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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Aproximadamente 18 milhões de brasileiros têm diabetes



A doença afeta 8,9% da população. Especialista analisa os principais fatores de risco


A diabetes é uma doença metabólica que ocorre a partir do momento em que o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou quando o hormônio não age de maneira adequada. Segundo dados do Ministério da Saúde, por meio da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), hoje 8,9% da população vive com a enfermidade. Considerando que, de acordo com o IBGE, o Brasil tem 208 milhões de habitantes, a doença afeta aproximadamente 18 milhões de brasileiros. A má notícia é que esse número não para de crescer, nos últimos dez anos a taxa subiu 61,8%, colocando o Brasil em 4º lugar no ranking mundial de países com maior incidência da doença.

De acordo com o médico endocrinologista da Docway, Dr. Áureo Chaves, “a diabetes é uma doença crônica, em que há deficiência de produção e/ou ação da insulina”. Para entender melhor a patologia, o especialista explica que insulina é o hormônio responsável pelo controle de glicose (açúcar) no sangue. O corpo precisa da insulina para a utilização da glicose obtida por meio dos alimentos como fonte de energia.

Quando a pessoa tem diabetes, esse trabalho é afetado. Com o nível de glicose no sangue elevado (hiperglicemia) por longos períodos, podem haver danos mais graves em órgãos, vasos e nervos. Segundo o médico, muitos brasileiros têm a doença e não sabem. “Uma boa parte da população convive com esse problema e não sabe. Por esse motivo, é importante entender seus fatores de risco e tratamentos. Quando controlada, ela não oferece maiores riscos a nossa saúde”. E, agora você deve estar se perguntando: Posso ter diabetes? Segundo o Dr. Áureo Chaves existem dois tipos principais e seus fatores de risco, aos quais devemos ficar atentos.

A diabetes mellitus tipo 1, que concentra entre 5% e 10% do total de pessoas afetadas, aparece geralmente na infância ou na adolescência, podendo ser diagnosticada também em adultos.  Esse tipo é uma doença autoimune, isto é, ocorre devido a produção equivocada de anticorpos contra as nossas próprias células, neste caso específico, contra as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo da pessoa, com isso a glicose fica no sangue, em vez de ser usada nas células como fonte de energia.

“Não sabemos exatamente o que desencadeia esta produção equivocada de auto anticorpos, mas sabe-se que há um fator genético importante. Todavia, só a genética não explica tudo, já que existem irmãos gêmeos idênticos em que apenas um deles apresenta diabetes tipo 1. Imagina-se que algum fator ambiental seja necessário para o início da doença. Entre os possíveis culpados podem estar infecções virais, contato com substâncias tóxicas, carência de vitamina D, e até exposição ao leite de vaca ou glúten nos primeiros meses de vida. O fato é que em alguns indivíduos, o sistema imunológico de uma hora para outra começa a atacar o pâncreas, destruindo-o progressivamente”, explica o endocrinologista.

Já a diabetes mellitus tipo 2 é uma doença que também apresenta algum grau de diminuição na produção de insulina, mas o principal problema é uma resistência do organismo à insulina produzida, fazendo com que as células não consigam captar a glicose circulante no sangue. Ela ocorre em cerca de 90% dos casos, é o tipo mais comum. A diferença aqui, é que ela se manifesta com mais frequência em adultos, mas crianças com problemas de obesidade, sedentários e com histórico familiar, também podem desenvolver, mas o excesso de peso continua sendo o principal fator de risco para o tipo 2.

O modo como o corpo armazena gordura também é relevante. Pessoas com acúmulo de gordura predominantemente na região abdominal apresentam maior risco de desenvolver a enfermidade. “A diabetes tipo 2 vem muitas vezes acompanhada por outras condições, incluindo hipertensão arterial e colesterol alto. Esta constelação de condições clínicas (hiperglicemia, obesidade, hipertensão e colesterol alto) é referida como síndrome metabólica, sendo um grande fator de risco para doenças cardiovasculares”, detalha.

Além da obesidade e do sedentarismo, há outros fatores de risco para a diabetes tipo 2: idade acima de 45 anos, histórico familiar, hipertensão arterial, história previa de diabetes gestacional, ovário policístico, tabagismo, dieta rica em gorduras saturadas e carboidratos e pobre em vegetais e frutas. Se você se enquadra em algum desses casos, o Dr. Áureo Chaves recomenda a busca imediata por um médico endocrinologista, “quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mais rápido será o início do tratamento e melhor qualidade de vida terá o paciente", explica. O diagnóstico é simples, um exame de sangue pode dizer se você tem ou não. Com uma gota de sangue já é possível saber se há alteração no nível de glicemia, caso ela seja considerável, outros exames confirmariam o diagnóstico. A glicemia normal, estando em jejum, não deve ultrapassar 99mg/L e duas horas após uma refeição até 140mg/L.

Após o diagnóstico positivo, é importante controlar o nível de glicose no sangue do paciente para evitar complicações. Além dos medicamentos, que ajudam nesse controle, existem outras atitudes que podem ser tomadas para uma melhor qualidade de vida e controle da doença. Alimentação saudável é fundamental, regular a quantidade de doces usando de preferência os dietéticos, gorduras mono e poli-insaturadas e carboidratos complexos integrais ingeridos ao longo do dia, ajudam nesse controle. Exercícios físicos regulares ajudam a baixar essas taxas de glicose no sangue, e eles não precisam ser feitos na academia, caminhadas e bicicleta são boas opções.

Se você tem diabetes e fuma, o médico aconselha a tentar parar, pois esse hábito acelera os problemas relacionados a disfunção, porque diminui não só o fluxo sanguíneo como o oxigênio das células. Em alguns casos já com a doença avançada, além da dieta, atividade física e antidiabéticos orais, será necessário uso de injeções de insulina para melhor controle, mas tudo isso é recomendado por um especialista e cada caso será analisado individualmente. “Atualmente graças aos avanços no campo da ciência, conseguimos tratar cada caso de maneira eficiente, mas é claro que precisamos da ajuda do paciente. Mudar para um estilo de vida saudável é importantíssimo para que você possa conviver melhor com a doença e sem grandes riscos”, finaliza o especialista.


Campanha da ANS alerta para os riscos da antecipação de partos


Lançamento acontece hoje, durante evento do Projeto Parto Adequado em São Paulo


Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre partos realizados por beneficiárias de planos de saúde revelam que há redução de cesarianas no final de dezembro e aumento no período anterior ao Natal. Tais números indicam que há antecipação dos nascimentos que ocorreriam na época das festas de fim de ano. O agendamento de partos e as consequências dessa decisão para a saúde da mãe e do bebê preocupam a reguladora, que está lançando a campanha "A hora do bebê: Pelo direito de nascer no tempo certo". 

O lançamento será nesta quinta-feira (29/11), durante a Sessão de Aprendizado Presencial (SAP) do Projeto Parto Adequado, desenvolvido pela ANS em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein e o Institute for Healthcare Improvement (IHI) - o evento será transmitido das 9h às 18h pelo aplicativo Periscope (@ans_reguladora). O objetivo do projeto é incentivar o parto normal e conscientizar as futuras mães e toda a rede de atenção obstétrica sobre os riscos da realização de cesáreas sem indicação clínica.

Em 2017, a média de cesarianas na semana de 24 a 31 de dezembro foi 20% menor do que a média semanal do ano, enquanto a média entre 16 e 23 de dezembro foi 9% maior do que a média anual – o que indica agendamento dos partos que ocorreriam na semana entre Natal e Ano Novo. Em 2016, houve diminuição de aproximadamente 40% no número de cesáreas realizadas no período de 24 a 31 de dezembro, comparado com a média semanal de cesarianas.

A proposta da campanha #AHoraDoBebê - Pelo direito de nascer no tempo certo é ressaltar às gestantes e aos profissionais de saúde que o bebê tem seu tempo e que as fases da gestação devem ser respeitadas, portanto, o parto não deve ser antecipado. Estudos científicos apontam que bebês nascidos de cesarianas são internados em UTI neonatal com mais frequência, e quando não há indicação clínica a cesariana pode aumentar o risco de morte da mãe e as chances de complicações respiratórias para o recém-nascido. Isto porque se o parto for realizado antes das 39 semanas de gestação, o nascimento pode ocorrer sem a completa maturação pulmonar do bebê.

"Não há evidências que justifiquem o agendamento de uma cesariana, salvo algum risco claro para a saúde da mãe e do bebê. É importante que a gestante tenha o apoio de médicos, enfermeiros e demais profissionais que acompanham o pré-natal, para entender as opções de parto e fazer a escolha de forma consciente", afirma a especialista em regulação de saúde suplementar Jacqueline Torres, coordenadora do Projeto Parto Adequado.


#ProjetoPartoAdequado

Iniciado em 2015, o Projeto Parto Adequado surgiu da necessidade de se identificar modelos inovadores e viáveis de atenção ao parto e nascimento, que valorizem o parto normal e reduzam o percentual de cesarianas sem indicação clínica na saúde suplementar.


A proposta é oferecer às mulheres e aos bebês o cuidado certo, na hora certa, ao longo da gestação, durante todo o trabalho de parto e pós-parto, considerando a estrutura e o preparo da equipe multiprofissional, a medicina baseada em evidências e as condições socioculturais e afetivas da gestante e da família.

"A mulher tem o direito de se tornar parte ativa na decisão pelo tipo de parto e de ser bem informada sobre possibilidades, riscos e benefícios decorrentes da sua escolha. O Projeto promove a conscientização de gestantes e de toda a rede de atenção obstétrica sobre os benefícios do parto normal", afirma Rodrigo Aguiar, diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS.

Participam da atual Fase 2 do Projeto 137 hospitais privados, 25 hospitais públicos, 65 operadoras de planos de saúde e 73 hospitais parceiros. "Os objetivos desta fase são aumentar o percentual de partos vaginais na população alvo, chegando a 40% para hospitais que aderiram ao Projeto na Fase 2 e 60% para os pioneiros. Nossa intenção é aprimorar as condutas dos hospitais e profissionais participantes. Sabemos que cesarianas salvam vidas, mas são um procedimento cirúrgico, e como tal, devem ter indicação médica e precisa. Sem isso, ocasionam riscos desnecessários", explica Rodrigo Aguiar.

Na Fase 1, também denominada "piloto" o Parto Adequado contou com a adesão de 35 hospitais e 19 operadoras de planos de saúde. Ao longo de 18 meses, foram alcançados resultados transformacionais: os hospitais participantes protagonizaram a criação de um novo modelo de assistência materno-infantil para o Brasil e evitaram a realização de 10 mil cesarianas desnecessárias.
Pesquisas comprovam que a passagem pelo canal vaginal, na hora do nascimento, coloca o bebê em contato com bactérias naturalmente presentes nessa área do corpo da mulher, fortalecendo seu sistema imunológico. O trabalho de parto completa o ciclo de amadurecimento do bebê: a intensificação gradual das contrações musculares do corpo da mãe favorece a prontidão para o nascimento e o contato com o mundo, uma vez que ritmo cardíaco, fluxo sanguíneo e maturação pulmonar são gradativamente trabalhados no corpo do bebê. Além disso, hormônios naturalmente atuantes durante o trabalho de parto favorecem o vínculo entre mãe e bebê, o aleitamento materno e a recuperação pós-parto.







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Neurologistas destacam o Dia Internacional da pessoa com deficiência


 Com o apoio da Academia Brasileira de Neurologia e do Departamento Científico de Reabilitação Neurológica, destaca-se em 3 de dezembro o Dia Internacional da pessoa com deficiência.

A data consta do calendário oficial da Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1992



Neste ano, haverá uma campanha em defesa dos direitos civis e de saúde dos portadores de deficiência. A meta é incentivar a busca empoderamento como cidadão, conforme afirma a secretária do Departamento Científico de Reabilitação Neurológica, dra. Luciana de Oliveira Neves.

A campanha tem o apoio da deputada Mara Gabrilli, uma das personalidades mais comprometidas com a causa no Brasil e no mundo. Aliás, segundo a dra. Luciana, a parlamentar é uma “inspiração para aqueles que convivem com a deficiência e que enfrentam todos os dias dificuldades de se locomover, para estudar, trabalhar e outras tantas.

A ideia da campanha é reafirmar para os portadores que, a partir do conhecimento de seus direitos básicos e de uma atitude de cobrança dos mesmos, é possível transformar a vida para melhor.

Visa também estimular os cuidadores, familiares e amigos na disseminação de informações sobre as leis capazes de garantir maior conforto e qualidade à vida do paciente.

É de suma relevância levar ao público o conhecimento desses direitos, pois até por falta de políticas públicas as informações ainda não chegam a parcela significativa da sociedade.

O slogan da campanha de 2018 é “A cada dia uma conquista. Saiba os seus direitos”.

“Temos de levar esperança aos pacientes, dessa forma, consequentemente estaremos ajudando-os e conscientizando-os sobre a importância de sensibilizar a classe política a fazer sua parte”.

Dra. Luciana menciona, por fim, que este ano está sendo feita uma ponte para a campanha de 2019, que tratará das habilidades dos portadores de deficiência.


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