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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Sedentarismo: como combatê-lo?

 Educador físico, membro da Doctoralia, fala sobre necessidade de praticar atividades físicas e dá dicas para começar a movimentar o corpo


O início dos Jogos Olímpicos de Tóquio se tornou o foco de parte da população que adora acompanhar as competições de diferentes categorias esportivas. Entretanto, o assunto chama atenção para outro tema bastante relevante: o sedentarismo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 25% dos adultos em todo o mundo são sedentários e, entre os adolescentes, essa taxa piora, chegando a 81% de jovens que não praticam exercícios.

Porém, a prática de atividade física é essencial e, além dos benefícios que oferece em qualquer tempo, tanto para a saúde física quanto mental, ela é especialmente importante neste momento, devido a pandemia da Covid-19.

"De acordo com os dados divulgados pela OMS, mais de 5 milhões de pessoas morrem anualmente em razão do sedentarismo. Por isso, em tempos de pandemia e UTIs lotadas, os exercícios físicos são de extrema importância para combater tanto a Covid-19, quanto o sedentarismo", alerta o educador físico e membro da Doctoralia , Werico Rodrigues .

Além disso, a longo prazo, a prática frequente diminui os riscos de desenvolver diversas doenças, que vão da gripe ao câncer, passando por diabetes, hipertensão, depressão e doenças articulares. As atividades físicas rotineiras também deixam o corpo mais saudável, ou seja: elas resultam na melhora da aptidão muscular e cardiorrespiratória, além da redução do risco de queda e de fratura de quadril e vertebral.


E como começar?

Werico explica que para aqueles que desejam iniciar do zero, sem experiência prévia na prática de atividade física, a melhor coisa a se fazer é buscar por um profissional de educação física para ter um atendimento personalizado. "Provavelmente, ele irá te orientar de forma individualizada, considerando sua realidade e condição física, o que é bastante importante", detalha. No entanto, para aqueles que não possuem problemas de saúde e buscam começar aos poucos, uma caminhada leve, de meia hora, é o suficiente para o início de uma rotina mais ativa.

"A melhora na qualidade de vida e na saúde começa com pequenos passos. Se achar necessário, busque por um profissional que possa te orientar, mas outra opção interessante é investir em caminhadas ou passeios de bicicleta, por exemplo. Dessa forma, estará ao ar livre, fazendo algo leve e até mesmo divertido, que também pode ser uma oportunidade para relaxar e espairecer a mente", completa.


Alongue-se!

O alongamento geralmente está relacionado ao início ou ao final de algum exercício, isso porque essa práticaprepara a musculatura para determinada ação que irá ocorrer e, também, pode ser utilizada como um trabalho de resfriamento para acalmar o corpo. Trata-se de uma atividade física que tem como objetivo aumentar a amplitude articular, então não deixe de incluí-la pelo menos antes de iniciar algum exercício!

Além disso, o alongamento também pode ser o exercício principal da sua rotina, sabia? "Pessoas com dores articulares no quadril, por exemplo, ou até mesmo com dores na lombar, podem aderir a prática como atividade diária, uma vez que o exercício promove a sensação de alívio, trabalhando a mobilidade e fazendo com que as dores sejam menos intensas", explica Werico.


Foque na constância

Há quem diga que é necessário praticar exercícios todos os dias para ter uma vida realmente saudável, mas, todos sabem que, entre a correria do trabalho e a vida pessoal, nem sempre sobra espaço para a prática diária. Segundo a OMS, o ideal é que se pratique atividades físicas no mínimo três vezes por semana, dando preferência para os exercícios aeróbicos e neuromusculares. "Tente definir um horário no dia que será destinado ao exercício físico escolhido, mantendo a constância de pelo menos três vezes na semana. Caso não consiga ir no dia X, tente repor no dia seguinte e assim por diante. O importante é não desanimar!", completa o educador físico.



Doctoralia


A caridade do autoconhecimento

 Você sabe mesmo qual a melhor forma de caridade?

 

A caridade é uma virtude muito prestigiada por todos. Isso porque, uma pessoa caridosa entende que o poder que ela tem na sua vida pode ser usado para ajudar o próximo, de uma maneira que tanto ela, como centro da sua vivência, como o outro podem aproveitar as belezas que a vida oferece. Ser caridoso, entretanto, não é apenas doar algumas roupas ou alimentos em determinadas épocas do ano.

Segundo o assessor de autoconhecimento , João Gonsalves, a melhor das caridades é aquela que “estimula a independência de consciência da pessoa”. Em outras palavras, uma caridade efetiva e que se torna mais do que apenas um ato isolado, mas sim algo duradouro e que muda a vida da pessoa, acontece somente por meio da propagação do conhecimento, a saber, o autoconhecimento.

Ser caridoso é mais do que apenas dividir, mas sim oportunizar formas da pessoa poder viver da melhor forma possível. Por isso, por meio da autosofia, técnica de autoconhecimento desenvolvida por João Gonsalves, as pessoas têm acesso a um mundo, até então desconhecido, que permite uma maior compreensão sobre a vida, a realidade e sobre as suas decisões e atitudes.

“A autosofia emancipa as pessoas, de modo a torná-las donas da própria vida”, afirma o criador da técnica. Desse modo, mais do que apenas uma caridade momentânea, propagar essa técnica e fazer as pessoas reconhecerem que são elas que criam a sua realidade, é fazer com que ela tenha a possibilidade de uma vida toda de felicidade e plenitude.
Com anos de estudo intensivo, o assessor de autoconhecimento conseguiu entender que “a caridade é uma dádiva que utilizamos e que pode transformar vidas”. Assim, mostrar ao mundo que eles também podem ser donos das suas próprias realidades é algo possível de executar e que causa um resultado positivo enorme na vida do presenteado.

 


João Gonsalves - Terapeuta e assessor de Autoconhecimento

E-mail: joaodedeusjd@uol.com.br

www.joaogonsalves.com.br

Endereço: Estrada Manoel Lages do Chão, 1335 - Cotia - São Paulo

 

10 dicas para meditar melhor

Se você já medita há algum tempo e deseja aproveitar melhor a sua prática meditativa, siga as dicas a seguir:

1. Prepare o local escolhido para a prática como se fosse receber uma visita muito especial: VOCÊ! Deixe o local limpo e organizado.

2. Utilize velas, incensos ou aromaterapia, conforme a sua preferência e intenções.

3. A escolha da trilha sonora pode ser um elemento de conexão que facilita a introspecção para quem está começando. Escolha um mantra, frequência, música clássica, algo que eleve a sua vibração na intenção da prática que está se dispondo realizar. Porém, meditar em silêncio é totalmente possível e bem-vindo nestes momentos de contemplação interna.

4. Utilizar uma iluminação branda e indireta auxiliará você a criar uma atmosfera propícia para a prática meditativa. Tornando assim, o ambiente mais acolhedor para o seu relaxamento.

5. Lance mão da Cromoterapia com Lâmpadas LED RGB. Precisa tonificar algum chakra? Utilize a cor correspondente à ele.

6. Em dias ensolarados, deixe o ambiente respirar. Nos dias frios, se aqueça! Trate a você e o seu corpo com absoluto carinho. O corpo ficará feliz e mais disposto à vivência meditativa escolhida para o dia de hoje. Este é um momento especial e, tudo o que puder proporcionar para que a sua mente flua sem que o seu corpo sinta dores ou desconfortos, melhor!

7. Deixe um copo de água por perto. Ou faça um chá de sua preferência nos dias frios.

8. Caso esteja utilizando o som do seu celular para tocar a música escolhida, acione a função "não perturbe" e deixe o seu aparelho no modo "silencioso". Hidrate-se após à prática.

9. Retome suas atividades após uns 5 minutos em Savasana ou simplesmente, vire de lado e descanse.

10. Sempre que for meditar lembre-se: Você é o grande amor da sua vida. Priorize-se! A sua saúde física e mental agradecem.

Desejo ter sido uma contribuição positiva em suas meditações. Gostou? Gratidão!

 

 

Gracce Dorta - terapeuta integrativa, ativista do amor, desadestradora de padrões e especialista em felicidade e bem-estar corporativos.


59 anos sem Marilyn Monroe


Translator

 

Quem diria que aquela loira simpática da pintinha no rosto seria lembrada por tanto tempo? Marilyn é memorável, nunca ganhou um Prêmio Nobel, nem foi uma estrela do rock, mas é lembrada por sua beleza, sensualidade e carisma. Já se passaram 59 anos sem Marilyn, e ainda vemos sua foto em marquises, lojas de decoração, outdoors e até comerciais. 

O que Marilyn diria se pudesse ver como sua imagem repercutiu depois de tantos anos? Ficaria orgulhosa de saber que seus cabelos loiros e seu incrível sorriso fazem sucesso até hoje? Ou ficaria decepcionada que a lembrança de seu intelecto e talento nato para atuar acabou apagada por sua própria sensualidade?

Bem, o fato é que a diva sempre quis ser eterna, e sentia que não era lembrada o suficiente. Se elogiavam seu lado sexual, é porque não levavam a sério seu talento como atriz dramática. Por outro lado, ao atuar em um drama, Marilyn não podia deixar de transparecer seu lado lânguido e quente.

Poucos sabem é que a loira ingênua e sexy que aparece nas telas trabalhou duro por muitos anos para criar uma personagem que ganhasse a paixão do público. Frequentou aulas de atuação, leu muitos livros, cursou Literatura Mundial em um intensivo de dez semanas... E de fato conseguiu se tornar uma excelente atriz dramática, e não há exagero nessa afirmação. Duvida? Repare em filmes como “Almas Desesperadas", "Torrentes de Paixão” e “Os Desajustados”. Marilyn entrega uma performance excelente em todos eles, mostrando conseguir ser uma atriz séria quando preciso.

Porém... uma atriz séria não era bem o que Hollywood queria dela. Queriam ver seu vestido levantando sobre a saída de ventilação do metrô, queriam vê-la chamando um mordomo de garçom, queriam vê-la como uma secretária bonita e ingênua chegando atrasada e se desculpando ao chefe por não ter uma boa “pontuação”.

Ser Marilyn Monroe às vezes era tão cansativo que ela por vezes pensava em desistir de tudo e simplesmente se ater às suas tarefas de esposa – sim, Marilyn amava a ideia de cuidar da casa, de ter filhos, esperar seu marido chegar do trabalho e recebê-lo com um abraço e um beijo. Ela deixou isso claro em muitas cartas e páginas de diário, afinal, amava escrever. Apesar de tudo isso, acabou cedendo aos caprichos da mídia e dos diretores e decidindo dar tudo de si como a loira gostosona que todos queriam.

Marilyn morreu aos 36.

Estava cansada. Todas as tentativas de ter filhos haviam falhado. Não tinha mais marido. Nenhum dos parceiros que tivera soube dividi-la com o mundo. Podemos dizer que, ao menos em um aspecto, ela conseguiu enfim atingir seu objetivo, talvez em um nível que jamais poderia sonhar: ter seu nome, seu sorriso, suas curvas, seu cabelo, sua pintinha e seu glamour lembrados por muitas décadas.

Para todos os efeitos, Marilyn Monroe se esforçou tanto para dar seu melhor – não para seus maridos, nem para os chefões de Hollywood, nem para o presidente – mas para seu público. Desejava o mundo tanto quanto nós a desejamos. E por todos esses 59 anos, e com certeza por pelo menos mais 59, ela foi e será... nossa.

 


Lucas Martini - professor de inglês há mais de dez anos. Descendente de italianos, viajou para a Europa em 2015 e pôde aprender bastante sobre a cultura inglesa. Amante de filmes dos anos 1940 e 1950, adora escrever contos e romances ficcionais com grandes personalidades do mundo real. O pai de Marilyn Monroe é seu primeiro livro.


Mães com Covid-19 podem amamentar seus filhos


Neste Agosto Dourado, Stephânia Laudares salienta que bebês com Covid-19 também podem ser amamentados
Getty Images


Neste Agosto Dourado, pediatra explica que a amamentação só será interrompida em casos específicos. Aleitamento materno é sempre prioridade


“O questionamento que mais recebo atualmente no consultório é se quando a mãe está com suspeita ou foi diagnosticada com Covid-19, ela pode amamentar”, conta a pediatra Stephânia Laudares (CRM 18708). A dúvida comum em seu consultório vai ao encontro da discussão proposta pelo Agosto Dourado, mês em que intensificam as campanhas para o aleitamento materno. E a resposta da médica é sempre “sim”. A mãe pode amamentar até o momento que se sentir confortável, mas é preciso tomar cuidados com a manipulação do bebê, higienização das mãos e seios além, de claro, uso de máscara.  

A especialista, que atende no Espaço Médico Ana Márcia Guimarães, no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, orienta também uma consulta ao pediatra que poderá levantar as opções, como por exemplo a ordenha do leite materno. “A mãe deve lavar bem as mãos antes de qualquer procedimento com o bebê, usar a máscara em todo momento com o filho e, sempre que possível, ficar com o distanciamento de dois metros”, detalha. De acordo com ela, “estudos já foram feitos e concluíram que não há transmissão do coronavírus pelo leite materno. Assim, a amamentação deve ser estimulada sempre”.  

O tema divide muitas opiniões, principalmente entre os leigos. Recentemente, Pamella Holanda, entrevistada no programa Encontro com Fátima, disse que uma das vezes em que foi agredida pelo marido, o músico DJ Ivis, foi porque ela estava com Covid-19 e ele não queria que ela amamentasse a bebê de menos de um mês. “Todos os médicos me aconselhavam a amamentar. Ele não queria", contou na época.

 

Em progresso

Menos da metade das crianças brasileiras menores de seis meses de vida (45,7%) foram amamentadas exclusivamente com leite materno. Os dados são do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), realizado pelo Ministério da Saúde, entre fevereiro de 2019 e março de 2020.Apesar do baixo índice, o Brasil registrou aumento no número de crianças de até seis meses que receberam amamentação exclusiva, já que, em 2006, esse percentual era de 37%. Após avaliação de 14.505 crianças, foi constatado que mais da metade (53%) delas continua sendo amamentada no primeiro ano. Já entre os bebês menores de quatro meses a amamentação é de 60%.  

Segundo a pesquisa, na comparação com os últimos 34 anos, houve aumento de quase 13 vezes no índice de amamentação exclusiva em crianças menores de quatro meses e de cerca de 16 vezes entre crianças menores de seis meses. O levantamento é percebido na prática. “A taxa de desmame precoce era maior antes, mas vem melhorando. Em Goiânia vejo muito a retomada da conscientização do aleitamento materno e pedido de orientação das mães sobre como amamentar por mais tempo, já que a recomendação da Organização Mundial de Saúde, que é nos primeiros meses a alimentação seja exclusiva com o leite materno e até dois anos ela seja acompanhada da introdução de outros alimentos”, diz a pediatra.

 

Situação inversa

Com as novas cepas, o coronavírus tem infectado mais pessoas jovens, inclusive crianças de diversas idades e bebês. Stephânia Laudares explica que se a situação for inversa e a criança se contaminar, a amamentação também não pode parar. “Elas devem ser amamentadas e os cuidados com uma criança com Covid-19 são os mesmos de outras infecções por vírus. É preciso verificar a febre e, se for o caso, fazer uso de antitérmico, manter a hidratação e realizar lavagem nasal abundante com soro fisiológico, além do acompanhamento com pediatra”, salienta a pediatra. 

Outro ponto que reforça a importância da amamentação é a possibilidade de transmissão de anticorpos das mães vacinadas para os filhos. Uma pesquisa do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo com lactantes que tomaram a Coronavac indicou a presença de anticorpos para Covid-19 no leite materno até quatro meses depois da vacinação. Já nos Estados Unidos, estudo com gestantes e lactantes que receberam as duas doses da vacina da Pfizer/BioNTech ou da Moderna apontou a presença de anticorpos no sangue do cordão umbilical e no leite materno das participantes.  

“Existem várias pesquisas apontando que as mães que tomaram determinadas vacinas transmitem anticorpos contra o coronavírus para os bebês, bem como alguns estudos com mães que tiveram a Covid-19 e também passaram os anticorpos aos filhos. Sendo assim, a amamentação deve ser mantida sempre, ela só será suspensa se a mãe ou a criança que estiver infectada não possuir condições clínicas para realizar o aleitamento materno”, destaca a pediatra do Órion Complex, Stephânia Laudares.


Cresce o uso de plataformas digitais para desospitalizar pacientes com Covid-19

Com a alta procura da população pelos serviços hospitalares, do pronto atendimento à internação em UTI, para tratar a Covid-19, a Dasa, maior rede de saúde integrada do país, aposta em serviços e plataformas digitais para engajar os pacientes nos cuidados de saúde para além da fronteira hospitalar.

PA Digital - Desde abril de 2020, o monitoramento dos pacientes com diagnóstico positivo para o coronavírus, mas sem indicação de internação, e que procuraram o pronto atendimento dos sete hospitais da rede Dasa (Santa Paula e 9 de Julho (SP), São Lucas e CHN (RJ), e Hospital Brasília, Águas Claras e Maternidade Brasília (DF), é feito pelo pronto atendimento digital (PA Digital). A ferramenta acompanhou um grupo com mais de 13 mil pacientes e 75% deles foi mantido em atendimento domiciliar e monitoramento digital, via telemedicina, com a equipe de coordenação de cuidados para monitoramento de sintomas e engajamento no tratamento domiciliar.

As equipes multidisciplinares do PA Digital (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros profissionais) realizam cerca de 60 mil atendimentos ao mês, via telemedicina, e essa coordenação de cuidados permite manter os pacientes em casa, sem necessidade de assistência hospitalar e de exposição a ambientes de risco para a Covid-19.

Leito Virtual – De olho na síndrome pós-Covid, a Dasa lançou em março desse ano o Leito Virtual, um serviço de monitoramento domiciliar. O programa acompanhou 320 pacientes com coronavírus internados nos Hospitais 9 de Julho e Santa Paula, ambos na capital paulista, e que foram de alta hospitalar com o monitoramento digital, que manteve 98,5% deles em atenção domiciliar, sem necessidade de reinternação. O índice de readmissão em internação hospitalar em até 30 dias, um importante indicador de qualidade e desfecho clínico, nas duas instituições caiu cerca de 50%. Até o momento, o Leito virtual liberou 224 diárias nos dois hospitais, ampliando a capacidade de atendimento à população com necessidade de internação.

Além da desospitalização, outro desafio da pandemia é ampliar a capacidade de atendimento à população. Nesse contexto, a Dasa criou um command center e usa os dados gerados pelo serviço para avaliar a evolução de cada paciente e otimizar os desfechos clínicos. A ferramenta permitiu estabelecer protocolos entre as equipes multidisciplinares (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, entre outros) para não faltar medicamentos em tempos de escassez global de insumos e, com isso, diminuir o tempo de intubação o que gerou uma economia de até 50% do uso de sedativos e anestésicos, com os mesmos resultados de sucesso de tratamento.

Monitoramento pós-Covid – Em abril, a revista científica Nature publicou um estudo conduzido pela Escola de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos, sobre as sequelas causadas pela Covid-19. Os sobreviventes apresentaram um risco 59% maior de morrer no intervalo de seis meses após a infecção e, entre os pacientes hospitalizados à época da doença, a estimativa foi maior: 29 pessoas a cada mil foram a óbito. A pesquisa avaliou dados de mais de 87 mil pacientes que tiveram a doença e 5 milhões de indivíduos saudáveis. “Estamos falando de problemas crônicos de saúde que podem durar meses e devem ser acompanhados de perto por especialistas em reabilitação e uma abordagem multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e demais profissionais”, diz Ana Elisa.

Telemedicina para acompanhar crônicos – A pandemia colocou ainda mais luz à importância de se operar por meio de um modelo de cuidado mais amplo e digital. Em média, por meio do NAV, plataforma de navegação inteligente da Dasa, são realizados cerca de 14 mil teleconsultas/mês. Dentre as especialidades, o NAV disponibiliza 14 especialidades para o acompanhamento e monitoramento de problemas como diabetes, cardiopatias e câncer, sem precisar expor os pacientes portadores de doenças crônicas a ambientes de risco para a Covid. A plataforma consolida os dados de saúde e atua com foco na prevenção.

De acordo com a médica Ana Elisa de Siqueira, diretora geral de Cuidados Integrados e Inovação Assistencial da Dasa, os resultados endossam a importância da assistência integral e da eficiência do monitoramento digital aos danos causados à saúde pelo Sars-CoV-2, que vão além do sistema respiratório e podem se tornar crônicos com distúrbios neurocognitivos, cardiovasculares, gastrointestinais e metabólicos, mal-estar generalizado, fadiga, dores musculoesqueléticas, anemia, entre outros. A especialista está à disposição para entrevistas.


Saúde mental, o tema que não quer calar, mas gritar!

Durante a pandemia, ouvimos o termo modismo quando se tratava de saúde mental, que era algo que estava sendo tratado e abordado pela experiência do momento.

Alguns chegaram até a dizer que já estava cansativo ouvir falar sobre, até por conta da comercialização que houve em cima disso.

No entanto, cada vez mais a temática “Saúde Mental” vem ocupando o seu devido lugar e vem mostrando que veio para ficar e não se trata de moda e muito menos de assunto do momento.

Saúde Mental é sobre ser humano em meio a um mundo em transformação, no qual a inteligência artificial vem ocupando seu espaço também.

E o Universo é muito sábio quando se trata de cada um ocupar o seu devido lugar para o movimento e evolução que se requer no tempo.

Então, surge, Simone Biles, ginasta quatro vezes medalhista de ouro nas Olímpiadas, e que depois de deixar a final da ginástica feminina por equipes, nas Olímpiadas de Tóquio, traz a temática Saúde Mental à tona e ainda deixa uma reflexão de presente para todos nós: “Temos que proteger nossas mentes e nossos corpos e não sair e fazer o que mundo quer que façamos.”

Com esta frase e atitude dela, representou uma enorme contribuição não somente para o mundo do esporte, que lida tanto com alta performance como também para todas as realidades humanas e esferas de atuação.

Ela se colocou no lugar de humana e não de máquina. E este olhar se tornará cada vez mais importante nestes novos cenários que estamos vivenciando.

Cada vez mais estamos dizendo um basta para a síndrome do super homem ou da mulher maravilha, que pode, inclusive, nos levar a transtornos como burnout.

Um transtorno que acomete a maioria das pessoas que tem um nível de exigência e perfeição acima da média.

Talvez em outros momentos da vida ou da história, este movimento da Simone Biles fosse visto como sinal de fraqueza ou imaturidade.

No entanto, cada vez mais temos visto que o desafio de dar voz a este ser humano que possui limites, que é gente, que possui fraquezas e que busca uma forma de vida mais leve e longe de modelos e padrões que levam a pilotos automáticos exaustivos e irreais, vem ganhando espaço nesta nova era que se abre.

Além disso, há um movimento de se criar um novo mindset de que está tudo bem não dar conta de tudo e não ser o melhor em tudo, revisitando as definições de sucesso que viemos construindo nos últimos anos.

Saúde Mental tem sido a temática, no entanto, poderíamos trazer outras aqui que fazem um chamado para: não esqueçam a humanidade!

 


Daniele Costa - especialista em gestão de pessoas é mentora, palestrante e facilitadora em desenvolvimento integral humano.  Também é idealizadora da Plataforma da Vida, um portal de conteúdo e serviços voltados para autoconhecimento e gestão emocional. Formada em letras, passou pelo serviço público de Brasília e atuou 13 anos como bancária, nove deles como gestora. Além do portal, Daniele também criou o coletivo Brazilinas, que em um ano de existência desenvolveu, entre outras ações, a capacitação profissional de diversas mulheres em situação de vulnerabilidade social, trabalhando também a autoestima e incentivando a independência dessas mulheres.

https://plataformadavida.com/

Instagram: @plataformada.vida e @dani.costa.oficial


72% das brasileiras não têm acesso a um banco de leite humano em sua localidade, diz estudo

Mesmo o Brasil tendo uma das maiores redes de Banco de Leite Humano do mundo.


 

Começou ontem, 1º de agosto, a semana mundial de aleitamento materno, que vai até dia 7, e que este ano tem como tema “proteger a amamentação: uma responsabilidade compartilhada.” Além disso, o Banco de Leite Humano (BLH), tem como função promover o aleitamento materno todos os dias. E segundo a Rede Global de Bancos de Leite Humano Brasil (rBLH Brasil), o país possui a maior e mais complexa rBLH do mundo.

Porém, conforme constatou a Famivita em seu mais recente estudo, 72% das brasileiras não têm acesso a um banco de leite humano em sua proximidade. Sendo que o Distrito Federal é o estado em que mais mulheres possuem acesso a um banco de leite, com 54% das participantes. Em São Paulo, somente 30% têm acesso, e no Rio de Janeiro, o percentual cai para 28%. Já o Piauí é o estado com menor acesso a um banco de leite do país, com 16% das participantes.

Ademais, um dos objetivos desta semana tão importante, é manter a amamentação exclusiva durante os seis primeiros meses de vida, conforme recomendam a OMS - Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde. Porém, 31% das brasileiras não conseguiram atingir o objetivo de amamentar seus filhos, exclusivamente por seis meses. 

E os dados por estado demonstram que o Tocantins é o estado em que mais mulheres amamentaram exclusivamente, sendo que somente 10% não conseguiram. No Rio de Janeiro, 30% das entrevistadas não atingiram esse objetivo, e em São Paulo 35%. Já o Rio Grande do Sul é o estado em que menos mulheres amamentaram exclusivamente por seis meses, com 41% das participantes.

A falta de orientação adequada na hora de amamentar pode causar alguns transtornos para as mamães, podendo causar dor, e dificultando a pega pelo bebê. Porém, é muito importante que elas não desistam, pois o leite materno tem tudo que o bebê precisa para crescer saudável. É por isso que uma consultoria de amamentação, pode fazer toda a diferença. Com ela, as mamães têm acesso a profissionais especializados e experientes, consultoria 100% online e suporte pós-consulta durante 15 dias. Tudo isso, através de um processo muito rápido, e por um custo muito mais baixo do que as fórmulas e leites especiais.


Medicamentos para tratar doenças reumáticas autoimunes diminuem a resposta de vacina contra a COVID-19

Estudo divulgado na Nature Medicine avaliou indivíduos imunizados com a CoronaVac. Com base nos resultados, pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP estão testando novas estratégias, entre elas suspender o tratamento desses pacientes uma ou duas semanas antes da vacinação (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

    

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) constataram que alguns tipos de medicamentos usados no tratamento de pacientes com doenças reumáticas autoimunes, como artrite reumatoide, são capazes de diminuir a resposta imunológica de vacinas contra a COVID-19.

No estudo, cujos resultados foram divulgados na revista Nature Medicine, foram avaliados pacientes imunizados com a CoronaVac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan. Ainda é preciso testar se o mesmo efeito ocorre com vacinas de outros laboratórios.

Conduzida com apoio da FAPESP e da B3 – Bolsa de Valores, a pesquisa teve o objetivo de avaliar a segurança e a eficácia da CoronaVac em pacientes com nove tipos de doenças reumáticas autoimunes.

Com base nos resultados, os autores estão elaborando novas estratégias de vacinação para esses pacientes, que incluem suspender o tratamento uma ou duas semanas antes da aplicação da CoronaVac e retomá-lo após a vacinação, com o objetivo de melhorar a resposta imune.

“Observamos que algumas medicações, como glicocorticoides, além de imunossupressores, como o metotrexato e o micofenolato mofetil, e alguns biológicos diminuem a resposta imune nesses pacientes”, diz à Agência FAPESP Eloísa Bonfá, professora da FM-USP e coordenadora do estudo.

“Baseados nessa observação, começamos a estudar algumas estratégias de vacinação, como suspender a medicação com mofetil uma semana e a de metotrexato duas semanas antes da aplicação da vacina”, afirma Bonfá.

De acordo com a pesquisadora, em razão da imunidade deficiente, os pacientes imunossuprimidos – que compreendem não só os com doenças autoimunes, mas também em tratamento contra o câncer, transplantados e os que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), entre outros – apresentam alto risco de ter uma resposta diminuída às vacinas. Além disso, as doenças autoimunes reumáticas podem aumentar a propensão a tromboses.

A fim de avaliar se as vacinas contra a COVID-19 eram eficientes e seguras para essas pessoas, os pesquisadores da FM-USP acompanharam 910 pacientes adultos, atendidos no laboratório de reumatologia do Hospital das Clínicas da FM-USP, até 40 dias após receberem a segunda dose da CoronaVac.

“Os pacientes são acompanhados em centro terciário e, portanto, apresentam quadros mais graves de artrites reumatoide e psoriásica, além de espondiloartrite axial e outras doenças reumáticas autoimunes sistêmicas, como lúpus eritematoso, vasculite, síndrome de Sjögren, esclerose sistêmica, miopatias inflamatórias idiopáticas e síndrome antifosfolípide”, explica Bonfá.

As amostras de sangue dos pacientes para identificação de anticorpos contra o SARS-CoV-2 foram analisadas antes, depois de 28 dias e de seis semanas da vacinação completa com a CoronaVac. Os resultados foram comparados com os de 182 pessoas sem doenças autoimunes ou que não tomavam imunossupressores, que formaram um grupo-controle.

Os resultados das análises indicaram que o imunizante foi capaz de induzir a soroconversão para anticorpos do tipo IgG de 70,4% nos pacientes com doenças reumáticas autoimunes contra 95,5% no grupo-controle.

“Vimos uma redução da resposta imunológica nesses pacientes em comparação com o grupo-controle que consideramos moderada e está dentro dos padrões estabelecidos pela OMS [Organização Mundial de Saúde]”, afirma Bonfá.

“Uma taxa de 70,4% de resposta sorológica já é muito importante para pessoas que têm a imunidade diminuída ou que tomam medicamentos que diminuem a imunidade”, avalia.

Até dez dias após a primeira dose da imunização, quando a resposta da vacina ainda não está completa, 33 dos participantes do estudo tiveram COVID-19. E 40 dias após esse período, quando a resposta imune da vacinação já estava formada, apenas seis pacientes tiveram a doença. Somente quatro indivíduos necessitaram ser internados e não foram registrados óbitos.

Essa redução de casos de infecção entre os participantes, de 33 para apenas seis, ocorreu de forma inversa ao pico de registros de novas infecções pelo SARS-CoV-2 em São Paulo, que no mesmo período teve um aumento de 45%, ressaltou Bonfá.

“A observação de que dez dias após a segunda dose ocorreu uma redução importante de casos mostra que a vacina parece ter uma efetividade muito boa mesmo nessa população de pacientes imunossuprimidos, que é mais propensa a ter infecção”, diz a pesquisadora.

“Isso reforça a recomendação para que esses pacientes sejam vacinados”, sublinha.


Grupo prioritário

Segundo a pesquisadora, além de apresentar maior risco de contrair doenças infecciosas e evoluir para um quadro grave, os pacientes imunossuprimidos têm incidência mais elevada de comorbidades, como hipertensão e obesidade, que são fatores de risco para a COVID-19. Por isso, deveriam ter sido priorizados desde o início da campanha de vacinação contra a doença.

Além disso, os pacientes imunossuprimidos têm maior dificuldade de “limpar” o vírus do organismo em comparação com pessoas saudáveis, o que favorece o desenvolvimento de mutações.

“Priorizar a vacinação desse grupo é importante não só para eles, mas também para a população em geral, porque dessa forma é possível reduzir o risco de surgirem mutações”, afirma.

O artigo Immunogenicity and safety of the CoronaVac inactivated vaccine in patients with autoimmune rheumatic diseases: A phase 4 trial, de Ana C. Medeiros-Ribeiro, Nadia E. Aikawa, Carla G. S. Saad, Emily F. N. Yuki, Tatiana Pedrosa, Solange R. G. Fusco, Priscila T. Rojo, Rosa M. R. Pereira, Samuel K. Shinjo, Danieli C. O. Andrade, Percival D. Sampaio-Barros, Carolina T. Ribeiro, Giordano B. H. Deveza, Victor A. O. Martins, Clovis A. Silva, Marta H. Lopes, Alberto J. S. Duarte, Leila Antonangelo, Ester C. Sabino, Esper G. Kallas, Sandra G. Pasoto e Eloisa Bonfa, pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41591-021-01469-5.

 

 

Elton Alisson

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/medicamentos-para-tratar-doencas-reumaticas-autoimunes-diminuem-a-resposta-de-vacina-contra-a-covid-19/36470/


Artigo publicado na The Lancet alerta sobre síndrome respiratória associada à COVID-19 e outras infecções virais

Especialistas destacam importância do diagnóstico por meio de raios-x e tomografias


A síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) é uma complicação respiratória associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. Segundo artigo publicado recentemente na revista científica The Lancet1, por especialistas dos Estados Unidos e da Alemanha, em decorrência da pandemia da COVID-19, o número de casos aumentou consideravelmente desde o ano passado, o que destacou os desafios associados a síndrome, incluindo a alta mortalidade.

Identificada nas radiografias de tórax por imagens opacas em ambos os pulmões, o artigo explica que a SDRA é mais comum do que se acreditava inicialmente. Em 2016, um estudo com 459 pacientes na unidade de terapia intensiva (UTI) de 50 países apontou que 10% desses pacientes e 23% dos pacientes em ventilação mecânica se encaixavam nos critérios da doença, além de terem apresentado alta taxa de mortalidade hospitalar (35%-45%).

Com a pandemia global da COVID-19, a SDRA começou a ser mais discutida, já que muitos centros clínicos ficaram sobrecarregados com pacientes diagnosticados com a forma grave doença, ou seja, associada a SDRA, afirmam os pesquisadores Nuala J Meyer, da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia (EUA), Luciano Gattinoni, do Centro Médico da Universidade de Göttingen (AL), e Carolyn S Calfee, da Universidade da Califórnia (EUA).

Ainda segundo artigo, relatórios apontaram características únicas da síndrome quando relacionada a COVID-19, embora existam dados que sugerem semelhança com a SDRA clássica. Os relatos revelam também uma alta prevalência de trombose venosa e coagulopatia na síndrome associada ao Sars-Cov-2.

Apesar de ter sido observada redução da mortalidade associada à SDRA nos últimos anos, devido à diminuição das lesões pulmonares induzidas por ventilação mecânica, a mortalidade ainda é alta, situando-se em torno de 40%. "Neste contexto, o reconhecimento precoce por meio dos critérios clínicos e radiológicos, bem como o tratamento correto da SDRA, são essenciais para preservar a saúde dos pacientes", explica Igor Santos, médico radiologista e Superintendente de Inovação e Dados da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), empresa responsável por gerir sistemas de diagnóstico por imagem na rede pública de saúde.

Para a SDRA ser diagnosticada, os problemas respiratórios, assim como anormalidades radiográficas, devem estar presentes por até 7 dias. Com a suspeita baseada nos critérios clínicos, a radiografia de tórax é o método de imagem inicial para complementar o diagnóstico. Já a tomografia de tórax pode substituir ou adicionar mais informações aos achados radiográficos, também sendo útil para quantificar o edema e o potencial recrutamento de parênquima pulmonar.

"Nela, é possível observar opacidades bilaterais consistentes com edema pulmonar, além de melhor identificar as opacidades que podem ser confundidas com a SDRA na radiolografia de tórax, como derrames pleurais isolados, atelectasias ou tumores. ", pontua o médico.

Trata-se de uma doença grave e desafiadora, com diversos fatores de risco, como pneumonia e sepse de origem não-pulmonar, seguidos pela aspiração de conteúdo gástrico, sem contar o altíssimo índice de mortalidade. Porém, o tratamento pode ajudar a reparar os danos pulmonares ou limitar a resposta do organismo à lesão, por exemplo, ao reduzir qualquer excesso de líquido que possa se acumular em volta dos pulmões lesionados, segundo artigo publicado na The Lancet.

 


FIDI

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Referências Bibliográficas

1 Nuala J Meyer, Luciano Gattinoni, Carolyn S Calfee. Acute Respiratory Distress Syndrome. The Lancet; Julho de 2021.


O papel do ovo no sistema imunológico

O organismo possui uma estrutura complexa distribuída por todo o corpo que defende as células da ação de microrganismos, toxinas, poluentes e outros e é chamado sistema imune que é composto de barreiras como a pele, secreções produzidas pelo corpo, sistemas de defesa inata e aquelas adquiridas (1).

 

Fatores como idade, estilo de vida e a genética estão relacionados com o sistema imune. Assim, o desenvolvimento de doenças está associado a condição do corpo de responder as alterações orgânicas.

 

Nutrientes como vitaminas A, D, E, K, Zinco, selênio, magnésio, manganês e outros participam da manutenção do sistema imune e a alimentação pode influenciar neste equilíbrio. O ovo é um alimento muito interessante porque possui estes e outros nutrientes importantes que colaboram para a melhoria do sistema imune.

 

A vitamina A já é reconhecida pelo seu papel na visão, atua também na integridade da pele, atua na melhora da resposta imune, desenvolvimento ósseo e crescimento.

 

 A vitamina D é outro nutriente já reconhecido na função de mineralização óssea auxiliando na deposição de cálcio, crescimento, crescimento e diferenciação de células do sistema imune.

 

A vitamina E possui função antioxidante, preserva a integridade das membranas, preserva gorduras e atua na inibição da agregação plaquetária. A vitamina E é obtida através da alimentação. 

 

A vitamina K está relacionada a redução de processos inflamatórios pela ação antioxidante.  Estas Vitaminas A, D, E, K estão presentes no ovo e são facilmente absorvidas, pois circulam apenas na presença de gorduras e o ovo possui 4,5g de gordura por unidade. 

 

Em relação aos minerais, o Zinco é fundamental para organismo e possui função antioxidante, além de participar de crescimento celular, fertilidade e reprodução e participa da melhora da função imune. A deficiência de zinco em idosos está relacionada a redução da resposta imune. 

 

O selênio atua no sistema de defesa combatendo radicais livres. Participa do crescimento, tem ação na tireoide através da regulação e produção dos hormônios tireoidianos, enquanto o magnésio participa de inúmeras reações químicas no organismo que controlam todo o metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, fundamental para a transmissão do impulso nervoso e batimento cardíaco e ainda ação antioxidante.

 

O manganês é outro mineral traço que participa de várias reações enzimáticas com ação antioxidante e está associado ao cálcio, vitamina D para a formação de células ósseas.  Estes minerais, além de ferro, cálcio, fosforo, potássio estão presentes no ovo.

 

A Glutamina é um aminoácido livre e está presente em grande quantidade no plasma e tecido muscular. Como pode ser produzido pelo organismo, é considerado um aminoácido não essencial; No entanto, existem alguns casos, como traumas e cirurgias em que a glutamina endógena parece não atender a demanda do organismo (2); 

 

Estudos mostram que a glutamina desempenha função importante na integridade da mucosa intestinal com a promoção da proliferação de células chamadas enterócitos e estas podem melhorar a função barreira, que vai atuar no sistema imune. Além disso, a glutamina participa de reações bioquímicas com manutenção do equilíbrio acido/ básico, transporte de amônia entre os tecidos. (3)

 

O ovo é um dos alimentos que contém ácido glutâmico, cerca de 133 mg e é convertido em glutamina; além disso, todos os aminoácidos essenciais fazem parte do ovo e por isso é considerado fonte de proteína e é considerado um alimento referência. A proteína tem uma participação efetiva na melhora do sistema imune e o ovo rico em proteínas, vitaminas, carotenoides e minerais é um ótimo alimento para ser consumido diariamente, afinal o ovo é um alimento pratico, saboroso e saudável.

 

 


Referencias:

1-      ILSI EUROPE CONCISE MONOGRAPH SERIES – nutrição e imunidade no homem

2-     Waitzberg,Dan L. Nutrição oral, enteral e parenteral na pratica clinica/ 5º ed Rio de Janeiro: Atheneu,2017.

3-     Glutamina: Aspectos Bioquímicos, Metabólicos, Moleculares e Suplementação – Rev. Bras Med Esporte – Vol. 15, No 5.


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