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O Brasil é o país mais deprimido da América Latina, são
quase 12 milhões de brasileiros sofrendo com a doença. Porém, quem pensa que o
transtorno depressivo aflige apenas seres humanos está enganado. Cães e gatos
também convivem com o problema, conforme explica Luana Sartori, veterinária
responsável pela Monello Select.
Traumas, abandono, chegada de um novo membro, mudança de
ambiente e solidão são algumas das causas da depressão nos animais. “A tristeza
profunda acomete cães e gatos que passam por experiências difíceis, por sustos
grandes ou que ficam muito tempo sozinhos. Cada animal responde de uma forma a
esses fatos expostos”, conta Luana.
É importante não confundir a depressão com a Síndrome da
Ansiedade de Separação - conhecida pela sigla SAS. Muito embora os sintomas
sejam semelhantes, são problemas diferentes. Alguns sinais indicam que o pet
pode estar em estado de depressão como, por exemplo, a falta de apetite que vai
piorando conforme os dias passam.
“A falta de interesse pelas coisas também pode ser sinal da
doença. Ficar muito agitado, rejeitar carinhos do tutor, destruir objetos da
casa, urinar em local diferente e latir em demasia também podem indicar um
transtorno depressivo”, acrescenta a especialista da Nutrire.
Às vezes, a mudança de ambiente pode desencadear o problema.
“O que parece simples para nós, não é tão simples para o pet. As mudanças
sempre causam desconforto ao animal, que já estava ambientado ao local que
vivia. Sair da zona de conforto pode causar medo aos bichinhos e uma série de
doenças, inclusive a ansiedade e depressão”, revela.
O mais indicado para quem vai se mudar é levar o animal para
reconhecer o local antes da mudança. Além disso, evitar ao máximo mudar seus
hábitos e rotinas também é importante. “Leve o pet para passear nos mesmos
horários, mantenha as mesmas brincadeiras e redobre o afeto para que ele se
sinta acolhido nesse novo ambiente”, indica Luana.
Ao notar qualquer mudança no pet, seja física ou de
comportamento, o recomendado é consultar o veterinário imediatamente. “Muitos
desses sintomas estão relacionados com outras doenças mais graves, que exigem
tratamento imediato. Por isso, é sempre importante que o animal esteja com as
vacinas em dia e frequente um especialista regularmente”, alerta.
O tratamento varia de acordo com cada caso, mas pode ser
necessário o uso de medicamentos alopáticos - que têm ação específica nos
sintomas. Você pode ajudar a prevenir o transtorno depressivo
estabelecendo uma rotina de brincadeiras e mantendo os passeios em dia. “O
ambiente em que o animal vive deve ser limpo diariamente e, claro, protegido da
chuva. É importante que os bichinhos aproveitem o sol, mas com cuidado para
evitar o câncer de pele, especialmente nos gatinhos brancos. Todos esses
fatores influenciam no bem estar do pet”, conclui Luana.
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