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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Depressão: Cães e gatos também sofrem com a doença

 Pixabay

O Brasil é o país mais deprimido da América Latina, são quase 12 milhões de brasileiros sofrendo com a doença. Porém, quem pensa que o transtorno depressivo aflige apenas seres humanos está enganado. Cães e gatos também convivem com o problema, conforme explica Luana Sartori, veterinária responsável pela Monello Select. 

Traumas, abandono, chegada de um novo membro, mudança de ambiente e solidão são algumas das causas da depressão nos animais. “A tristeza profunda acomete cães e gatos que passam por experiências difíceis, por sustos grandes ou que ficam muito tempo sozinhos. Cada animal responde de uma forma a esses fatos expostos”, conta Luana.

É importante não confundir a depressão com a Síndrome da Ansiedade de Separação - conhecida pela sigla SAS. Muito embora os sintomas sejam semelhantes, são problemas diferentes. Alguns sinais indicam que o pet pode estar em estado de depressão como, por exemplo, a falta de apetite que vai piorando conforme os dias passam. 

“A falta de interesse pelas coisas também pode ser sinal da doença. Ficar muito agitado, rejeitar carinhos do tutor, destruir objetos da casa, urinar em local diferente e latir em demasia também podem indicar um transtorno depressivo”, acrescenta a especialista da Nutrire.

Às vezes, a mudança de ambiente pode desencadear o problema. “O que parece simples para nós, não é tão simples para o pet. As mudanças sempre causam desconforto ao animal, que já estava ambientado ao local que vivia. Sair da zona de conforto pode causar medo aos bichinhos e uma série de doenças, inclusive a ansiedade e depressão”, revela.

O mais indicado para quem vai se mudar é levar o animal para reconhecer o local antes da mudança. Além disso, evitar ao máximo mudar seus hábitos e rotinas também é importante. “Leve o pet para passear nos mesmos horários, mantenha as mesmas brincadeiras e redobre o afeto para que ele se sinta acolhido nesse novo ambiente”, indica Luana.

Ao notar qualquer mudança no pet, seja física ou de comportamento, o recomendado é consultar o veterinário imediatamente. “Muitos desses sintomas estão relacionados com outras doenças mais graves, que exigem tratamento imediato. Por isso, é sempre importante que o animal esteja com as vacinas em dia e frequente um especialista regularmente”, alerta.

O tratamento varia de acordo com cada caso, mas pode ser necessário o uso de medicamentos alopáticos - que têm ação específica nos sintomas. Você pode ajudar a prevenir o transtorno depressivo estabelecendo uma rotina de brincadeiras e mantendo os passeios em dia. “O ambiente em que o animal vive deve ser limpo diariamente e, claro, protegido da chuva. É importante que os bichinhos aproveitem o sol, mas com cuidado para evitar o câncer de pele, especialmente nos gatinhos brancos. Todos esses fatores influenciam no bem estar do pet”, conclui Luana.


Dezembro Verde: abandono de animais é crime


A campanha Dezembro Verde tem o intuito de conscientizar as pessoas sobre o abandono de animais. Uma pesquisa realizada pela World Veterinary Association (Associação Veterinária Mundial) aponta que há, em todo o mundo, cerca de 200 milhões de cães abandonados. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o Brasil possui 30 milhões de animais em situação de rua, a maioria vítimas de abandono.

Muitas pessoas ainda abandonam seus pets em ruas e estradas, apesar da prática ser crime, ou ainda os mantêm trancados dentro de casa sem comida e água. O abandono de animais costuma crescer cerca de 70% entre dezembro e janeiro, em razão da chegada das férias e festas de fim de ano.

No Hospital Veterinário Vet Popular, só no último mês, foram registrados cerca de quatro casos de abandono na porta da clínica e, apesar da presença de câmeras, as pessoas não se sentem inibidas e cometem tal ato de crueldade. Nesses casos, a principal medida a ser tomada é a denúncia pela DEPA (Delegacia Eletrônica de Proteção Animal), além de envio de imagens e o máximo de informações sobre o caso.

Em situações desse tipo, o grupo Vet Popular acolhe, trata e busca um lar para o animal por meio das redes sociais. Em alguns casos as pessoas da própria equipe fazem a adoção, pois criam afeto com o bichinho.




Hospital Veterinário Vet Popular

Osteoartrite: doença atinge 80% dos cães com mais de oito anos


Enfermidade pode ser controlada com suplementos e soluções indicadas pelo veterinário; é possível preservar a qualidade de vida dos animais com atitudes simples

Pet desanimado, sem interesse em passear, que se movimenta cada vez menos e com comportamento agressivo não representa, necessariamente, sinal de velhice ou de preguiça. Essas características podem ser um indício de que o animal tem alguma doença osteoarticular, que provoca dores com frequência. Segundo a médica-veterinária Fernanda Mattos, analista técnica da Ourofino Saúde Animal, a osteoartrite impacta cerca de 80% dos cães acima dos oito anos, porém pode se manifestar em 20% dos animais acima de um ano.
Algumas espécies e raças são mais suscetíveis a desenvolver o problema de saúde, como pastores alemães. Em todos os casos, o diagnóstico precoce da enfermidade é importante e garante a administração de soluções de controle que promovem melhora na qualidade de vida do animal e do seu bem-estar. “Vários fatores estão por trás do surgimento da doença, dessa forma, a observação do pet no dia a dia é imprescindível.”
O mais comum dentre as condições que favorecem a enfermidade é o envelhecimento, uma vez que, naturalmente, costuma ocorrer o desgaste progressivo das cartilagens articulares. Também se somam à lista o sobrepeso, a hereditariedade, os traumas e as doenças anteriores nas articulações e as condições ambientais em que o pet está inserido. “Os cães costumam ser mais propensos, mas os gatos também são atingidos”, diz a médica-veterinária.
“Com relação à questão genética, por exemplo, pastores alemães costumam apresentar o quadro com mais frequência. Os animais obesos também, pois as articulações precisam suportar um peso superior ao indicado para o tamanho do animal, assim como é o caso de animais de médio e grande portes”, ressalta Fernanda. A especialista da Ourofino ainda pontua: “Quanto ao lugar onde o pet vive, pisos lisos como o porcelanato e a madeira tendem a aumentar o risco de lesões, por isso é indicado sobrepor a eles superfícies antiderrapantes, ao menos nos locais em que o animal mais circula.”
Nos felinos, a doença pode ficar encoberta por mais tempo. “O diagnóstico de osteoartrite pode se apresentar como um desafio para o médico-veterinário, uma vez que os gatos conseguem mascarar doenças ortopédicas. Sendo assim, deve ser elaborado a partir da união das informações obtidas durante a entrevista que ocorre nas consultas entre o tutor e o especialista e de acordo com o histórico clínico do animal, além de serem necessários os exames físico-ortopédico e a radiografia”, orienta Fernanda.
Depois do diagnóstico, é fundamental facilitar a locomoção do animal. Ao caminhar com o pet, deve-se evitar passagens com terrenos irregulares; já em casa, é recomendado providenciar rampas ou escadas para melhorar o deslocamento a locais mais altos, como sofás, evitando que pulem e provoquem impactos nas áreas afetadas.
Outras ações importantes são induzir o animal a praticar exercícios frequentes e adequados à condição física, como fisioterapia e hidroterapia, e disponibilizar uma alimentação balanceada e complementá-la com suplementos. “A suplementação promove flexibilidade, mobilidade e suporte para as articulações, o que demonstra grande eficiência na redução da degradação da superfície articular”, explica.
Recentemente lançado no mercado, o Ativi, um suplemento palatável à base de UC-II® (colágeno tipo II) e que compõe o portfólio da Ourofino na categoria junto com o Condromax, pode ser administrado diariamente, de forma profilática. Ainda, é indicado para animais com diferentes graus de lesão.
“O Ativi é capaz de dessensibilizar a resposta autoimune que destrói o colágeno articular e desencadeia o quadro inflamatório das osteoartrites. Estudos demonstraram que a suplementação de UC-II® apresentou benefícios importantes na redução da dor e do desconforto de cães portadores de osteoartrite”, informa Fernanda.
A suplementação também pode ser feita com regularidade, sempre que for necessário ao animal, e não somente em casos de doença. “O lançamento da Ourofino, por exemplo, conta ainda com a associação dos minerais cobre, manganês, selênio e zinco, todos importantes para a saúde do animal. Em todos os casos, vale sempre consultar o médico-veterinário.”


Ourofino Saúde Animal

Dia do Cego: 80% dos casos de cegueira no Brasil poderiam ser evitados


Nesta sexta-feira (13), celebra-se o Dia Nacional do Cego com o objetivo de diminuir os preconceitos que rondam os portadores de deficiência visual. No Brasil existem mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, sendo cerca de 600 mil cegas e 6 milhões com baixa visão, segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, aproximadamente 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados, pois resultam de causas previsíveis ou tratáveis.

De acordo com o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos Dr. João Eugenio, as principais causas de cegueira são o glaucoma, catarata, diabetes e a degeneração macular relacionada à idade. "Infelizmente, a maioria dos brasileiros não tem o hábito de fazer check-up preventivo no oftalmologista e costumam procurar um especialista para tratar destas doenças quando já está em estágio avançado ou de difícil regressão", comenta o médico.

A catarata é a doença que mais causa cegueira no mundo, porém ela é tratável cirurgicamente e pode recuperar a visão em qualquer estágio, mesmo se a pessoa já tiver ficado cega. Já o glaucoma, segunda maior causa de cegueira no mundo, é um dos distúrbios mais traiçoeiros da oftalmologia por afetar a visão lentamente e raramente apresentar sintomas. "Às vezes o paciente só percebe a perda de visão quando mais de 90% das fibras já estão comprometidas. É uma doença que evolui muito rapidamente e pode causar cegueira irreversível", afirma Hilton Medeiros.

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença degenerativa da retina que provoca uma perda progressiva da visão central nas pessoas acima de 50 anos. O diabetes, por sua vez, causa alterações oftalmológicas em 40% dos portadores da doença e a retinopatia é uma das principais ameaças à visão dessas pessoas.

A doença afeta o sistema circulatório da retina, onde há células receptoras responsáveis por perceber a luz e por enviar imagens ao cérebro. Os danos a esses vasos provocam vazamento de fluido ou sangue, causando fibrose e desorganizando a retina. Com isso, o paciente enxergará imagens distorcidas ou borradas, podendo perder totalmente a visão.


Cegueira em crianças

De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, cerca de 60% das causas de cegueira ou de grave sequela visual infantil podem ser prevenidas ou tratadas quando detectadas precocemente. As doenças mais comuns em crianças são: catarata congênita, glaucoma congênito, retinopatia da prematuridade, retinoblastoma.

O Teste do Olhinho é um instrumento eficaz para detectar doenças quando a criança nasce. "O teste do olhinho detecta qualquer patologia que cause obstrução no eixo visual como catarata e glaucoma congênito, além de doenças que causam opacidade de meios, como opacidades congênitas de córnea, tumores intraoculares grandes, inflamações intraoculares importantes ou hemorragias intravítreas", explica o oftalmologista.

Algumas doenças relacionadas à má-formação ocular não têm tratamento, mas podem ser atenuadas por adaptações ópticas e não ópticas que proporcionem à criança suporte para a aprendizagem e o desenvolvimento intelectual.





Hilton Medeiros – Oftalmologista

Desafio mundial: buscar tecnologias contra tuberculose


Países precisam tratar 40 milhões de pessoas até 2022 com tuberculose. Relatório atualizado aponta que houve aumento de inclusão, mas novas ferramentas ainda serão necessárias

Foto: Renato Strauss / ASCOM MS

Os sistemas de saúde em todo o mundo enfrentam o desafio de colocar 40 milhões de pessoas em tratamento contra tuberculose (TB). A atualização do Plano Global 2018-2022 para encerrar a doença foi lançada em Jakarta (Indonésia), com a participação do ministro da Saúde brasileiro, Luiz Henrique Mandetta, que assumiu a liderança mundial da principal entidade que combate a infecção, a Patnership Stop TB. Para ele, um dos grandes desafios será a busca por novas tecnologias que ajudem no diagnóstico e tratamento.

 “É algo que precisaremos de muita pesquisa. Precisamos de novas ferramentas e medicamentos para impedir que as pessoas evitem o tratamento. Quando isso acontece, temos o surgimento de bactérias resistentes, o que já é uma realidade para muitos países, em todo o mundo. Precisamos de mais participação dos países e das pessoas”, afirmou Mandetta na abertura dos trabalhos da 32ª Reunião de Conselho da STOP TB, nesta terça-feira (10).

O relatório global aponta que 7 milhões de pessoas tiveram acesso e tratamento contra tuberculose em 2018, um aumento de 600 mil em relação ao ano anterior. O relatório aponta, ainda, a necessidade global de tratar 1,5 milhão de pessoas com bactérias resistentes ao tratamento, oferecer cuidado preventivo (para aqueles que têm a bactéria, mas, não a infecção) a 30 milhões de pessoas, aumentar o investimento (prevenção, diagnóstico, tratamento e cuidado) para U$ 13 bilhões anuais e da pesquisa e desenvolvimento de terapias contra as formas resistentes para U$ 2 bilhões anuais.

Segundo o ministro, um dos pontos críticos é a busca por novas vacinas, capazes de proteger além dos seis anos de vida, por tratamentos com menor reação e menor tempo de duração (6 meses a 18 meses), além de ferramentas de diagnóstico mais precisas e fáceis de utilização. “Estamos trazendo diversos parceiros para esse esforço. No Brics (bloco do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), por exemplo, já temos algumas iniciativas que podem ser potencializadas. O conjunto de países reúne quase a metade dos casos no mundo”, disse.

No mundo, a doença está entre as 10 principais causas de morte em todo o mundo, com cerca de 10 milhões de novos casos anualmente.  No Brasil, somente em 2018, foram diagnosticados 76,2 mil casos novos da doença, com cerca de 4,5 mil vítimas fatais. O diagnóstico e tratamento está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) para todos os brasileiros.

“Muitas pessoas ainda acreditam que tuberculose não a atingirá: ‘O assunto da tuberculose não é para mim, isso nunca vai me atingir. Eu nunca terei isso.’ Então, ficam escandalizados quando alguém da família, uma criança ou alguém que eles conhecem pega a tuberculose e se pergunta: ‘Como isso é possível?’. Bom isso é possível desde sempre. É uma das doenças mais transmissível do mundo”, concluiu.

Precisamos trabalhar com sistemas de saúde melhores, com atenção básica, com tratamentos mais adequados. Isso que é o grande desafio: encontrar os casos, iniciar o tratamento e finalizá-lo. Essa é a principal meta que precisamos alcançar.



Agência Saúde


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