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terça-feira, 20 de julho de 2021

Especial para os avós: Mudanças na saúde bucal que podem ocorrer na 3ª idade

Segundo especialistas da Maquira Dental Group, com as transformações decorrentes do envelhecimento, novos hábitos para preservar a qualidade de vida são necessários.


Cuidar da nossa saúde é um processo que deve ser feito durante toda a vida, independentemente da idade. Mas para cada fase, existem cuidados específicos e conforme vamos chegando a 3ª idade, alguns reforços são necessários para que seja mantida a qualidade de vida. Entre todos os cuidados vamos destacar a higiene bucal, que não interfere somente na região da boca, mas sim na saúde de todo o corpo tanto fisicamente como psicologicamente, por exemplo, um sorriso bonito e saudável é essencial para a autoestima e o bem-estar. "Com as mudanças geradas pelo envelhecimento, muitas vezes é preciso adotar novos cuidados para preservar a saúde bucal e garantir qualidade de vida na terceira idade".

"Sejam idosos que dependam de cuidadores ou aqueles que estão saudáveis e que podem se cuidar sozinhos, é fato que a atenção com a boca deve ser maior, já que alguns problemas relacionados a essa parte do corpo são comuns quando chega essa fase da vida. " Afirma a Dra Fernanda Calonego, consultora da Maquira Dental Group.

A boa mastigação associada a uma alimentação correta traz inúmeros benefícios a todo o aparelho digestivo, já que a digestão literalmente começa na boca. Para pessoas na 3ª idade ainda existem algumas particularidades que devem ser levadas em consideração, entre elas estão:


• Cárie

Segundo uma pesquisa da Unimed, a cárie está entre as doenças crônicas mais comuns entre pessoas com mais de 60 anos.


• Boca seca

A ingestão de alguns remédios pode afetar a produção de saliva causando a sensação de boca seca.


• Mau hálito

O mau hálito também é outro distúrbio que pode surgir devido a higienização incorreta e também devido a ingestão de medicamentos.


• Sensibilidade

Com o passar dos anos os dentes tendem a ficar mais sensíveis.


• Gengivite

A gengivite é algo que pode afetar as pessoas em todas as fases da vida, porém após os 40 anos, dependendo do estilo de vida, ela pode se tornar mais recorrente.


• Próteses

Em alguns casos os dentes naturais acabam se perdendo no decorrer da vida, e para corrigir esse problema é necessário o uso de próteses para manter a qualidade na mastigação, fala e autoestima, para essas pessoas, é necessário um acompanhamento especifico e uma higienização tanto da prótese, quanto da boca, para que a adaptação seja tranquila e não apareçam problemas secundários.


• Saúde cardíaca

Alguns estudos já constataram que periodontites podem gerar problemas vasculares, afetando vasos, doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebral.


• Diabetes

Algumas pesquisas apontam uma forte relação entre o diabetes - doença muito comum em idosos - e o aumento de doenças relacionadas à gengiva, como gengivite e periodontite. Isso acontece porque o diabetes deixa o corpo mais vulnerável a infecções, reduzindo sua resistência.

Os problemas na gengiva são sérios e podem destruir o tecido e os ossos que sustentam os dentes, podendo causar até sua perda.

Além de controlar os níveis de glicose no sangue para prevenir esse tipo de problema, é muito importante escovar os dentes após cada refeição e passar fio dental, já que é ele quem vai retirar os resquícios de comida que a escova não alcança.

A comida parada na boca pode contribuir para a proliferação de bactérias, causando tártaro e placa bacteriana, dois agentes importantes no desenvolvimento das doenças gengivais. Também já foi constatado, que a saúde bucal também pode fornecer sinais de advertência aos médicos, ela pode indicar uma gama de problemas e doenças.


Próteses modernas para o quadril não têm comprovação confirmada para o esporte competitivo, alerta Sociedade Brasileira do Quadril

As peças são utilizadas para ajudar nas funções do quadril quando um paciente possui alguma doença que atrapalha no movimento do membro

 

As próteses do quadril, com a qual, atualmente, convivem boa parte dos brasileiros, permitem recuperar a qualidade de vida, a caminhada e o prazer por esportes mesmo que leves como natação e pedalar uma bicicleta. Mas, de acordo com a Sociedade Brasileira do Quadril, que reúne quase 700 cirurgiões especializados no país, os portadores devem evitar esportes competitivos e que sobrecarreguem a articulação como corridas, basquete, futebol ou mesmo tênis.

“A medicina evoluiu de forma extraordinária nos últimos anos. As próteses de concepção moderna e feitas de novos materiais permitem ótima qualidade de vida e tem excelente durabilidade”, diz o presidente da SBQ, Giancarlo Cavalli Polesello. O especialista alerta, no entanto, que as próteses não substituem as funções de um quadril natural. “A melhor prótese não tem, entretanto, as mesmas qualidades do quadril de que nos dotou a natureza e, se exigida demais, está sujeita ao desgaste prematuro, não evita a volta da dor nem o retorno às limitações anteriores à cirurgia”, conclui Polesello.

De acordo com o médico, as próteses são a solução para fraturas de colo do fêmur, geralmente decorrentes de osteoporose; por traumas provocados por acidentes, principalmente de motocicleta; pela artrose e doenças que também podem afetar pessoas jovens. “No passado, esses problemas chegavam a comprometer de forma permanente a caminhada e o desempenho profissional, faziam o paciente mancar para sempre’’, diz o ortopedista. ‘‘Com o avanço da medicina, as próteses se tornaram mais duradouras, a cirurgia menos invasiva e muito segura”, finaliza.


Cuidados

Giancarlo alerta que as recomendações para o período pós-operatório devem ser cumpridas, já que o acompanhamento e a fisioterapia são vitais para que a recuperação seja excelente. A preocupação dos especialistas, porém, é que notícias sobre próteses milagrosas e de pacientes que voltam a disputar torneios levem quem foi operado a se descuidar e fazer esforços extraordinários para os quais as próteses não foram feitas. “Essas notícias sobre atletas que com próteses totais de quadril voltam a ter sucesso não falam das repetidas operações a que foram submetidos”, diz Polesello. ‘‘Nada dizem sobre as extenuantes horas de fisioterapia e sequer dos jogos que tiveram que abandonar em meio ou que perderam, devido ao retorno da dor ou ao desgaste da prótese’’, afirma o médico.

Para ele, a medicina moderna consegue devolver a qualidade de vida em quase todos os casos. ‘‘Devemos ser gratos por isso, mas não se pode exigir uma performance de atleta de ponta de um paciente que tem uma articulação mecânica e não-natural. Todo cuidado e prudência são necessários nesse momento”, conclui. 


O frio chegou! Confira cinco dicas para fugir das doenças respiratórias comuns na estação invernal

Médica da Care Plus explica como pequenos atos podem ajudar a evitar doenças e respirar melhor

 

Com a chegada do inverno, alguns hábitos passam a fazer parte da vida das pessoas: ficam mais reclusas, em ambientes fechados, utilizam mais agasalhos e cobertores dentro de casa e tendem a fazer menos exercícios. Esses hábitos podem desencadear diversos problemas de saúde, ocasionados pela oscilação climática combinada a outros fatores. Tempo seco, baixa umidade, falta de sol e atividades ao ar livre se tornam grandes agravantes para doenças respiratórias, como sinusite, rinite, asma, gripes, resfriados e coriza. Martha L. Sulzbach Sallum, médica da Care Plus, reuniu cinco dicas importantes para evitar essas doenças, manter o bem-estar nos dias gelados e respirar melhor, mesmo para quem já possui histórico de alergias.

 

Mantenha-se hidratado

Apesar do clima sugerir o consumo de chá, chocolate quente e café, é importante ficar atento ao consumo de água. As bebidas açucaradas podem ter alta quantidade de calorias, o que colabora no ganho de peso. Nos dias mais secos, além da hidratação pela boca é importante deixar o ambiente umidificado pois evita o ressecamento de mucosas como a do nariz.


Janelas abertas

Com o vento gelado dos dias invernais, é bastante comum que as famílias prefiram deixar as janelas fechadas. Para evitar a proliferação de doenças, essa prática deve ser evitada, já que a circulação do ar deve ser frequente durante todo o dia, principalmente quando existe a passagem de pessoas na mesma área ou cômodo. Locais fechados e com pouca circulação de ar também são mais propícios para a contaminação com o Coronavírus, além de outros vírus, como o da gripe.


Roupas e cobertores no sol

Mantenha a higiene frequente de casacos, cobertores e mantas. A exposição ao sol destes itens ajuda na limpeza, pois evita a manutenção da umidade que pode colaborar para a proliferação de fungos. Para pessoas com histórico de alergias, bichos de pelúcia, carpetes e tapetes devem ser evitados.


Higiene das mãos e nariz

Durante todo o ano, a higiene das mãos deve ser frequente, de preferência com água e sabão, após contato com superfícies, espirrar ou tossir, antes de tocar o rosto ou se houver sujidades. Se não for possível lavar as mãos, pode ser utilizado o álcool em gel 70%.  Este cuidado deve ser reforçado no inverno, pois há um aumento no número de casos de infecções virais que são transmitidas por contato. A lavagem nasal com soro fisiológico também é uma opção saudável de higiene, pois ajuda na umidificação da mucosa e evita acúmulo de secreções.


Alimentação saudável

Durante o clima frio, é essencial manter hábitos saudáveis de alimentação, com o consumo frequente de frutas, legumes e verduras, que podem ser preparadas de diferentes formas, como sopas, assados ou cozidos, para ajudar no aquecimento durante as baixas temperaturas. Uma alimentação balanceada associada a atividade física e sono adequado ajudam na manutenção do equilíbrio do sistema imunológico, e só traz benefícios para o funcionamento de todo o corpo.


Por conta da pandemia crianças têm mais doenças oculares, afirma especialista do CEJAM

Uso excessivo de computadores, tablets e smartphones estão entre as principais causas do problema


O isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19 tem acelerado tendências e trazido mudanças nas formas de trabalho, estudo e relacionamentos. Tarefas antes praticadas presencialmente passaram a ser realizadas por intermédio de telas de computadores, tablets e smartphones, e esta mudança está trazendo grandes danos à saúde dos olhos.

De acordo com o Dr. Flávio Gaieta Holzchuh, médico oftalmologista do Hospital Geral de Carapicuíba (HGC), gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", apesar de as mudanças representarem um avanço tecnológico, elas representam também um risco à saúde ocular.

"Quando existe uma exposição prolongada ao que chamamos de vídeo terminal, notamos alterações na musculatura ocular responsável pela acomodação, bem como a diminuição da frequência do piscar. Consequentemente, o fato acarreta o surgimento de sintomas como sensação de olho seco, dificuldade de mudança de foco, cansaço ocular e cefaleia", explica o especialista.

Com dados da China, um estudo publicado recentemente pelo Journal of the American Medical Association (JAMA) revela que a miopia, entre crianças de 6 e 8 anos, aumentou cerca de três vezes em 2020, quando comparada ao mesmo período entre 2015 e 2019.

O uso intenso das telas pode estar relacionado também à hipermetropia - dificuldade em ver de perto -, e ao astigmatismo, um defeito na curvatura da córnea que tende a manifestar-se com a sensação de borrões e de visão duplicada em objetos.

"Essas doenças acometem indistintamente a população mundial em todas as faixas etárias e podem ser facilmente corrigidas com a prescrição de lentes corretivas", complementa o especialista.

Além das patologias oculares, existem também aquelas que atingem uma faixa etária específica ou que são decorrentes de outras doenças de base, como a presbiopia, degeneração macular relacionada à idade; as retinopatias diabética e hipertensiva; e a catarata, entre outras.

O médico alerta que muitas destas doenças são insidiosas. Por esse motivo, a população tende a negligenciá-las. Dois grandes exemplos são as manifestações oculares em decorrência do mau controle do diabetes e do glaucoma, que estão entre os principais causadores da cegueira no mundo.


Prevenção

A melhor forma de prevenir as doenças oculares é por meio da realização de consultas anuais de rotina com o médico oftalmologista. Dr. Flávio recomenda que elas sejam feitas ao menos uma vez ao ano.

"O oftalmologista é o único profissional habilitado para cuidar da saúde ocular em todos os seus aspectos e que pode prescrever correções ópticas, medicamentos ou outros tratamentos necessários a cada caso específico", afirma.

O médico também alerta para a importância de campanhas que incentivem a visita ao especialista, pois elas têm suma relevância no que diz respeito à informação e à conscientização da população.

"Muitas pessoas só passam a ter ciência de determinados problemas de saúde após a leitura de notícias ou campanhas publicitárias alusivas a estas causas específicas."


Tratamento

Pessoas que sofrem de miopia, hipermetropia e astigmatismo podem ter os danos à visão reduzidos por meio do uso dos óculos de grau e das lentes de contato corretivas, que devem ser prescritos pelo médico oftalmologista.

Em alguns casos, ainda é possível obter um resultado permanente graças à cirurgia a laser. Porém, cada caso deve ser avaliado de forma individual pelo especialista.

Segundo o médico, caso apresente algum sintoma de visão embaçada, turva, dores na região dos olhos ou dores de cabeça frequentes, é recomendado marcar um oftalmologista.

"Quanto antes a causa do problema for identificada, mais eficaz será o tratamento para a melhoria da visão e da qualidade de vida do paciente."


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" 


Por medo de não sobreviver à covid-19, 55% dos pacientes com doenças crônicas se consultam por telefone

Pesquisa da ABRAF mostra o impacto da covid-19 na vida de pessoas com doenças crônicas


O medo de não sobreviver à covid-19 atinge milhares de pessoas em todo o Brasil. Em pessoas com doenças cardiopulmonares, esse medo é ampliado. Uma pesquisa recente da ABRAF (Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas) mostrou que 55% dos pacientes com doenças crônicas evitam sair de casa e recebem orientações dadas pelos médicos pelo telefone ou WhatsApp sobre o que fazer durante a pandemia.

A taxa pode ser explicada pelo alto número de pacientes que acreditam que não sobreviveriam caso contraíssem a covid-19: 51%. Números bem superiores aos pacientes que acreditam que teriam chances de se recuperar em casa (15%) ou no hospital (13,2%).

A pesquisa também descobriu que 35,85% dos pacientes só vão ao pronto-socorro se estiverem em uma condição muito grave, e 26,42% tiveram algum tipo de mal-estar e decidiram permanecer em casa. Isso pode ser explicado pelo medo que os pacientes sentem de que os médicos possam confundir sua doença de base com a covid-19 (35,85%).

Além disso, 34% dos pacientes têm medo de não serem escolhidos para serem salvos caso faltem respiradores nos hospitais por conta de suas doenças, e 30,2% dos pacientes têm medo de faltar medicação para o seu tratamento.

"É preciso oferecer alternativas a esses pacientes que possuem um risco maior ao contrair a doença se saírem de casa. O paciente confia em seu médico, que já conhece seu histórico e pode atendê-lo da melhor forma possível e mais seguro", explica Paula Menezes, presidente da ABRAF.

Para atender de forma mais efetiva os pacientes de doenças pulmonares, a ABRAF criou a Central do Pulmão , projeto que disponibiliza atendimento gratuito aos pacientes. Inédito no Brasil, o serviço busca oferecer teleatendimento preventivo, paliativo e especializado para mil pacientes, cuidadores, famílias e comunidades que convivem com Fibrose Pulmonar Idiopática, Hipertensão Pulmonar, Asma Grave, Alfa-1 e DPOC. Os esclarecimentos fornecidos são de caráter informativo e não substituem a consulta com o médico.

Segundo Paula, a Central tem o intuito de ser um canal mais direto, pois ainda há bastante dificuldade de comunicação com a população mais carente - alguns pacientes não possuem internet de banda larga e muitos têm dificuldade de se expressar no WhatsApp. "Recebemos diariamente mensagens com dúvidas e angústias deles e entendemos que um canal 0800 pode suprir essas demandas, provendo informação acurada, de qualidade e orientando o paciente em busca do melhor tratamento. Esperamos que a Central do Pulmão possa ser um ponto de escuta e provimento de informação aos pacientes e cuidadores", ressalta a presidente. O telefone da Central do Pulmão é 0800-042-0070

 


ABRAF - Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas

https://abraf.ong/


Você já ouviu falar de Fibro Fog?

 Dra. Cláudia Goldenstein Schainberg explica que sintomas da síndrome vão além das dores, causando confusão mental nos pacientes


A chamada “fibro fog”, junção de fibromialgia e neblina em inglês, consiste na perda em manter o foco e na perda da capacidade de guardar fatos na memória. Dificuldades cognitivas como percepção, atenção, memória, linguagem e funções executivas são comuns na fibromialgia, e tais sintomas fazem parte do diagnóstico do problema. As dores podem vir a ocupar o cérebro de tal maneira, fazendo com que ele deixe de exercer suas funções adequadamente.

Estes sintomas não estão relacionados a lesão cerebral por conta da fibromialgia mas podem trazer mais prejuízos ao paciente do que a própria dor causada pela sindrome.  “Os pensamentos dolorosos acontecem de maneira que o paciente fica impossibilitado de exercer suas funções diárias normalmente”, afirma a reumatologista Cláudia Goldenstein Schainberg.

A síndrome da fibromialgia, motivo da Fibro Fog, causa dores no corpo inteiro, principalmente na musculatura e tendões. Junto com a dor, podem surgir sintomas de fadiga, distúrbio do sono, ansiedade, depressão e dores de cabeça.

Alguns estudos apontam que 50% dos pacientes diagnosticados com fibromialgia sofram com a fibro fog. Nem sempre é possível diagnosticar a confusão mental já na primeira consulta. “Para detectar as áreas afetadas, testes específicos e uma avaliação neuropsicológica podem ser necessários”, afirma Cláudia. A melhor maneira é tratar o problema em si de forma individualizada e global, buscando soluções para a própria fibromialgia. Cada paciente deve ser avaliado diferentemente com suas particularidades e de forma pessoal, sendo que a prescrição médica de modalidades como fisioterapia, pilates, acupuntura e medicamentos adequados, ajudam a aliviar os sintomas.

 


Dra. Cláudia Goldenstein Schainberg - especialista em Reumatologia e Reumatologia Pediátrica. Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Bahia, mestrado e doutorado em Medicina (Reumatologia) pela Universidade de São Paulo, especialização nos EUA e Canadá. Atualmente é professora e mentora de novos profissionais na Universidade de São Paulo.

 

Estudo mostra que a precisão da dermatoscopia para remoção completa do câncer de pele varia de acordo com seu subtipo

Um estudo inédito demonstrou que a eficácia da dermatoscopia - método de exame não invasivo de pele, realizado com o dermatoscópio por médicos dermatologistas para a delimitação do carcinoma basocelular (CBC), varia de acordo com o seu subtipo.


A dermatoscopia foi precisa na delimitação das margens em 87% dos casos do subtipo mais comum de CBC, conhecido como nodular. Entretanto, para os outros subtipos como, por exemplo, os esclerodermiformes e os micronodulares, a acurácia da dermatoscopia foi de 20% e 58%, respectivamente. Isso significa que a extensão lateral de certos subtipos de CBC pode ser "invisível" à dermatoscopia.

O carcinoma basocelular é o câncer de pele mais comum no Brasil e no mundo e é classificado em 6 diferentes subtipos, de acordo com a forma que suas células se organizam microscopicamente.

No estudo, foram avaliados 368 casos de pacientes com diferentes tipos de CBC: superficial, nodular, micronodular, infiltrativo, metatípico e esclerodermiforme ou misto (confira tabela abaixo). Os tumores analisados estavam localizados na região da cabeça, principalmente na face, e foram removidos com uma margem inicial de 1 a 2 milímetros, conforme o que prevê a cirurgia de Mohs .

O coordenador do estudo, o médico dermatologista Felipe Cerci, conta que a pesquisa foi motivada pelo fato que a dermatoscopia é um método consagrado para auxiliar no diagnóstico do câncer de pele. Porém, não haviam estudos avaliando a capacidade da metodologia para detectar as extensões laterais dos diferentes subtipos de carcinoma.

"Para averiguar a acurácia da dermatoscopia, utilizamos a cirurgia micrográfica de Mohs, técnica que permite examinar no microscópio 100% das margens cirúrgicas imediatamente após a remoção do câncer. Dessa forma, foi possível saber se a marcação dos tumores baseada na dermatoscopia foi precisa ou não", explica Cerci.

Segundo ele, quando a dermatoscopia não foi precisa, o exame no microscópio mostrou que a margem estava comprometida e, então, um novo fragmento de pele foi retirado logo em seguida para garantir a extração do carcinoma e a cura do paciente. "Apesar de o CBC muito raramente dar metástase (espalhar-se para outros órgãos), ao longo dos anos, ele pode causar destruição no local acometido quando não tratado ou se tratado de forma inadequada. Por isso, em áreas nobres da face, é fundamental que o tumor seja removido por completo para evitar recidivas e complicações futuras", completa o dermatologista.

A remoção pode ser realizada com a cirurgia de Mohs - que examina 100% das margens durante a cirurgia logo após a sua remoção -, ou através da técnica convencional, que examina entre 1% a 5% das amostras das margens dias após a cirurgia .

Por essa razão, na cirurgia convencional, remove-se uma "margem de segurança" de pelo menos 4 mm ao redor do tumor. Já na cirurgia de Mohs, por outro lado, inicia-se com 1 a 2 mm e, se necessário, remove-se mais tecido apenas no local acometido pelo câncer de pele.

Além de propiciar a taxa de cura mais alta, a retirada apenas do tecico acometido pela doença, preservando pele sadia e gerando menores cicatrizes, é o diferencial da Cirurgia de Mohs, tornando muitas vezes o tratamento de escolha do paciente para a retirada de CBCs localizados em áreas nobres da face como nariz, pálpebras, lábios e orelhas", relata Cerci.


Dermatoscopia - A dermatoscopia é um método auxiliar na demarcação das margens do CBC, muito superior ao "olho nu". Entretanto, a técnica não substitui a avaliação microscópica das margens para alguns subtipos do tumor. Por essa razão, quando localizados em áreas nobres do rosto como pálpebras, nariz e ao redor da boca, esses subtipos devem preferencialmente ser removidos através da cirurgia de Mohs, ou através da cirurgia convencional com margens de segurança adequadas.


Inédito - O estudo - que acaba de ser publicado nos Estados Unidos e intitulado "Dermoscopy accuracy for lateral margin assessment of distinct basal cell carcinoma subtypes treated by Mohs micrographic surgery in 368 cases", em português - "Acurácia da dermatoscopia para avaliação da margem lateral de subtipos distintos de carcinoma basocelular tratados por cirurgia micrográfica de Mohs em 368 casos" - foi coordenado por Felipe Cerci e teve como coautores as colegas paranaenses Elisa Kubo e Betina Werner, e o dermatologista e cirurgião de Mohs Stanislav Tolkachjov, de Dallas, Estados Unidos. O artigo científico foi publicado no International Journal of Dermatology. Cerci é autor/co-autor de 45 publicações científicas, tendo descrito o mapeamento dermatoscópico na cirurgia de Mohs ("DerMohscopy Mapping"), que permitiu correlacionar os achados dermatoscópicos com microscópicos com maior precisão. O artigo foi publicado em janeiro de 2018 no Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology.

Dieta x câncer: o que comer na prevenção e no combate à doença

Rotinas alimentares muito restritivas não são recomendadas por especialistas e, em alguns casos, podem levar a outras implicações severas à saúde

 

(Jejum intermitente, dieta cetogênica… Dietas como essas, e outras, vez ou outra entram no noticiário e nas redes sociais, muitas vezes propagandeadas por celebridades. Nutricionistas e nutrólogos tendem a não recomendar dietas muito restritivas, já que, com algumas exceções, a maioria das pessoas precisa de todos os grupos alimentares. Mas como essas dietas e alimentação influenciam na prevenção e também durante o tratamento de câncer, doença que atinge mais de 600 mil pessoas anualmente no país?

Segundo especialistas e pesquisas, uma média de 30% a 35% da incidência de tipos de câncer estão relacionados a hábitos de vida. E a alimentação inadequada - assim como a obesidade e o sedentarismo - é um dos principais fatores que influencia no surgimento dos mais diversos cânceres, como relata Cristiane Mendes, oncologista do InORP Oncoclínicas. "A gordura em excesso no corpo causa uma espécie de inflamação crônica que aumenta a produção de substâncias no organismo, lesionam células, e alteram nosso DNA acelerando o surgimento da doença".

As famosas ‘dietas da moda’, em muitos casos, em vez de contribuir com a saúde do paciente, podem sobrecarregar órgãos e influenciar também no aparecimento dos tumores. "Não apoiamos dietas restritivas porque não sabemos os impactos a longo prazo. Dieta cetogênica, dieta restritiva em carboidrato, dietas somente com proteínas, tudo isso tem consequências para o organismo. Privá-lo de nutrientes tem impactos", explica.

Para quem está passando por tratamento quimioterápico, as dúvidas surgem a cada instante, comenta a nutricionista Priscila Po Yee Cheung, do CPO Oncoclínicas.

"Em geral, as orientações em relação à alimentação saudável são as mesmas das pessoas que não estão passando por tratamento. A carne vermelha na forma de embutidos, devem ser particularmente evitados para a população em geral. A lactose e o glúten devem ser evitados por quem tem, de fato, condições como a intolerância à lactose e a doença celíaca respectivamente. Fora essa situação específica de saúde, todavia, não há motivos para cortar o consumo - e, diferente do que muitos acreditam, não é fato que esses alimentos provocam ‘inchaços’, como muitos acreditam", explica. Cada indivíduo é avaliado individualmente em relação a seus hábitos de consumo e sintomas apresentados durante o tratamento

Depois da pós-quimioterapia, o paciente precisa seguir uma dieta balanceada, segundo a especialista. "Muitas pessoas inclusive mudam seus hábitos quando precisam encarar o tratamento do câncer, como quimioterapia, e levam isso para o resto da vida. O ideal é acompanhar com especialistas, para verificar o que de fato pode ser prejudicial para cada tipo de pessoa. Dietas da moda, em geral, não levam em consideração os aspectos individuais, além de buscarem muito mais uma perda de peso do que uma melhora na saúde", alerta Priscila.



Imunidade e alimentos cancerígenos

Durante o tratamento oncológico, a possibilidade de queda de imunidade é grande e o paciente fica mais suscetível a ter infecções. É necessária uma alimentação equilibrada, para restabelecer o organismo, além de hidratação.

"É importante dar preferência para os alimentos leves no dia do tratamento e de mais fácil digestão, para prevenir, por exemplo, vômitos, sensação de empachamento e alteração no intestino. Sabemos que o excesso de consumo de alimentos como presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela, peito de peru e blanquet de peru podem aumentar a chance de desenvolver câncer. Os conservantes e o excesso de sódio estão relacionados a alterações nas células do intestino e estômago, o que pode estar relacionado ao surgimento de lesões também", afirma Cristiane.

Em 2021, foi apresentado um resultado de estudo na ASCO, o maior Congresso Americano de Oncologia do mundo, que aponta uma relação ainda mais estreita entre o excesso de consumo de carne vermelha e as mutações celulares causadoras de neoplasia de intestino, segundo Cristiane.

"O ideal é que nossos pacientes façam uma avaliação antes, durante e após o tratamento. Apoiamos adequações na alimentação no sentido de melhorar qualidade e variedade da alimentação. Desaconselhamos dietas restritivas, porque ainda não conhecemos o impacto delas ao longo prazo. O ideal é combinar sempre dieta equilibrada entre fontes de proteína, carboidrato e gordura", avalia.



Comorbidades e nutrição

Conforme a oncologista destaca, algumas medicações alteram o equilíbrio do metabolismo: por exemplo, o bloqueio hormonal pode provocar descalcificação óssea, aumentando o risco de osteopenia e osteoporose. Outras drogas e a própria desnutrição podem alterar funcionamento das glândulas.

"Por isso a nossa tendência é indicar uma dieta que forneça fonte de vitaminas, sais minerais e calorias suficientes para a pessoa manter o metabolismo adequado. Alimentação e atividade física é algo que a gente sempre orienta para controle de peso e controle de comorbidade quando o paciente tem. Para paciente hipertenso, por exemplo, manter a dieta com a quantidade adequada de sal", recomenda.



Para o paciente diabético, uma dieta com carboidrato mais controlado e menos açúcar na alimentação é indicada.

"Na nossa rotina, encorajamos o paciente a cuidar da alimentação e fazer atividade física para melhorar a tolerância ao tratamento, recuperar a imunidade e com isso alcançarmos melhores resultados. Não podemos esquecer que é fundamental cuidar das doenças preexistentes, como hipertensão e diabetes por exemplo. E claro estimulamos que estes hábitos saudáveis permaneçam por toda vida, porque eles também diminuem as chances de a doença voltar. É importante ressaltar que abandonar vícios como cigarro e álcool, também fazem parte das orientações", conclui.


Pandemia afeta sono dos brasileiros e leva a aumento do consumo de remédios para dormir

Saúde mental abalada, má alimentação, uso de bebidas alcoólicas e distúrbios metabólicos são apontados como os principais impactos que causam noites mal dormidas
Créditos: Divulgação


Pesquisa aponta que mais da metade das pessoas tem enfrentado noites mal dormidas; nervosismo, ansiedade, tensão e dificuldade no relaxamento são principais reflexos


O estresse causado pela pandemia é o grande responsável pela piora na qualidade do sono de muitos brasileiros. É o que afirma uma pesquisa, realizada pelo Royal Philips, que indicou que 74% dos entrevistados enfrentam problemas de sono. Desses, 50% acreditam que a pandemia afetou diretamente a possibilidade de dormir bem. 47% dos participantes também relataram que acordam no meio da noite. Esse cenário de noites mal dormidas levou a um outro reflexo: o aumento da venda e do consumo de remédios hipnóticos que ajudam a regular o sono. Um crescimento de 20% em 2020, em comparação com o ano anterior, segundo o Conselho Federal de Farmácia. 

Para o médico otorrinolaringologista e coordenador de residência do Hospital Universitário Cajuru de Curitiba (PR), Marco César, o estado emocional tem um papel importante na qualidade do sono. Outros fatores que também podem impactar o momento de dormir são: a má alimentação, o uso de bebidas alcoólicas e os distúrbios metabólicos, como alterações hormonais. Estudos já mostram que a qualidade da alimentação e a moderação no consumo de álcool foram justamente dois hábitos que mudaram durante a pandemia. 

“Quando pensamos em um corpo saudável precisamos pensar em três grandes pilares: o primeiro é a alimentação saudável, o segundo é atividade física e, por fim, o descanso. Então, o sono é o momento de recuperação do organismo, com a eliminação de alguns hormônios que permitem a regeneração dos grupos musculares. E no sono profundo descansamos nossa mente e recuperamos nosso estado emocional”, afirma o médico. Insônia, ronco, apnéia do sono, narcolepsia, sonambulismo e síndrome das pernas inquietas são alguns dos distúrbios de sono mais comuns entre a população. 

Sentimentos de nervosismo, ansiedade, tensão e dificuldade no relaxamento são apontados como os principais impactos provocados pela pandemia. Além disso, a maior exposição às telas de computadores e celulares, devido à necessidade de adaptação do trabalho ao modelo remoto, também pode ser um dos causadores do crescimento de relatos de noites mal dormidas. “O celular, a televisão, os tablets acabaram se tornando uma extensão do nosso próprio corpo. A luz azul emitida pelos aparelhos acaba inibindo a eliminação da melatonina, que é o hormônio liberado para induzir e manter o sono”, enfatiza.

Outro problema que deve ser levado em conta diz respeito aos distúrbios do sono e outros agravantes que eles podem acarretar. “Esses problemas do sono podem acabar levando a doenças degenerativas do sistema nervoso central. O paciente pode começar com alterações de memórias, distúrbios de relacionamentos e de comportamento, com crises de ira, por exemplo”, afirma o otorrinolaringologista.


Saúde mental

Para melhorar a qualidade de sono, o psicólogo do Hospital Universitário Cajuru, Sidnei Evangelista aposta no fortalecimento da saúde mental. “É o estado de bem estar que faz o indivíduo conseguir ser produtivo, realizar as suas habilidades e se recuperar do estresse causado pela rotina. Agora, na pandemia, é importante se atentar ainda mais a isso. A procura de um profissional de saúde que possa escutar e sugerir pontos importantes de análise que irão aliviar de certa forma a tensão, ou minimizar os danos, é fundamental”, explica.

Esse acompanhamento profissional também é destacado pelo médico Marco César para evitar casos de automedicação e receber as orientações indicadas a cada pessoa. “Dentro da possibilidade de cada um, é necessário tentar manter uma alimentação mais saudável, fazer algum tipo de atividade física, dando preferência às atividades matinais, e evitar bebidas alcoólicas perto do horário de dormir”. A moderação também vale no que se refere aos perigos das telas de celulares, computadores e televisões. “Nunca leve o celular, nem assista à televisão na cama. O seu corpo tem que entender que ao se deitar, você vai dormir”. O especialista ainda alerta que, se mesmo seguindo essas orientações, os distúrbios do sono persistirem, é essencial procurar ajuda médica.


Olimpíada 2020: aspectos históricos e políticos relevantes para a educação

Depois do adiamento em 2020 devido à pandemia da Covid-19, 2021 se prepara para receber mais uma edição das Olímpiadas. Com o início previsto para essa sexta-feira (23), a competição será sediada pela cidade de Tóquio, no Japão.

A cada edição, o evento traz consigo mais do que medalhas e emoções, reunindo uma bagagem histórica indescritível, que reflete o tempo em que se vive. Um dia, o mundo olhará para trás e lembrará desta edição (2020/2021), marcada por novos protocolos de segurança, orientados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), devido à pandemia que abalou a todos. 

A vizinhança entre História e Esportes está, inclusive, no cerne do evento que teve início há mais de 2500 anos e foi retomado em 1896, na mesma Grécia onde tudo começou.


A história da Olimpíada e seu vínculo com atos políticos

Segundo o autor de história do Sistema de Ensino pH Gabriel Onofre, a principal competição esportiva do planeta assume uma dimensão que extravasa o esporte, mais uma das esferas humanas que estão sujeitas à política. O esporte pode ser um instrumento de poder de forma conservadora, mas também pode ser usado como ferramenta de mudança. Em diversos momentos, as Olimpíadas foram utilizadas pelos governos para propaganda de suas ideologias e realizações, como as Olímpiadas de Berlim em 1936. “Desde as criações dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga, é difícil falar em separação de esporte e política. Quando você tem uma retomada dos jogos olímpicos no final do século XIX, isso acontece também. O esporte sempre vai estar permeado por questões políticas. Ao longo do século XX, principalmente na Guerra Fria, esse contexto vai ficar mais evidente”.

Citando exemplos de situações assim no século XX, Gabriel menciona a Olímpiada na Cidade do México em 1968, quando dois atletas estadunidenses do atletismo ganharam medalhas e fizeram a saudação do Black Power, com as luvas negras erguidas em protesto contra o racismo e a injustiça. A repercussão do ato foi uma punição da Comissão Olímpica na época, somente hoje em dia os atletas estão sendo relembrados com admiração por suas atitudes naquele evento. “Muitos atletas foram expulsos da competição por usarem a plataforma olímpica para um protesto político”. Outro episódio é durante a Guerra Fria, quando houve uma série de boicotes olímpicos por parte dos Estados Unidos e alguns países capitalistas na Olímpiada de Moscou em 1980. Em resposta, União Soviética e países comunistas boicotaram os Jogos Olímpicos em Los Angeles quatro anos depois. “A gente pode ver como a rivalidade entre as duas superpotências da Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética, apareceu nos Jogos Olímpicos, esvaziando jogos e significando uma derrota ao esporte”, finaliza Gabriel Onofre.


História e esportes: cumplicidade para além do tempo  

Não é de hoje que História e Esportes caminham lado a lado. As Olimpíadas são a prova material dessa relação entre as disciplinas. De acordo com o professor Éder Luiz Martins, que leciona “História Geral” e “História do Brasil” para os cursos de Economia e Relações Internacionais na FACAMP – Faculdades de Campinas, uma é testemunha da outra. O docente é conhecido na cidade paulista por ser o fã número 1 dos torneios Olímpicos, sabendo informações muito precisas de cor e salteado. “Acompanho desde a edição de Moscou, em 1980, e me lembro de detalhes específicos, como por exemplo todas as medalhas de ouro da natação desde então”.

Indagado sobre essa paixão, ele conta que, ainda criança, teve uma experiência desagradável justamente na piscina, o que o deixou com receio de praticar essa atividade física. No entanto, ele seguiu acompanhando essa e outras modalidades esportivas pela TV. “Vejo e me inteiro de tudo: ginástica olímpica, vôlei, basquete, futebol, provas de campo de atletismo, até hóquei de grama”, diverte-se. Sobre casos icônicos, Éder lembra que, em 1960, nas Olimpíadas de Roma (Itália), o atleta Abebe Bikila (Etiópia, ex-colônia italiana), correu a maratona descalço e venceu. Outro episódio foi em 2008 (Pequim), quando Phelps prometeu oito medalhas de ouro e as conseguiu, sendo que em uma das provas, ele nadou sem ver nada pois havia entrado água em seus óculos.


Excesso de reuniões virtuais compromete bem-estar e produtividade no trabalho

A diretora da Prime Talent, Bárbara Nogueira, ressalta que é importante reduzir o volume e a duração dos encontros online para evitar os sintomas da já conhecida "Fadiga do Zoom".


Na nova realidade forçada pela pandemia da Covid-19, grande parte das pessoas foi obrigada a adaptar a vida à rotina virtual. Os happy hours e conversas com amigos e familiares tiveram migrar para o formato online, assim como as reuniões de trabalho e as aulas para alunos de todas as idades. Tudo isso na tentativa de manter, dentro do possível, uma conexão social ativa, um ritmo de trabalho eficiente e o aprendizado regular durante todos esses meses em que adotar o isolamento e evitar aglomerações se fizeram – e ainda se fazem – necessários. No entanto, a diretora, career advisor e headhunter da Prime Talent, Bárbara Nogueira, argumenta que essas circunstâncias, podem prejudicar diretamente o corpo e a mente, provocando a já conhecida “Fadiga do Zoom”. Consequentemente, a produtividade também é afetada.

Desde o ano passado, essa expressão – em alusão a um dos programas de chamadas de vídeo que mais se popularizou na pandemia – tem sido bastante usada no ambiente corporativo, em todo o mundo. Mas os problemas provocados pelo excesso de conferences estão relacionados a qualquer ferramenta para essa finalidade, como Hangouts, Teams, Skype, entre outras. Trata-se, resumidamente, de uma exaustão extrema e desmotivante, em função da permanência, por um período de tempo prolongado, em encontros pela internet. Inclui, também, irritabilidade, olhos secos e vermelhos, sem falar do cansaço, mal-estar e dores de cabeça ao final da jornada de trabalho ou até mesmo após um bate-papo virtual.

A “Fadiga do Zoom” é gerada por diversos fatores. Entre eles, estão a hiperestimulação visual, que leva a esse cansaço e a essa irritação; a falta de linguagem corporal; e a mobilidade prejudicada, ou seja, a sensação de estar preso ao ângulo de visão da câmera. Outro “gatilho” costuma ser a autoavaliação constante, aliada ao sentimento de pressão social, porque a pessoa percebe que está sendo observada por todos, em todos os momentos, e não fica à vontade.

A exaustão também pode ser causada pela necessidade de aumentar a atenção no decorrer das vídeo-chamadas, que exigem um esforço maior para processar pistas não verbais dos participantes. Sem falar que muitas pessoas se sentem obrigadas a olhar para a tela o tempo inteiro, como forma de demonstrar que seguem atentas à reunião, e isso consome muita energia. Por fim, a tendência às distrações é mais um aspecto que pode ocasionar o desgaste mental, uma vez que os profissionais acabam propensos a realizar tarefas paralelas durante a call.

Diante desse contexto, Bárbara, que é graduada em psicologia, orienta os profissionais a ficarem muito atentos ao bem-estar no dia a dia, pois o estado permanente de cansaço pode evoluir para um esgotamento total, com prejuízos significativos para ao corpo e a mente. E ainda afeta diretamente a produtividade e a concentração em casa e no trabalho. “As empresas mais preparadas e estratégicas já têm desenvolvido programas e até novas políticas internas para o apoio aos funcionários que atuam no modelo home office, aproximando cada vez mais o setor de Recursos Humanos do negócio e dos colaboradores”, destaca.

Em busca de mitigar as chances de “Fadiga do Zoom” e de outros transtornos relativos ao excesso de conectividade, como o tecnoestresse, ações voltadas à saúde e ao descanso mental dos profissionais estão sendo implementadas, além de soluções inovadoras e mais prazerosas de usar videoconferência. Em linhas gerais, é possível ressaltar algumas estratégias para amenizar o impacto negativo do excesso de encontros remotos e do uso de tecnologia, como não emendar reuniões sequenciais, ampliando intervalos entre elas; evitar conferences com duração muito prolongada; substituição de chamadas de vídeo por áudio, quando possível; e o incentivo ao período de trabalho produtivo e sem conversas virtuais. No caso das lideranças, usar algum tempo para realmente verificar como as pessoas estão é muito importante. Independentemente das iniciativas que sejam adotadas, buscar equilibrar o real e o virtual, garantindo o uso saudável da tecnologia, é a melhor maneira de prevenir esses sintomas.


Como sinais corporais melhoram percepção do consultor em governança sobre seu cliente

A pandemia revelou, além de novos formatos de trabalho, a necessidade de uma importante competência: captar o que o corpo fala do outro lado da câmera e o que cada gesto revela


O trabalho do consultor em governança corporativa exige muitas habilidades e competências para realizar o objetivo de diagnosticar os negócios e construir estratégias personalizadas com foco em resultados e sustentabilidade. O profissional que vai lidar com sócios e proprietários de empresas deve não somente ter uma visão de negócio, ou seja, estar com a leitura em dia sobre os diversos assuntos relacionados aos universos de economia, política e negócios em geral, mas também ter um lado voltado à psicologia, para entender melhor sobre o comportamento humano e o que cada sinal corporal pode revelar.

Até antes da pandemia surgir e acabar por conduzir a instituição de novos formatos de trabalho, como a adoção em massa do sistema homeoffice, as reuniões presenciais eram mais do que comuns. No mesmo espaço físico, o consultor preparado para entender o que cada gesto corporal diz era capaz de perceber tranquilamente se um cliente ficou confortável ou não, se mexeu na cadeira, coçou a cabeça ou está com os pés nervosamente chacoalhando por debaixo da mesa.

Porém, em uma reunião online, a situação muda. “Esses sinais não são tão claramente perceptíveis”, afirma Eduardo Valério, CEO da GoNext, consultoria em governança corporativa e sucessão, acostumado com os compromissos virtuais de negócios nos últimos 18 meses, assim como seus consultores. Mesmo assim, recomenda ele, é preciso estar atento às menores ações. “Um sinal preocupante é quando o vídeo de algum participante está desligado, demonstrando uma eventual distração ou desinteresse.”

Mas como o consultor pode notar desconfortos, nervosismo, interesse, segurança e comprometimento em uma reunião remota entre sócios de uma empresa, e melhorar suas percepções, para então ter o melhor diagnóstico sobre uma consultoria para a qual está atuando? Veja a seguir 5 sinais que podem ajudar a decifrar o que se passa com o cliente na hora da reunião virtual.


Boca

Levar frequentemente os dedos à boca, como roer as unhas ou morder as pontas dos dedos, demonstra ansiedade e também indica relutância. Tapar a boca e coçar o nariz enquanto fala demonstra insegurança ao que está falando e o consultor preparado pode suspeitar de que o cliente está escondendo o jogo. Assim como as palavras bem articuladas e faladas calmamente, com pausar e respiração tranquila transitem credibilidade e autoridade.


Braços

A posição dos braços cruzados costuma ser associado a irritação, defesa ou falta de interesse. Segundo estudos sobre linguagem corporal, a maioria das pessoas que faz este gesto durante uma reunião está desconfortável.


Cabelos

O ato de mexer nos cabelos transmite a mensagem de uma pessoa insegura e tímida, por mais que ela pareça muito desinibida.


Mãos

Se o cliente não estiver com as mãos mais soltas, eventualmente gesticulando, preferindo não deixa-las aparentes ou dando a impressão de que não sabe o que fazer com elas, pode ser um sinal de insegurança. Porém, se uma das mãos estiver tocando o queixo, ela pode estar indicando uma tomada de decisão.


Olhos

O olhar sempre voltado para baixo indica desinteresse e falta de foco. Da mesma forma quando o cliente desvia o olhar constantemente e demonstra estar prestando atenção em mais de uma coisa ao mesmo tempo. Por outro lado, ao encarar a câmera e reagir ao que é falado, demonstra maior interesse e comprometimento.


Novos modelos

Mesmo as reuniões online de 18 meses atrás, antes da pandemia, eram muito diferentes das atuais. Como aponta Eduardo Valério, desde os aspectos tecnológicos, os quais todos tiveram que melhorar suas redes internas de wi-fi e internet, melhoria de computadores e câmeras, ao aperfeiçoamento de pautas, mais enxutas e objetivas.

Da mesma forma, as atitudes dos participantes. “O comportamento dos seus integrantes foi modificado na medida do aprimoramento da própria reunião”, diz o executivo. Na análise de Valério, a tendência é que as reuniões presenciais sejam para temas mais complexos, que as tornarão mais longas. “As virtuais serão mais curtas, frequentes e para assuntos mais objetivos.”

Modelo este que se adequa, por exemplo, ao trabalho de monitoramento da consultoria em governança.

A recomendação do CEO da GoNext é que o consultor em governança corporativa sempre prepare da melhor maneira possível a reunião online e em três etapas: pré, durante e pós. “É importante ainda o consultor sempre se programar previamente quanto à dinâmica, o material a ser apresentado e, sobretudo, o cuidado com o tempo. Ele deve ter sempre o controle do ritmo da reunião”, aponta Valério.

De acordo com ele, essas e outras características, são essenciais para o profissional transmitir confiabilidade e tranquilidade ao seu interlocutor. “O papel do consultor durante a apresentação de um determinado tema é prover seu interlocutor (cliente) de segurança e clara orientação sobre o tema em debate. Ele é visto como o facilitador e provedor do caminho, para a solução do problema, que é o objeto da contratação dos seus serviços”, avalia.

 


GoNext Governança & Sucessão

gonext.com.br

 

Ouvir a sua música preferida aumenta o seu desempenho

Pesquisa do Reino Unido afirma que a disposição aumenta com o seu som favorito


Na hora de fazer exercícios, um trabalho da faculdade ou tomar uma difícil decisão é importante estar tranquilo mentalmente. Para manter esse relaxamento e o foco é preciso ter estímulos, um deles é ouvir sua música preferida.

Segundo estudo publicado por pesquisadores da Universidade Keele, no Reino Unido, foi comprovado que, ouvir sua música favorita pode fazer você se sentir mais disposto e diminuir a percepção de esforço durante exercícios físicos ou outras atividades cotidianas. Pop, rock, samba ou forró, qualquer tipo de música serve.

Segundo o método da Programação Neurolinguística (PNL), a ancoragem é responsável por isso. Âncoras são gatilhos visuais, auditivos ou cinestésicos os quais se tornam associados com respostas ou estados particulares. Estímulo que está ligado a um estado fisiológico. Associação que permite evocar experiência original. Qualquer coisa que dê acesso a um estado emocional.

Em geral as âncoras são externas. Um cheiro específico pode nos levar a uma cena, um momento de vida. O tom de voz da pessoa querida pode trazer emoções, ou o tom de voz do seu cantor preferido ou música preferida.

Âncoras se criam por repetição (Ex. parar diante de um farol vermelho). Âncora se cria instantaneamente se a emoção for forte e o momento certo. Fobias são âncoras negativas.

Nós fazemos âncoras instantâneas todo o tempo, mas a PNL nos ensina a usar o processo de forma mais consciente, o que nos permite fazer a auto âncora.  

A âncora é um estímulo forte, porém não é estável (com o tempo desaparece). Outra maneira recorrente em que a ancoragem pode ser usada é fechar os olhos e buscar lembranças felizes. O corpo e a mente respondem ao estímulo, com isso a produtividade aumenta.

O IPC (Instituto Profissional de Coaching) utiliza-se desta poderosa técnica em seus treinamentos de PNL. A própria Presidente, Madalena Feliciano, afirma utilizar em vários momentos esta técnica, principalmente nos dias em que se sente cansada ou precisa de força e coragem extra para resolver alguma questão e diz: “Sinto me empoderada toda vez que utilizo minha âncora”

Madalena Feliciano é CEO do IPC (Instituto Profissional de Coaching) - Master em PNL, Hipnóloga e Coach Profissional, recebeu prêmios nacionais e internacionais como:  ANCEC - Referência Nacional e Qualidade Empresarial em 2016, 2017 e 2018, Top Five em 2016 no seu segmento de coaching e treinamento comportamental e recentemente foi condecorada com o Título de Embaixadora pela Divine Academie em Paris. Ministra diversos treinamentos de desenvolvimento humano, Coaching, PNL, Hipnose, Analista Comportamental DISC, dentre vários outros.

 


Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

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