Pesquisar no Blog

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

5 coisas que toda pessoa com autismo gostaria que você soubesse


Especialista fala sobre o transtorno e como auxiliar adultos e crianças nesses casos



Dados do Centro de controle de doenças dos EUA, estimam que 1 a cada 59 crianças, em idade escolar, possuem algum tipo de autismo, aqui no Brasil, segundo a OMS, esse número ultrapassa a marca de dois milhões. O Autismo ou Transtornos do Espectro Autista (TEA) causa distúrbios no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e comportamento social de crianças e adultos.

“O transtorno não tem cura, mas pode ser tratado para que o paciente possa se adequar ao convívio social da melhor maneira possível, quanto antes ele for diagnosticado, melhores são os resultados do tratamento”, explica Tiago Bara, psicólogo e Mestre em Ensino nas Ciências da Saúde do Centro de Recuperação Neurológica – CERNE e Membro do Núcleo de Neurociências do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe. E para ajudar nessa tarefa, listamos cinco coisas que toda pessoa com autismo gostaria que você soubesse.


1)  Antes de tudo, eu sou um ser humano

O autismo é um aspecto do funcionamento do meu cérebro, isto é, ele não define quem eu sou. Assim como você, eu tenho pensamentos, sentimentos, talentos e vontades. Quando você me define por essa característica, pode criar expectativas que serão pequenas para mim. Apesar do TEA ser marcado por alterações do comprometimento da interação e comunicação social, eu sou capaz, acredite!


2)  Quanto antes meu autismo for diagnosticado, melhor é...

O diagnóstico do TEA é clínico, feito a partir de critérios definidos pelo DSM-5 ou CID-10. Quanto mais cedo o autismo for diagnosticado, melhores serão as chances da pessoa ter uma melhor qualidade de vida. Hoje existem tratamentos relacionados à educação e terapias com função comportamental que trazem ótimos resultados.


3)  Meu autismo não é sua culpa!

Pessoas com autismo tem um transtorno heterogêneo do neurodesenvolvimento, com grande variação de manifestações cognitivas e comportamentais. Mas isso não tem relação com os seus cuidados em relação a mim. 


4)  Mantenha minha vacinação em dia

Apesar de algumas pessoas acharem, o Autismo não é provocado por vacinações. Aliás, você deve manter minha vacinação em dia, como forma de proteção.


5)  Eu consigo mais!

Pessoas com autismo progridem sim. A chave para isso está no diagnóstico precoce e no tratamento adequado. Mas, leve em consideração as minhas particularidades e explore os meus potenciais por meio de uma intervenção multidisciplinar. Isso possibilita novos aprendizados e melhor prognóstico.

            Tiago enfoca que cada autista tem seus trejeitos e seu estilo de vida. “Alguns podem permanecer minimamente verbais e não conquistarem a independência. Enquanto outros se tornarão estudantes universitários, jovens adultos que vivem de forma independente. Mas todos eles precisam de atenção e carinho para uma vida mais tranquila”, finaliza o psicólogo.



Aumento da procura por fertilização no Brasil



O crescimento foi de cerca de 17% no país, a técnica já deu origem a mais de 8 milhões de bebês em todo o mundo desde a sua implementação


Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informam que o número de embriões humanos produzidos pelas técnicas de fertilização in vitro voltou a crescer em 2017, em relação ao ano anterior. Ao todo, foram registrados nas Clínicas de Reprodução Assistida 78.216 embriões congelados, um aumento de cerca de 17% da utilização dessa técnica no Brasil. As informações são referentes ao Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), que faz uma radiografia dos serviços de reprodução humana assistida no país.

Segundo a Anvisa, a Região Sudeste é a responsável por 65% dos 78.216 embriões congelados. A Região Sul tem 13%, a Nordeste, 12%), a Centro-Oeste, 8% e a Norte 2% finalizam a lista da distribuição, em porcentagem, de embriões criopreservados no ano de 2017.

O ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana da Clínica MAE em São Paulo, Dr. Alfonso Massaguer, afirma que o crescimento do tratamento de fertilização cresceu cerca de 350% nos últimos 4 anos na Clínica. Segundo ele, a procura pelo procedimento aumentou consideravelmente entre mulheres de 30 a 35 que congelam seus óvulos com o intuito de estabilizar sua vida profissional e encontrar o parceiro ideal antes de engravidar. Outro crescimento foi entre às mulheres jovens que adiam uma gravidez para tratar doenças graves, como câncer, quando o risco de a mulher não conseguir engravidar é ainda maior. "O congelamento de óvulos pode ser realizado em qualquer mulher que tenha a qualidade de seus óvulos em risco, seja por cirurgia nos ovários ou quimioterapia", explica o especialista.  

Na 34ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE), que aconteceu recentemente em Barcelona, foram revelados dados impressionantes sobre a reprodução assistida: desde julho de 1978, quando nasceu a menina Louise Brown, o primeiro bebê de proveta, já foram gerados mais de 8 milhões de crianças com o uso de técnicas de Reprodução Assistida. É uma área da medicina que não para de evoluir e as mais recentes pesquisas foram apresentadas no encontro, principalmente em relação à preservação da fertilidade tanto masculina quanto feminina.    

            A infertilidade é um problema que atinge pelo menos 1 em cada 10 casais no mundo, até 10 milhões de pessoas só no Brasil. De acordo com estimativas do ESHRE, atualmente, mais de meio milhão de crianças nascem por ano por meio de procedimentos como fertilização in vitro, inseminação artificial e transferência de embriões.







Dr. Alfonso Araújo Massaguer - CRM 97.335 -  Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Ginecologista e Obstetra pelo Hospital das Clínicas eEspecialista em Reprodução Humana pelo Instituto Universitário Dexeus – Barcelona. Dr. Alfonso é diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida. É professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU e membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), das Sociedades Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e Americana de Reprodução Assistida (ASRM). Também é diretor técnico da Clínica Engravida e autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina.



40 anos do bebê de proveta e os avanços da medicina reprodutiva


Em 25 de julho de 1978 nascia na Inglaterra Louise Joy Brown, a primeira bebê de proveta do mundo. O procedimento criado por pesquisadores britânicos revolucionou a medicina reprodutiva com o método inovador de juntar os óvulos com os espermatozoides dentro de um laboratório, transferindo posteriormente os embriões para o útero. A realização desse procedimento foi o pontapé inicial para o avanço tecnológico que permitiu ampliar as possibilidades de tratamento da fertilidade.

Para se ter dimensão do quanto a medicina reprodutiva evoluiu nos últimos 40 anos, até o final da década de 1980 as chances de sucesso nas fertilizações não ultrapassavam 15%. Não existia o ultrassom transvaginal, os laboratórios e os equipamentos eram bem menos desenvolvidos e o procedimento era realizado por meio de laparoscopia, tornando-o mais arriscado e menos eficaz. Diante desse cenário, as chances de uma gravidez acontecer eram quase nulas.

De lá para cá muita coisa mudou. O método para realização de uma fertilização in vitro (FIV) hoje é minimamente invasivo. A evolução tecnológica possibilita que as chances de sucesso no tratamento variem de 50% a 60% em mulheres de até 35 anos. A técnica evoluiu tanto que, a cada ciclo de fertilização in vitro, a chance de gravidez é maior do que em um ciclo natural de um casal jovem e saudável.

No Brasil, o primeiro bebê de proveta nasceu em 1984 no interior do Paraná. Nesta época, ainda não estava disponível no país a tecnologia para avaliar a qualidade dos embriões e, com isso, os médicos optavam por transferir vários embriões em desenvolvimento. O entendimento era que quanto mais embriões o útero recebesse, maior seria a chance de uma gravidez.

Hoje, a precisão de técnicas de seleção e congelamento de embriões em uma FIV já tem permitido a transferência de apenas um embrião ao útero e, na maioria das vezes, em estágio de blastocisto, com maior chance de gravidez. Para contribuir com isso, clínicas de reprodução tem usado equipamentos de última geração, como o Embryoscope Plus. Esse aparelho permite que todo o processo de avalição dos embriões seja realizado sem a manipulação externa.

Seu sistema de vídeo possibilita que embriologistas acompanhem de forma contínua e ao vivo cada estágio do desenvolvimento, permitindo selecionar de forma mais adequada quais os embriões de melhor potencial para a transferência ao útero, no momento certo, proporcionando um ganho na fertilização in vitro.

Além dos equipamentos, as técnicas de congelamento de óvulos também evoluíram. Elas permitem, por exemplo, que mulheres que queiram adiar a maternidade ou irão passar por algum tratamento de saúde por conta de uma doença, como câncer, preservem seus óvulos saudáveis e escolham o melhor momento para engravidar.

Em 2011, uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabeleceu o número máximo de embriões que podem ser levados ao útero durante o processo de fertilização in vitro. Em mulheres até 35 anos, é permitida a transferência de até dois embriões. Já para mulheres de 36 a 39 anos o número aumenta para três; e para mulheres de 40 anos ou mais são permitidos até quatro embriões.

A medicina reprodutiva continua em constante avanço, oferecendo técnicas cada vez menos invasivas e sofisticadas. As informações e os recursos tecnológicos possibilitam realizar procedimentos cada vez mais precisos para alcançar resultados efetivos, permitindo, assim, que mais pessoas possam realizar o sonho de ter filhos.







Dr. Mauricio Chehin, coordenador médico da Unidade Vila Mariana e coordenador do projeto de Oncofertilidade da Huntington Medicina Reprodutiva

Huntington Medicina Reprodutiva

Posts mais acessados