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terça-feira, 24 de outubro de 2017

Diretrizes para ajudar pais e pediatras a tratar e prevenir as viroses respiratórias são lançadas pela SBP



Para pais e pediatras, uma excelente notícia. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) acaba de lançar suas Diretrizes para o manejo da infecção do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) – 2017. Trata-se de um documento formato por cinco Departamentos Científicos da entidade - Cardiologia, Imunizações, Infectologia, Neonatologia e Pneumologia - que juntaram forças para oferecer aos profissionais e aos familiares dos pacientes as respostas para inúmeros aspectos relacionados a esse problema de saúde.

As infecções respiratórias agudas de vias aéreas são responsáveis, na pediatria, por um grande número de atendimentos, visitas a serviços de emergência e hospitalizações. O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é o principal agente causador dessas infecções em lactentes jovens, com grande impacto na saúde dos mesmos em curto e em longo prazo.

O VSR é um vírus causador de infecção aguda do trato respiratório em indivíduos de todas as idades. A maioria das crianças é infectada no primeiro ano de vida e, virtualmente, todas as crianças serão expostas ao vírus até o final do segundo ano de idade, com reinfecções durante toda a vida. Embora de ocorrência universal, esse tipo de vírus ganha maior importância quando acometem prematuros, portadores de cardiopatias congênitas e de doença pulmonar crônica da prematuridade, grupos considerados mais vulneráveis.


PROFILAXIA - Com sazonalidade marcada e variando das formas leves, assintomáticas, até graves, com comprometimento do estado geral e insuficiência respiratória, o VSR não conta com um tratamento específico, mas as medidas de suporte são sempre recomendadas para prevenir o aparecimento de novos casos e aumentar o controle da infecção.

De acordo com o documento científico produzido pela SBP, a profilaxia com o anticorpo monoclonal específico, o palivizumabe, é capaz de prevenir formas graves da doença e vem sendo recomendada através de diferentes esquemas em diversos países. O desfecho clínico considerado na profilaxia é a redução das taxas de hospitalização, porém, considerando-se seu elevado custo, os especialistas discutem em relação às diretrizes de sua utilização.

As Diretrizes lançadas são de relevância para os pediatras, pois atualizam os conceitos sobre a doença, sua epidemiologia, quadro clínico e consolida as indicações de tratamento. O texto traz faz ainda uma síntese sobre questões relacionadas ao diagnóstico da bronquiolite, que deve ser basear na observação clínica, a partir de sinais e sintomas, sem indicação rotineira de testes específicos de detecção viral, conforme já preconiza a Academia Americana de Pediatria (AAP).

Contudo, alerta a SBP, em determinadas situações e com uso de diferentes métodos, a detecção da etiologia da infecção respiratória pode ser importante. Entre os contextos que pedem esse tipo de procedimento estão os casos em pacientes imunocomprometidos e com formas de apresentação grave da doença ou nas situações onde é preciso guiar a terapia antiviral específica; reduzir o uso inapropriado de antimicrobianos; proporcionar vigilância; estabelecer medidas de isolamento hospitalar; e diminuir custos hospitalares.


CUIDADOS - Sem terapêutica específica disponível que abrevie o curso e a resolução dos sintomas, o tratamento, portanto, é de suporte e geralmente os pacientes apresentam boa evolução. Os cuidados em residência devem ser recomendados, orienta a SBP, que no documento pede a adoção de medidas simples pelos pais e responsáveis, como fazer higiene das mãos com água e sabão e ou álcool a 70%; evitar expor à criança ao fumo; manter a alimentação normal para a idade da criança, fazer higiene da cavidade nasal com solução salina e somente usar antitérmicos se for necessário. Em caso de dúvidas ou se sinais de alerta presentes, o médico deve ser acionado.

Para essa situação, a hospitalização é recomendada apenas após o surgimento de sinais como episódios de apneia; piora do estado geral (hipoativa, prostrada, acorda apenas com estímulos prolongados); desconforto respiratório (gemência, retração torácica, cianose central, etc); e em bebês prematuros, especialmente com menos de 32 semanas. Também devem ser avaliados com essa possibilidade: casos com paciente com condição social ruim, com dificuldade de acesso ao serviço de saúde se houver piora clínica; e com os pais sem capacidade ou confiança para identificar os sinais de alerta.

Além disso, as Diretrizes para o manejo da infecção do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) – 2017 chamam a atenção para as medidas de controle da transmissão em decorrência de sua alta transmissibilidade. O VSR representa uma séria ameaça à ocorrência de surtos em ambientes hospitalares, particularmente em unidades de terapia intensiva neonatal, unidades de oncologia e de transplantes, unidades de idosos e de pacientes de risco, associando-se a significativo aumento da morbidade e da mortalidade, merecendo a implementação de práticas preventivas rigorosas nos hospitais.


COMUNIDADES - Para os especialistas, cuidados para controlar a infecção não devem ficar restritos ao ambiente hospitalar, mas também serem divulgados junto às comunidades. Um dos caminhos sugeridos é o reforço da orientação dos pais e dos cuidadores a respeito da importância de tentar minimizar o risco de exposição e transmissão do VSR. As recomendações básicas enfatizam a importância de medidas como a lavagem frequente das mãos, além de limitar, quando possível, a exposição da criança a ambientes com elevado risco de contágio, como creches e escolas maternais, assim como evitar o contato com pessoas com doença respiratória aguda.

Como os lactentes jovens (principalmente com menos de 6 meses de idade), compõem o grupo mais susceptível a apresentar doença grave pelo VSR e suas complicações, outra sugestão é retardar a entrada em creches durante a sazonalidade do vírus. De acordo com o documento da SBP, estudos demonstram que em lactentes que foram hospitalizados por VSR, a principal fonte de infecção foi o irmão mais velho ou os pais dos lactentes. Além disso, locais aglomerados, como supermercados, shoppings centers, clubes, etc., devem ser evitados, pois constituem ambientes de risco para aquisição de doenças virais.

Estes são apenas alguns dos pontos das Diretrizes para o manejo da infecção do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) – 2017, que já está disponível no site da SBP. O documento tem um total de 20 páginas e contou, em sua construção, com a coordenação do dr Renato de Ávila Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações, e da dra Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck, diretora de Cursos e Eventos da SBP. Além deles, contribuíram com a formulação do texto outros 38 pediatras que integram diferentes DCs e que estão entre os mais renomados especialistas do País em suas respectivas áreas de atuação.







5 Motivos para pais e educadores apoiarem o uso dos games



Mega eventos no Brasil em Outubro reacendem o papel dos jogos na vida dos jovens


A 10° edição da Brasil Game Show (BGS), a maior feira de games da América Latina, aconteceu em São Paulo do dia 11 a 15 de Outubro. Ano passado o evento levou mais de 300 mil jovens. A expectativa para este ano foi ultrapassar 400 mil brasileiros (a). Além da BGS, os paulistas também recebem a maior exposição de vídeo game do país, do curador Cleidson Lima – O Museu do Vídeo Game- que acontece de 7 a 29 de Outubro no shopping SP Market.

O que esses dois eventos têm em comum? Além de ambos levarem mais de meio milhão de pessoas para visitá-los, seja para jogar games exclusivos ou relembrar os consoles do passado, revelam que a tecnologia modifica não somente as nossas relações sociais mais também a forma como aprendemos. Captar a atenção do jovem, com tantos meios digitais, parece ser uma tarefa árdua para pais e professores.

A solução então é proibir o uso do vídeo game? Augusto Jimenez, psicólogo e educador há mais de 10 anos na rede Minds Idiomas, mostra exatamente o oposto. "Os games vieram para ficar desde o Atari Pong – primeiro console doméstico da Atari- a jogos que ainda nem foram lançados oficialmente como Need for Speed. Proibir a criança ou o pré-adolescente de ter interação por meio desses jogos é limitá-los de fazer parte do grupo de amigos e ainda diminuir a capacidade de atenção visual seletiva deste jovem", explica o psicólogo Jimenez.
Pensando nisso, Augusto Jimenez, psicólogo da rede Minds, lista 5 motivos para os pais e gestores educacionais apoiarem o uso do vídeo game dentro e fora da sala de aula:


1) Profissões digitais são as que mais empregam no país e no mundo



Já há graduações como Jogos Digitais, Design e Planejamento de Games em algumas faculdades do Brasil. Para ter ideia à remuneração nesta área vai de R$ 4 mil a R$ 20 mil, segundo a instituição de ensino Impacta. Os estudantes podem atuar como programador, Game designer, entre outros. E isso tudo começa na infância\adolescência. Logo, os pais podem limitar a quantidade de horas que os filhos jogam, mas jamais proibir. A tecnologia veio para ficar e uma diversão como os games pode ser o futuro profissional do seu filho (a).


2) Jogar vídeo game eleva a atenção visual das crianças




O estudo foi publicado na revista Nature e feito pela Universidade de Rochester, Estados Unidos. Comprovou que pessoas que jogam vídeo game aumentam a capacidade seletiva visual e tendem a ser mais rápidos na tomada de decisão. Há muitas empresas, do mundo todo, que usam desde vídeo games a jogos de tabuleiro em seus processos seletivos. Para checarem a atenção e personalidade do candidato.


3) Aguça o instinto de investigação



Quando os professores unem educação com games cria-se o processo conhecido como gamification. Trata-se da captação de conhecimento por meio dos jogos. Há 2 anos desenvolvemos essa técnica na Minds e os nossos alunos (a) mudaram de nível 30% mais rápido. Segundo o instituto Buck de educação quando cria-se um jogo envolvente concomitantemente o estudante desenvolve uma necessidade de saber, Isso faz com que ele assimile o conhecimento de forma mais orgânica, leve.


4) Estreita laços entre pais e filhos



Andando pela Brasil Game Show era possível identificar pais e filhos, diferentes gerações, e uma paixão que os une. O amor aos games. A vida profissional dos brasileiros (a) exige muitos dos pais e mães reservar uma hora diária para jogar com os filhos estreitará laços. Os pais, dessa forma, estarão fazendo parte de algo que os filhos têm apreço e ainda podem se divertir juntos.


5) Vídeo game não é sinônimo de sedentarismo



Há games como Just Dance e Guitar Hero que provam isso! Crianças e jovens perdem gordura dançando e tocando instrumentos. Além disso, jogos assim estimulam a interação com outras crianças. O que gera o sentimento de pertencimento desse jovens a um grupo\núcleo.




Computador causa cefaléia na infância



 Estudo mostra que 30% das cefaléias na infância estão relacionadas ao excesso de computador que também leva à miopia acomodativa. 


A dor de cabeça é uma das principais causas das consultas oftalmológicas entre crianças. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, quando um filho se queixa é a primeira especialidade consultada pelos pais. A boa notícia é que os problemas oftalmológicos só causam 1% da cefaléia na infância. Ele diz que o problema geralmente resulta do stress ocular provocado pelo esforço visual no computador. Só para se ter uma ideia, o uso excessivo da tecnologia faz com que a incidência da dor de cabeça relacionada à visão salte de 1% para  30% na infância. É o que mostra um estudo feito pelo médico com 360 pacientes de 9 a 12 anos que chegavam a ficar 6 horas ininterruptas na frente do computador, videogame e outras tecnologias. 


Identificação e prevenção

“É fácil identificar a cefaléia relacionada ao excesso de computador” afirma Queiroz Neto. Ele explica que geralmente surge depois de duas horas em frente a telinha. É caracterizada por uma dor tensional nas têmporas e pescoço. Cabe aos país, observa, orientar a criança para evitar as crises. Na maior parte dos casos a dor desaparece com descanso, olhando para o horizonte de 15 a 30 minutos  a cada hora na frente do monitor, e até fazendo uma caminhada pela casa. Se  não desaparecer, a recomendação é consultar um especialista.


Risco de miopia

O estudo também mostra que o excesso de computador pode estar relacionado ao aumento da miopia. Isso porque, o esforço visual prolongado para enxergar de perto  levou causou miopia em 21% das crianças contra a prevalência de 12% apontada pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia). O médico afirma que em crianças ao visão está em desenvolvimento e a contração prolongada dos músculos ciliares para focar as telas eletrônicas inibe o relaxamento dessa musculatura e leva à miopia acomodativa. É diferente da miopia patológica em que o eixo da visão cresce. “Por isso, pode ser revertida com descanso dos olhos, mas pode se torna um mal permanente se a criança permanecer diariamente por mais  duas horas olhando para as telas eletrônicas”, afirma.

O oftalmologista afirma que isso explica porque um estudo americano recomenda as atividades ao ar livre para evitar a miopia. 


Hereditariedade

Queiroz neto ressalta que quando o assunto e miopia a hereditariedade determina, enquanto os fatores ambientais favorecem ou impedem o desenvolvimento. Embora a genética seja determinante, ressalta, não significa que necessariamente a miopia seja passada de pai para filho. Isso porque, explica, quando uma criança nasce, suas características físicas são determinadas em 50% pelos cromossomos da mãe e em 50% pelos cromossomos paternos.  Se apenas um dos pais é míope e o filho herda o gene dominante da miopia, tem 50% de chance de tornar-se míope.  No caso dos pais serem portadores do gene, mas não apresentarem a doença, a probabilidade de o filho ser míope cai para 25%. É isso que explica porque uma criança pode ter olhos normais mesmo que os pais tenham miopia, conclui.






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