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terça-feira, 25 de setembro de 2018

Envelhecimento da população: como isso impacta o câncer


Segundo oncologista, em alguns anos a doença será a maior causa de morte. Só este ano, 9,6 milhões pessoas em todo o mundo morrerão em decorrência de algum tumor, de acordo com a OMS



De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil já su
perou a marca de 30 milhões de idosos e a expectativa é que em 2031 o número de idosos ultrapasse o de crianças entre 0 e 14 anos, levando o país a ter a quinta maior população de idosos do mundo. “Provavelmente, quando isso acontecer, o câncer será a maior causa de morte em todo país e não mais as doenças cardiovasculares, como hoje”, afirma o médico Vinícius Corrêa da Conceição, oncologista do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia.

Há 100 anos, a principal causa de morte eram as doenças infectocontagiosas. Algumas delas quase levaram ao desaparecimento de civilizações e cidades inteiras como a peste negra, na Europa medieval, e a febre amarela, que quase tirou Campinas, município do interior de São Paulo, do mapa no final do século XIX. Já no século XX, fatores associados às mudanças no estilo de vida – como elevação do sedentarismo e dietas ricas em gorduras e frituras – as doenças cardiovasculares saltaram para o primeiro lugar nas causas de morte. “Entretanto, a medicina continuou avançando e, apesar de todo estilo de vida distorcido no qual as pessoas estão inseridas, aumentou o número de pacientes sobreviventes de algum distúrbio cardíaco ou vascular. E, nesse período, a incidência de câncer ficou mais forte”, aponta o especialista.

Segundo o médico, que é assistente da Oncologia da Unicamp, com função docente junto aos graduandos da medicina e residentes da disciplina de oncologia, a medida que vivemos mais, passamos a conviver com condições antes consideradas mais raras. “E uma delas é o câncer, uma doença causada pelo nosso próprio organismo, muitas vezes induzida por fatores externos e evitáveis, mas que certamente tem relação direta com o envelhecimento. A maioria dos tumores aparecem em idades mais avançadas e são relativamente raros em indivíduos mais jovens, com algumas exceções”, afirma.

Como o oncologista afirmou, alguns tumores têm relação direta com a idade, como por exemplo, o câncer de próstata. Sua incidência aumenta vertiginosamente após os 60 anos e, de acordo com Vinícius, pesquisas apontam que quase 100% dos homens teriam câncer de próstata se vivessem até os 150 anos. 

“Dados de biópsias realizadas em necropsias de homens que morreram de outras causas e não sabiam ter câncer, mostram que nesses homens foi encontrado câncer de próstata em até 80% deles quanto tinham mais de 75 anos no momento da morte”, conta.


Mais diagnósticos e também mais cura

O número de mortes em razão de câncer deve chegar a 9,6 milhões neste ano em todo o mundo. Já o total de novos casos deve atingir 18,1 milhões. A estimativa é de um recente estudo divulgado na primeira quinzena de setembro pela Agência Internacional para a Pesquisa sobre Câncer (IARC), órgão vinculado à Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo o estudo, um em cada cinco homens e uma em cada seis mulheres devem desenvolver câncer em algum momento da vida. Já as mortes decorrentes da doença devem acometer um a cada oito homens e uma a cada onze mulheres.

“O aumento da incidência de câncer se deve a diversos fatores, incluindo o crescimento e o envelhecimento da população. Hoje, são raríssimas as pessoas que não tem um caso de câncer na família ou entre conhecidos próximos. E, apesar da ascensão desta doença, também é cada vez maior o número de pacientes que encontram a cura. Os métodos diagnósticos melhoraram e, com isso, descobrimos mais pacientes com câncer, mas também fazemos o diagnóstico mais cedo. As técnicas cirúrgicas avançaram e inegavelmente surgiram melhores tratamentos como quimioterapias mais eficazes. E com o maior entendimento da biologia molecular e imunologia, as terapias alvos e imunoterapias vêm ganhando mais espaço com resultados inimagináveis há 10 anos”, afirma Vinicius. 

Segundo o oncologista, a forma mais clara de diminuir as chances de ter um câncer ao envelhecer é tomar medidas preventivas ao longo da vida. “Evitar o álcool e o cigarro, fazer atividades físicas regulares e ter uma dieta saudável, diminuindo a quantidade de gorduras, frituras e embutidos ingeridos. Somente a prevenção pode fazer com que cheguemos à terceira idade mais saudáveis e evitar um boom do câncer nas próximas décadas”, conclui.






Vinícius Correa da Conceição - oncologista graduado pela Unicamp, visiting fellow no serviço de oncologia do Instituto Português de Oncologia (IPO). Médico assistente da Oncologia da Unicamp, com função docente junto aos graduandos da medicina e residentes da disciplina de oncologia. Como membro do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, Vinícius é oncologista do Hospital Vera Cruz, no Instituto Radium de Campinas e do Hospital Santa Tereza. Membro titular da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO).


Sobre o Grupo SOnHe
O Grupo SOnHe - Sasse Oncologia e Hematologia, é formado por oncologistas e hematologista que fazem o atendimento oncológico humanizado e multidisciplinar no Hospital Vera Cruz, Hospital Santa Tereza e Instituto do Radium, três importantes centros de tratamento de câncer em Campinas. A equipe oferece excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser humano. O SOnHe é formado pelos oncologistas: André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinicius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Adolfo Scherr, Rafael  Luiz e Fernanda Proa Ferreira.

Qual a relação entre o pênis e o coração? urologista explica

Saúde do coração está diretamente ligada à saúde sexual do homem; disfunção erétil é a condição mais temida pelos homens e atinge cerca de 10 milhões de brasileiros 



A saúde do coração está diretamente ligada à saúde do pênis, pois doenças como hipertensão, aumento do colesterol, obesidade e hábitos como consumo de tabaco e álcool, além do estresse, são fatores de risco que atingem o coração e têm impacto direto na vida sexual dos homens, podendo causar a tão temida disfunção erétil, popularmente conhecida como impotência.

Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a condição é o segundo problema de saúde mais temido pelos homens, depois das doenças cardiovasculares e o infarto. A disfunção erétil é observada em 5% dos homens aos 40 anos e em até 15% dos homens aos 70.

Segundo o urologista Eduardo Bertero, “a dificuldade de ter ou manter uma ereção pode estar associada a problemas vasculares, quando não há uma boa circulação de sangue pelo corpo, mais precisamente, quando existe um fluxo sanguíneo inadequado para as artérias do pênis”. O médico afirma ainda que estresse ou maus hábitos alimentares e consumo de álcool e tabaco também podem impactar na vida sexual masculina.

A disfunção erétil afeta a qualidade de vida do homem, em relação à autoestima, e consequentemente, atinge a qualidade de vida da família, que se relaciona com o paciente. O especialista esclarece que existem opções de tratamento para a disfunção erétil como medicações via oral, injeções intracavernosas e tratamentos definitivos como a colocação de um implante.


Prótese peniana

Existem dois tipos de próteses, a maleável e a inflável. A prótese peniana maleável é composta de dois cilindros flexíveis colocados dentro do pênis. Ela cria uma ereção permanente e é posicionada para permitir a penetração e a relação sexual. São mais acessíveis, por terem cobertura dos convênios, e mais fáceis de manusear, mas podem causar constrangimentos sociais, por manter o pênis sempre ereto.

Já a prótese peniana inflável simula o mecanismo natural de funcionamento do pênis, permitindo uma ereção totalmente rígida durante a relação sexual e depois a flacidez completa. Ela é composta por dois cilindros, um reservatório preenchido por soro, que está oculto dentro do abdome,e uma bomba localizada dentro da bolsa testicular. Para obter uma ereção, o homem aperta a bomba e o soro do reservatório é transferido para o pênis, causando a ereção. Após a relação sexual, o homem aciona um dispositivo na própria bomba e o pênis volta para o estado de flacidez.



Brasil tem alto índice de alergia, diz OMS


 Sete em cada 10 alérgicos tem manifestação nos olhos e  usam colírio com corticóide por conta própria. Entenda o risco.


No Brasil 30% da população tem algum tipo de alergia e 7 em cada 10 alérgicos manifestam a doença nos olhos, segundo a ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia). Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier isso esclarece o incremento apontado pelos prontuários do hospital de 25% no uso indiscriminado de colírio com corticóide nesta época do ano.   “O ar seco da primavera concentra grande quantidade de pólen, ácaros e poluentes. Por isso facilita a manifestação de diversos tipos de alergia que desencadeiam a conjuntivite alérgica”, afirma.

Para piorar, o relatório 2018 que acaba de ser divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) mostra que no Brasil a asma entre crianças e adolescentes é uma das mais altas do mundo com 20% de prevalência. Este índice sobe para 23% na faixa etária de 18 a 54 anos, mas só 12% têm acesso a acompanhamento médico.


Risco dos colírios

Para Queiroz Neto isso explica a automedicação dos pacientes neste período do ano. Todo alérgico, observa, sabe que os corticóides aliviam rapidamente a coceira, principal sintoma de todo tipo de alergia, inclusive nos olhos. “O colírio com corticóide pode ser comprado nas farmácias sem receita, mas o uso prolongado causa glaucoma” salienta. O pior é que a pessoa não percebe que está perdendo a visão porque o processo é lento e não provoca desconforto nos olhos. Quando busca por consulta já tem comprometimento irreversível do campo visual provocado pela morte de células do nervo óptico. Invariavelmente vai ter de usar mais de um colírio/dia para evitar a perda definitiva da visão.


Grupos e fatores de risco

O oftalmologista afirma que um dos principais grupos de risco para desenvolver doenças alérgicas são as crianças. Isso porque estão com o sistema imunológico em desenvolvimento e toda alergia é uma resposta exagerada deste sistema a uma substância estranha ao organismo. Quando uma criança precisa tomar antibiótico antes dos seis meses, ressalta, também tem mais predisposição a se tornar um adulto alérgico porque o medicamento desregula a imunidade.
Outros grupos de risco são as mulheres frequentemente expostas aos cosméticos na área dos olhos e os idosos por causa da diminuição da lágrima que protege a superfície dos olhos das agressões externas.


Tratamento

Queiroz Neto ressalta que o tratamento da conjuntivite alérgica depende da gravidade. Pode incluir desde colírios estabilizadores, até anti-histamínicos, corticóides e em casos extremos ciclosporina, medicamento imunossupressor que interrompe o funcionamento do sistema imunológico.

O colírio com corticóide, adverte, nunca deve ser usado sem supervisão médica porque não pode ser interrompido bruscamente para evitar efeito rebote. É muito importante, ressalta, evitar coçar os olhos, porque a fricção pode desencadear o ceratocone, doença responsável por 70% dos transplantes no Brasil que afina e deforma a córnea. A dica do médico para aliviar a coceira é aplicar sobre os olhos fechados compressas de gaze embebida em água filtrada e fria.


Prevenção

Queiroz Neto afirma que alguns hábitos e alimentos evitam o ressecamento da lágrima e por isso podem diminuir as crises de alergia nos olhos. Os principais são:

·         Frutos e legumes ricos em vitamina A – cenoura, mamão, manga, agrião, couve.

·         Fonte de vitamina E – nozes, amêndoas, manteiga, gérmen de trigo.

·         Incluir na dieta alimentos que contém ômega 3 – semente de linhaça, sardinha, bacalhau e salmão.

·         Evitar carne bovina, carboidratos e gordura.

·         Proteger os olhos do vento, poeira, fumaça e produtos em spray.

·         Eliminar o uso de aquecedor de ambiente que retira a umidade do ar.

·         Evitar o uso de travesseiros de pena e produtos em pó.

·         Manter os ambientes livres de poeira e com vasilha de água para hidratar o ar.

·         Beba água com frequência para hidratar o corpo.




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