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terça-feira, 16 de outubro de 2018

Como melhorar a qualidade do seu sono



Dados do hospital Albert Einstein, de São Paulo, apontam que no Brasil cerca de 2 milhões de pessoas sofrem com insônia, distúrbio que prejudica o adormecer ou impede a pessoa de permanecer dormindo

As causas são variáveis: problemas físicos, como artrite e insuficiência cardíaca; ou psicológicos, como estresse, depressão e ansiedade


“A insônia pode ser considerada doença de origem comportamental ou um sintoma relacionado à presença de condições predisponentes, como dor, alterações ambientais, doenças de cunho clínico ou psíquico”, confirma o neurologista R. Nonato D. Rodrigues, secretário do Departamento Científico de Medicina do Sono da ABN (Academia Brasileira de Neurologia).

Para o tratamento é necessário conhecer a causa, e os medicamentos tem de ser receitados no início do tratamento para insones que tenham outras doenças e para pacientes com insônia situacional aguda.

“Infelizmente a tal regulação do sono via administração de remédios age mais como elemento auxiliar no verdadeiro tratamento da insônia. Há basicamente drogas que aceleram a entrada em sono e tentam estabilizá-lo e outras que o inibem. Além disso, algumas medicações utilizadas para outros tratamentos, como os transtornos psicológicos-psiquiátricos, podem influenciar o sono”.

Os medicamentos reduzem o tempo de espera pelo sono, mas podem não apresentar efeitos duradouros no restante da noite, inclusive ocasionando uma superficialização e fragmentação do adormecer.

Como todas as medicações, os remédios para a insônia podem causar danos, por isso é preciso ficar atento e jamais se automedicar.

“Certas medicações, quando usadas de maneira recreativa e em alta frequência, podem induzir dependência, tolerância (necessidade de doses maiores para se obter o mesmo efeito), embotamento da atenção ou da memória. Como alguns são também relaxantes musculares ou depressores respiratórios, podem agravar quadros limítrofes de síndrome da apneia do sono, por exemplo”, ressalta Rodrigues.

Fora os medicamentos que ajudam a combater a insônia, o paciente pode ser submetido à terapia.

“O tratamento mais eficaz para as diversas formas de insônia vem, há muito, sendo realizado pelas diversas técnicas de Terapia Cognitivo-Comportamental. Os resultados estão apoiados em extensas evidências. Parece ter eficácia aumentada em longo prazo quando associada temporariamente ao uso de hipnóticos, preferencialmente não-bezodiazepínicos”.

Para obter resultados positivos em um tratamento da insónia, é vital determinar a causa. “A partir daí temos um tratamento e um prognóstico mais acertados. O grande problema é que entre os médicos ainda existe certo desconhecimento do caráter comportamental subjacente a muitos episódios de insônia e uma excessiva confiança no uso de medicações apenas para tratar o problema”, ressalta Rodrigues, que dá dicas para evitar hábitos que influenciem na hora de dormir:

“Nada de utilizar aparelhos eletrônicos em local que deveria estar reservado para dormir, manter uma rotina na hora do sono, com horários e local adequados para dormir, não fazer uso de bebidas cafeinadas ou álcool à noite, e evitar o sedentarismo”.



FLEXIBILIDADE E ADAPTAÇÃO: COMO ESSAS COMPETÊNCIAS PODEM INFLUENCIAR SUA CARREIRA


Como sobreviver em um mundo em constante mudança, onde o ontem nunca é igual ao amanhã? Responder a essa pergunta pode ser fundamental para garantir a sustentabilidade de sua carreira.

Na atualidade, onde a mudança é a única certeza com a qual podemos contar, descobrir o que pode garantir a continuidade da nossa vida e do nosso “ganha pão” é entender que competências podem nos ajudar nessa missão. Missão essa que muitas vezes pode parecer impossível e digna de um super-herói!

Sem flexibilidade e capacidade de adaptação, sua carreira corre sério risco de descarrilar. Como mudar é inevitável, desenvolver a competência para se moldar às novas condições de trabalho é o que as empresas e o mercado em geral esperam dos profissionais. Seja você empregado, empreendedor ou consultor, essa realidade frenética de construção e reconstrução é igualmente desafiadora.

Outro componente desse cenário é a rapidez com que nos adaptamos e incorporamos as novas necessidades e demandas profissionais. O mundo está acelerado e as pessoas têm que pegar o “bonde andando”, ou seja, não basta ser flexível e adaptável, ainda temos que fazer isso de forma ágil.

Ser flexível e adaptável é aceitar a realidade sem criar resistência ou barreiras. Se a mudança é inevitável, é melhor se inspirar no movimento da água ao encontrar barreiras - ela naturalmente se molda às condições que se apresentam.

Abaixo, algumas estratégias para desenvolver a flexibilidade e capacidade de adaptação:

- Aceitar a mudança - manter a mente aberta para aceitar a realidade como ela se apresenta e reagir positivamente são os primeiros passos

- Desapegar do passado - o que passou só deve servir como referência, caso tenha algo de aplicável à nova situação e deve ser esquecido, caso venha à mente como um sentimento saudosista

- Atuar como facilitador - trabalhe a favor da mudança; contribua para que o processo seja rápido, transparente e saudável

- Aproveitar a oportunidade de aprendizado - toda mudança traz um potencial de desenvolvimento. Saiba aprender a tirar vantagem para o seu crescimento

- Buscar apoio - caso se sinta perdido, busque ajuda para que possa se readaptar e contribuir com o processo. O coaching pode ser providencial nessas circunstâncias

- Buscar informações - mantenha seu “radar” funcionando. Busque informações e atualizações. Quanto mais conhecimento tiver, maior sua capacidade para agir em prol das necessidades do momento

- Desenvolver o perfil de formador de opinião - assuma o protagonismo em momentos de crise e mudança. Sendo proativo, você causará impacto positivo nas pessoas que estão ao seu redor

- Acreditar que vai dar certo - essa atitude mental vai ajudá-lo a encarar a instabilidade com otimismo

Uma vez que não temos garantia de que o futuro será similar ao passado e ao presente, ser adaptável, aprender com rapidez e ter flexibilidade são as competências que podem enquadrar um profissional na categoria de talento com potencial em que a empresa deva investir.






Yara Leal de Carvalho - Coach Executivo e Empresarial e Diretora da ABRACEM (Associação Brasileira de Coaching Executivo e Empresarial)



Desfralde de criança autista requer planejamento e persistência


Terapeuta ocupacional do CERNE dá dicas para auxiliar famílias que buscam maior independência e conforto

Com a chegada do calor é hora de treinar seu filho para a retirada da fralda, um processo que requer paciência e parceria de família e escola. O processo é ainda mais complexo quando se trata de crianças e adolescentes autistas, que podem levar alguns anos até a adaptação completa, alerta a terapeuta ocupacional Syomara Smidiziuk, do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE). “O prêmio é a independência e maior conforto para eles”, afirma. O CERNE tem realizado com sucesso o desfralde de crianças e adolescentes com dificuldades motoras, cognitivas e pessoas com transtorno do espectro autista.
A retirada da fralda para a pessoa com deficiência precisa seguir três etapas: a observação dos hábitos e preenchimento de uma tabela de horários de ida ao banheiro por no mínimo 15 dias, a análise da tabela e organização do plano de ação. Depois, é necessário persistir por no mínimo três semanas com o mesmo plano, sabendo que os escapes são normais.
Dicas práticas para o plano de ação envolvem a antecipação (levar a criança ao banheiro 10 minutos antes do horário marcado); proporcionar a familiaridade com o banheiro que será utilizado; apoiar os pés, usando um banquinho ou adaptadores, sentar a criança ereta e deixar que ela escolha a melhor posição; e estimular a bexiga com massagem, se necessário. A meta é levá-la seis vezes por dia ao banheiro, ficando no máximo cinco minutos cada vez.
“Não use o banheiro como uma brincadeira; não pergunte se ela quer ir, apenas conduza; e, muito importante: para crianças com dificuldade de comunicação, use gestos, sinais ou fotos”, ensina Syomara. Outra sugestão é adotar uma recompensa exclusiva para a ida ao banheiro e manter as fraldas somente para dormir ou sair de casa.
É importante certificar-se que não existe uma explicação médica para a dificuldade na retirada, como o comprometimento da bexiga. “Mas, em geral, o processo tem muito mais a ver com a organização familiar do que com um mau funcionamento do corpo”, explica a terapeuta. As famílias que necessitarem podem contar com o auxílio da terapia ocupacional nessa importante transição.
É importante ainda que a escola esteja em sintonia com a família e o terapeuta, seguindo um plano de ação único. Caroline Fardoski Kloss conta que o trabalho para o desfralde do filho Octávio, de quase 4 anos, começou com a linguagem. “Usamos imagens numa sequência e coloquei no banheiro, mostrando os passos”, conta. “Logo ele começou a entender.”
Ainda falta completar o processo, porque, em alguns casos, quando sente vontade de ir ao banheiro, o menino se esconde. “As terapeutas do CERNE me ajudaram a saber como agir, a não repreender e sim parabenizar. Vejo que ele está mais independente do que era”, comemora.
Outras dica é usar jogos e aplicativos para a família que ensinam a ir ao banheiro, como “Pepi Play” e “Potty Training”.

Desafios
As maiores dificuldades enfrentadas pelas crianças autistas durante o desfralde costumam envolver quatro áreas: linguagem (entender o estímulo do adulto relacionado à ida ao banheiro); vestuário (demora ou incapacidade de retirar as roupas); o próprio medo de se sentar no vaso ou do barulho da descarga; e o conhecimento do corpo (ele pode não perceber a roupa molhada).
“Toda criança é capaz de sair das fraldas, desde que não haja uma patologia urológica”, assegura Syomara. Além da independência proporcionada à criança ou adolescente, o desfralde previne casos de infecção urinária, mau cheiro e o desconforto do paciente. Outra vantagem é a menor quantidade de laxante necessário para o bom funcionamento do organismo.





Sobre o CERNE - O Centro de Excelência em Recuperação Neurológica conta com uma equipe multiprofissional, composta por fisioterapeutas, fonoaudióloga, musicoterapeuta, psicóloga, terapeuta ocupacional, psicopedagoga, educador físico e enfermeiro. A clínica tem a proposta de oferecer um outro olhar da recuperação da saúde, mais humanizado e personalizado de acordo com as necessidades e demandas do paciente, a fim de facilitar a sua inserção na sociedade. Além de garantir qualidade no tratamento, por meio de um processo padronizado em que o paciente encontra todas as terapias no mesmo local e de forma integrada, o Centro conta ainda com a experiência de suas sócias, a terapeuta ocupacional Syomara Cristina Smidiziuk e a fisioterapeuta Mariana Krueger, uma das primeiras profissionais capacitadas para a aplicação da técnica de Neuromodulação Transcraniana na Região Sul. A sociedade é complementada por Canrobert Krueger, engenheiro de computação e administração.



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