabaú

Informações: www.tadito.com.br


Posts mais acessados